Heloisa Villela: ”Ele fez questão de permanecer na região para mostrar ao mundo o que é esse genocídio do povo palestino”
Tempo de leitura: 3 minHeloisa Villela narra drama do jornalista que perdeu família em bombardeiro de Israel
‘Ele fez questão de permanecer na região para mostrar ao mundo o que é esse genocídio do povo palestino’, destaca a enviada especial do ICL sobre Wael Dahdou, chefe do escritório da tevê Al Jazeera em Gaza
Diário da Guerra
Por Heloisa Villela (Enviada especial do ICL Notícias)
DIA 9 – 22h42 – 25/10 (Ramallah, Cisjordânia)
Wael Dahdou é um jornalista experiente, mentor dos colegas mais jovens, chefe do escritório da tevê Al Jazeera em Gaza.
Ele fez questão de permanecer na região para mostrar ao mundo o que é esse genocídio do povo palestino, levado a cabo por Israel.
Quando o governo de Banjamin Netanyahu mandou que a população da Faixa de Gaza deixasse o norte do território e buscasse segurança no sul, Wael decidiu mudar a família de lugar.
Mas nesta terça-feira, 25 de outubro, ele estava trabalhando quando soube que um bombardeio israelense, na região que deveria ser segura, havia matado a mulher, os dois filhos e o neto de Wael.
Tenho vontade de gritar. Gritar muito para ver se alguém ouve. O que mais falta para que os governos dos Estados Unidos e dos países da Europa entendam que o jogo de poder político já passou do de qualquer limite.
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Agora é pura matança. Genocídio promovido ao vivo e a cores que nos arrasa minuto a minuto.
Basta abrir o computador ou correr as notícias de feeds das mídias sociais. Se não for forçado a parar com essa insanidade, Netanyahu só vai suspender essa matança quando expulsar todos os palestinos da Faixa de Gaza. E se precisar destruir tudo, absolutamente tudo, ele não hesitará!
E eu já estou preocupada com o que virá depois. Aqui em Ramallah, um lugar ainda seguro, distante dos bombardeios, essa é a pergunta que não sai da cabeça da população: o que Netanyahu fará depois de expulsar, ou matar, todos os palestinos e anexar a Faixa de Gaza? O medo é generalizado.
Conheci uma brasileira que tem medo até de manter no telefone as conversas que teve comigo. Apagou tudo antes de sair da vila em que mora para se encontrar comigo em um café de Ramallah.
Vou fazer de conta que o nome dela é Maria. Não posso identificar a mulher que dividiu lágrimas, sorrisos e as fotos de filhos e netos comigo durante um longo café na tarde de céu azul dessa terça-feira.
Ela ainda carrega o sotaque forte que trouxe do Rio Grande do Sul há quase 30 anos. Os pais são palestinos. Quando o marido teve um enfarto repentino, a mãe achou melhor voltar para a Palestina com as filhas.
Maria tem boas recordações daquele começo de vida na terra dos avós. Achava tudo mais fácil, mais livre.
Não era difícil circular na Cisjordânia e até mesmo em Jerusalém. Isso tudo desapareceu. E agora, a situação é tão opressiva que ela tem medo até de receber uma visita surpresa do exército por conta de mensagens trocadas no whatsapp ou postagens nas mídias sociais.
Não é exagero. Isso está acontecendo. Ela não foi a única que me pediu para tomar esse cuidado. Perdi o registro de muitas conversas por conta disso. Mas guardei comigo as imagens dessa gente que me recebeu com tanta confiança e intimidade.
Maria tem os olhos grandes, um sorriso fácil e acolhedor e um amor profundo pela família que, contados todos os parente, soma quase 50 pessoas. Ela teme que o passo seguinte de Netanyahu seja tomar toda a terra palestina na Cisjordânia. A parte que ainda não foi tomada por colonos judeus que não param de construir assentamentos ilegais no território.
E aí? Não seria melhor pegar filhos e netos e sair daqui? Voltar ao Brasil já que foi lá que ela nasceu?
Maria não consegue nem pensar nessa possibilidade. Ir com quem? Deixar quem para trás? Não.
A vida dela só faz sentido na convivência com os amigos e parentes que dividem as noites no pátio da família. Como qualquer um, ela quer o dia a dia perto das pessoas que ama. E aí, faz aquele gesto de ombro como quem diz: “vamos ver no que vai dar”.
Maria tem certeza de que a mira de Israel vai se voltar contra ela, contra os filhos, primos, tios…
Contra todos os palestinos que vivem nos espaços que ainda conseguem ocupar, no país que deveria ser o deles. E aconteça o que acontcer, daqui ela não sai. Até porque, nada mais faria sentido.
🇵🇸 Retweet pelos valentes repórteres que estão neste momento no inferno de Gaza, arriscando as suas vidas e saúde para que o mundo saiba o que ali se está passando. pic.twitter.com/V5xHb7m6gj
— geopol.pt (@GeopolPt) October 26, 2023
Comentários
Zé Maria
https://youtu.be/PJnM03vBM_E
“Se os tubarões fossem homens,
[Governantes das Sociedades Oceânicas,]
eles seriam mais gentis com os peixes pequenos.
Se os tubarões fossem homens,
[Governantes das Sociedades Oceânicas,]
eles fariam construir resistentes caixas do mar,
para os peixes pequenos com todos os tipos de
alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais.
Eles cuidariam para que as caixas sempre tivessem água renovada
e adotariam todas as providências sanitárias cabíveis,
se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana,
imediatamente os tubarões fariam uma atadura
a fim que não morressem antes do tempo.
Para que os peixinhos não ficassem tristonhos,
eles dariam cá e lá uma festa aquática,
pois os peixes alegres têm gosto melhor
que os tristonhos.
Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas,
nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar
para a guela dos tubarões.
Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia,
a fim de encontrar os grandes tubarões,
deitados preguiçosamente por aí.
A aula principal seria, naturalmente,
a formação moral dos peixinhos.
Eles seriam ensinados de que o ato
mais grandioso e mais belo é
o ‘sacrifício’ alegre de um peixinho,
e que todos eles deveriam acreditar
nos tubarões, sobretudo quando
esses dizem que velam pelo belo futuro
dos peixinhos.
Se encucaria nos peixinhos que esse futuro
só estaria garantido se aprendessem a ‘obediência’.
Antes de tudo os peixinhos deveriam ‘guardar-se’
[‘manter-se intactos’, ‘abster-se’, ‘conservar-se puros’],
antes de qualquer inclinação ‘baixa’, ‘materialista’,
‘egoísta’ e ‘marxista’ e denunciaria imediatamente
aos tubarões, se qualquer deles manifestasse
essas inclinações.
Se os tubarões fossem homens,
[Governantes das Sociedades Oceânicas,]
eles naturalmente fariam guerras entre sí,
a fim de conquistar caixas de peixes
e peixinhos estrangeiros.
As batalhas seriam travadas
pelos seus próprios peixinhos.
Os tubarões ensinariam os peixinhos que
entre eles e os peixinhos de outros tubarões
existem gigantescas diferenças;
Eles anunciariam que os peixinhos
são reconhecidamente mudos
e calam nas mais diferentes línguas,
sendo assim impossível que entendam
um ao outro.
Cada peixinho mudo que na guerra
matasse alguns peixinhos da outra língua,
silenciosos inimigos, seria condecorado
com uma pequena ordem das algas
e receberia o título de herói.
Se os tubarões fossem homens,
[Governantes das Sociedades Oceânicas,]
haveria entre eles naturalmente também uma arte,
haveria belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões
seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam
representadas como inocentes parques de recreio,
nos quais se poderia brincar magnificamente.
Os teatros do fundo do mar mostrariam
como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados
para as guelas dos tubarões.
A música seria tão bela, tão bela, que os peixinhos,
sob seus acordes, a orquestra na frente,
entrariam em massa para as guelas dos tubarões
sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos .
Também haveria uma religião ali.
Se os tubarões fossem homens,
[Governantes das Sociedades Oceânicas,]
eles ensinariam essa religião e
só na barriga dos tubarões é que
começaria verdadeiramente a Vida.
Ademais, se os tubarões fossem homens,
[Governantes das Sociedades Oceânicas,]
também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos,
alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros.
Os que fossem um pouquinho maiores poderiam, inclusive,
comer os menores;
Isso só seria agradável aos tubarões, pois eles mesmos obteriam
assim, mais constantemente, maiores bocados para devorar
e os peixinhos maiores, que deteriam os cargos,
valeriam pela ordem entre os peixinhos, para que estes
chegassem a ser médicos, advogados, professores, oficiais,
engenheiros da construção de caixas, e assim por diante.
Curto e grosso:
só então haveria ‘civilização’ no mar,
se os tubarões fossem homens…”
[Governantes da ‘Comunidade Internacional’ Oceânica…]
BERTOLT BRECHT
Poeta e Dramaturgo
Marxista Alemão
.
.
Por Antonio Abujamra: https://youtu.be/PJnM03vBM_E
.
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Páginas 5 e 6:
https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/enlije/2012/76f28feeaaf2e64c40c8768fd48f3aa7_131_159_.pdf
.
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Zé Maria
Sionistas Assassinos
Assarão nas Chamas
das Próprias Bombas
antes de irem para
os Quintos do Inferno.
https://twitter.com/i/status/1717641543366951292
https://twitter.com/GeopolPt/status/1717641543366951292
Zé Maria
.
“Netanyahu está fazendo isso para fugir da Prisão”
OSAMA HAMDAN
Líder do Hamas.
Em Entrevista ao Jornalista
Brasileiro Breno Altman.
No Programa 20 Minutos
no Canal Opera Mundi.
ìntegra:
https://youtu.be/pWSYzDPYA4g
.
Zé Maria
Segundo a Imprensa Venal, Lacaia, Impatriótica, Corrupta e Canalha,
Jornalista Árabe e Bolgueir@ de Esquerda não possuem Credibilidade.
Assim, as Informações da Al Jazeera serão sempre Questionadas, tal
como a Notícia do Bombardeio Aéreo de Israel no Hospital em Gaza.
https://revistaforum.com.br/global/2023/10/19/video-israel-atacou-hospital-sustenta-al-jazeera-depois-de-analisar-videos-146156.html
https://revistaforum.com.br/global/2023/10/20/peritos-britnicos-sugerem-que-projetil-partiu-de-territorio-de-israel-veja-as-provas-146252.html
https://revistaforum.com.br/autor/luizcarlosazenha.html
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