MST comemora resultados da 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária

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Padre Júlio Lancelloti e João Pedro Stedile no domingo, último dia da 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária. Fotos: Filipe Peres, Matheus Alves, Gui Frodu e Jonas Santos/MST

Feira do MST comercializa 560 toneladas de alimentos e reúne 320 mil pessoas em SP

Por Wesley Lima*     

A 4º edição da Feira Nacional da Reforma Agrária do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), realizada no Parque da Água Branca, região central de São Paulo, reuniu cerca de 320 mil pessoas e comercializou 560 toneladas de alimentos saudáveis.

A Feira teve início na última quinta-feira (11) e se encerrou nesse domingo (14) com a presença de 1.700 feirantes, que trouxeram produtos de 1200 municípios de todo o Brasil.

O Parque recebeu nos quatro dias de Feira cerca de 1.730 tipos de produtos e 191 cooperativas, como resultados da organização produtiva e da luta pela terra.

Culinária, fitoterápicos e feira. Fotos:  Mykesio Max, Júnior Lima e @Tisikilian

Além disso, o Movimento doou 38 toneladas de alimentos, beneficiando 24 entidades que atuam nas periferias de São Paulo. As organizações também receberam livros da editora Expressão Popular, mudas de árvores nativas e sementes.

O momento contou com a presença do padre Júlio Lancellotti, que desenvolve ações de solidariedade em parceria com organizações de pessoas em situação de rua na cidade.

Giselda Coelho, da direção nacional do MST pelo setor de produção, afirma que neste momento a feira representa uma grande diversidade da agricultura e um importante instrumento de defesa da Reforma Agrária. “Ela demonstra a importância da produção de alimentos saudáveis no Brasil no combate à fome”.

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“Nós somos mais de 23 estados e o Distrito Federal que participam desta IV Feira Nacional, colocando uma diversidade de produtos que estão representados nos espaços de comercialização, mas também no ato de fazer cultura, no espaço de divulgação da arte, da música, e também na culinária da terra”, destaca.

O “Culinária da Terra”, espaço repleto de cheiros e sabores regionais, reuniu 30 cozinhas, que prepararam uma diversidade de 95 pratos, comercializando mais de 80 mil refeições.

Fotos: Mykesio Max, Tayson Cordeiro, Matheus Alves, Iris Rodriguez, Tayson Cordeiro, Emilly Firmino e Bianka Eduarda/MST

A arte e a cultura também foram destaque na Feira Nacional. Mais de 400 artistas de todos os cantos do país se apresentaram no Palco Arena e no Palco Terra.

As apresentações trabalharam diferentes linguagens artísticas, musicais e sotaques. Do samba ao maracatu, do jongo ao hip-hop, do teatro à moda de viola.

Ocorreram ainda intervenções artísticas em diversos espaços da Feira, demarcando essa dimensão como indispensável para a construção da Reforma Agrária Popular.

A Feira neste ano, também realizou ato de denúncia aos crimes ambientais provocados pelo agronegócio e contou com um espaço de divulgação das ações de conservação ambiental construídas pelo MST nos biomas brasileiros, através do Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”.

O Movimento trouxe para São Paulo cerca de 880 kg de sementes e 20 mil mudas de árvores frutíferas, nativas, medicinais e ornamentais, onde visitantes puderam levar para casa mudas de árvores, conhecer mais sobre os biomas brasileiros e a importância de preservá-los.

Produtos da Reforma Agrária. Fotos: Daniel Violal, Priscila Ramos e Poliana Petralha/MST

Atividades de formação, ato político e conferência também fizeram parte da programação desta edição da Feira. Ao todo aconteceram 15 atividades de formação, como seminários e oficinas, e mais de 2 mil pessoas participaram desses espaços.

Reforma Agrária Já!

Ao comemorar os resultados da Feira Nacional, Diego Moreira, também da direção nacional do MST, explica que a Feira foi um espaço de projeção e reivindicação para o fortalecimento da política de Reforma Agrária.

“Nós precisamos construir uma sinergia dos movimentos sociais, da sociedade civil brasileira, e do governo democrático do presidente Lula, para avançarmos com um verdadeiro programa nacional de reforma agrária”.

Ele afirma que esse programa nacional precisa “desenvolver os assentamentos existentes, as mais de 500 mil famílias assentadas pelo país, já organizadas na base do MST, e assentar as mais de 80 mil famílias acampadas”.

*Wesley Lima é jornalista, integra a assessoria de imprensa do MST    

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Comentários

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Zé Maria

Viva a Via Campesina!

Viva o Cooperativismo do MST!

Viva os Alimentos Saudáveis Produzidos
pelos Assentados da Reforma Agrária!

Zé Maria

“Governo LULA estuda devolver Dinheiro
de Impostos sobre Alimentos e Cesta Básica
às Famílias de Baixa Renda, prioritariamente
às incluídas em Programas Sociais, como
Beneficiários do Bolsa-Família e Pessoas
em Situação de Vulnerabilidade Atendidas
pelo CRAS.”

“Uma das Propostas Analisadas, conforme
o Secretário Extraordinário da Reforma
Tributária do Ministério da Fazenda,
Bernard Appy, é restituir o Valor na ‘Boca
do Caixa’, na hora da Compra.”

“O Consumidor receberia, por exemplo,
um Desconto no Momento do Pagamento
pelo Produto Alimentício no Varejo.”

Mais Detalhes na Reportagem:

https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-05/governo-estuda-cashback-de-imposto-sobre-alimentos-e-cesta-basica

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