André Barrocal, em Carta Maior, recomendado pelo sgeral/MST
Marcio Pochmann tem a voz mansa, baixa e o costume de abotoar a camisa social no pescoço sem usar gravata que fazem pensar que se está diante de um padre. Há quatro de seus 49 anos à frente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o gaúcho é uma hipótese na cabeça do autor de sua nomeação, o ex-presidente Lula, para disputar a prefeitura de Campinas, onde se doutorou em Ciência Econômica em 1993.
Em 18 anos de doutor, Pochmannviu o apogeu do neoliberalismo liderado pelo sistema financeiro e, hoje, assiste à (palavra dele) decadência do mundo rico. Pela primeira vez desde a crise de 1929, quem puxa a economia global são os países em desenvolvimento. O Brasil está na nova locomotiva. Mas, diz Pochmann, deveria ser mais ousado, para encurtar mais depressa a diferença que separa o país do velho “primeiro mundo”.
Por que não aproveita que algumas ações em bolsas mundo afora custam pouco e vira acionista de multinacionais? Participar da tomada de decisões que repercurtem no país é sempre benéfico. Por que não acelera o corte da taxa de juro do Banco Central e reduz o pagamento de juros da dívida pública? Se protegeria melhor dos efeitos de um cenário externo para lá de desalentador.
Nesta entrevista além de defender ousadia, Pochmanndiz que há uma disputa no governo sobre o tipo de crescimento do país (primário exportador versus tecnológico-industrial), analisa a mudança geográfica no dinamismo econômico global, defende juro real de 2%, faz um balanço do primeiro ano de Dilma Rousseff e aponta os principais desafios do país para 2012.
Eis a entrevista.
Um estudo recente do Ipea diz que desde a crise de 2008 os países em desenvolvimento contribuem mais para o crescimento mundial do que os ricos. Essa é uma situação que veio para ficar ou tem prazo de validade?
A economia europeia, os Estados Unidos e mesmo o Japão estão se transformando cada vez mais em economias ocas, devido ao deslocamento do seu setor produtivo para outras áreas geográficas do mundo, especialmente a Ásia. É a primeira vez, desde a crise de 1929, que o dinamismo econômico vem sendo protagonizado por países não desenvolvidos. As medidas tomadas pelos países ricos em 2008 foram muito importantes para evitar uma depressão e resolveram, de certa forma, a solvabilidade do setor financeiro. Mas não foram suficientes para dinamizar a economia porque o setor produtivo estava muito comprometido. O que não se verificou nos BRICS [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul]. Brasil, China e a Índia tomaram medidas que fortaleceram o mercado interno e saíram muito mais fortes. E não tenho dúvida de que continuarão se fortalecendo. A não ser que tenhamos um conflito. Historicamente, o deslocamento do centro dinâmico sempre foi acompanhado ou sucedido de conflitos armados. Até quando Estados Unidos e Europa aceitarão tranquilamente seu esvaziamento econômico, o crescimento do desemprego, a desigualdade de renda?
O senhor acredita em hipótese real de o mundo passar por uma guerra?
Espero que não. Os países desenvolvidos estão diante da seguinte escolha: a decadência ou o declínio. Decadência é a desorganização, a ruptura política. Um dos sinais de decadência é o que ocorreu recentemente nos Estados Unidos na disputa política dos pela ampliação do limite de endividamento. O governo Obama tinha sido autorizado três vezes e de repente não foi. Isso é um constrangimento inimaginável. Decadência é a incapacidade de construir maiorias políticas. É o que estamos vendo na Europa. Crise política aberta, quase uma volta ao colonialismo, a impossibilidade de ter decisões nacionais. A Grécia foi fortemente afetada pelos países da União Européia porque quis se submeter ao vaticínio popular. Declínio seria aceitar que o padrão de vida do país não vai mais crescer como vinha crescendo. E essa acomodação pode ser feita em termos civilizados. Claro que a decadência dos países ricos contamina os BRICS também, mas o cenário que está aberto para nós não é de decadência nem de declínio, é de crescimento. Não sabemos, no caso brasileiro, para aonde vai esse crescimento. Eu costumo lembrar que o crescimento é possível no vácuo ou na fama. Fama é muita fazenda, muita mineração, muita maquiladora, quer dizer, o Brasil vai crescer como cresceu nos quatro séculos passados, como produtor e exportador de produtos primários.
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O senhor acha que o Brasil hoje sofre esse problema? Há uma qualidade insuficiente do crescimento? Cresce errado?
Já te respondo. A outra alternativa é o Brasil do vácuo, do valor agregado e do conhecimento. Acredito que a novidade do Brasil nessa primeira década do século XXI é a construção de maioria política que tem clareza que o país não pode mais continuar com voo de galinha. O voo de galinha nos fez mal nos anos 80 e 90 e levou a uma regressão econômica e social. Em 1980, o Brasil era a oitava economia do mundo, no ano 2000 era a 13, até o México nos superou. No meu modo de ver, há uma maioria em torno de que o Brasil não pode mais repetir os anos 80 e 90. Isso nos deu a possibilidade de construir políticas de compromisso com o crescimento. O que não está claro, é objeto de disputa dentro do governo, é um governo muito amplo, é: qual crescimento? Quando olhamos a taxa de juros e a taxa de câmbio, isso aí é aplauso para o país da fama. Agora, quando você olha o Brasil Maior, uma tentativa de organizar uma política industrial, o Brasil Sem Miséria, a ênfase na educação, a elevação dos gastos na educação, a expansão das bolsas para o exterior, a constituição da Embrapi [Empresa Brasileira de Pesquisa Industrial], essas ações são para o Brasil do vácuo.
E quem está ganhado essa disputa dentro do governo, na sua avaliação?
Não temos um balanço, porque o que aconteceu nesse período de expansão não se deu apenas por determinações endógenas, nacionais. Claro que são elas as mais importantes, no entanto, o Brasil se reposiciona no mundo frente a uma perda de influência dos Estados Unidos e um crescimento da China. Em 2000, as exportações brasileiras para a China representavam 2% das nossas. Hoje, se aproximam dos 20%. Os Estados Unidos eram 25%, agora são menos de 15%. Essa inversão, da forma com que foi feita, trouxe impactos do ponto de vista produtivo. Com os Estados Unidos, nossa pauta de exportação era mais rica do que é com a China. Hoje, 50% das exportações são produtos primários para a China. Não é porque a China impõe, foi a maneira que o Brasil encontrou, dentro dos seus constrangimentos, de exportar mais. Nós podemos alterar isso, não dependemos da China.
Aproveitando que senhor falou em balanço. Estamos terminando o primeiro ano do governo Dilma. Do ponto de vista macroeconômico, o que se destaca na sua opinião? Qual é o balanço?
Em primeiro lugar, a busca de uma convergência na condução da política macroeconômica. É uma avaliação da presidenta em relação ao conflito entre a política monetária e fiscal que ocorreu nos dois governos do presidente Lula. Eu percebo uma convergência. Não houve um vencedor, as duas partes reconsideraram, digamos assim. Vejo um ano vitorioso nessa condução, que não contou com o apoio do mercado financeiro, especialmente no período mais recente, em que se alterou a trajetória da taxa de juros. Um segundo aspecto é uma busca de maior racionalidade na gestão do governo. Isso se iniciou com um corte orçamentário, buscando ampliar a eficiência a partir de um orçamento menor e maior interlocução entre os ministérios. Isso não é ainda perceptível e generalizado, mas é possível observar em algumas ações. A principal delas é a integração do governo para reduzir a miséria.
Não houve nenhum ponto negativo?
Numa avaliação ex-post, isso é mais fácil fazer, as medidas tomadas no início do ano se mostraram muito fortes, diante do aprofundamento da crise internacional. No início do ano, era quase um consenso que o Brasil não poderia continuar crescendo ao ritmo de 7,5%, tendo em vista deficiências de investimento. Precisava desacelerar. No entanto, essa medida tomada internamente se associou a um quadro internacional de agravamento e por isso levou a uma mudança nas expecativas de investimentos internos. E isso acelerou a queda da atividade. As medidas do início do ano eram para fazer com que saíssemos de 7,5% para 4,5%, 5% de crescimento. Só que, com a combinação de resultados negativos da crise, a desaceleração foi mais rápida. Se não houvesse alteração no comportamento do juro, se o governo não toma medidas necessárias, acho inclusive que poderia avança algumas mais, nós poderíamos correr o risco de ter um PIB crescendo 2%, 3% este ano e talvez uma estagnação no ano que vem.
O que seria avançar mais?
Do ponto de vista da política fiscal.
Como?
Uma revisão do superávit fiscal para baixo. E na política monetária, poderíamos ter uma desaceleração mais acentuada da taxa de juros.
Até quando o Brasil terá de conviver com superávit primário? Qual seria um patamar razoável de estabilização da dívida a partir do qual o Brasil não precisaria mais fazer superávit primário?
O tamanho da nossa dívida relativamente ao PIB não é um problema, especialmente quando olhamos países ricos muito mais fragilizados. Uma das nossas dificuldades é o perfil da dívida. Um esforço de alongamento dos títulos certamente nos ajudaria muito mais do que o tamanho da dívida. Eu acredito que o superávit fiscal passa a perder importância na medida em que o país tenha um crescimento acima de 5%.
O senhor defendeu reduzir o superávit mas no plano do governo para trazer a taxa de juros para baixo, o superávit tem de ser robusto. Seria então um cálculo exagerado?
Isso é do ponto de vista do discurso, da retórica. Nós fizemos um corte de R$ 50 bilhões no orçamento no inicio do ano, enquanto que a elevação da taxa de juros nos levou a um aumento do gasto financeiro de R$ 35 bi. Cortou-se o gasto operacional de um lado, e de outro se elevou o gasto financeiro com a taxa de juros.
Esses R$ 35 bi são um gasto adicional considerando que recorte de tempo?
Era para o ano todo, se continuasse a trajetória de alta da taxa de juros. Mas vai ser menor, porque o juro está em queda.
Qual seria o nível adequado do juro real no Brasil? Essa é uma discussão que já se impõe, não?
É difícil justificar num país de estabilidade monetária, de contas fiscais relativamente equilibradas, uma taxa de juros real acima de 2% ao ano.
Por que 2% e não 1% ou 3%?
É algo arbitrário, evidentemente. Mas se olharmos um pouco o comportamento da taxa de lucro do setor produtivo brasileiro, as empresas que conseguem ter acima de 2% de lucro real… Na verdade, é um parâmetro. Para que todo setor produtivo possa ter uma rentabilidade superior ao que seria oferecido pela taxa de juros, 2% é um parâmetro razoável. Taxa de lucro acima disso já é muito bem satisfatório.
É um patamar que não desestimula a produção…
É claro que as grandes empresas têm taxas de lucros maiores, mas se você olhar os pequenos…
Esse é um debate que não existe hoje. No último relatório de inflação divulgado pelo Banco Central, o diretor discretamente colocou a questão. Acredita que não há debate por que o ‘mercado’ não quer? Ou falta o próprio governo colocá-lo?
Evidente que um segmento que convive um longo período com taxas de juros muito altas não tem interesse em uma rentabilidade menor, embora o setor financeiro tenha feito esforços de ampliação de suas taxas de lucros com atividades operacionais, está investindo em tecnologia, já tem clareza também que essse cenário de voo de galinha não pode ser reproduzido. Eu acredito que eles trabalham do ponto de vista interno, mas publicamente não é interessante dizer: “nós aceitamos taxas de juros de tanto”. Porque a taxa de juros não é o resultado de uma decisão técnica-econômica. Evidentemente que os setores que ganham com a taxa de juros pressionam de várias modalidades, assim como o setor produtivo também pressiona.
É uma decisão política…
Existe também uma correlação de forças, de interesse. Alguns criticam que o governo do presidente Lula e mesmo a Dilma poderiam ter reduzido a taxa de juros mais rapidamente… Se você tivesse uma redução dramática, quando o Brasil não podia crescer suficientemente depois de duas décadas de semiestagnação, o que poderia ocorrer? Aquele montão de dinheiro do sistema financeiro vai para onde? Comprar ativos? Aumentariam os preços, teria inflação. Outra alternativa seria esses recursos saírem do Brasil. A escolha do presidente Lula, continuada pela Dilma, foi fazer um movimento coordenado. Você reduz a taxa de juros para limitar os ganhos financeiros e, simultaneamente, cria condições para a transição da liquidez financeira para o setor produtivo. No segundo governo Lula, o governo assumiu o compromisso político com o setor produtivo de fazer o país crescer 5% ao ano. E, com o PAC, disse ao empresário que ele ia ter os elementos necessários para a produção ocorrer, energia, estradas. Esse foi um movimento coordenado.
O que o Brasil terá como grande desafio em 2012?
Antes de falar de desafios. O governo poderia ser um pouco mais ousado. Utilizar a crise como uma grande oportunidade para aquisição de empresas cujos preços estão muito baratos, dada a queda nas bolsas de valores. A Noruega, a China e a Índia já se aproveitaram em 2008, da própria crise, da queda nas bolsas, para adquirir empresas. O Brasil tem um fundo soberano que poderia ser utilizado ao menos uma parte para aquisição de empresas.
Qual por exemplo? Dar o nome acho complicado, mas vamos falar de setor.
Em primeiro lugar, ao contrário da China, da Índia, o setor produtivo brasileiro é muito internacionalizado, você tem quase todas as grandes empresas em operação no Brasil. Alguns dos setores em que somos deficitários poderiam perfeitamente ter uma política mais agressiva de compra de ações. Empresas de transporte, por exemplo. O Brasil é o quinto maior mercado de consumo automobilístico e não tem uma empresa nacional. Nem sei se é o caso de ter. A General Motors estava de joelhos… Os chineses compram empresas, por que você não pode comprar?
Acho que diriam que a China não é um sistema político como é o brasileiro…
Mas a Noruega não tem problema? A Índia não tem problema? Utilizaram os fundos soberanos…
Se tornaram controladores ou acionistas minoritários?
Você tem várias modalidades, acionistas, controladores. Veja uma dificuldade nossa. Quando o governo adota uma política de aumentar as exportações, com subsídios, não necessariamente as empresas transnacionais vão aumentar. A decisão de exportar não é tomada internamente, é na matriz. Você precisa ter empresa nacional.
Sim, e os desafios?
O que nós temos de desafio pela frente é preparar o governo para a transição demográfica que estamos vivendo. Transição de redução muito rápida do número de crianças por mulher, a taxa de fecundidade vem caindo muito drasticamente no Brasil, estamos num processo de envelhecimento, isso tem um impacto muito grande na condução da política pública na área social.
O senhor vai chegar até à reforma da Previdência?
O envelhecimento tem a ver, por exemplo, com a postura da saúde. Uma coisa é o gasto quando um país tem muitas crianças e adolescentes, outra coisa são os gastos com pessoas com mais idade, são mais caros, são mais pesquisas que você tem que ter. Daqui a 10 anos, 15 anos, começarão a sobrar escolas. Mas, ao mesmo tempo, temos uma exigência, tendo em vista a transição para a sociedade do conhecimento, de montarmos escolas para a vida toda. As grandes empresas já gastam 1% do PIB com universidades corporativas, para formação e capacitação dos seus trabalhadores ao longo do tempo. Um desafio aqui é montar uma universidade corporativa no setor público. Nós temos que qualificar melhor os servidores públicos, precisamos de um Estado mais eficiente, isso passa pela qualificação do quadro. A Previdência é um dos aspectos da demografia. Um outro desafio é montar uma indústria de defesa.
Por causa da inserção internacional cada vez maior e do pré-sal?
E das nossas fronteiras. O Brasil é segundo país do mundo com maior quantidade de fronteiras. São 15 mil km de fronteiras secas e 5,5 mil km de fronteira marítima. Não temos um sistema de defesa para isso. A nossa dificuldade está mesmo em setores em que nós somos relativamente avançados, como a indústria da aviação. Somos dependentes de tecnologia. Compramos equipamentos dos Estados Unidos que nos impedem de vender para países que eles não têm interesse que a gente venda.
O governo acabou de lançar um plano sobre isso.
Sim, mas isso é um desafio.
Botar de pé e ampliar.
Sim. Nós já fomos melhor nos anos 70 na indústria de defesa. Outro aspecto, e isso não depende só do Brasil, é construir uma moeda regional. O Brasil é muito pequeno para resistir às forças do dinamismo chinês. Se nós quisermos resistir em melhores condições, precisamos fazer aqui um grande arco com os países do sul do continente. Mais um desafio é elaborar um complexo de difusão tecnológica. O Brasil tem só 14% dos jovens entre 18 e 24 anos no ensino superior. Houve um esforço enorme, dobrou o número de alunos matriculados nos últimos dez anos, parabéns, mas isso é muito pouco. O Brasil tinha que chegar a 70% dos seus jovens matriculados no ensino superior. Isso é um esforço gigantesco.
Como se faz isso?
É um projeto, é alocação de recursos. O pré-sal vai colocar recursos, estamos discutindo se é mais para um estado ou para outro, e não estamos discutindo o que fazer com esses recursos. Nós fizemos um estudo que mostrou que municípios e estados que recebem royalties de petróleo não são os que mais avançam socialmente. Essa discussão que está sendo feita agora tem seu interesse evidentemente, é uma disputa de receitas, mas ela é pobre porque não está possibilitando que nós tenhamos, com o uso desse recurso, um país superior. A China quer ter as 50 maiores universidades do mundo, nós queremos ter quantas? O futuro está no conhecimento, é o principal ativo de um país.
Quando o senhor assumiu, houve uma leitura de que o Ipea estava sendo aparelhado e deixaria de ser uma instituição pública para ser estatal. Acha que essa situação foi superada ou ainda há desconfianças?
O Ipea deixou de ser órgão de assessoria do Poder Executivo. Fez acordos de cooperação com a Câmara e o Senado, com o Poder Judiciário, ampliou seu raio de ação. Uma instituição manipulada não teria essa capacidade. O Ipea se transformou também numa instituição de assessoria da sociedade civil. Temos uma quantidade imensa de acordos de cooperação com universidades, instituições de pesquisa, entidades patronais, entidades de trabalhadores, organismos não-governamentais, instituições internacionais. O Ipea se transformou no principal think tank brasileiro. E nunca foi tão produtivo. Tenho viajado muito o Brasil, e é impressionante como a produção do Ipea se tornou recorrente nas universidades, nos sindicatos, nas empresas.
O senhor vai ser candidato a prefeito de Campinas no ano que vem?
Acho que esse é um assunto para se resolver para o próximo ano. Fui surpreendido pela sugestão do presidente Lula, tem muita água para rolar ainda, estou bem aqui no Ipea, mas não deixa de ser uma oportunidade.
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Comentários
Rodrigo Giordani
Alô moderadores, leiam outra vez as respostas a essa nota. O troll admite na cara dura que é troll e vocês ainda aprovam o comentário de um IP que já devia estar bloqueado, pra evitar proliferação de clones. Vou começar a fazer campanha contra esse blog. Se é pra gente entrar aqui e se deparar com um monte de provocações e absurdos de reacionários, pra que existir blogosfera? Vão lá ver se o Reinaldo Azevedo aprova algum comentário criticando o que ele posta. Eles nunca dão espaço pra gente onde são dominantes. Somos minoritários no Congresso, na mídia, na Justiça e vocês ainda querem dar espaço à direitalha na imprensa alternativa, que construímos todos – jornalistas, blogueiros, comentaristas e ativistas da democratização da mídia – com tanto sacrifício?
Michele_Sacardo
Muito interesse esta entrevista; e as opiniões tb.
Francisco
O que mais gostei foi do raciocinio com relação ao pre-sal. Para quem vai ficar o dinheiro do petroleo?
Para o futuro, senhor governador do Rio, para o futuro…
Poderiamos ter comprado a General Motors e não o fizemos por timidez. Resultado: não somos senhores de um dos setores mais dinâmicos da nossa economia, tanto internamente quanto no que se refere a exportações. Lula querendo botar o mundo para usar bio-diesel… Só vai conseguir se vender para o mundo… um carro a bio-diesel!
O PT ainda se sente visita, no governo…
Fabio_Passos
hã… visita.
Muito bom.
Robert
CAro Azenha,____Apesar das mazelas cotidianas no cenario politico brasileiro____É gratificante saber q apesar de tudo ainda existem politicos serios no controle das obras da copa 2014 e no respeito ao cidadao brasileiro____Veja exemplo, q lhe encaminho cronologicamente: Em agosto, vereador do RJ Eliomar Coelho (PSOL) (engenheiro) entra c/ representação no TCM/RJ contra o edital da obra do entorno do Maracanã, pois o projeto da obra continha irregularidades técnicas, nos custos inclusive, incompativeis com as construções, e pede suspensão de licitação para obras no entorno do Maracanã conforme link: http://cbn.globoradio.globo.com/cbn-rj/2011/08/18… e aqui: http://odia.ig.com.br/portal/rio/html/2011/10/inf… Em novembro TCM após analise da denuncia do vereador informou que o projeto apresentado pela Prefeitura – orçado em cerca de R$ 118 milhões – não tinha coerência c/ orçamento cancelando a licitação http://www.lancenet.com.br/minuto/Suspensa-licita… pelo viomundo
EUNAOSABIA
Sigam a primeira diretriz do blog: "não alimente os trollas….""" bla bla bla..
Ninguém liga para ele… meus comentários têm mais de 20 apartes em média…
Vamos ao que interessa, esta entrevista do senhor Marcio Pochmann é a prova mais cabal (como se fosse preciso) de que tenho razão quando digo que Lula ficou oito anos sem fazer NADA.
Seu governo não passou de um medíocre mais do mesmo – não deu a cara a tapa nas reformas para não perder seu populacho – um medonho copia e cola e a China fez o resto por ele.
Outra coisa, o entrevistado petista e alto membro do governo fala em "política fiscal", "metas de inflação" e superávit primário" com a maior desenvoltura – não é apenas ele, todos os petistas fazem isso – como se eles tivessem criado tudo isso, como se pelo menos eles tivessem sido a favor de tudo isso, pelo contrário, eles sabotaram o quanto puderam tudo isso quando estavam na oposição, eles tentaram de todas as formas destruir os pilares macro-econômicos criados no governo anterior, e que ajudaram o Brasil a estar onde está hoje, e que uma vez no poder, se apropriaram sem o menor rubor e a menor cerimônia, de forma desonesta se apropriaram de tudo o que tentaram destruir, a ação contra o PROER e a LRF está até hoje na justiça, moralmente falando teriam que revogar a LRF, parar de cumprir as metas de inflação e abandonar o superávit primário, eles foram contra tudo isso até um dia antes de assumirem o governo.
Seguir o que vem sendo feito no passado não é vergonhoso, não está errado, pelo contrário, ninguém está aqui para inventar a roda, os instrumentos macro-econômicos são todos conhecidos e estão todos dados, dar continuidade as medidas herdadas faz parte de qualquer política administrativa de qualquer governo em qualquer país do mundo.
Mas vocês poderiam ter pelo menos a hombridade de dizer uma coisa: “Nós não fizemos nada, nós não mudamos nada, nós apenas pegamos tudo pronto de Fernando Henrique Cardoso e demos continuidade”.
Não meus senhores, os senhores não enganam é ninguém mesmo.
Romanelli
"seguir o que vem sendo feito no passado não é vergonhoso"
sim, mas esta ERRADO
JAMAIS diante da necessidade de investimento produtivo, em INFRA-estrutura, com famílias e pequenos negócios já endividados, com o câmbio arrebentado, e com o atual cenário (desde 2008) ..JAMAIS se deveria ter aumentado o juros ..ferramental primitivo usado desde os tempos de F.Collor e que os libertinos insistem em se pedir
Atualmente a economia precisa de desindexação, ordenação pontual de crédito, pro comércio e cartões, investimentos que nos reduzam num segundo momento os CUSTOS, que aumentem a oferta ..um melhor ordenamento tributário, trabalhista e previdenciário por exemplo ..quiça até jurídico pa nos fazerem menos inconsequentes e omissos..
desculpe, mas este PLACEBO de Selic pra cima, Selic pra baixo, tática pra se ganhar tempo e ótimo instrumento de concentração de renda, isso já deu no saco e não engana mais ninguém
..e PIOR agora, aonde diante de tanta inépcia, corremos o risco de mergulharmos numa crise que NÃO era pra ser nossa ..o PIG e a oposição acéfala agradecem comovidos as perspectivas de piores dias que se avizinham
LuizCarlosDias
Quanto mais pessoas preparadas para administrar grandes e
medias cidades melhor para o pais, Hadad na capital e
Pochmann em Campinas, sabias propostas de LULA.
Viva Dilma.
Romanelli
tá certo, não dá pra ir contra (só achei discutível os 2% de retorno de lucro ..tem algo de ERRADO na exposição do texto, ou no que ele entende por "lucro" x "retorno")
..pena que Marcio não falou do especial momento em que vivemos em 2011 e deste atual DESGOVERNO
Um momento em que o governo COM MEDO deixou-se levar pelo pânico PLANTADO de ver uma "inflação" se descontrolar (isso em tempos de estagnação mundial, dá pra acreditar?)
..inflação interna que foi dada pelo CONSUMO e endividamento setorial das famílias (catapultado pelo consumo imediatista e insuflado em demasia via venda de carro) ..pela quebra de safra interna e EXTERNA, ..pela indexação ainda não combatida ..por um aumento de preço internacional ..por uma DEFICIÊNCIA em nossa OFERTA e infra-estrutura ..pela falta de regulação
..e o que fez o governo da gestão diante desta situação pra felicidade da oposição que não v~e a hora de voltar ao poder ?
AUMENTOU o JUROS, o placebo da SELIC
..com isso desestimulou os INVESTIMENTOS em infra e na produção (daquilo que precisávamos e ainda precisamos, de mais oferta) ..FERROU mais ainda com o câmbio e a qualidade das contas externas, com o endividamento das famílias e do pequeno comercio que já estava endividado a juros vaiáveis (hoje já enfrentamos aumento da inadimplência, falências e queda na geração de emprego) ..e de quebra insuflou a própria INFLAÇÃO via juros embutido nos preços dados a prazo e em vendas "a vista" no cartão, fragilizando assim mais com as contas do Estado
ou seja, fez tudo que o PIG sonhava, mas NADA do que o país precisa
isso é grave, é muito triste ..chega a ser criminoso mesmo ..e não vejo quase nenhum analista falar nisso ..NADA pelo lado dos que torcem por uma crise ..e muito menos pelos que estão "amordaçados" pelo patrocínio ..eu hein, me tira o tubo
EUNAOSABIA
Derruba logo essa P#@! de taxa SELIC Dilma (olha a intimidade do rapaz), é o mesmo que acha que quem vai tirar o Brasil da crise é o Gabão e o Zimbábue….
Dá para levar a sério?
Gustavo Pamplona
Faz quase 1 semana que não comento mais nada aqui….não é que perdi o interesse no blog… o lance é que vocês não viram o disco.
Tem vezes que leio apenas o título, o subtítulo… já sei do que se trata e nada mais… acho que é porque ando tuitando demais…e para mim 140 caracteres já bastam.
Luís
"Faz quase 1 semana que não comento mais nada aqui"
Sabe que eu nem senti falta.
Rafael
Vc disse que não voltaria mais e está aqui de novo. Deve ser para chamar atenção.
Rafael
O que seria virar o disco? Seria achar que o neoliberalismo é solução? Que privatização é o caminho? Estado mínimo?
Julio Silveira
Gustavo, seja bem vindo de volta, apesar de voce não ter cumprido com a palavra de não mais aparecer por aqui. Mas é bom sinal isso, pode significar que voce, apesar de parecer não gostar muito do contraditório também não esta completamente irredutivel em suas convicções. Acredito que aqui a gente está construindo a cidadania meu caro. Não vejo ninguem aqui como donos de verdades absolutas, estamos construindo elas. Lógico, há excessões como uma vossa excrecência que batizei como Robo, programado para dizer que NADASABE, e para confirmar, apesar de toda fleuma e rebuscamento rocócó, coloca sempre uma bobagem para irritar. Creio não ser esse o seu caso, né?
Rodrigo Falcon
Bem vindo de volta passageiro do expresso caverna!
GilTeixeira
Parece que a vida pra você é um "compacto simples", só tem dois lados: o seu e o resto!
fazer o que, némesmo?
Scan
Ah não! O lumpenzinho voltou!
Não vale!
Você prometeu!
Ademais, 140 caracteres são demais pra quem não tem nada a dizer.
Roberto Locatelli
Marcio Pochmann é todo educado, por isso disse que o Governo poderia "ser um pouco mais ousado" nessa crise.
Eu direi de outra maneira: Dilma, Mantega, Tombini, parem de ser vacilões!! Derrubem logo essa taxa Selic!!
Fratta
Locatelli, você também foi muito educado. É assim:
Dilma, Mantega, Tombini, parem de ser vacilões!! Derrubem logo essa Porr* de taxa Selic!!
mfs
Você leu a entrevista direito do dr. Pochmann? Percebeu que derrubar os juros de uma hora para outra poderia provocar uma catástrofe financeira? Leia de novo, Pochmann explica. A queda repentina dos juros poderia provocar inflação violenta e fuga de capitais. Empresários e sindicatos querem a taxa mais baixa, o governo gostaria que fosse mais baixa, os tucanos e o P.I.G. cobram a baixa de juros, ora bolas, então qual o motivo para não se decretar logo a queda? A não ser que cedamos às teses conspiracionistas ("o PT é lacaio do capital financeiro, Lula e Dilma são garotos de recado dos banqueiros"), é preciso entender o motivo para que a taxa venha caindo devagarzinho.
Se Nagao
"O senhor vai ser candidato a prefeito de Campinas no ano que vem?
Acho que esse é um assunto para se resolver para o próximo ano. Fui surpreendido pela sugestão do presidente Lula, tem muita água para rolar ainda, estou bem aqui no Ipea, mas não deixa de ser uma oportunidade."
Ele já transferiu o título de eleitor para Campinas.
– não deixa de ser uma oportunidade???!!!
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