Altamiro Borges: O general Heleno foi o pivô dos ataques terroristas de 8 de janeiro

Tempo de leitura: 4 min
Ilustração: Benett/Plural

General Heleno foi pivô do ataque terrorista

Por Altamiro Borges, em seu blog 

Com a manchete “O papel do general Heleno no 8 de janeiro”, a revista IstoÉ desta semana fuzila um dos principais conspiradores das trevas de Jair Bolsonaro.

A reportagem traz informações bombásticas sobre a ação do “general-gagá” – segundo sarcasmo do próprio ex-presidente – na tentativa de golpe que vandalizou as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.

Conforme destaque na capa, Augusto Heleno “desmontou o GSI para que o órgão ficasse totalmente inerte no dia da invasão às sedes dos Três Poderes.

Ele tirou militares de posições importantes da instituição e da Abin, deixando gente da sua confiança. E essa ação de desmonte do aparato de segurança foi a que mais contribuiu para falta de reação do governo diante do golpe”.

O mentor intelectual da tentativa golpista

Na reportagem interna, assinada por Germano Oliveira e Marcos Strecker, as evidências são expostas.

Conforme enfatiza, o general já é visto como o principal mentor intelectual da tentativa golpista entre os militares mais próximos do “capetão” fascista.

“Entre eles, destaca-se aquele que tinha o controle sobre o aparato de segurança e informações do governo e era o responsável por órgãos que deveriam ter se antecipado aos acontecimentos e agido diante dos riscos de ataque: o general Augusto Heleno”.

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O militar arrogante deixou no final de dezembro a chefia do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que controlava a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo garante a revista, ele agora “será investigado porque desmontou o GSI para que ficasse totalmente inerte no dia 8… ‘Heleno foi de uma conivência abissal’, diz um ministro do STF. O militar só deixou gente da confiança dele nos principais postos, e essa ação foi a que mais contribuiu para a falta de um projeto de reação do governo no dia do golpe”.

A reportagem lembra ainda que “um dos homens de confiança de Heleno, o coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, participou dos eventos e pediu nas redes sociais que as Forças Armadas ‘entrassem no jogo, desta vez do lado certo’. Ainda conclamou o então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, a ‘cumprir o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade’. O oficial depois apagou as mensagens, mas o recado foi dado”.

Roubo de armas e munições na sala do GSI no Planalto

Há também detalhes da ação ainda não esclarecidos. “No dia da invasão, o secretário do Consumidor do Ministério da Justiça, Wadih Damous, denunciou em um vídeo o roubo de armas e munições em uma sala do GSI no Planalto. Segundo ele, os invasores tinham informação de que naquele local havia armamentos e documentos. ‘Isso significa informação’. Também há relatos de que militares do GSI tentaram facilitar a saída de depredadores pelo térreo do prédio, sem serem presos”.

A revista revela ainda que o ex-chefão do GSI foi um dos principais articuladores da tentativa de golpe junto a outros oficiais das três armas.

“Várias reuniões teriam ocorrido com intermediação de Heleno. Pelo menos três fontes diferentes citam uma ocasião específica – após o segundo turno – em que estavam presentes Heleno, o general Walter Braga Netto e representantes do Exército, da Marinha e Aeronáutica. A pauta: como articular um possível golpe de Estado”.

“Dentre os participantes, somente o membro da Aeronáutica teria sido contra a tratativa e se revoltado com a ideia proposta. Mas a revolta foi ignorada pelos demais, e um dos resultados dessa reunião, ainda segundo as fontes ouvidas pela reportagem, foi a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. ‘Não foi uma brincadeira, estivemos a um passo do golpe’, frisou um dos informantes”.

Articulação com grupos de extrema-direita

Nas trevas bolsonarianas, o fascistoide Augusto Heleno adquiriu enorme poder.

Através do GSI, ele “passou a controlar a área de segurança, monitorando todas as informações sobre os grupos radicais. Por sua atuação, ele sempre foi uma referência para os extremistas. Em novembro de 2021, a ativista Sara Winter revelou à IstoÉ que foi orientada diretamente por ele, no Palácio do Planalto, na época em que articulava o ‘Acampamento dos 300’. ‘Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no [Rodrigo] Maia e redirecionar todos os esforços contra o STF’, disse ela. No dia 13 de junho de 2020, o grupo marchou em direção ao STF e atacou a sua sede com fogos de artifício, numa ‘advertência’”.

“O papel do general entre radicais aumentou após a eleição de Lula e especialmente depois que Jair Bolsonaro deixou o País. Um dos posts mais compartilhados na época traz uma manifestante que mostrava um link do Diário Oficial supostamente transferindo a Presidência para Heleno. Seria uma ‘estratégia’ de Bolsonaro. Militantes divulgaram nas redes que ‘Bolsonaro passou todo o poder para o GSI’, ou então que ‘o general Heleno é o presidente da República. Ele é o melhor estrategista do País, talvez do mundo’”.

Convocado para prestar esclarecimentos no Congresso

Diante destes e de outros fatos, a insuspeita revista IstoÉ garante que “o ex-ministro é visto como um dos principais, se não o principal, articulador de uma tentativa de golpe de Estado que começou a ser conspirada meses antes das invasões”.

Parlamentares já avaliam convocar o conspirador para explicar sua atuação nefasta. A deputada federal Dandara Tonantzin (PT/MG) já protocolou requerimento para convidar o general a prestar esclarecimentos.

“O depoimento poderá trazer elementos importantes sobre a inação da atuação do GSI no dia 8 de janeiro”, justifica.

Como aponta a revista, “depois do 8 de janeiro, Heleno sumiu das redes sociais – seus últimos tuites são do dia 7 de janeiro. Ao longo do ano passado, ele vinha se mantendo bastante ativo nas redes, fazendo campanha eleitoral para Bolsonaro e retuitando posts do então presidente, além de atacar Lula, a quem chamava de ‘ex-presidiário’. A atividade nas redes mudou depois do segundo turno, quando, além do tuíte celebrando a audiência pública golpista do dia 30 de novembro, Heleno fez apenas algumas poucas publicações, em grande parte para contestar reportagens”.

Desta forma canhestra e covarde, o general-conspirador tenta agora se esconder. Mas não dá para deixá-lo impune.

Assim como não dá para cair no esquecimento a atuação de outros generais citados de leve pela revista IstoÉ, como o ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e o ex-ministro da Casa Civil, Luis Eduardo Ramos – “que também estão na mira do STF”.

Os milicos golpistas precisam ser rigorosamente investigados, condenados e punidos!

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Comentários

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Airoldi Lacroix Bonetti Júnior

http://www.programafaixalivre.com.br/noticias/general-heleno-tentou-impedir-abertura-politica-lembra-teixeira/
Os crimes do general não prescrevem…

Zé Maria

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Crimes Comuns praticados por Militares no exercício de Função de Natureza Civil,
mesmo os Cargos de Livre Nomeação, no Serviço Público, devem ser julgados pela
Justiça Comum, não pela Militar.
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Rose Mary Teles Sousa

Esse general raivoso é herdeiro da linha-dura. Passou da hora de reunir provas e colocá-lo no xadrez. Basta de anistiar generais bandidos.

Zé Maria

https://istoe.com.br/wp-content/uploads/2023/02/92-2.jpg

A Cara Funesta e Nefasta,
Tenebrosa e Soturna,
Do Golpe de Estado.

Crédito: FotoJornalista Gabriela Biló

https://twitter.com/gabrielabilo1/status/1570356727169830913
https://pbs.twimg.com/media/FcsHHxVX0AIAuOP?format=jpg
https://twitter.com/MedoeDelirioBR
https://www.fosforoeditora.com.br/catalogo/a-verdade-vos-libertara/
Trecho da Reportagem Citada:

De acordo com as fontes [da Revista], várias reuniões teriam ocorrido
com a intermediação de Heleno.

“Ao menos três fontes diferentes citam uma ocasião específica – após o segundo
turno das eleições de 2022 – em que estavam presentes Heleno, o general
Walter Braga Netto e representantes do Exército, da Marinha e Aeronáutica.
A pauta em questão seria como articular um possível golpe de Estado.”

“Não foi uma brincadeira, estivemos a um passo do golpe”,
frisou um dos informantes.

“Foi uma tentativa de golpe. Ele não se consumou
porque não conseguiram consolidar a maioria no
Exército”, disse outra pessoa sob condição de anonimato.

[ Reportagem: Marcos Strecker e Germano Oliveira
Colaboração: Dyepeson Martins e Gabriela Rölke ]

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    Zé Maria

    Antes de enjaular o Capitão, tem que prender os Generais Mentores do Golpe,
    quais sejam: A.H., W.B.N., L.E.R., H.M., M.A.F.G., J.C.A., G.H.D.M. e P.S.N.
    Depois sim dá pra encarcerar os Mandaletes, tipo Coronéis, Majores e Capitães.

    Zé Maria

    Cabe Prisão Preventiva, na forma da Lei Penal.

marcio gaúcho

Essa escória golpista nem merecem algum comentário. Lixo!!!

Zé Maria

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KKK/BR quer CPI do 8 de Janeiro ?

“Réupi !!! Réupi !!!”

https://twitter.com/Chico_Pinheiro/status/1627077214624948225

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Zé Maria

A Cara do Mal em Corpo de General
https://istoe.com.br/wp-content/uploads/2023/02/92-2.jpg
Foto: Gabriela Biló

Zé Maria

https://static.cdn.pleno.news/2023/01/WhatsApp-Image-2023-01-19-at-15.49.57.png

Excerto

A reportagem lembra ainda que “um dos homens de confiança de Heleno, o coronel do Exército José Placídio Matias dos Santos, participou dos eventos e pediu nas redes sociais que as Forças Armadas ‘entrassem no jogo, desta vez do lado certo’.
Ainda conclamou o então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, a ‘cumprir o seu dever de não se submeter às ordens do maior ladrão da história da humanidade’.
O oficial depois apagou as mensagens, mas o recado foi dado”.

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