Foto: Relatório da intervenção federal sobre os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023
Um bunker terrorista no QG do Exército
Por Jeferson Miola, em seu blog
O relatório da intervenção federal na área de segurança do DF traz detalhes esclarecedores sobre o acampamento golpista na área do Quartel-General do Exército, em Brasília.
O acampamento é descrito detalhadamente no item 4 [páginas 17 a 33] como um dos “eventos relevantes para a compreensão dos fatos” ocorridos em 8 de janeiro.
O relatório menciona o entendimento difundido entre os participantes de que “o único local seguro para o grupo seria a área sob responsabilidade das forças militares”.
“Desde o início, o acampamento apresentava uma complexa e engenhosa organização, com distribuição das tendas em setores específicos”, cita o texto.
As tendas eram “destinadas à cozinha e despensa, a medicamentos e/ou atendimento médico, ao fornecimento de energia por geradores”. Na área “havia acesso à internet, [setor de] informações, local para realização de cultos religiosos e diversas outras organizações internas”.
Existia uma organização “urbanística” profissional, com barracas de camping e de lona, tendas, cozinhas coletivas, banheiros químicos, banheiros com chuveiro quente, atividades de comércio, suporte logístico e fornecimento de mantimentos. Uma frota de centenas de caminhões e ônibus ficava com frequência estacionada no local.
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Havia uma estrutura complexa e onerosa com geradores de energia, placas solares e suprimento com som mecânico, caminhão para palco e trio elétrico, onde aconteciam comícios com a presença de “dezenas de milhares” de pessoas procedentes de vários Estados e, também, de militares e seus familiares.
Equipes de segurança portavam rádios-comunicadores e tinham a tarefa de “identificar possíveis infiltrados”.
Nos 69 dias de vida do acampamento foram registrados 73 crimes no local, uma média de um crime por dia: furtos, crimes contra a honra, lesão corporal e vias de fato, dano, ato obsceno, injúria, ameaça e outros.
O relatório lista os atos criminosos que foram planejados e preparados dentro da área do QG para serem posteriormente executados em Brasília, como a invasão da área de embarque do Aeroporto Internacional [2/12], a violência, terror e destruição nas ruas da cidade em 12 de dezembro, a bomba-relógio no caminhão-tanque em 24 de dezembro e, logicamente, os atentados contra os três Poderes em 8 de janeiro.
Estão relatadas, também, as circunstâncias em que os comandos Militar do Planalto e geral do Exército recuaram e desfizeram os compromissos estabelecidos com a Secretaria de Segurança do DF para dissolver o acampamento, realidade que confirma a leniência institucional – e/ou cumplicidade – do Exército com a aglomeração criminosa.
Reforça esta hipótese o ato sedicioso do general Arruda, então comandante do Exército, que na noite do 8 de janeiro se recusou a cumprir ordem de prisão dos terroristas expedida pelo STF, peitou o ministro da Justiça Flávio Dino e ameaçou o comandante da PMDF com enfrentamento de tropas.
O relatório registra outros aspectos da intervenção federal, e identifica as responsabilidades, por ação ou omissão, de autoridades do governo do DF nos bárbaros acontecimentos de 8 de janeiro.
Mas o documento conclui, no entanto, que o acampamento “foi elemento crucial para o desenvolvimento das ações de perturbação da ordem pública que culminaram nos atos do dia 08 de janeiro de 2023”.
O interventor federal Ricardo Cappelli classificou o acampamento como uma “minicidade golpista”.
É uma descrição coerente com a “estrutura urbanística” profissionalmente montada no local, mas cuja definição atenua a característica extremamente grave, da existência de um verdadeiro bunker terrorista no QG do Exército.
Mais do que “citadinos comuns” que habitavam aquela “minicidade”, o acampamento também congregava incitadores de violência, vândalos e terroristas que planejaram e executaram o mais grave e destrutivo atentado à República e ao Estado de Direito.
Tudo o que acontecia no acampamento, o que inclui os planos e preparativos das bombas e armas empregadas nos ataques à democracia, era do conhecimento das cúpulas fardadas.
Leia também:
Jeferson Miola: A digital militar na batalha do 8 de janeiro
Ângela Carrato: Lula e a verdade histórica sobre Dilma; é hora de sepultar de vez a mentira
Comentários
Zé Maria
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“A Controladoria Geral da União (CGU) acatou a Proposta de LULA
e vai retirar o Sigilo de 100 anos do Processo Administrativo Militar
instaurado [será?] pelo Exército contra o General Eduardo Pazuello.”
Entenda o Caso:
https://www.cartacapital.com.br/politica/exercito-mantem-sigilo-de-100-anos-em-processo-contra-pazuello/
Zé Maria
No Total, a CGU vai revisar 234 Casos de Sigilo de 100 Anos Decretados
pelo Genocida/Etnocida Jair Messias Bolsonaro, hoje Foragido nos EUA.
Zé Maria
https://t.co/pTvUL1EOT8
“CGU conclui revisão dos sigilos impostos [por Bolsonaro]
a documentos de acesso público.
Foram produzidos 12 enunciados temáticos que orientarão
análise de 234 casos de negativa de acesso”
https://bit.ly/3jrYpFV
https://twitter.com/CGUonline/status/1621558266755940353
Zé Maria
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“O resultado da análise define, por exemplo,
que informações como registros de entrada
e saída de prédios públicos e procedimentos
disciplinares de militares são passíveis de
acesso público.”
A partir das conclusões do trabalho,
a CGU examinará 234 casos concretos:
111 referentes a segurança nacional;
35 relativos à segurança do [ex-]
presidente da República [Jair Bolsonaro]
e seus familiares;
49 sobre informações pessoais;
16 versam sobre atividades de
inteligência; e ainda
23 sobre assuntos diversos.”
https://t.co/pTvUL1EOT8
https://www.gov.br/cgu/pt-br/assuntos/noticias/2023/02/cgu-conclui-revisao-dos-sigilos-impostos-a-documentos-de-acesso-publico
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Zé Maria
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As conclusões estão consolidadas em um parecer técnico, que servirá de modelo para o procedimento de revisão dos atos que impuseram sigilo indevido a informações de acesso público.
Além disso, a CGU elaborou 12 enunciados temáticos sobre situações concretas
que podem ser objeto de pedidos de acesso.
Metodologia
A reavaliação foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
por meio de despacho assinado em seu primeiro dia de mandato,
no qual concedeu à CGU o prazo de 30 dias para análise das decisões
e proposição de medidas.
A CGU trabalhou a partir de um filtro realizado no universo de 64.571 mil
pedidos de acesso à informação negados, total ou parcialmente, pelos
órgãos da administração pública federal, no período de 2019 a 2022.
O estudo se concentrou nos casos que chegaram até a terceira instância
recursal (CGU) e tiveram a negativa de acesso mantida, num total
de 1.335 decisões.
A análise quanto à necessidade de revisão das decisões foi realizada em
quatro etapas:
criação do grupo de trabalho; análise e sistematização de todos os recursos
para identificar os principais fundamentos usados para restrição de acesso
à informação; elaboração das teses sobre os quatro eixos temáticos mais
recorrentes; e seleção dos casos que serão analisados ou revisados pela CGU.”
Conheça a íntegra dos enunciados:
https://www.gov.br/cgu/pt-br/assuntos/noticias/2023/02/cgu-conclui-revisao-dos-sigilos-impostos-a-documentos-de-acesso-publico/NOVOSENUNCIADOSLAICGU2_9.54.pdf
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abelardo
Os culpado e responsáveis pela apologia a subversao, ao terrorismo, a baderna, a invasão e depredação de instituições e a fomentação consciente da usurpação de um governo democraticamente eleito, através de golpe covarde, rasteiro e característico de oficiais vendidos ao fascismo terrorismo e subversão, por omissão e subserviência aos impatriotas, subversivos e terroristas civis e militares, não podem ficar sem identificação e punição. Seus nomes e fotos tem que ser estampados por todas as mídias por força do poder democrático constituído. Todos têm que ser identificados e retratados como apologistas ao terror, a insubordinação, ao desprezo da lei e da ordem. São bandidos marginais que já deveriam estar atrás das grades nas celas de presididos de segurança máxima. Seja civil, comandante, general, almirante ou brigadeiros, quem pratica, alimenta e tolera bandido, crimoso terrorista, subversivo, fascista nazista e traidor da pátria, também se torne um deles, com a diferença de ser dá pior dessas espécies.
abelardo
Os culpado e responsáveis pela apologia a subversao, ao terrorismo, a baderna, a invasão e depredação de instituições e a fomentação consciente da usurpação de um governo democraticamente eleito, através de golpe covarde, rasteiro e característico de oficiais vendidos ao fascismo terrorismo e subversão, por omissão e subserviência aos impatriotas, subversivos e terroristas civis e militares, não podem ficar sem identificação e punição. Seus nomes e fotos tem que ser estampados por todas as mídias por força do poder democrático constituído. Todos têm que ser identificados e retratados como apologistas ao terror, a insubordinação, ao desprezo da lei e da ordem. São bandidos marginais que já deveriam estar atrás das grades nas celas de presididos de segurança máxima. Seja civil, comandante, general, almirante ou brigadeiros, quem pratica, alimenta e tolera bandido, crimoso terrorista, subversivo, fascista nazista e traidor da pátria, também se torne um deles, com a diferença de ser dá pior dessas espécies.
Zé Maria
Isso não é ‘Acampamento’. É uma Vila Militar.
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