Salem Nasser: Trump vs. Biden, fim de um Império

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Trump vs. Biden: Fim de um Império

o Império já não consegue produzir grandes lideranças

Por Salem Nasser*, em Cegueira Seletiva

A notícia de ontem, no mundo inteiro, foi o primeiro debate presidencial entre o antigo Presidente, Trump, e o atual, Presidente Biden.

A melhor, e mais sintética, leitura que ouvi foi esta: o Império já não consegue produzir grandes lideranças; o debate de ontem foi prova clara do seu declínio, se ainda era necessária alguma prova complementar.

Biden, foi-nos dito, passou uma semana isolado e se preparando para uma hora e meia de debate! Quanto tempo precisaria ser treinado para poder governar o país mais poderoso do mundo?

Não só o Império está colapsando, mas a ideia mesma de democracia parece seguir pelo mesmo caminho. Serão estes os melhores candidatos que a democracia americana consegue produzir?

Alguns vão olhar para os líderes do que os Estados Unidos chamam de ditaduras e se perguntarão como pode ser que esses países produzam lideranças mais carismáticas, mais afiadas, mais prontas para a política de verdade.

*Salem Nasser é professor de Direito Internacional na FGV Direito SP. É autor de vários livros, entre outros os quais Direito global: normas e suas relações (Alamedina)

*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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Zé Maria

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“Um por um, os aliados mais próximos
de Biden na mídia desertam após o debate”

O apresentador do MSNBC, Joe Scarborough,
incentivou-o a considerar desistir.

O mesmo fizeram outros especialistas que o presidente
há muito via como seus aliados mais fortes na mídia.

[Reportagem: Michael M. Grynbaum, de Atlanta | The New York Times | 28/6]

Joe Scarborough franziu os lábios e fez algumas anotações em sua mesa.
Eram 6h da manhã de sexta-feira, sete horas e meia depois que um apequenado presidente Biden havia saído cautelosamente do palco
do debate, e o apresentador de “Morning Joe” na MSNBC estava prestes
a entregar uma mensagem dolorosa aos telespectadores do reduto de TV mais confiável de Apoio a Biden.

“Eu amo Joe Biden”, começou o Sr. Scarborough enquanto as câmeras
eram ligadas em seu estúdio caseiro no Maine.
“Acho que sua presidência foi um sucesso absoluto.”
Mas…
“Ele passou boa parte da noite com a boca aberta
e os olhos indo e voltando”, disse o âncora.
“Ele não conseguiu rebater nada do que Donald Trump disse.
Ele perdeu uma bandeja atrás da outra.”
Agora, ele concluiu, “é a última chance para os democratas decidirem
se esse homem que conhecemos e amamos há muito tempo está à altura da tarefa de concorrer à presidência dos Estados Unidos.”

Este não foi um mero ato de análise.
Biden, 81 anos, é um cético em relação à mídia noticiosa, mas Scarborough
está entre um pequeno grupo de comentaristas que o ouvem.
O presidente conversa regularmente com o âncora e é um observador
dedicado de “Morning Joe”, programa que o defendeu contra todo tipo
de ataque.

Não mais…

E a deserção de Scarborough espelhou a de outros aliados de longa data
da mídia de Biden que, muitas vezes em tons elegíacos e doloridos,
instaram o presidente a considerar desistir após seu desempenho instável no debate de quinta-feira contra o ex-presidente Donald J. Trump.

Thomas L. Friedman, colunista do The New York Times que fala
frequentemente com Biden, escreveu que chorou ao ver o presidente.

“Joe Biden, um bom homem e um bom presidente,
não tem nada a ver com concorrer à reeleição”,
disse ele.

Evan Osnos, biógrafo de Biden e um dos poucos jornalistas a quem
foi concedido amplo acesso, chamou o presidente de “claramente
uma pessoa que foi reduzida de onde estava” quatro anos atrás.

E na CNN, o Analista Democrata Van Jones fez um solilóquio repleto
de emoção, cheio de pungência, desafio e arrependimento.

*Michael M. Grynbaum escreve sobre a intersecção
entre mídia, política e cultura.
Ele é correspondente de mídia do The New York Times
desde 2016.

Uma versão deste artigo aparece impressa em 29 de junho de 2024,
Seção A, página 14 da edição de Nova York com a manchete:

“Depois do debate instável de Biden,
seus aliados mais próximos na mídia,
um por um, abandonam-no”.

Íntegra: https://nyti.ms/3W47JAv
https://www.nytimes.com/2024/06/28/us/politics/biden-media-allies-debate.html
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Zé Maria

https://t.co/vY5ENPQcUR
O The New York Times, jornal mais influente dos Estados Unidos,
publicou um texto na sexta-feira criticando a equipe de campanha
de Biden por uma “aposta inconsequente” diante da ameaça
representada por Trump.
O conselho editorial do veículo, que é separado da redação do NYT
pediu ao presidente que desista da disputa. https://rfi.my/Ajoq.x
https://x.com/RFI_Br/status/1807082123821715640

https://t.co/ABmxeht6Ur
“Aliados de longa data da mídia, como Joe Scarborough,
apresentador do MSNBC, instaram o presidente Biden
a considerar abandonar a corrida presidencial após
seu desempenho instável no debate de quinta-feira
contra Donald Trump.” https://nyti.ms/3W47JAv
https://x.com/NYTimes/status/1807060218200596484

One by One, Biden’s Closest Media Allies Defect After the Debate

The MSNBC host Joe Scarborough urged him to consider dropping out.
So did other pundits the president had long viewed as his strongest allies
in the news media.

By Michael M. Grynbaum*, Reporting from Atlanta, June 28, 2024.

Joe Scarborough pursed his lips and jotted down a few notes at his desk.
It was 6 a.m. on Friday, seven and a half hours after a diminished President
Biden had gingerly stepped off the debate stage, and the host of “Morning
Joe” on MSNBC was about to deliver a painful message to viewers of
television’s most reliable redoubt of Biden support.

“I love Joe Biden”, Mr. Scarborough began as the cameras flipped
on in his home studio in Maine. “I think his presidency has been
an unqualified success.”

But.

“He spent much of the night with his mouth agape and his eyes darting
back and forth,” the anchor said. “He couldn’t fact-check anything Donald
Trump said.
He missed one layup after another after another.”
Now, he concluded, “is the last chance for Democrats to decide whether
this man we’ve known and loved for a very long time is up to the task of
running for president of the United States.”

This was no mere act of punditry. Mr. Biden, 81, is a skeptic of the news
media, but Mr. Scarborough is among a tiny group of commentators who
have his ear.
The president regularly speaks with the anchor and is a devoted watcher of
“Morning Joe,” a show that has defended him against all manner of attacks.

No more.

And Mr. Scarborough’s defection mirrored that of other longtime Biden
media allies who, often in elegiac and pained tones, urged the president
to consider dropping out in the wake of his shaky performance in Thursday’s
debate against former President Donald J. Trump.

Thomas L. Friedman, a columnist for The New York Times who speaks
frequently with Mr. Biden, wrote that he had wept watching the president.

“Joe Biden, a good man and a good president,
has no business running for re-election”,
he said.

Evan Osnos, Mr. Biden’s biographer and one of the few journalists granted
extensive access to him, called the president “clearly a person who was
diminished from where he was” four years ago.

And on CNN, the Democratic analyst Van Jones delivered a soliloquy
brimming with emotion, full of poignancy, defiance and regret.

*Michael M. Grynbaum writes about the intersection
of media, politics and culture. He has been a media
correspondent at The Times since 2016.

A version of this article appears in print on June 29, 2024,
Section A, Page 14 of the New York edition with the headline:
“After Biden’s Shaky Debate,
His Closest Allies in the Media,
One by One, Abandon Him”.

Íntegra: https://nyti.ms/3W47JAv
https://www.nytimes.com/2024/06/28/us/politics/biden-media-allies-debate.html

Zé Maria

Entrevista: RAFAEL CORREA, ex-Presidente do Equador.

[ Reportagem: Luiz Carlos Azenha | Revista Fórum ]

Não é a falta de novos líderes de esquerda que facilita o avanço da direita
na América Latina, mas o apoio que os politicos neoliberais recebem da
mídia hereditária, hegemônica e corporativa.

A opinião é do ex-presidente do Equador, o economista Rafael Correa,
que se diz vítima dos jornalões e emissoras de rádio e TV de seu país,
nos quais sofre assassinato de caráter quase diário.

Condenado a dez anos de prisão na Lava Jato equatoriana, que investigou
obras locais da Odebrecht, ele afirma que foi alvo de lawfare como o
presidente Lula — preso depois de condenado antecipadamente no tribunal
do Jornal Nacional.

Correa vive no exílio faz sete anos, entre a Bélgica e a Venezuela.

Em Caracas, recebeu a visita da Revista Fórum para uma entrevista.

Nela, rejeitou a crítica que se faz a lideranças históricas do continente,
acusadas de impedir o surgimento de sucessores para se perpetuar no poder.

Segundo Correa, não é isso que favorece a direita, mas a mídia, que
promove candidatos de ideias economicamente ultrapassadas que
resistem na América Latina, como o neoliberalismo.

Trechos:

Revista Fórum: A mídia é mesmo tão importante para os políticos
conservadores?

RAFAEL CORREA: Acredito que ela [a Mídia] tem o maior poder
da história da Humanidade, não há exército que possa invadir
o mundo, a desinformação pode.
Os meios de comunicação destroem a democracia; temos eleições,
mas não democracia.
Porque um princípio democrático é que cada poder deve ter o seu contrapoder.
Qual é o contrapoder da mídia?
São empresas privadas, com fins lucrativos, estão lá para preservar
o status quo, o que interfere completamente no campo do jogo
democrático.

Nos culpamos de que não formamos lideranças?
A de [Hugo] Chávez não é que tenha sido formada, é natural,
como as de Evo Morales, Cristina Fernández.

São lideranças fundacionais, que são muito difíceis de substituir.
A culpa é dos dirigentes políticos?
Não, é como se Messi não tivesse treinado um sucessor, pudesse ter
financiado escolas de futebol.
É muito difícil que surja imediatamente outro Messi.

Temos que compreender essas coisas.

Não creio que seja correto e não é uma crítica verdadeira.

A Revolução Cidadã [do Equador] tem muitos líderes.
Acredito que o kirchnerismo também formou muitos líderes,
acho que o Partido dos Trabalhadores no Brasil tem muitos líderes,
mas é muito difícil substituir um Lula, uma Cristina Fernández,
o que não é feito por decreto.

Revista Fórum: Por que os conservadores destruiram a Unasul,
que seria o embrião de algo parecido com a União Europeia?

RAFAEL CORREA: Precisamente por causa dessa polarização, a polarização na América Latina foi aquela em que a direita veio com a fome retardada.

Lembre-se dos anos 90, do Consenso de Washington, do fim da História.

Nas três eleições presidenciais que tivemos durante os anos 90, no Equador, em todos os segundos turnos era direita contra direita.

A esquerda não existia no início do século 21, mas em seguida ela varre todo o continente e com governos extremamente bem sucedidos. Uma direita atordoada não sabia como reagir, até que passou o torpor. De 2014 em diante se formou o que chamei de restauração conservadora.

A direita veio com um desejo de vingança e destruiu tudo o que era supostamente produto de governos progressistas. A integração regional vai além das ideologias, mas destruíram também a Unasul.

Foi fácil destruir a Unasul por causa de erros cometidos na sua formação,
como a regra do consenso, que exige unanimidade para decidir. Vieram
governos traidores como o de [Lenin] Moreno [que retirou o Equador
da Unasul e pediu de volta o prédio sede da entidade, em Quito].

Precisamos de um esforço grande para retomar a Unasul.
É necessário, mas não vejo muita vontade nesses esforços, é uma pena
em todo caso [o presidente Lula quer recriar a entidade, que hoje sobrevive
no papel].
Por que a Unasul foi destruída?
Pela miopia de uma direita que veio com a fome atrasada, pela rendição
de governos de direita — porque não é conveniente para os Estados Unidos
uma América Latina unida — e pela vulnerabilidade da Unasul, devido aos
erros cometidos na sua formação.
Por exemplo, a regra do consenso, que dá poder de veto.
Basta um querer para destruir tudo.

Abaixo, outros trechos da entrevista:
https://youtu.be/vSH15g5mXsM

https://revistaforum.com.br/global/2024/6/27/correa-culpa-midia-pela-sobrevivncia-de-ideias-econmicas-ultrapassadas-161241.html

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Zé Maria

Eleições nos EUA: Biden tem desempenho desastroso
em debate com Trump e coloca candidatura em xeque

Primeiro debate presidencial de 2024 é marcado por agressões verbais,
mentiras de Donald Trump e confusões mentais de Joe Biden, deixando
Democratas em pânico e propensos a substituir o candidato do Partido.

[ Reportagem: Ivan Longo | Revista Fórum ]

“A quatro meses para as eleições presidenciais dos Estados Unidos,
o presidente Joe Biden, do Partido Democrata, e o ex-presidente
Donald Trump, dos Republicanos, travaram na noite desta quinta-feira (28),
em Atlanta, o primeiro debate de 2024.

Este, possivelmente, será o único debate entre os dois pré-candidatos
à Casa Branca.

O confronto confirmou o temor que muitos democratas tinham com relação
a Joe Biden:
o ex-presidente teve um desempenho considerado desastroso e pode ter
colocado em xeque sua candidatura.
Rouco e apresentando confusão mental para desenvolver ideias, além de
dificuldade para encontrar palavras e elaborar frases, o atual presidente
dos EUA não conseguiu se impor diante das mentiras e agressões de Trump.

Segundo a imprensa norte-americana, dirigentes do Partido Democrata
já estariam cogitando substituir Joe Biden por algum outro candidato
antes da convenção da legenda.
A leitura é que o mandatário vem, a cada dia, passando uma imagem maior
de fragilidade e que ele não terá capacidade de vencer o republicano.

Essa impressão foi confirmada por uma pesquisa feita pela CNN logo após
o debate:
67% dos telespectadores acreditam que Trump venceu o confronto,
contra 33% que consideraram o desempenho de Biden melhor.

De acordo com a CBS News, um grupo de deputados democratas, diante
da participação catastrófica de Biden no debate, se reunirá com o
presidente para tentar convencê-lo de desistir da corrida presidencial.
https://x.com/CBSNews/status/1806524279267430523

https://revistaforum.com.br/global/2024/6/28/eleies-nos-eua-biden-tem-desempenho-desastroso-em-debate-com-trump-coloca-candidatura-em-xeque-161265.html

Zé Maria

As Big Techs do Vale do Algoritmo
vão eleger Donald Trump, assim como
elegeram Jair Bolsonaro e Javier Milei.

Zé Maria

https://x.com/ShaykhSulaiman/status/1806598156743999542
Crianças Palestinas Queimadas
pelas Bombas de isRéu em Gaza
se recuperam das Queimaduras
tratadas pelo Médico Palestino.
https://x.com/IronistaOficial/status/1806599829369286805

Zé Maria

https://x.com/i/status/1806342942023393382
https://x.com/RamAbdu/status/1806087439892549819

“Trump e Biden, no meio do debate, estão a lutar para ver
quem poderia melhor apoiar Israel no seu ataque a Gaza…
São os mesmos genocidas!! É disto que se trata os EUA.”…

https://x.com/_Davidcu/status/1806755038632849492

Zé Maria

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A Burguesia Predadora e o Agronegócio Assassino

são os Grandes Responsáveis pela Miséria Humana.

Quem Endossa essas 2 Facções do Capital é Cúmplice.

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Zé Maria

A Imprensa Venal Neoliberal faz isso com o Lula
desde a Década de 1980, após a Criação do PT.
https://x.com/i/status/1806439185605382431
https://x.com/lazarorosa25/status/1806439185605382431

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/GRKD4cbXMAAUfMw?format=jpg

“Cretinos [Sem-Vergonhas, Mal Intencionados]
não perceberam que o dólar tinha subido
15 minutos antes de eu dar entrevista”,
desabafou @LulaOficial, depois de tentarem
atribuir a alta da moeda dos EUA às falas dele.
Ele sabe o que diz.
Desde 1989, quando ainda nem era presidente,
já faziam a mesma acusação.
São cretinos [e Mal Intencionados], sim!”

ELVINO BOHN GASS
Deputado Federal (PT/RS)
https://x.com/BohnGass/status/1806651408956985699

Zé Maria

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“El debate entre el presidente Biden y Donald Trump es una prueba clara
de la decandencia del imperio estadounidense.

No se puede esperar nada de sus políticas que solo benefician
a sus intereses empresariales.

La liberación de nuestros pueblos solo será obra de ellos mismo.

Los pueblos salvan a los pueblos.”

EVO MORALES
Primer Presidente del Estado Plurinacional de Bolivia.
https://x.com/EvoEsPueblo/status/1806690571152457799

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Sergio Furtado Cabreira

Ora, ora…
Cidadãos Norte-Americanos jamais votaram diretamente em um presidente! Aquilo lá é uma PSEUDO-DEMOCRACIA, assim como é a Inglaterra, por exemplo! Enfim, estão enterrados em dívidas até o pescoço! Até o FMI está cobrando a conta! Sinal dos tempos!

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