Brasil foi um dos países que melhor reagiram à crise, diz estudo alemão
O aumento do poder aquisitivo no Brasil teria ajudado a combater a crise
Marcelo Crescenti
De Frankfurt para a BBC Brasil, em 23/04/2010
Um estudo divulgado nesta sexta-feira pela fundação alemã Bertelsmann diz que o Brasil está entre os países que reagiram de maneira mais efetiva à crise financeira internacional e elogia os programas sociais do governo Lula.
A pesquisa mostra como 14 países desenvolvidos e em desenvolvimento reagiram à crise, entre eles Brasil, Alemanha, China, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Índia e Turquia. Um grupo de especialistas analisou a rapidez e a eficiência das medidas tomadas pelos governos para estabilizar a economia de cada país.
Segundo a fundação Bertelsmann, os países em desenvolvimento reagiram melhor aos problemas financeiros do que as nações industrializadas. “Esses países aprenderam com as diversas crises pelas quais passaram nas últimas décadas”, diz o estudo.
“Os países em desenvolvimento sanearam seus orçamentos antes da crise e por isso puderam tomar medidas rápidas e eficientes para reativar a economia”, diz Sabine Donner, responsável pela pesquisa.
Em consequência disso, países como Brasil, China e Índia teriam agora uma posição melhor no mercado mundial do que antes da crise, disse Donner: “Agora são esses países que estão reavivando a economia mundial”.
Programas sociais
O estudo elogia o modo como o governo estabilizou as finanças do Estado e controlou o setor bancário durante a crise.
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Além disso, a demanda interna teria ajudado o país a contornar a crise. Isso se deveria em parte às reformas e aos programas sociais do governo Lula, que teriam aumentado a renda média dos brasileiros, permitindo um aumento do mercado consumidor, diz a pesquisa.
Outro ponto positivo para o Brasil teria sido o mercado de ações regulamentado, menos afetado pelas especulações com títulos hipotecários americanos que deram origem à crise mundial.
Quanto aos países industrializados, a pesquisa mostra que a Alemanha combateu melhor os efeitos da crise do que os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, que teriam reagido tarde demais.
Entre os quesitos analisados pelo estudo estão o foco dos pacotes financeiros, o tempo que levou para serem efetivados e o alcance das medidas.
Um aspecto comum a todos os pacotes contra a crise foi que “em vez de uma ação coordenada com outros países, as reações à crise foram quase todas de caráter nacional”, disse Hauke Hartmann, da fundação Bertelsmann.
Comentários
francisco.latorre
bombando o brasil de lula.
esmolando o brasil da reação.
fácil escolher.
..
Miriam Lopes
Pois esse é o Brasil pode mais deles. Pode mais pedir esmola, favor, conselho, ficar de joelho e implorar por uma ajuda, por uma luz, por favor. HELP ME! Desculpem-me não resisti a tentanção de imitá-los.
yacov
Ainda bem que esta crise financeiroa de 2008 não aconteceu no (des) governo do FDP, digo, THC, não, FHC, senão o nosso querido BRASIL estaria na lona até hoje. Os demo-tucanos são tão bons gestores quanto minha avó é campeã da São Silvestre. Os caras só enxergam as necessidades do capital. São prepostos dos empresários e banqueiros. Eles reclamam tanto que os Bancos estão faturando horrores no governo LULA. Aliás, há que se reconhecer que os banqueiros estão ganhando muito neste governo LULA, mas não só, também os empresários, os industriais e o povo em geral que está consumindo, com muito emprego e subindo na escala social. Enquanto no governo deles só os banqueiros lucravam…
"O BRASIL não passa na GLOGBO – O BRASIL pode muito mais sem os PSDBobos"
Alberto F Barbosa
Azenha, acho importante publicar a Carta do IBRE/FGV deste mês. Um texto muito importante. Olha só o que disse o CARTA MAIOR sobre o texto:
A F G V é conhecida pelas posições conservadoras no campo econômico, por isso mesmo, a Carta do Ibre deste mês, espécie de editorial da revista publicada pela instituição, tem um certo sabor de auto-crítica. Seu ataque ao que denomina de 'os dois grandes mitos do debate sobre as contas públicas no Brasil' atinge a espinha dorsal da legenda que fez desse credo seu projeto político-eleitoral. O editorial da FGV atinge o ‘choque de gestão’ de Alckmin , bem como o choque dissimulado de Serra, que recentemente rebatizou o projeto de Estado mínimo de ‘Estado musculoso, mas não lutador de sumô’. Aspas para a FGV: ‘O primeiro [ mito] diz respeito à possibilidade de melhora do desempenho fiscal com um “choque de gestão” [ NR bordão de Alckmin ] que ataque as ineficiências do Estado brasileiro, e venha a gerar uma substancial economia…O segundo mito é …
Ferreira Júnior
Oi Azenha eu queria fazer um comentário no post do Leandro Fortes mas não tinha esta caixa de entrada, desculpe minha burrice eu li o post sobre como usar o 'database' mas eu sou meio burro para estas tecnologias todas, não tem como você facilitar sempre tendo caixa de comentários para pessoas como eu -acho que não sou o único – que não tem muita familiaridade com novas tecnologias?
Abraços Ferreira Jr.
Conceição Lemes
Ferreira, calma, cara. Todos nós estamos aprendendo. Alguns estão mais adiantados, outros menos. Só tem um jeito de vc aprimorar, é persistir. Quer melhor prova de que está no caminho certo que a postagem do seu comentário? Não concordamos apenas com as críticas que vc fez a vc mesmo. Vá em frente. Não dê bola para a torcida. Esperamos vê-lo em outros comentários. Abs
Geraldo Brasil
Vamos lançar a campanha, "NÃO DÊ EMPREGO AO SERRA, POIS VOCÊ PODERÁ FICAR SEM O SEU."
JOAQUIM
Por favor, perguntem ao Serra o que ele faria na crise financeira de 2008/2009? Penso que ele faria o seguinte: Redução dos gastos sociais, eliminação do bolsa familia, eliminação dos gastos com saude e educação, minha casa/minha vida nem pensar, fim do PAC. Ajuste fiscal, monetario e financeiro, apelo ao FMI, ajuda internacional do clube de Paris, esmola do Exbank Japones.
Por favor perguntem a ele e me digam, aliás diga ao povo brasileiro o que a elite fariam se a crise fosse no governo deles.
Muito obrigado.
Carlos
O que você apontou mais implosão do Mercosul e, de joelhos, pedir retomada da Alca…
Jorge Braga
Basta ver o que ele fez em SP, aumentou impostos e cortou gastos, como mandava o FMI.
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