Netanyahu ordena fechamento do canal Al Jazeera em Israel
Medida adotada de forma unânime pelo governo sionista foi classificada por representante da emissora do Catar como ‘ato criminoso, que atenta contra o direito à informação’
Por Victor Farinelli, no Opera Mundi
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou neste domingo (05/05) um decreto pelo qual se ordenou o fechamento de todos os escritórios do canal Al Jazeera no país.
A decisão, segundo o líder do governo sionista, foi tomada durante reunião do gabinete ministerial, e teria tido unanimidade entre os participantes.
A medida só foi possível porque o Parlamento de Israel aprovou há um mês uma lei que permite o fechamento temporário de emissoras estrangeiras que sejam consideradas como ameaças à segurança nacional.
Por esse motivo, Netanyahu apresentou a medida em um discurso no qual descreveu a Al Jazeera como um “canal de incitação ao antissemitismo”.
Al Jazeera: ‘ato criminoso’
O canal Al Jazeera emitiu um comunicado institucional sobre a decisão do governo de Israel, afirmando que “esta é uma proibição ampla e não sabemos por quanto tempo irá vigorar”.
“Se trata de uma medida política que passa por cima dos princípios que devem vigorar no jornalismo. Um ato criminoso que viola direitos humanos e o direito básico de acesso à informação”, acrescenta o comunicado.
Além disso, um dos seus mais conhecidos correspondentes, Imran Khan, relatou que a medida de Netanyahu resultou não só no bloqueio do sinal televisivo da Al Jazeera em Israel, mas também do site na Internet.
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Além disso, os equipamentos guardados nas sedes israelenses do canal foram confiscados, assim como os seus números de telefone.
A decisão também foi criticada pelo Alto Comissionado de Direitos Humanos das Nações Unidas, que divulgou nota sobre o tema horas depois da assinatura do decreto.
“Uma mídia livre e independente é essencial para garantir a transparência e a responsabilidade. Mais ainda diante das duras restrições à cobertura jornalística em Gaza. A liberdade de expressão é um direito humano essencial”, afirmou o comunicado da ONU.
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