Jessé Souza: Políticos de Roraima reivindicam para garimpeiros tratamento digno que sempre negaram aos Yanomami
Tempo de leitura: 2 minTratamento humanitário aos garimpeiros que nunca foi reivindicado ao povo Yanomami
Por Jessé Souza*, na Folha Boa Vista
Apesar de tudo ter ocorrido aos olhos da opinião pública, só foi possível realmente medir a barbárie cometida contra os povos Yanomami apenas a partir da movimentação dos políticos de Roraima em favor dos garimpeiros abandonados pelos empresários do garimpo ilegal na terra indígena quando os voos clandestinos foram sufocados.
Nenhum político se mostrou tão indignado ou preocupado quando os Yanomami estavam morrendo, passando fome ou as meninas crianças e adolescentes sofrendo estupro dos garimpeiros, conforme as reiteradas denúncias levadas a público pela entidade que representa esta etnia, a Hutukara, com fartas divulgações dos crimes na imprensa local e nacional.
Valendo ressaltar que um dos parlamentares que logo se movimentou em favor dos garimpeiros é o mesmo senador responsável pelas indicações da direção e cargos nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas Yanomami e do Leste (Dsei Yanomami e Dsei Leste), portanto, corresponsável por tudo o que está ocorrendo com aquele povo indígena.
Da mesma forma, parlamentares recém-empossados logo surgiram em favor dos garimpeiros, ainda que todos eles ocupassem posição social de destaque em algum órgão ou entidade antes de eleitos, mas que nunca tiveram nenhuma posição ou indignação por meio de nota oficial ou de publicações em suas redes sociais a favor do sofrimento dos indígenas.
Em unanimidade, todos querem e reivindicam tratamento digno e direitos humanos aos garimpeiros encrustados no meio da floresta amazônica dentro da Terra Yanomami.
Mesmo que, como bolsonaristas, argumentavam que direitos humanos seria uma aberração concedida apenas a bandidos. Os mesmos direitos e empatias negados historicamente aos Yanomami.
Obviamente que todos os seres humanos merecem tratamento digno, inclusive os que são presos por crimes bárbaros.
No entanto, este direito líquido e certo foi negado solenemente pelos políticos locais aos povos Yanomami, os mesmos que nunca se posicionaram publicamente sobre a situação do garimpo ilegal em Roraima. Pelo contrário, apoiaram por atos ou omissão proposital.
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Estão todos em Brasília, em caravana, em favor dos garimpeiros, o mesmo bonde que nunca se juntou quando os direitos violados foram os dos povos indígenas, pois, de alguma forma, todos estão sendo beneficiados pelo garimpo ilegal, inclusive um dos senadores deste grupo teve uma aeronave em seu nome apreendida durante uma operação da Polícia Federal em garimpo ilegal na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Logo, por toda esta movimentação, é possível constatar o grau de cumplicidade ou participação dos políticos locais com o que está ocorrendo com o povo Yanomami.
Na visão deles, os coitadinhos sempre foram exclusivamente os garimpeiros, ainda que a atividade ilegal seja patrocinada por gente que acumula bilhões de reais em suas contas, conforme mostram as seguidas operações da Polícia Federal, fatos reiteradas vezes comentados nesta Coluna.
*Jessé Souza é colunista no Folha de Boa Vista.
Leia também:
Memélia Moreira, testemunha da História do povo Yanomami: Genocídio continuado. Pirotecnia reciclada
Comentários
Zé Maria
https://twitter.com/obsmineracao/status/1577313787169980416
“Qual a responsabilidade do Banco Central
sobre o garimpo ilegal de ouro na Amazônia?”
“A pedido do PV, ministro Gilmar Mendes intima o órgão
e a Agência Nacional de Mineração a prestarem
esclarecimentos sobre a comercialização do metal”
“O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes
atendeu a uma ação do Partido Verde e intimou o Banco Central
e a Agência Nacional de Mineração a prestarem esclarecimentos
sobre a comercialização de ouro oriundo do garimpo ilegal na
Amazônia.
As DTVMs (Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários),
instituições financeiras especializadas na venda e compra de ouro,
dependem de autorização do Bacen para funcionar.
Gilmar deu um prazo de três dias para que os dois órgãos se manifestem.
O PV entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (*)
no Supremo Tribunal Federal, com pedido de medida cautelar,
contra a lei federal 12.844/2013, que reduziu a responsabilidade
das DTVMs ao possibilitar que elas comprem ouro com base
no princípio da boa-fé, com informações prestadas apenas
pelos vendedores –como os garimpeiros ilegais que atuam
na Amazônia.
Ao desobrigar as DTVMs de buscar informações sobre o que
ocorre nos locais de extração de ouro na Amazônia, a norma
permite que todo o ouro ilegal oriundo da Amazônia
seja escoado como se fosse legal.”
*(https://www.socialistamorena.com.br/wp-content/uploads/2023/02/PVgarimpo.pdf)
Zé Maria
.
“Perguntar não ofende:
por que o Banco Central, sob a presidência de Roberto Campos Neto,
comprou 129 toneladas de ouro e tentou esconder a informação?”
Jornalista JOAQUIM DE CARVALHO
https://twitter.com/joaquimmonstrao/status/1623676186839621633
.
Zé Maria
Prezado Jornalista Joaquim de Carvalho.
Quiçá a Polícia Federal possa responder
esse seu Questionamento. Se não agora,
em breve.
É o que aguardamos.
.
Zé Maria
https://twitter.com/HistoriaSala/status/1623514368091594754
E por falar em Banco Central: no Brasil do BC
os Juros são Máximos, e o Salário é Mínimo.
https://twitter.com/mlfattorelli/status/1623501707043827715
https://pbs.twimg.com/card_img/1622068444765061120/WT4CG4pv?format=jpg&name=small
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/FoeI0oVWIAETSMx?format=jpg
Então quer dizer que foi o Banco Central do braZil
que esquentou o Ouro dos Garimpos ilegais?
Será que é por isso que a Imprensa-Empresa está
tentando ‘proteger’ os ‘Arquivos Vivos’ do Garimpo?
.
https://t.co/UmuzpEWEu6
“O ouro extraído de lavras clandestinas é legalizado no sistema financeiro
por apenas cinco DTVMs, instituições financeiras especializadas na venda
e compra de ouro que dependem de autorização do BC para funcionar”
https://twitter.com/CynaraMenezes/status/1623410536992972801
https://www.socialistamorena.com.br/qual-a-responsabilidade-do-banco-central-sobre-o-garimpo-ilegal-de-ouro-na-amazonia
.
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/FoeI0oVWIAETSMx?format=jpg
Então quer dizer que foi o Banco Central do braZil
que esquentou o Ouro dos Garimpos ilegais?
Será que é por isso que a Imprensa-Empresa está
tentando ‘proteger’ os ‘Arquivos Vivos’ do Garimpo?
.
https://t.co/UmuzpEWEu6
“O ouro extraído de lavras clandestinas é legalizado no sistema financeiro
por apenas cinco DTVMs, instituições financeiras especializadas na venda
e compra de ouro que dependem de autorização do BC para funcionar”
https://twitter.com/CynaraMenezes/status/1623410536992972801
https://www.socialistamorena.com.br/qual-a-responsabilidade-do-banco-central-sobre-o-garimpo-ilegal-de-ouro-na-amazonia
.
Zé Maria
.
Garimpeiros Bandidos têm mais é que ir pra Cadeia,
onde receberão o Tratamento que merecem na Cela.
.
Zé Maria
https://www.trt4.jus.br/portais/media-noticia/541635/capaaulamagna5.jpg
Conferência
“Direitos Humanos e Minorias” será o Tema da Aula Inaugural em 2023,
com a Professora Chilena Elisa Loncón, Liderança Indígena Mapuche,
Linguista e Ativista de Direitos Humanos.
Elisa atuou como Primeira Presidente da Recente Convenção
Constitucional do Chile.
Com o objetivo de enfatizar as políticas de inclusão, diversidade e equidade
sob o enfoque da proteção dos Direitos Humanos, a professora fará uma
conferência presencial no Plenário do TRT-4, no dia 24 de março, das 14h
às 16h30, sobre o tema “Desafios para o avanço dos Direitos Humanos,
especialmente aqueles dirigidos às minorias sociais, na experiência
constitucional latino-americana”.
Ainda quando era universitária, Elisa Loncón ficou conhecida pelas lutas
contra a ditadura de Augusto Pinochet e pela preservação e ampliação
dos direitos do povo mapuche, etnia indígena da qual faz parte.
Atualmente, é professora de linguística na Universidade de La Frontera,
professora adjunta de pesquisa e ensino de mapudungun (língua mapuche)
na Universidade de Santiago do Chile, e também professora adjunta
da Faculdade de Letras e pesquisadora do Centro de Estudos Indígenas
e Interculturais da Pontifícia Universidade Católica do Chile.
Ao presidir a Convenção Constitucional do Chile, foi uma das responsáveis
pela criação de uma nova Constituição para o país, com o intuito de substituir
a carta herdada do período pinochetista.
https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/modulos/noticias/541664
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