Marcelo Zero: Comentários sobre atual conjuntura internacional

Tempo de leitura: 5 min
Marcelo Zero: ''A participação do Brasil na OPEP+, uma organização que reúne países com volumosos fundos soberanos, permitirá ao Brasil maior cooperação e investimentos, inclusive em energias limpas e renováveis. O mundo precisará de mais algumas décadas para fazer uma transição energética bem-sucedida. Nesse interim, não adiantará em nada ficar demonizando os países árabes, a OPEP e as decisões do governo brasileiro". Fotos: Agência Petrobras, reprodução e Ricardo Stuckert/PR

Comentários Sobre Conjuntura Internacional (02/12/2023)

Por Marcelo Zero*

Essequibo

i. Dizer que a questão de Essequibo é uma agenda de Maduro ou do chavismo seria a mesma coisa que afirmar que a questão das ilhas Malvinas é uma agenda do peronismo.

ii. Na realidade, ambas são questões nacionais e suprapartidárias, que se arrastam há mais de 100 anos. São questões que perpassam quaisquer diferenças político-ideológicas internas.

Nos livros escolares argentinos, as ilhas Malvinas são assinaladas como território argentino. Nos livros escolares da Venezuela, Essequibo é mostrado como um território venezuelano em disputa,

iii. A questão do Essequibo surgiu, em 1830, quando a Inglaterra ocupou aquela região que pertencia antigamente à Coroa espanhola e, já naquele então, à Venezuela, que se tornara independente em 1811.

iv. A Venezuela nunca reconheceu essa ocupação como legítima. Em 1899, o litígio foi submetido a um laudo arbitral. A Venezuela foi representada por juízes norte-americanos.

v. O laudo arbitral deu ganho de causa ao Reino Unido.

vi. Posteriormente, a Venezuela contestou o laudo, alegando, com base nas memórias publicadas de um dos juízes norte-americanos, que houvera um acordo secreto entre os EUA e a Inglaterra para beneficiar esse último país.

vii. Em 1966, um pouco antes da independência da Guiana, então chamada de Guiana Inglesa, foi celebrado o Acordo de Genebra, pelo qual as partes em litígio prometiam alcançar uma solução negociada.

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viii. O governo chavista, ao contrário do que se divulga, procurou ter boas relações com a Guiana, mesmo não tendo abandonado, é claro, a reivindicação nacional sobre a “província” de Essequibo.

ix. Os contatos e as negociações foram facilitados pelo fato de que a Guiana, até 2015, tinha um governo de esquerda, o do PPP guianense.

x. Chávez fez investimentos na Guiana e a incluiu na Petrocaribe, vendendo ao governo de Georgetown combustível a preços subsidiados.

xi. Nesse interim, era a direita boliviana que se queixava da Guiana e exigia uma postura mais combativa do governo chavista, que cooperava ativamente com Georgetown.

xii. A questão de Essequibo só voltou a se “aquecer” em 2015, com a descoberta de petróleo no mar da Guiana e com a mudança do governo de Georgetown.

xiii. A Venezuela alegava e alega que o Acordo de Genebra não permite a exploração de recursos da “zona em disputa” sem a aquiescência de ambas as partes.

xiv. Em termos jurídicos, a questão está no âmbito de Corte Internacional de Justiça (Haia), por iniciativa da Guiana, desde 2018. Essa corte já se declarou competente para resolver a disputa e manter ou não o laudo arbitral de 1899.

xv. Entretanto, a Venezuela não reconhece a competência daquela corte para dirimir a questão.

xvi. Mesmo assim, o artigo 56 do Estatuto da CIJ permite uma decisão, sem a participação da Venezuela.

xvii. As decisões da Corte Internacional de Justiça não têm, contudo, poder cogente, como as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

xviii. O plebiscito convocado por Maduro não terá valor ante o direito internacional público, pois não conta com a aquiescência daquela corte e não será realizado com a população da zona em disputa.

xix. É uma iniciativa política para consumo interno, tendo em vista as realizações de eleições em 2024, na Venezuela.

xx. Deve-se salientar que a Venezuela, apesar de ter forças armadas bem mais poderosas que as da Guiana, que possui apenas, na realidade, uma força policial nacional, não reúne condições de fazer intervenções militares ou de qualquer outra ordem contra àquele país.

xxi. A Guiana tem o apoio dos EUA, da Commonwealth, da UE etc.

xxii. O Brasil, no terceiro governo Lula, procura manter boas relações com ambos os vizinhos.

xxiii. A postura brasileira tem sido a de favorecer a solução pacífica da controvérsia, com respeito ao princípio da integridade territorial e a manutenção da paz e da segurança na região.

OPEP+

a. A entrada do Brasil na chamada OPEP+ tem sido criticada e caracterizada como uma “contradição” com as decisivas posturas ambientalistas do nosso país, aprofundadas na COP 28.

b. Não é.

c. Em primeiro lugar, o Brasil entrará na OPEP+ como Estado Associado. Será observador e não participará de decisões destinadas à formação de preços internacionais do barril de petróleo

d. Em segundo, o Brasil já é um grande produtor e exportador de hidrocarbonetos, e tal realidade independe da participação do nosso país na OPEP+.

e. Em terceiro, não é correto demonizar a OPEP, apresentando-a como a grande vilã ambiental do planeta, em razão do cartel de produção de hidrocarbonetos.

f. Na realidade, não foi a OPEP que criou a “carbonização” das economias, a qual começou com o uso do carvão mineral, a partir da Revolução Industrial, na segunda metade do século XVIII.

g. O mundo já era e “carbono dependente” e “petróleo dependente”, bem antes do surgimento da OPEP.

Os países árabes e essa organização não tiveram qualquer responsabilidade por essa dependência. Foram os países hoje desenvolvidos os principais responsáveis.

h. Ademais, o “cartel” dos países da OPEP surgiu como reação a um grande cartel privado.

i. Com efeito, até a década de 1960, as chamadas international oil companies (IOCs), as grandes multinacionais, as chamadas Sete Irmãs, dominavam inteiramente 85% das reservas mundiais de petróleo.

Outros 14% das jazidas eram dominados por empresas privadas menores e as empresas nacionais de petróleo tinham acesso a apenas 1% das reservas.

As estatais que existiam na época, como a YPF (Argentina) a Pemex (México), a Petrobras e a PDVSA, não tinham a menor influência real nesse mercado.

j. As IOCs faziam o que bem entendiam. Ditavam a produção e o preço do petróleo e derivados no mundo, sempre com a perspectiva de curto prazo de obter o maior lucro possível e remunerar acionistas.

Fortemente verticalizadas, as Sete Irmãs se encarregavam da pesquisa, da prospecção, da produção, do refino e da distribuição. Conteúdo nacional? Só o suor de trabalhadores locais de baixa qualificação.

k. Tudo isso começou a mudar na década de 1960, com a criação da OPEP (1960) e outras medidas subsequentes.

l. O nacionalismo árabe, de inspiração nasserista, incitou uma onda de nacionalização do petróleo, que se iniciou na Argélia, em 1967, e na Líbia de Kadhafi (o ódio do Ocidente a Kadhafi não era gratuito), em 1969 e 1970. Tal onda nacionalizante se estendeu rapidamente por todo o Oriente Médio, no início da década de 1970.

m. Governos nacionalizaram jazidas e expropriaram ativos das multinacionais para criar as suas próprias companhias de petróleo. Em 1972, Arábia Saudita, Qatar, Kuwait e Iraque, onde estavam as principais reservas mundiais, já tinham iniciado esses processos.

n. Isso mudou inteiramente o mercado do petróleo. Os governos e as sociedades passaram a se apropriar de uma renda muito maior da cadeia do óleo, até mesmo porque descobriram que as IOCs escondiam deles os reais custos de produção, reduzindo artificialmente a remuneração devida aos países.

o. E os Estados, não as Sete Irmãs, começaram a ditar o ritmo da produção e da comercialização do petróleo, não mais com a perspectiva de obter o máximo de dividendos no curto prazo, mas com o objetivo estratégico de maximizar o uso de um recurso natural finito e não renovável.

p. Houve dois “choques do petróleo” (em 1973 e em 1979) e os hidrocarbonetos se tornaram, em média, mais caros do que eram na época das Sete Irmãs, do cartel privado,

q. Controlar a produção do petróleo com visão de longo prazo e manter os preços elevados não é uma má ideia, do ponto de vista ambiental, pois isso tende a diminuir o consumo e a estimular os investimentos em fontes limpas e renováveis de energia, como, de fato, vem acontecendo.

r. O Proálcool do Brasil, por exemplo, surgiu depois do segundo choque do petróleo, num contexto de baixa produção nacional de petróleo.

s. A participação do Brasil na OPEP+, uma organização que reúne países com volumosos fundos soberanos, permitirá ao Brasil maior cooperação e investimentos, inclusive em energias limpas e renováveis.

t. Evidentemente, o ideal, do ponto de vista ambiental, seria parar imediatamente a produção de hidrocarbonetos, mas isso não é realista.

u. O mundo precisará de mais algumas décadas para fazer uma transição energética bem-sucedida. Nesse interim, não adiantará em nada ficar demonizando os países árabes, a OPEP e as decisões do governo brasileiro.

*Marcelo Zero é sociólogo e especialista e especialista em Relações Internacionais.

Leia também:

Marcelo Zero: Referendo sobre Essequibo foi erro diplomático e Guiana não é vilã

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Zé Maria

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e5/Mapa_de_una_parte_de_Venezuela_y_de_la_Guayana_Britanica.jpg/373px-Mapa_de_una_parte_de_Venezuela_y_de_la_Guayana_Britanica.jpg

Em 1840, sob os auspícios da Royal Geographical Society, o naturalista Robert Schomburgk foi enviado numa Viagem de Exploração Botânica
e Geográfica à da Guiana Inglesa para definir as Fronteiras da então
Colônia Britânica com a Venezuela (já independente da Espanha), a
Oeste, e com a Guiana Holandesa (hoje Suriname), a Leste.

Primeiramente, Schomburgk traçou uma Linha Fronteiriça definindo
uma Área desde o Rio Moruca (ou Moroco) até ao Rio Essequibo.
Depois traçou uma segunda linha chamada Norte-Sul que englobava
a foz do Rio Amacuro – na Bacia do Orinoco – até ao Monte Roraima,
o que representava cerca de 141.930 Km².

Em 1841, quando se descobriu OURO no Território de Essequibo,
o Reino Britânico tratou de AMPLIAR o seu DOMÍNIO, reclamando
cerca de 33 Mil Milhas Quadradas ou 85.000 Km² ADICIONAIS
a Oeste da “Linha Schomburgk”.

A Migração de Colonos Britânicos para os Territórios Situados
além da Margem Esquerda do Rio Essequibo originaria a Primeira
Reclamação da Venezuela perante a Grã-Bretanha.

A Venezuela reclamou a “Linha Schomburgk”, alegando que
o Reino Britânico havia Adquirido ilegalmente cerca de
30 Mil Milhas Quadradas (80.000 Km²) do seu Território.

Em termos gerais, a Controvérsia Fronteiriça remonta ao Século XVI,
quando os Reinos Britânico, Holandês e Espanhol disputavam Territórios
nesta Região da América do Sul, sendo que o Reino de Espanha jamais reconheceu ao Reino da Grã-Bretanha a Área da Colônia de Essequibo,
à Margem Oeste do Rio de mesmo Nome.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Linha_Schomburgk

Zé Maria

Quem primeiro definiu a Fronteira da “Guiana Inglesa” (Colônia Britânica)
com a Capitania Geral da Venezuela (Colônia Espanhola), incluindo o Território de Essequibo, como Pertencente ao Reino da Grã-Bretanha
– não do Reino de Espanha- foi um Botânico Prussiano (Germânico)
Contratado pelo próprio Reino Britânico, em 1810.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Hermann_Schomburgk

Zé Maria

https://bit.ly/41cnBSo
https://pariana.com.br/wp-content/uploads/2023/12/download.jpg
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/plantation.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/mercantilismo.htm
https://static.mundoeducacao.uol.com.br/mundoeducacao/2022/03/3-plantation.jpg

ESSEQUIBO
Embora seja um território maioritariamente constituído por uma selva
praticamente impenetrável, é ao mesmo tempo rico em recursos minerais.

Em 2015, a ExxonMobil divulgou ter encontrado petróleo na costa da Guiana.

A área também possui reservas de diamantes, ouro e bauxita.

Marcos históricos:

1810: A Venezuela declara sua Independência do Reino da Espanha no Território que em 1777 correspondia à Capitania Geral da Venezuela.
Essa Declaração incluía a Área que chegava à Margem Esquerda
do Rio Essequibo.

1814: Em plena Guerra de Independência, os Britânicos tomam Posse das
“Colônias de Demerara, Berbice e Essequibo”, que, em 1831, passaram a
fazer parte do que foi chamado de “Guiana Inglesa”, Território a Leste do
Rio Essequibo.

1840: Como o limite ocidental da Guiana Inglesa não estava definido,
o Reino Britânico encarregou Robert Shomburgk, explorador alemão,
que anos antes havia realizado estudos botânicos na área, de traçar um
mapa com os limites entre aquela Guiana Inglesa e seus vizinhos, incluindo
a Venezuela.
O resultado ainda hoje é conhecido como Linha Shomburgk, que localiza
a fronteira da Venezuela na foz do rio Orinoco.
Em 1841, a Venezuela reagiu afirmando que lhe foram tirados seus territórios
localizados a oeste de Essequibo.

1850: O Reino Unido da Grã-Bretanha e a Venezuela concordaram que a
área disputada não seria ocupada e a definiram como território disputado.

1897: Com a mediação dos Estados Unidos da América (EUA), a Venezuela
e o Reino Britânico concordaram em respeitar o resultado de uma arbitragem internacional com a participação da Inglaterra, da Rússia
e dos EUA, este último representando a Venezuela.

1899: A sentença arbitral de Paris concede à Grã-Bretanha a soberania
sobre toda a área em disputa e deixa à Venezuela uma porção de terra
ao sul e a foz do rio Orinoco.

1962: A Venezuela denunciou perante a Organização das Nações Unidas
que havia vícios no procedimento de arbitragem e deixou claro que
considerava a decisão da sentença nula e sem efeito. A Nação Venezuelana argumentou que uma carta póstuma de um dos árbitros norte-americanos evidenciou um suposto compromisso entre o presidente russo no tribunal e
os representantes britânicos para alcançar uma decisão unânime contrária a Caracas.

1966: É assinado o Acordo de Genebra, no qual o Reino Britânico
reconhece que existe uma disputa por aquele território.
Nesse mesmo ano, a Guiana Inglesa alcançou a sua independência
e iniciaram-se negociações diretas entre os dois países (Güiana e
Venezuela) sobre a Disputa Territorial.

1970: Por iniciativa do Primeiro Ministro de Trinidad e Tobago,
Eric Williams, Venezuela, Guiana e Reino Unido da Grã-Bretanha
aprovaram em 18 de junho o Protocolo de Porto Espanha, que
estabeleceu um prazo de 12 anos.

1986: As Partes recorreram novamente à ONU para Desbloquear
a Disputa e chegar a Acordo sobre a Nomeação de um Mediador.
A partir desse momento foram nomeados três oficiantes.
O último deles, Norman Girvan, morreu em 2014 sem ter conseguido
Soluções para a Disputa Territorial.
Também não houve novos pedidos das partes na ONU para nomear
um novo mediador.

2015: A ExxonMobil (Petroleira Privada dos Estados Unidos da América-EUA) descobriu Petróleo na Área Disputada pela Venezuela e a Guiana.

Íntegra em:
https://pariana.com.br/internacional/essequibo-entenda-a-historia-da-disputa-entre-reino-unido-guiana-e-venezuela/

Zé Maria

“Brigam Espanha e Holanda
pelos direitos do Mar;
O Mar é das Gaivotas
que nele sabem voar.
Brigam Espanha e Holanda,
porque não sabem que o Mar
É de quem o sabe Amar”
(Leila Diniz)
.
.
As Disputas Territoriais entre as Matrizes Coloniais Européias
ficaram para as Colônias solucionar após sua Independência;
Essequibo é uma destas.
.
.
https://s3.static.brasilescola.uol.com.br/be/2023/12/bandeira-da-guiana-um-dos-elementos-mais-marcantes-da-historia-do-pais.jpg

História da Güiana

Por Daniel Neves Silva *

A história da Güiana (em Ameríndio: “Terra de Muitas Águas”)
se iniciou [como todas as outras na América] Antes da Chegada
dos Europeus no Continente Americano no final do século XV.

Estima-se que a Presença Humana na Região remonte há cerca
de 20 mil anos, sendo o Território Güianês dominado por dois
Povos Nativos, “Aruaques” ou “Arawaks) e “Caraíbas” ou “Karíbs”.

Os Aruaques estavam muito presentes na Região Litorânea,
enquanto os Caraíbas estavam no Interior do Território.

Os dois Povos Nativos também estavam presentes em diversas
ilhas do Caribe, mas os historiadores apontam que, em muitas
delas, os Caraíbas haviam expulsado os Aruaques e outros
povos que as habitavam. Isso porque os Caraíbas eram
conhecidos por serem ‘belicosos’ e muito ‘hostis com
estrangeiros’. Aliás, quando os Espanhóis chegaram
à América, no final do século XV, os Caraíbas lhes impuseram
uma Resistência Feroz [e não poderia ser diferente, já que
estavam defendendo a posse do seu próprio território].

A Ocupação da Güiana pelos Holandeses só foi iniciada na
segunda metade do século XVI.

A princípio, a presença Holandesa se deu por meio de feitorias
na Costa Güianesa [onde habitavam os Aruaques].

Posteriormente, os Holandeses foram se aprofundando no território,
estabelecendo assentamentos no interior [onde habitavam os Caraíbas],
às margens de importantes Rios Amazônicos [- a Região Amazônica cobre
quase 75% do Total do Território da Güiana e onde vivem atualmente Nove
(9) Povos Originários Reconhecidos, que conservam os Dialetos Próprios: Akawaio, Arekuna, Kariña, Lokono, Makushi, Patamona, Waiwai, Wapishana
e Warau].

Até então, havia uma Disputa Territorial entre Espanha e Países Baixos (Holanda), e, por meio do Tratado de Münster, o Domínio Holandês na
região foi Ratificado em 1648.

A “Exploração da Güiana” foi realizada pela “Companhia Holandesa das
Índias Ocidentais”, e, na ocasião, a colonização correspondia aos Territórios
dos Atuais Suriname [ex-Güiana Holandesa] e Güiana [ex-Güiana Inglesa].

A Empresa Holandesa fragmentou a Colônia, fundando as Colônias “Demerara” e “Berbice”, e deixando-as totalmente Separadas da
Colônia Mais Antiga, “Essequibo”.

A Colonização Holandesa se desenvolveu com base no Modelo “Plantation”
[Casa-Grande & Senzala: Latifúndio, Mão-de-Obra Escrava, Monocultura
de Exportação], produzindo principalmente Açúcar e Algodão. Além disso,
o Tabaco e, posteriormente, o Café se tornaram importantes produtos para
a economia da Güiana.

A partir do século XVII, a Colonização Holandesa foi Responsável
pela “Introdução” de “Africanos Escravizados” na Região.

De 1746 em diante, a Colônia de “Demerara” passou a receber imigrantes
britânicos, cujo foco era o da produção de algodão.

Com o passar do tempo, a Relação entre Britânicos e Holandeses na Região
foi se desgastando.

Em 1781, as Colônias “Essequibo” e “Demerara” foram Ocupadas pelos
Britânicos como consequência de um conflito entre o Reino Unido da
Grã-Bretanha e os Países Baixos (Holanda).

Em 1784, os holandeses retomaram o controle da Güiana, mas, em 1795,
a Região foi Ocupada pelos Franceses como consequência dos Conflitos
na Europa.

Os Bbritânicos retomaram o Controle da Região em 1796, porém, devolveram
a Güiana para os Holandeses em 1802.

Por fim, em 1814, um Acordo ratificou que “Essequibo, Demerara e Berbice” seriam Território Britânico Unificado sendo chamado de “Güiana Britânica” ou “Güiana Inglesa”.

“A Colônia Essequibo”

A Disputa pelo Território de Essequibo se estende desde o Período Colonial.

Primeiramente, a Espanha exigia a Colônia de Essequibo dos Países Baixos
(Holanda), e a questão foi Parcialmente Resolvida com o acordo de 1648.

Acontece que a Espanha Nunca Abriu Mão Oficialmente de sua Exigência
sobre o Território de Essequibo, mesmo com esse Acordo do Século XVII.

Quando a Venezuela conquistou sua Independência da Espanha, no
Começo do Século XIX, a Antiga Demanda passou a ser realizada
pelo Governo Venezuelano.

A Venezuela (ex-Colônia do Reino Espanhol) passou a exigir do Governo Britânico o Direito de Controle de Essequibo.

Entretanto, o Governo Britânico anunciou que a região não seria ocupada até que a disputa fosse resolvida.

Mas o Reino Britânico descumpriu com o Próprio Anúncio, porque a Descoberta de Ouro na Colônia Sul-Americana motivou Milhares de
Colonos Britânicos a se estabelecerem em Essequibo.

A “Güiana foi mantida sob o Domínio Britânico até a Segunda Metade
do Século XX.

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a “Descolonização” tornou-se
“Tendência” em todo o Planeta, não sendo diferente na Güiana (Inglesa).

A partir da Década de 1950, o Cenário Político na Güiana tornou-se mais
Complexo, com uma série de Partidos Políticos sendo Formados (alguns sendo Fundados por Imigrantes Indianos e outros por Afro-Descendentes).

Esses Partidos passaram a contestar o Colonialismo Britânico na Güiana,
principalmente pela Extrema Pobreza [Miséria] em que a região era mantida.

As Demandas pela Independência começaram a ganhar força na Colônia,
fazendo com que o Reino Unido da Grã-Bretanha concedesse à Güiana o direito de manter sua Autonomia Administrativa [Mandato] em 1960.

A Independência da Güiana foi ratificada em 26 de maio de 1966, em uma
Conferência Constitucional realizada em Londres. Esse evento foi parte
do primeiro encontro do Congresso da Güiana em sua história.

Uma vez Reconhecida a Independência da Güiana pelo Reino Britânico,
o Problema Diplomático Histórico que afetava o Território da Região
foi Transferido para o Governo Güianês: o “Controle de Essequibo”
reivindicado pela Venezuela.

* Graduado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG)
e Especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade
Federal de Goiás (UFG). É Professor de História na Rede Omnia.

Íntegra:
https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/historia-guiana.htm
https://www.amazonialatitude.com/2022/11/11/amazonia-caribenha-os-primeiros-seculos-de-contato-entre-europeus-e-indigenas/

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1732107066150428768

“Sistema Lançador Múltiplo de Foguetes Grad da Rússia
destruiu um Obuseiro M777, de Fabricação Norte-Americana,
em Território Ucraniano à Margem Direita do Rio Dniepre.”

https://twitter.com/Sputnik_Brasil/status/1732107066150428768

Se os Estados Unidos da América (EUA )
continuarem alimentantando Israel e Ucrânia
com Armamentos Bélicos, na Mesma Proporção,
vai faltar Munição [e Dinheiro] brevemente.

.

Zé Maria

Excerto

“Deve-se salientar que a Venezuela, apesar de ter forças armadas
bem mais poderosas que as da Guiana, que possui apenas, na realidade,
uma força policial nacional, não reúne condições de fazer intervenções
militares ou de qualquer outra ordem contra àquele país [Guiana].”
.
.
Sem Chance.
O Maduro é Brabo
mas não é Louco.
É Tudo Boato.
.
.

Zé Maria

.

“Interesses Energéticos e Geopolíticos
de Israel e do Ocidente estão em Jogo
no Conflito em Gaza”

“O pano de fundo de quase tudo o que se passa
no Oriente Médio ainda se trata da Energia”

“Recursos Naturais Pertencentes aos Palestinos
e Tentativa de Fortalecer Rota Comercial Alternativa
ao Projeto Chinês de Nova Rota da Seda – com o qual
Pequim tenta ligar a Ásia Oriental ao Mar Mediterrâneo,
através de Portos no Irã, Iraque e Síria – são alguns
dos fatores que determinam as decisões dos atores
globais envolvidos na Disputa da Região”

Por Gercyane Oliveira, no Portal Opera Mundi

Os avanços israelenses no território palestino e os interesses geopolíticos de Tel Aviv e seus principais aliados buscam fortalecer uma iniciativa rival
ao projeto chinês de Cinturão e Nova Rota da Seda, com o qual Pequim
tenta ligar a Ásia Oriental ao Mar Mediterrâneo, através de portos no Irã,
Iraque e Síria.

Deve-se levar em conta, porém, o interesse tanto de Israel
quanto dos Estados Unidos da América em usar o projeto
acima referido como oferta para negociar uma possível
normalização das relações entre Israel e os Estados do Golfo,
que é uma das condições essenciais para a sua realização.

E também o antigo desejo do governo de Benjamin Netanyahu
de se apropriar dos recursos naturais existentes no território
palestino.

As reservas de óleo e gás da Palestina, na bacia do Levante,
são bem conhecidas e estimadas. Israel vem explorando
essas reservas há algum tempo, aproveitando o bloqueio
imposto a Gaza, e deve começar em breve a produzir
– as reservas de óleo recuperáveis no mar territorial
palestino podem chegar a mais de 500 bilhões de dólares.

Países como Israel parecem achar que é muito dinheiro
nas mãos dos palestinos.

As autoridades israelenses estão tão seguras de si,
que vêm negociando esses acordos há anos.

O pano de fundo de quase tudo o que se passa no Oriente Médio
ainda se trata da energia.

Em 29 de outubro deste ano, o Ministério de Energia de Israel disse que concedeu 12 licenças a 6 (seis) empresas para explorar gás natural na
Costa Mediterrânea do país, com o objetivo de criar mais concorrência
e diversificar fornecedores.

As concessões de licença, que ocorreram no momento
em que o conflito em Gaza [leia-se: Massacre Sionista]
entrava em sua quarta semana, incluíram um grupo liderado
pela italiana Eni (ENI.MI), juntamente com a Dana Petroleum
e a israelense Ratio Energies (RATIp.TA), que explorará uma
área a oeste do enorme campo Leviatã, que fornece gás a Israel
e também é usado para exportação.

Em junho de 2019, parceiros [incluindo a Norte-Americana Chevron-Texaco] no gigante campo de gás Leviatã, na costa de Israel, assinaram um acordo
de fornecimento de gás de US$ 700 milhões com a Israel Electric.

Um estudo recente da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) aponta que as novas descobertas de gás natural na Bacia do Levante estão na faixa de 122 trilhões de metros cúbicos, enquanto o petróleo recuperável é estimado em 1,7 bilhões de barris. Essas reservas oferecem uma oportunidade de distribuir e compartilhar cerca de US$ 524 bilhões entre as diferentes partes da região.

A ocupação militar israelense dos territórios palestinos desde 1967 e o bloqueio da Faixa de Gaza desde 2007 impediram que o povo palestino exercesse qualquer controle sobre seus próprios recursos de combustíveis fósseis, negando-lhes as receitas fiscais e de exportação tão necessárias e deixando a economia palestina à beira do colapso.

Os custos econômicos infligidos ao povo palestino sob a ocupação
estão bem documentados:
– restrições rígidas ao movimento de pessoas e mercadorias;
– confisco e destruição de propriedades e bens;
– perda de terra, água e outros recursos naturais;
– um mercado interno fragmentado e separação dos mercados
vizinhos e internacionais; e
– a expansão dos assentamentos israelenses que são ilegais
de acordo com a lei internacional.

O povo palestino também exerce apenas um controle limitado
sobre seu espaço e política fiscal.

De acordo com as estipulações do Protocolo de Paris sobre
Relações Econômicas, Israel controla a política monetária,
as fronteiras e o comércio da Palestina.

Também cobra taxas alfandegárias, IVA e impostos sobre a renda
dos palestinos empregados em Israel, que depois são repassados
ao governo palestino.

A UNCTAD calcula que, sob a ocupação, o povo palestino perdeu
US$ 47,7 bilhões em receitas fiscais no período de 2007 a 2017,
incluindo as receitas vazadas para Israel e os juros acumulados.

Em comparação, os gastos do governo palestino com desenvolvimento
no mesmo período foram de aproximadamente US$ 4,5 bilhões.

O fechamento prolongado e as operações militares recorrentes em Gaza
deixaram mais da metade da população do território vivendo abaixo
da linha da pobreza e custam US$ 16,7 bilhões em PIB perdido anualmente.

Esse número não leva em conta o enorme custo de oportunidade de impedir
que o povo palestino use seu campo de gás natural na Costa de Gaza.

O Acordo Provisório Israelense-Palestino de 1995 sobre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, conhecido como Acordo de Oslo II, concedeu à Autoridade Nacional Palestina (ANP) jurisdição marítima sobre suas águas até 20 milhas náuticas da costa. A ANP assinou um contrato de 25 anos para exploração de gás com o British Gas Group em 1999, e um grande campo de gás, o Gaza Marine, foi descoberto entre 17 e 21 milhas náuticas da costa de Gaza no mesmo ano.

No entanto, apesar das discussões iniciais entre o governo israelense, a ANP e a British Gas sobre a venda de gás desse campo e o fornecimento da tão necessária receita para os territórios palestinos ocupados, os palestinos não obtiveram nenhum benefício.

Desde o bloqueio de Gaza em 2007, o governo israelense estabeleceu um controle de fato sobre as reservas de gás natural offshore de Gaza. Desde então, a empresa contratada, a British Gas, tem negociado com o governo israelense, ignorando efetivamente o governo palestino em relação aos direitos de exploração e desenvolvimento.

Israel também assumiu o controle do campo de petróleo e gás natural de Meged, localizado dentro da Cisjordânia ocupada. Israel afirma que o campo fica a oeste da linha de armistício de 1948, mas a maior parte do reservatório está situada sob o território palestino ocupado desde 1967. Mais recentemente, Israel começou a desenvolver novas descobertas de petróleo e gás no Mediterrâneo Oriental, exclusivamente para seu próprio benefício.

Ao se apoderar e explorar os recursos palestinos de petróleo e gás, Israel está agindo em violação à lei e ao princípio das Regulamentações de Haia, da Quarta Convenção de Genebra e de um conjunto de leis internacionais humanitárias e de direitos humanos que tratam da exploração de recursos comuns por uma potência ocupante, sem levar em conta os interesses, os direitos e as ações da população ocupada.

Uma participação justa nas receitas de petróleo e gás poderia
proporcionar aos palestinos um financiamento sustentável
para investir em reconstrução, reabilitação e recuperação
econômica de longo prazo.

A alternativa é que esses recursos comuns sejam explorados
individual e exclusivamente por Israel e se tornem mais um
motivo para o conflito.

Por ora, a motivação imediata por parte de Israel parece estar
no cumprimento do que foi iniciado no século passado.

A bacia está dividida entre o Egito e Israel, e isto implica
no simples fato de que o Egito pode estar “costurando por
fora” um acordo com Israel também, não é difícil pensar nisso
quando há na mesa uma quantidade exorbitante de dinheiro
e não há indiferença.

Gaza é uma faixa litorânea com 80 km de comprimento,
diante do exposto, não é distante a possibilidade de surgirem
geógrafos para argumentar linhas que evidenciem que a bacia
não é de território palestino e com isso justificar mais incursões
militares.

Geólogos e economistas de recursos naturais confirmaram
que o Território Palestino Ocupado encontra-se sobre grandes
reservatórios de petróleo e gás natural, na Área C da Cisjordânia
ocupada [invadida] e na costa mediterrânea da Faixa de Gaza.

No entanto, este problema envolve também o Líbano, ainda que
supostamente a disputa tenha sido “resolvida” na Organização
das Nações Unidas (ONU), mas não antes de Israel ameaçar
ir à guerra por “suas reservas”.

O campo de gás natural Leviatã está localizado na Bacia do Levante,
no Mar Mediterrâneo.

O campo é de propriedade conjunta da Ratio Energies, da Chevron Mediterranean e da NewMed Energy, com participações de 15%,
39,66% e 45,34%, respectivamente.

A Chevron se tornou a operadora do campo com a aquisição da
Noble Energy, a operadora anterior do campo, em junho de 2020.

A Noble Energy obteve aprovação para o plano de desenvolvimento do
campo do Ministério de Infraestrutura Nacional, Energia e Recursos
Hídricos de Israel em junho de 2016.

A decisão final de investimento no desenvolvimento da Fase 1A do campo,
no valor de US$ 3,75 bilhões, foi tomada em fevereiro de 2017.

A primeira produção da Fase 1A começou em dezembro de 2019.

A Fase 1B do campo Leviatã aumentará a capacidade de produção de gás
do campo de 12 bcm por ano para 21 bcm por ano.

Os parceiros atribuíram ao projeto um orçamento de US$ 96,4 milhões
para a execução da engenharia e do projeto preliminar de front-end
(pré-FEED) em fevereiro de 2023.

O desenvolvimento do campo Leviatã está alinhado com a visão do
Ministério de Energia de Israel de substituir o carvão como combustível
de geração de eletricidade até 2025.

“O Campo de Gás Leviatã”
O campo de gás Leviatã fica a 1.645 m de água na Bacia do Levante,
a aproximadamente 130 km a oeste de Haifa, Palestina.

Ele faz parte das licitações de Rachel e Amit e cobre uma área de 330 km².

Na época da descoberta, o campo de gás Leviatã era o campo mais
proeminente já encontrado na área subexplorada da Bacia do Levante,
que abrange cerca de 83.000 km² da região leste do Mediterrâneo.

Em relação às questões de fronteira marítima entre o Líbano e Israel sobre
o campo de gás, o Líbano considerou que os campos de gás Leviatã e Tamar
se estendiam ao território libanês e alegou que Israel estava ignorando esse
fato.
Israel retaliou ameaçando usar a força para proteger suas descobertas de gás.

Contudo, Tel Aviv continua impedindo que os palestinos desenvolvam seus
campos de energia para explorar e se beneficiar de tais ativos.

Dessa forma, foram negados ao povo palestino os benefícios do uso desse
recurso natural para financiar o desenvolvimento socioeconômico e atender
à sua necessidade de energia.

As perdas acumuladas são estimadas em bilhões de dólares.

Quanto mais tempo Israel impedir os palestinos de explorar suas próprias reservas de petróleo e gás natural, maiores serão os custos d oportunidade
e os custos totais da ocupação suportados pelos palestinos.

As disputas e tensões envolvendo petróleo e gás natural não podem ser
separadas do contexto político que as envolve e do fato de que o período
em que as descobertas de gás natural foram feitas coincidiu com vários
acontecimentos políticos importantes na região.

O contexto político se cruza em muitos pontos cruciais com
os desenvolvimentos dos recursos de petróleo e gás natural
e, portanto, complica uma situação política já complexa.

Ignorar essas complexidades só pode prejudicar a análise
de muitos determinantes cruciais.

Íntegra: https://t.co/VMw4aZ47tH
https://twitter.com/OperaMundi/status/1731297237492174994

https://operamundi.uol.com.br/guerra-israel-x-palestina/84124/interesses-energeticos-e-geopoliticos-de-israel-e-do-ocidente-estao-em-jogo-no-conflito-em-gaza

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Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/GAYUs9EWUAAojb0?format=jpg

“A imprensa brasileira começou o dia 30 de Novembro
postando ‘luto’ pela morte de Henry Kissinger.

Ficou constrangida ao ver que até a imprensa mainstream
estadunidense recordou seus crimes de guerra.

Daí agora começou a soltar artigos dizendo que ele era uma
‘figura controversa”.

Controverso é sushi de banana com chocolate.

Kissinger foi um assassino em massa, um genocida repugnante
que planejou a morte de milhões de civis e dedicou sua vida inteira
a espalhar atrocidades pelo mundo.”

https://twitter.com/Historia_pensar/status/1730373867246367163

Thread (1/25): https://twitter.com/Historia_pensar/status/1731177392838734284

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Zé Maria

Thread

A Estratégia de Israel Montada com EUA e Países Europeus

sobre a Reserva de Gás da Costa Mediterrânea de Gaza

https://twitter.com/i/status/1724124757749047649
https://twitter.com/i/status/1724125693510811677
https://twitter.com/i/status/1724127089803096292
https://twitter.com/i/status/1724130500338504117

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Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1724124757749047649

Expansão Territorial / Invasão Sionista à Palestina e a Geopolítica Mundial.

“A justificativa religiosa de terra prometida
é a mentira mais sem vergonha do século!!”
#israHellTerrorist

https://twitter.com/Natayuska1/status/1724124757749047649

Zé Maria

https://www.viomundo.com.br/?s=MERCURIO

Zé Maria

https://images02.brasildefato.com.br/bc8bf64132b463b82309bac6abb98462.jpeg
https://images03.brasildefato.com.br/7a058c824d2a72b44de4e41e2c30e01f.jpeg

Enquanto os Eco-Capitalistas, Primos dos Anarco-Capitalistas do Milei,
fazem Protestos Radicais contra a Instalação das Plataformas Marítimas
da Petrobras – atualmente de uma que está a 500 Km da Foz do Amazonas –
os Garimpeiros ilegais estão se instalando dentro da Floresta Amazônica
com Retro-Escavadeiras e Betoneiras para Mineração de Ouro e despejando
Quilos e Quilos de Mércúrio – Metal Nefro-Tóxico e Neuro-Degenerativo –
nos Rios da Amazônia no Brasil.

Afinal, é esse mesmo Ouro obtido ilegalmente, às custas da Contaminação
das Águas e dos Peixes e da Doença da População Amazônida Nativa, que
irá para as Joalherias da Faria Lima, onde a Burguesia Paulista compra os
seus Anéis de Noivado e Alianças de Casamento e constrói suas Estátuas
de Bezerros para Adoração.

Por que então os Eco-Capitalistas haveriam de se importar com o Mercúrio?
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https://youtu.be/cH5ccOYgHKA

“Peixes Consumidos em 6 Estados da Amazônia
têm Contaminação por Mercúrio Causada por
Garimpo ilegal”

“Mais de 1.000 peixes de 80 espécies foram coletados pelos pesquisadores
em mercados públicos, feiras-livres e com pescadores em 17 cidades de
6 (Seis) estados da região amazônica.

Em média 21,3% dos peixes consumidos estavam contaminados com mercúrio.

A situação é pior em Roraima, que aparece em primeiro lugar com 40%
dos pescados contaminados.

A seguir vêm Acre com 36 %, Rondônia com 26%, Amazonas com 22%,
Pará com 16% e Amapá com 11%, acima do tolerado.

https://www.brasildefato.com.br/2023/06/01/garimpo-causa-aumento-da-concentracao-de-mercurio-em-peixes-na-amazonia-mostra-pesquisa
https://www.brasildefato.com.br/2023/02/03/mineracao-em-terras-indigenas-da-amazonia-aumentou-1-217-nos-ultimos-35-anos
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Informe ENSP/Fiocruz

Estudo revela que peixes de rios de Roraima
estão contaminados por mercúrio

O hábito saudável e tradicional de comer peixe
está ameaçado pelo garimpo ilegal na Terra
Indígena Yanomami.

Segundo estudo de pesquisadores da Fiocruz, do Instituto Socioambiental
(ISA), do Instituto Evandro Chagas e da Universidade Federal de Roraima
(UFRR), os pescados coletados em 3 (três) de 4 (quatro) pontos na Bacia
do Rio Branco apresentaram concentrações de mercúrio maiores ou iguais
ao limite estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o estudo, para algumas espécies de peixes carnívoros,
como o filhote, a contaminação já é tão alta que praticamente não existe
mais nível seguro para o seu consumo, independente da quantidade
ingerida.

O consumo continua sendo possível para espécies como o matrinxã, aracu, jaraqui, pacu, jandiá e outras.

Entretanto, para crianças e mulheres em idade fértil, estas espécies devem ser consumidas com moderação, para evitar riscos à saúde.

A pesquisa aponta que barba chata, coroataí, filhote, piracatinga e pirandirá são peixes carnívoros com risco muito alto, que devem ser consumidos no máximo em uma porção de 50 gramas, uma vez ao mês.

Dourada, mandubé, liro, pescada, piranha preta e tucunaré são peixes carnívoros com alto risco, não devendo o consumo exceder 200 gramas
por semana.

Já curimatã, jaraqui, matrinxã, pacú seriam peixes não-carnívoros
com médio e baixo risco, que não apresentam restrições para o consumo
e podem ser consumidos em porções de até 300 gramas por dia.

Para as mulheres grávidas, é indicado evitar, durante toda a gravidez,
o consumo de peixes carnívoros (barba chata, coroataí, filhote, piracatinga, pirandirá).

Baseada em metodologia proposta pela OMS, a análise de avaliação de risco à saúde coletou amostras de pescado entre 27 de fevereiro e 6 de março de 2021 e revelou índices altos de contaminação em trecho do Rio Branco na
cidade de Boa Vista (25,5%), Baixo Rio Branco (45%), Rio Mucajaí (53%) e Rio Uraricoera (57%).

“As altas taxas de contaminação observadas,
provavelmente, são decorrentes dos inúmeros
garimpos ilegais de ouro instalados nas calhas
dos rios Mucajaí e Uraricoera”, pontuam os
pesquisadores.

No Uraricoera, ponto mais próximo à Terra Indígena Yanomami,
a cada 10 peixes coletados, 6 (seis) apresentaram níveis de
mercúrio acima dos limites estipulados pela OMS.

No Rio Branco, na altura da capital (Boa Vista), a cada 10 peixes
coletados, aproximadamente 2 (dois) não eram seguros para
consumo.

Sendo assim, mesmo distantes da Terra Indígena Yanomami,
e apesar de em proporção menor, os habitantes de Boa Vista
não estão livres dos impactos do mercúrio utilizado no garimpo
ilegal.

Segundo o estudo, 45% do mercúrio usado em garimpos ilegais
para extração de ouro é despejado em rios e igarapés da Amazônia,
sem qualquer tratamento ou cuidado. O mercúrio liberado de forma indiscriminada no meio ambiente pode permanecer por até cem anos em diferentes compartimentos ambientais e pode provocar diversas doenças em seres humanos e em animais.

Nas crianças, os problemas podem começar na gravidez. Se os níveis de contaminação forem muito elevados, pode haver abortamentos ou o diagnóstico de paralisia cerebral, deformidades e malformação congênita. Os menores também podem desenvolver limitações na fala e na mobilidade. Na maioria das vezes, as lesões são irreversíveis, provocando impactos na vida adulta.

Estudos recentes realizados com indígenas do Povo Munduruku (*)
que vivem na região do Médio Tapajós, no Estado do Pará,
revelam alterações neurológicas e psicológicas em adultos e atrasos
no desenvolvimento de crianças associados ao consumo de peixes
contaminados por mercúrio.

O efeito nefasto do mercúrio na saúde já foi comprovado entre os Yanomami
também.

Segundo estudo da Fiocruz com apoio do ISA, na comunidade de Aracaçá,
na região de Waikás, às margens do rio Uraricoera, onde há forte presença
garimpeira, 92% das pessoas examinadas apresentaram contaminação
por mercúrio.

“Em síntese, a presença de garimpos em terras indígenas,
associada ao uso indiscriminado de mercúrio, diferente
do que muitos políticos e empresários dizem, não traz
riqueza e desenvolvimento às comunidades.

Pelo contrário, deixa um legado de mazelas e problemas
ambientais que contribui para perpetuar o ciclo de pobreza,
de miséria e desigualdade, na Amazônia”, escrevem os
autores do estudo.

*(https://portal.fiocruz.br/noticia/estudo-analisa-contaminacao-por-mercurio-entre-o-povo-indigena-munduruku)

Acesse a Nota Técnica Avaliação de Risco à Saúde
Atribuível ao Consumo de Pescado Contaminado
por Metilmercúrio na Bacia do Rio Branco, Roraima,
Amazônia, Brasil.
Íntegra: (https://informe.ensp.fiocruz.br/assets/anexos/ff51a29762190d78a7da62fa06d2751e.PDF)

https://portal.fiocruz.br/noticia/estudo-revela-que-peixes-de-rios-de-roraima-estao-contaminados-por-mercurio
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Entrevista: Professora Pesquisadora Heloisa Meneses
da Universidade Federal do Oeste do Pará

A contaminação por mercúrio na Amazônia,
consequência do aumento das atividades em garimpos
e da devastação da floresta.

Segundo pesquisadora, a zona urbana de Santarém, no Pará,
apresenta níveis de contaminação superiores ao recomendado
pela Organização Mundial da Saúde

https://www.ihu.unisinos.br/categorias/159-entrevistas/617538-a-contaminacao-por-mercurio-na-amazonia-consequencia-do-aumento-das-atividades-em-garimpos-e-da-devastacao-da-floresta-entrevista-especial-com-heloisa-meneses
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Zé Maria

Sobre a Disputa Territorial da Província de Essequibo:

O Chaves tentou resolver amistosamente o problema,
mas a direita da Guiana pró-EUA complicou tudo.

A OTAN está babando para intervir na Venezuela.

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Zé Maria

30/11/2023
Reuters

No início do mês, o secretário-geral da OPEP, HE Haitham al-Ghais, disse na Argus European Crude Conference que a porta da Opep estaria aberta caso o Brasil desejasse se juntar ao grupo.

“Hoje o Brasil se tornou um dos maiores exportadores e parou de comprar petróleo. Portanto, a porta está aberta”, disse al-Ghais.

Para a Opep, faz sentido trazer o Brasil para o grupo, com a sua produção de petróleo e gás tendo registrado níveis recordes em julho de 4,48 milhões de barris de óleo equivalente (boe)/dia.

A produção de petróleo cresceu 18,6% ano a ano, segundo dados da ANP, atingindo 3,51 milhões de bpd. Segundo a Wood Mackenzie, espera-se que as empresas petrolíferas privadas do Brasil aumentem a produção em 75% até 2030. Além disso, espera-se que a estatal Petrobras (PETR4) aumente a produção em 81% dentro do mesmo prazo.
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A OPEP

Fundada em 1960, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP; OPEC, na sigla em inglês) reúne atualmente 13 países com direito
a voto que são grandes exportadores de petróleo, sendo composta pelos
5 (Cinco) membros fundadores que, sinala-se, são os únicos com direito
a veto:

Arábia Saudita,
Irã,
Iraque,
Kuwait e
Venezuela;

Compõem ainda a OPEP outros 8 países que no decorrer do tempo foram aceitos como membros plenos:

Angola (2007),
Argélia (1969),
Congo (2018),
Emirados Árabes Unidos (1967),
Gabão (1975),
Guiné Equatorial (2017),
Líbia (1962) e
Nigéria (1971);

Além desses treze, há mais 10 países (sem direito a voto) que integram
a chamada Opep+:

Azerbaijão,
Bahrain,
Brunei,
Cazaquistão,
Malásia,
México,
Omã,
Rússia,
Sudão e
Sudão do Sul.

Ao todo são 23 países que produzem cerca de 40% de todo o petróleo bruto
do mundo.

Se o Brasil, que é um dos 10 maiores exportadores de petróleo do Planeta,
aceitar o convite para se somar a esses países, fará então parte da Opep+,
portanto, sem direito à voto.

A aprovação de um novo país membro requer o acordo de três quartos (3/4)
dos membros plenos da OPEP, incluindo todos os 5 (cinco) fundadores.
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Entretanto, os Experts Sionistas Neoliberais da braZilian Press Corporation,
Filial da Imprensa Oficial do Departamento de Estado dos EUA no braZil, são
contra a adesão do Brasil à Opep+, porque todas as Petrolíferas seriam
“controladas pelo Estado, e os governos conseguem determinar cortes ou
aumentos na produção com facilidade, sem necessidade de prestar contas
a ‘investidores'” (SIC),[segundo opinião de David Zylbersztajn, ex-diretor geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no Governo FHC, em ‘O Globo’].

Esses Agentes do Mercado preferem privatizar o que resta de Estatal na Petrobras e fazer com que a Empresa Nacional Brasileira se junte ao Cartel das Corporações Petrolíferas Multinacionais Ocidentais Privadas, entre as
quais:
British Petroleum (BP) [Britânica],
Chevron Corporation [EUA],
Exxon Mobil Corporation [EUA],
Royal Dutch Shell [Anglo-Holandesa],
Total Energies [Francesa];
para quem os Governos Temer (2016-18) e Bolsonaro (2019-22) entregaram
parte do Petróleo do Pré-Sal Brasileiro em Regime de Concessão.
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