Gleisi Hoffmann: O veto dos EUA foi político, para eliminar as chances de solução negociada, multilateral

Tempo de leitura: 2 min
A cumplicidade escancarada dos EUA com o massacre massacre do povo palestino por Israel. Em Nova York, a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, veta a proposta brasileira para a guerra. Em Israel, o presidente Joe Biden reúne-se com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Fotos: Reprodução

Da Redação

Com o veto dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguiu aprovar, nesta quarta-feira, 18/10, a resolução apresentada pelo Brasil e que propunha uma pausa humanitária em Gaza para socorrer milhares de civis feridos e frear o ciclo de mortes.

Para ser aprovada, uma resolução no Conselho precisa de pelo menos nove votos dos 15 membros do órgão. Mas não pode contar com nenhum veto. Apenas cinco países têm esse direito de vetar um texto: EUA, China, Rússia, Reino Unido e França.

Ao final de um longo processo de negociação, o texto brasileiro somou doze votos de apoio:

  • Brasil
  • China
  • França
  • Albânia
  • Equador
  • Gabão
  • Gana
  • Japão
  • Malta
  • Moçambique
  • Suíça
  • Emirados Árabes Unidos

Duas abstenções: Rússia e Reino Unido.

Mas o poder de veto dos EUA, um tradicional aliado de Israel, foi suficiente para derrubar a proposta.

“O voto era visto como um teste para a credibilidade do Conselho que, nos últimos sete anos, não conseguiu aprovar nenhum entendimento entre as potências no que se refere à crise entre palestinos e israelenses”, observa o jornalista Jamil Chade, no UOL.

A votação do texto elaborado pelo Brasil havia sido adiada duas vezes. Na primeira delas, na segunda-feira, 16/10, os países pediram mais tempo para chegar a um consenso. O Itamaraty chegou a costurar apoio com embaixadores de outros países.

Para a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, o veto dos EUA à resolução construída pelo Brasil deixa claro quem quer a paz e quem quer prolongar o sofrimento das populações civis.

”Foi um veto político, para eliminar as chances de uma solução negociada multilateralmente. Querem seguir o caminho da violência e se impor pela força”, salienta Gleisi no X (antigo twitter).

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“Mas não vamos desistir de um cessar-fogo para poupar vidas inocentes, evitar mais crimes de guerra e construir a paz, como vem fazendo tenazmente o presidente @LulaOficial”, acrescenta.

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Comentários

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Carlos Roberto Honorio da Silva

Sou a favor da paz, sou a favor de negociações, mas precisamos ouvir os dois lados, e precisamos ouvir não o Hamas, mas os palestinos, porque são duas coisas diferentes. O Hamas não quer negociar. Ele quer a espetacularização da tragédia, e clpar Israel. Ele quer a guerra.

Zé Maria

“Declaração de Teerã: a Iniciativa Turco-Brasileira
para a Questão Nuclear Iraniana”
Por Maria Clara Guerra Gomes Pereira Macedo
(Instituto de Relações Internacionais/UnB)
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/8336/1/2014_MariaClaraGuerraGomesPereiraMacedo.pdf

Zé Maria

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”Foi veto político, para eliminar as chances
de uma solução negociada multilateralmente”
(Gleisi Hoffmann)
https://twitter.com/Gleisi/status/1714663819526459855
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Do mesmo modo e pelo mesmo motivo, os Estados Unidos da América (EUA)
vetaram a Proposta Consensual Apresentada por Brasil e Turquia de um
Acordo com o Irã para a Limitação do Enriquecimento de Urânio Iraniano.

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2010/05/100517_ira_acordo_pu
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/06/eua-rejeitam-acordo-nuclear-negociado-entre-turquia-brasil-e-o-ira-2.html

Leia:

“Os EUA e a Guerra como Instituição: o Caso do Irã”

Por Maria Inez Fontenelle Arantes (CFCH/UFSC)
https://www.oasisbr.ibict.br/vufind/Author/Home?author=Arantes%2C+Maria+Inez+Fontenelle

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