Íntegra do discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU: veja e leia

Tempo de leitura: 8 min

Discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 78ª Assembleia da ONU

Discurso lido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York (EUA), em 19 de setembro de 2023

”Meus cumprimentos ao Presidente da Assembleia Geral, Embaixador Dennis Francis, de Trinidad e Tobago.

É uma satisfação ser antecedido pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres.

Saúdo cada um dos Chefes de Estado e de Governo e delegadas e delegados presentes.

Presto minha homenagem ao nosso compatriota Sérgio Vieira de Mello e 21 outros funcionários desta Organização, vítimas do brutal atentado em Bagdá, há 20 anos.

Desejo igualmente expressar minhas condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia.

A exemplo do que ocorreu recentemente no estado do Rio Grande do Sul no meu país, essas tragédias ceifam vidas e causam perdas irreparáveis.

Nossos pensamentos e orações estão com todas as vítimas e seus familiares.

Senhoras e Senhores

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Há vinte anos, ocupei esta tribuna pela primeira vez.

E disse, naquele 23 de setembro de 2003:

“Que minhas primeiras palavras diante deste Parlamento Mundial sejam de confiança na capacidade humana de vencer desafios e evoluir para formas superiores de convivência”

Volto hoje para dizer que mantenho minha inabalável confiança na humanidade.

Naquela época, o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática.

Hoje, ela bate às nossas portas, destroi nossas casas, nossas cidades, nossos países, mata e impõe perdas e sofrimentos a nossos irmãos, sobretudo os mais pobres.

A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã.

O mundo está cada vez mais desigual.

Os 10 maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade.

O destino de cada criança que nasce neste planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe.

A parte do mundo em que vivem seus pais e a classe social à qual pertence sua família irão determinar se essa criança terá ou não oportunidades ao longo da vida.

Se irá fazer todas as refeições ou se terá negado o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar diariamente.

Se terá acesso à saúde, ou se irá sucumbir a doenças que já poderiam ter sido erradicadas.

Se completará os estudos e conseguirá um emprego de qualidade, ou se fará parte da legião de desempregados, subempregados e desalentados que não para de crescer.

É preciso antes de tudo vencer a resignação, que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural.

Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo.

Senhores e senhoras

Se hoje retorno na honrosa condição de presidente do Brasil, é graças à vitória da democracia em meu país.

A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão.

A esperança, mais uma vez, venceu o medo.

Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre.

O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com nossa região, com o mundo e com o multilateralismo.

Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta.

Nosso país está de volta para dar sua devida contribuição ao enfrentamento dos principais desafios globais.

Resgatamos o universalismo da nossa política externa, marcada por diálogo respeitoso com todos.

A comunidade internacional está mergulhada em um turbilhão de crises múltiplas e simultâneas: a pandemia da Covid-19; a crise climática; e a insegurança alimentar e energética ampliadas por crescentes tensões geopolíticas.

O racismo, a intolerância e a xenofobia se alastraram, incentivadas por novas tecnologias criadas supostamente para nos aproximar.

Se tivéssemos que resumir em uma única palavra esses desafios, ela seria desigualdade.

A desigualdade está na raiz desses fenômenos ou atua para agravá-los.

A mais ampla e mais ambiciosa ação coletiva da ONU voltada para o desenvolvimento – a Agenda 2030 – pode se transformar no seu maior fracasso.

Estamos na metade do período de implementação e ainda distantes das metas definidas.

A maior parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável caminha em ritmo lento.

O imperativo moral e político de erradicar a pobreza e acabar com a fome parece estar anestesiado.

Nesses sete anos que nos restam, a redução das desigualdades dentro dos países e entre eles deveria se tornar o objetivo-síntese da Agenda 2030.

Reduzir as desigualdades dentro dos países requer incluir os pobres nos orçamentos nacionais e fazer os ricos pagarem impostos proporcionais ao seu patrimônio.

No Brasil, estamos comprometidos a implementar todos os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, de maneira integrada e indivisível.

Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente.

Lançamos o plano Brasil sem Fome, que vai reunir uma série de iniciativas para reduzir a pobreza e a insegurança alimentar.

Entre elas, está o Bolsa Família, que se tornou referência mundial em programas de transferência de renda para famílias que mantêm suas crianças vacinadas e na escola.

Inspirados na brasileira Bertha Lutz, pioneira na defesa da igualdade de gênero na Carta da ONU, aprovamos a lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função.

Combateremos o feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres.

Seremos rigorosos na defesa dos direitos de grupos LGBTQI+ e pessoas com deficiência.

Resgatamos a participação social como ferramenta estratégica para a execução de políticas públicas.

Senhor presidente

Agir contra a mudança do clima implica pensar no amanhã e enfrentar desigualdades históricas.

Os países ricos cresceram baseados em um modelo com altas taxas de emissões de gases danosos ao clima.

A emergência climática torna urgente uma correção de rumos e a implementação do que já foi acordado.

Não é por outra razão que falamos em responsabilidades comuns, mas diferenciadas.

São as populações vulneráveis do Sul Global as mais afetadas pelas perdas e danos causados pela mudança do clima.

Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase a metade de todo o carbono lançado na atmosfera.

Nós, países em desenvolvimento, não queremos repetir esse modelo.

No Brasil, já provamos uma vez e vamos provar de novo que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível.

Estamos na vanguarda da transição energética, e nossa matriz já é uma das mais limpas do mundo.

87% da nossa energia elétrica provem de fontes limpas e renováveis.

A geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel cresce a cada ano.

É enorme o potencial de produção de hidrogênio verde.

Com o Plano de Transformação Ecológica, apostaremos na industrialização e infraestrutura sustentáveis.

Retomamos uma robusta e renovada agenda amazônica, com ações de fiscalização e combate a crimes ambientais.

Ao longo dos últimos oito meses, o desmatamento na Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%.

O mundo inteiro sempre falou da Amazônia. Agora, a Amazônia está falando por si.

Sediamos, há um mês, a Cúpula de Belém, no coração da Amazônia, e lançamos nova agenda de colaboração entre os países que fazem parte daquele bioma.

Somos 50 milhões de sul-americanos amazônidas, cujo futuro depende da ação decisiva e coordenada dos países que detêm soberania sobre os territórios da região.

Também aprofundamos o diálogo com outros países detentores de florestas tropicais da África e da Ásia.

Queremos chegar à COP 28 em Dubai com uma visão conjunta que reflita, sem qualquer tutela, as prioridades de preservação das bacias Amazônica, do Congo e do Bornéu-Mekong a partir das nossas necessidades.

Sem a mobilização de recursos financeiros e tecnológicos não há como implementar o que decidimos no Acordo de Paris e no Marco Global da Biodiversidade.

A promessa de destinar 100 bilhões de dólares – anualmente – para os países em desenvolvimento permanece apenas isso, uma promessa.

Hoje esse valor seria insuficiente para uma demanda que já chega à casa dos trilhões de dólares.

Senhor presidente

O princípio sobre o qual se assenta o multilateralismo – o da igualdade soberana entre as nações – vem sendo corroído.

Nas principais instâncias da governança global, negociações em que todos os países têm voz e voto perderam fôlego.

Quando as instituições reproduzem as desigualdades, elas fazem parte do problema, e não da solução.

No ano passado, o FMI disponibilizou 160 bilhões de dólares em direitos especiais de saque para países europeus, e apenas 34 bilhões para países africanos.

A representação desigual e distorcida na direção do FMI e do Banco Mundial é inaceitável.

Não corrigimos os excessos da desregulação dos mercados e da apologia do Estado mínimo.

As bases de uma nova governança econômica não foram lançadas.

O BRICS surgiu na esteira desse imobilismo, e constitui uma plataforma estratégica para promover a cooperação entre países emergentes.

A ampliação recente do grupo na Cúpula de Joanesburgo fortalece a luta por uma ordem que acomode a pluralidade econômica, geográfica e política do século 21.

Somos uma força que trabalha em prol de um comércio global mais justo num contexto de grave crise do multilateralismo.

O protecionismo dos países ricos ganhou força e a Organização Mundial do Comércio permanece paralisada, em especial o seu sistema de solução de controvérsias.

Ninguém mais se recorda da Rodada do Desenvolvimento de Doha.

Nesse ínterim, o desemprego e a precarização do trabalho minaram a confiança das pessoas em tempos melhores, em especial os jovens.

Os governos precisam romper com a dissonância cada vez maior entre a “voz dos mercados” e a “voz das ruas”.

O neoliberalismo agravou a desigualdade econômica e política que hoje assola as democracias.

Seu legado é uma massa de deserdados e excluídos.

Em meio aos seus escombros surgem aventureiros de extrema direita que negam a política e vendem soluções tão fáceis quanto equivocadas.

Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário.

Repudiamos uma agenda que utiliza os imigrantes como bodes expiatórios, que corrói o Estado de bem-estar e que investe contra os direitos dos trabalhadores.

Precisamos resgatar as melhores tradições humanistas que inspiraram a criação da ONU.

Políticas ativas de inclusão nos planos cultural, educacional e digital são essenciais para a promoção dos valores democráticos e da defesa do Estado de Direito.

É fundamental preservar a liberdade de imprensa.

Um jornalista, como Julian Assange, não pode ser punido por informar a sociedade de maneira transparente e legítima.

Nossa luta é contra a desinformação e os crimes cibernéticos.

Aplicativos e plataformas não devem abolir as leis trabalhistas pelas quais tanto lutamos.

Ao assumir a presidência do G20 em dezembro próximo, não mediremos esforços para colocar no centro da agenda internacional o combate às desigualdades em todas as suas dimensões.

Sob o lema “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”, a presidência brasileira vai articular inclusão social e combate à fome; desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global.

Senhor presidente,

Não haverá sustentabilidade nem prosperidade sem paz.

Os conflitos armados são uma afronta à racionalidade humana.

Conhecemos os horrores e os sofrimentos produzidos por todas as guerras.

A promoção de uma cultura de paz é um dever de todos nós. Construí-la requer persistência e vigilância.

É perturbador ver que persistem antigas disputas não resolvidas e que surgem ou ganham vigor novas ameaças.

Bem o demonstra a dificuldade de garantir a criação de um Estado para o povo palestino.

A este caso se somam a persistência da crise humanitária no Haiti, o conflito no Iêmen, as ameaças à unidade nacional da Líbia e as rupturas institucionais em Burkina Faso, Gabão, Guiné-Conacri, Mali, Níger e Sudão.

Na Guatemala, há o risco de um golpe, que impediria a posse do vencedor de eleições democráticas.

A guerra da Ucrânia escancara nossa incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da Carta da ONU.

Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz.

Mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo.

Tenho reiterado que é preciso trabalhar para criar espaço para negociações.

Investe-se muito em armamentos e pouco em desenvolvimento.

No ano passado os gastos militares somaram mais de 2 trilhões de dólares.

As despesas com armas nucleares chegaram a 83 bilhões de dólares, valor vinte vezes superior ao orçamento regular da ONU.

Estabilidade e segurança não serão alcançadas onde há exclusão social e desigualdade.

A ONU nasceu para ser a casa do entendimento e do diálogo.

A comunidade internacional precisa escolher:

De um lado, está a ampliação dos conflitos, o aprofundamento das desigualdades e a erosão do Estado de Direito.

De outro, a renovação das instituições multilaterais dedicadas à promoção da paz.

As sanções unilaterais causam grande prejuízos à população dos países afetados.

Além de não alcançarem seus alegados objetivos, dificultam os processos de mediação, prevenção e resolução pacífica de conflitos.

O Brasil seguirá denunciando medidas tomadas sem amparo na Carta da ONU, como o embargo econômico e financeiro imposto a Cuba e a tentativa de classificar esse país como Estado patrocinador de terrorismo.

Continuaremos críticos a toda tentativa de dividir o mundo em zonas de influência e de reeditar a Guerra Fria.

O Conselho de Segurança da ONU vem perdendo progressivamente sua credibilidade.

Essa fragilidade decorre em particular da ação de seus membros permanentes, que travam guerras não autorizadas em busca de expansão territorial ou de mudança de regime.

Sua paralisia é a prova mais eloquente da necessidade e urgência de reformá-lo, conferindo-lhe maior representatividade e eficácia.

Senhoras e senhores

A desigualdade precisa inspirar indignação.

Indignação com a fome, a pobreza, a guerra, o desrespeito ao ser humano.

Somente movidos pela força da indignação poderemos agir com vontade e determinação para vencer a desigualdade e transformar efetivamente o mundo a nosso redor.

A ONU precisa cumprir seu papel de construtora de um mundo mais justo, solidário e fraterno.

Mas só o fará se seus membros tiverem a coragem de proclamar sua indignação com a desigualdade e trabalhar incansavelmente para superá-la.

Muito obrigado.

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Zé Maria

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#LulaNaONU: ‘Romper com a Nova Dependência’

Em discurso arrebatador na ONU, o presidente @LULAoficial reafirmou:

‘O Brasil está de volta’.

Após ter visitado 21 países em menos de 9 meses,
o Brasil ascendeu ao plano internacional.

Ao mesmo tempo, busca se reconectar internamente consigo mesmo
e, externamente, com o continente americano e com o mundo.

Certamente, uma nova posição desafiadora, justamente no mundo
que se reconfigura diante da profunda transformação digital e
seus impactos na Divisão Internacional do Trabalho.

No final dos anos de 1960, a teoria da dependência se tornou relevante
aos países periféricos da época ao revelar a permanência de traços
mais sofisticados do subdesenvolvimento, não obstante o salto
modernizante ocorrido na transição do longevo agrarismo para a
nova sociedade urbana e industrial.

O Brasil havia montado o exitoso padrão de colaboração entre o Estado,
capital nacional e estrangeiro na periferia do capitalismo mundial,
embora a fonte chave da vantagem comparativa, especialmente tecnológica,
seguia centrada em corporações transnacionais.

Na tentativa de reverter o real processo da dependência externa,
o governo civil-militar implementou a política de informática
com reserva de mercado para empresas nacionais e incorporação
de mão de obra qualificada.

Entre 1979 e 1983, em plena recessão econômica, as empresas brasileiras
saltaram de 23% para 46% de todas as vendas de computadores no país,
ao mesmo tempo em que permitiu formandos das áreas de exatas
deixassem de ser vendedores nas empresas estrangeiras, como IBM
e Burroughs, instaladas desde 1924 no Brasil, para assumirem postos
de relevância nas empresas nacionais (cobra, Itaú-Tec e outras).

O ingresso passivo e subordinado na globalização a partir de 1990
jogou fora a estratégia soberana brasileira do desenvolvimento tecnológico,
o que o tornou cada vez mais um país exportador de produtos primários
e depende, crescentemente, da importação de bens e serviços digitais.

Em pleno processo de digitalização da economia brasileira, a mudança
tecnológica reafirma as suas condições de aprofundamento da dependência
econômica nacional.

Por isso, a dependência digital por ser ainda mais sofisticada assume
simultaneamente uma possibilidade de superação quanto a reprodução
do subdesenvolvimento, cujas consequências principais se expressam
nas várias formas de desigualdades.

MARCIO POCHMANN
Professor e Pesquisador;
Economista e Escritor;
Autor de “A Decada dos Mitos:
o Novo Modelo Economico e
a Crise do Trabalho no Brasil”,
dentre outros Livros:
https://www.estantevirtual.com.br/livros/marcio-pochmann
Presidente do IBGE
Governo LULA (2023-2026)
https://twitter.com/MarcioPochmann/status/1704343758068666593

.

Zé Maria

#LulaNaONU

“O Brasil não foi aplaudido em nenhuma das 4 edições
da Assembleia Geral da ONU em que o ex-presidente
[Jair Bolsonaro, Capitão do Exército,] discursou.

Hoje, Presidente @LulaOficial voltou à tribuna e foi
aplaudido sete vezes.

O tempo da vergonha internacional acabou.

O Brasil voltou ao mundo !”

https://twitter.com/Pimenta13Br/status/1704163183743648100

Zé Maria

#LulaNaONU

“CORAJOSO E HISTÓRICO: em 21 minutos de discurso
na Assembleia Geral da ONU, Presidente @Lulaoficial:

▪️ Foi aplaudido 7 vezes;

▪️ Denunciou o injusto embargo econômico sofrido por Cuba;

▪️ Pediu justiça a Julian Assange, perseguido
por fazer o trabalho de informar a sociedade;

▪️ Anunciou a diminuição de 48%
no desmatamento na Amazônia;

▪️ Convocou o planeta para combater o aquecimento global
e a desigualdade socioeconômica;

▪️ Defendeu a democracia e denunciou o autoritarismo no mundo
[com o surgimento de ‘aventureiros de extrema direita’ sobre os
‘escombros do neoliberalismo’];

▪️ Se comprometeu em combater ainda mais a desigualdade racial no Brasil;

▪️ Anunciou a criação da Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres
no Brasil.

Não há hoje no mundo um líder com a coragem
e sensibilidade do nosso Presidente!”

https://twitter.com/Pimenta13Br/status/1704209120981615054

.

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1704142244620443930

Discurso do presidente brasileiro na Assembleia da ONU
foi interrompido por efusivas palmas por cinco vezes.
Em todas elas, líder ucraniano permaneceu imóvel.

“Zelensky é a maior farsa da rodinha progressista mundial.”

https://twitter.com/LelisPatricia/status/1704184737999335635

Leia a integra do discurso de LULA na ONU: https://bit.ly/46i2G1C

https://twitter.com/PTbrasil/status/1704185238740476040

Zé Maria

.

“Em meio aos escombros do neoliberalismo, surgem aventureiros
de extrema direita que negam a política e vendem soluções
tão fáceis quanto equivocadas.

Muitos sucumbiram à tentação de substituir um neoliberalismo falido
por um nacionalismo primitivo, conservador e autoritário.

Repudiamos uma agenda que utiliza os imigrantes como bodes expiatórios,
que corrói o Estado de bem-estar e que investe contra os direitos dos
trabalhadores.

Precisamos resgatar as melhores tradições humanistas que inspiraram
a criação da ONU.”
[…]
“É fundamental preservar a liberdade de imprensa.

Um jornalista, como Julian Assange, não pode ser punido por informar
a sociedade de maneira transparente e legítima.

Nossa luta é contra a desinformação e os crimes cibernéticos.

Aplicativos e plataformas não devem abolir as leis trabalhistas
pelas quais tanto lutamos.

Ao assumir a presidência do G20, em dezembro próximo,
não mediremos esforços para colocar no centro da agenda
internacional o combate às desigualdades em todas as
suas dimensões.”

PRESIDENTE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Chefe de Estado e de Governo da
República Federativa do Brasil.
No Discurso de Abertura da Assembléia Geral
da Organização das Nações Unidas (ONU).
https://twitter.com/LulaOficial/status/1704135384412602728
https://twitter.com/LulaOficial/status/1704135593679061367

.

Zé Maria

https://youtu.be/g2mzFHTJJko

“Petrobras Está no Caminho Certo
e Precisa Investir no Refino”

Mahatma Ramos, do Ineep, Analisa o
1º Semestre da Gestão de Jean Paul Prates
como Presidente da Petrolífera ‘Brasileira’.

A nova gestão da Petrobras dá indicativos de que
está no caminho certo, afirmou Mahatma Ramos,
do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo,
Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra
(Ineep), em entrevista ao Fórum Sindical, conduzido
pela historiadora Conceição Oliveira.

Mahatma diz que não é possível avaliar a gestão de
Jean Paul Prates desconsiderando o desmonte feito
na empresa a partir do golpe contra a presidenta
Dilma Rousseff em 2016.

Nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, a estatal
brasileira se desfez de 264 ativos, arrecadou R$ 202 bilhões
e distribuiu a maior parte em dividendos aos acionistas.

Investidores estrangeiros controlam hoje mais de
48% do capital da empresa.

“O Brasil é o nono maior produtor de petróleo,
é o oitavo mercado consumidor de petróleo,
o nono maior país em capacidade de refino,
no mundo, e é o décimo sexto maior país
em volume de reservas provadas.
Além disso, ele exporta cerca de 1,3 milhão
de barris de petróleo por dia.”

A Petrobras, por ser historicamente a empresa que estruturou,
que concentrou os grandes investimentos, que estruturou
do ponto de vista tecnológico, de formação de força de trabalho
e formação industrial, o setor de óleo e gás no Brasil, ela é central
para pensar o futuro energético brasileiro e do setor de óleo e gás.

Se a gente olha para as estimativas, até 2025 é esperado que o Brasil
alcance uma produção média de 4 milhões de barris de petróleo por dia,
e até 2030 esse número deve chegar a 5 milhões de barris de petróleo
por dia.

O Brasil é um país cada vez mais significativo no mercado de óleo e gás,
e cada vez mais autossuficiente na produção de petróleo, mas ainda há
uma dependência no Brasil na importação, sobretudo de derivados,
que tem um impacto gigante nos preços, na capacidade de poder
de compra das pessoas e na vida cotidiana de todo mundo que
consome combustíveis de maneira direta ou indireta.

Esse cenário global coloca essa necessidade de pensar esse processo
de ataque, desmonte, de desnacionalização que ocorreu com a Petrobras,
ao menos desde a Operação Lava Jato, desde 2014, que se aprofundou
nos últimos governos do ex-presidente Temer e do ex-presidente
Jair Bolsonaro.

“A gente vem de um processo de expansão da Petrobras
no começo dos anos 2000, nos governos do PT, um amplo
crescimento da Petrobras, da participação da Petrobras
no PIB, um grande desenvolvimento tecnológico da
Petrobras que permitiu e viabilizou a exploração e produção
no pré-sal brasileiro e resultou no maior plano de investimento
da história do Brasil, com média de investimentos anuais
de cerca de R$ 173 bilhões ao ano.

“Se a gente comparar com os governos Bolsonaro e Temer,
[o investimento] caiu cerca de três vezes esse volume médio,
caiu de cerca de R$ 170 bilhões para de R$ 49 a 50 bilhões ao ano.
Então, esse é o tamanho do desmonte do setor de óleo e gás
no Brasil.”

… ao longo desse primeiro semestre, depois de uma parada
para a manutenção de boa parte do parque de refino, a Petrobras
vem retomando e otimizando o fator de utilização ou uso do parque
de refino, que vem batendo recordes. Mas isso tem um limite.

“Depois da venda de parte do parque de refino da Petrobras,
sobretudo da RLAM, que era a segunda maior refinaria da
Petrobras, e também da REAM, no Amazonas, a Petrobras
perdeu muito da sua capacidade produtiva de derivados.
Então, agora a gente vai ter que olhar com mais atenção
para o futuro deste parque de refino e do mercado
de refino brasileiros.”

[ Reportagem: Luiz Carlos Azenha | Revista Fórum | 19/09/2023 ]

Íntegra: https://t.co/OVwEBcvN7y

https://revistaforum.com.br/opiniao/2023/9/19/petrobras-esta-no-caminho-certo-precisa-investir-no-refino-144342.html

Zé Maria

Finalmente temos um Verdadeiro Estadista Brasileiro.

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