Roberto Amaral: A extrema-direita vai confrontar o governo Lula, e nós precisamos derrotá-la

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Foto: Ricardo Stuckert

Os desafios da reconstrução

“O Brasil tem um potencial para o atraso e para a violência muito grande, que anos de governos mais ou menos civilizados não foram capazes de reduzir”. Maria Hermínia Tavares (Valor, 28/10/2022)

Por Roberto Amaral*

O pronunciamento da soberania popular no último 30 de outubro deu um basta a um governo em guerra contra o país.

Mas, acima de tudo, afastou do horizonte visto a olho nu a mais grave ameaça à democracia desde a intervenção militar de 1º de abril de 1964, ao impedir a instauração da pior das ditaduras, aquela que se instala com o respaldo do pronunciamento eleitoral, e se legitima na ordem constitucional permanentemente revista segundo seus interesses.

Há, pois, muito o que comemorar, e muito que agradecer à ação dos militantes, decisivos em momento de inédita e radical polarização política.

A presença dos movimentos populares – profunda, inédita, multifacetária, emocionante – foi decisiva, contrapondo-se à força descomunal do poder (do poder público e do poder econômico à manipulação religiosa a mais abjeta), mobilizada nestas eleições de forma jamais experimentada em nosso país, mesmo nos idos da República Velha, cujos vícios alimentaram levantes militares e a revolução de 1930. Essas eleições mexeram com a alma da sociedade brasileira.

Os exemplos mais conspícuos de tomada do poder pela extrema-direita ainda são os do fascismo e do nazismo, ambos seguindo ritos constitucionais, nenhum na coroa de golpes de força.

Mussolini, que ascendera à crista da onda como líder dos fasci, movimento paramilitar financiado por industriais e latifundiários para dar cabo às organizações dos operários italianos no pós-guerra, foi, em 1922, nomeado primeiro-ministro pelo rei Vítor Emmanuel III.

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Hitler, em 1935, foi nomeado chanceler (primeiro-ministro) por Paul Hindenburg, presidente alemão socialdemocrata.

A iminência da ditatura constitucional, antecipada pela maioria conservadora de direita e extrema-direita do Congresso que emergira das eleições legislativas brasileiras, era a ameaça com a qual nos acenava a possibilidade concreta de reeleição plebiscitária do ex-capitão, rejeitada ao cabo do pleito dramático.

Há muito o que comemorarmos, ainda sem perder de vista que estamos apenas no início do enfrentamento de um grande desafio.

A eleição de Lula – ao derrotar o mais abusivo e criminoso concurso de recursos públicos e privados em um processo eleitoral – estabelece um divisor de águas entre a ameaça do revés democrático (mediante a revogação do pacto constitucional de 1988) e a esperança de reconstrução nacional,

Mas deve ser vista, particularmente pela esquerda brasileira, como ponto de partida: sem ela, o futuro imediato seria uma ditadura protofascista; com ela, a história nos acena com a revitalização democrática que, dependendo do que fizermos, nos poderá retornar, no médio prazo, os sonhos de construção de uma sociedade fundada na igualdade social, que perseguimos como objetivo final da política.

No quadro de nossos dias, fracassado o golpismo no qual o bolsonarismo apostou até a 25ª hora, a posse de Lula, que chegou a ser ameaçada, pode ser dada como fato concreto – para o que concorreram a qualidade do sistema eleitoral, a mobilização popular e a imediata solidariedade da comunidade internacional, concertada num pronunciamento praticamente unânime, ao reunir no mesmo e entusiasmado aplauso, entre muitos outros mandatários, ​Emmanuel Macron, Vladimir Putin, Joe Biden, Xi Jinping, Alberto Fernández e Olaf Scholz.

Nossa história presente deve mais esse serviço ao sempre chanceler Celso Amorim.

O conglomerado de interesses poderosos que se costuma alcunhar de “sistema” se pronunciou, logo cedo, na voz e nas imagens do Jornal Nacional da Rede Globo na noite do dia 31/10, e a comunidade política entendeu o recado, ao responder com acenos ao diálogo.

O capitão, sem tropa e sem pólvora, encerrou seus dias de presidente na terça-feira 1º de novembro, ao reconhecer o fiasco do levante dos caminhoneiros, por cujas consequências desestabilizadoras da ordem institucional esperara por três longos dias, como Jânio Quadros (a primeira vitória eleitoral da direita brasileira) esperara, em 1961, igualmente em vão, pelo levante das ruas que o levaria de volta a Brasília. Terminou, só, embarcando em um navio cargueiro, e foi tratar de sua solidão na Europa.

Resta ao ex-capitão, sob a vigilância das instituições (que se omitiram ao não coibirem seus escandalosos crimes eleitorais), seguir o exemplo do general Figueiredo e abandonar o Alvorada pela porta dos fundos.

Os espetáculos dessa semana patrocinados por uma massa fanatizada, cujos limites não sabemos mensurar, tendem a esvaziar-se com o passar dos dias, em face do recuo de seu ativador.

Nos bastidores, onde segue a vida conduzindo a política, permanecerão as disputas pela definição do eixo condutor do governo Lula, naquilo que ele tem de essencial para a Faria Lima.

O debate já está na imprensa e procura ditar o que deve ser o programa econômico do novo governo.

A pré-transição consumirá esses quase dois meses que nos separam da posse tão desejada de Lula, pois a transição política propriamente dita cobrará o primeiro ano do governo, com a experiência daquele que será necessariamente o primeiro ministério (ou “ministério tentativo”) do terceiro mandato de Lula, as composições partidárias e as eleições das mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A fase dos ajustes, inclusive programáticos.

Nesse sentido, o governo Lula será um governo por definir-se no seu próprio processo de ser. As circunstâncias ditam seu caráter de conciliação nacional, já anunciado pelo presidente eleito em seu belo discurso ainda na noite do dia 30, no encontro com a imprensa internacional.

Governo de coalizão, tenderá à moderação (pelos condicionamentos do processo social, pelas exigências da história presente e a prática de seu líder) e porque não terá, ao instalar-se, maioria para impor seu programa a uma sociedade dividida e a um Congresso que, de natureza historicamente conservador, desde o Império, é o mais reacionário em toda a República.

A frente ampla da campanha não chegará à posse, pois sobrelevará a frente ampla da governabilidade, que compreenderá parte da frente eleitoral, à qual se somarão, entre outros, a entente com os partidos, a construção da base parlamentar sem a qual não governará, como não governou Dilma, e os reajustes com a caserna, vistos pelas mesmas lentes que cuidarão da crise econômico-fiscal, das carências sociais, do desemprego e da fome de milhões de brasileiros.

O governo Lula precisará de força e pertinência (e apoio popular) para enfrentar a criminosa partidarização dos quartéis, a politização e insubordinação das forças policiais em todos os níveis.

Caber-lhe-á salvar o meio ambiente, restaurar a saúde pública, combater a sagração de Tânatos e do negacionismo, restaurando a defesa da vida e a paixão pela inteligência.

Todas essas tarefas são cobradas com urgência e, é preciso lembrar, devem ser levadas a termo de par com a convivência civilizada, em um mundo em crise política e econômica marcada pela queda de renda dos países dependentes das exportações de commodities (como o Brasil, que renunciou à industrialização), um mundo em guerra que opõe EUA e Eurásia na disputa de hegemonia.

E, ao mesmo tempo, um mundo que, após Trump, vê crescer na Europa (em crise) a ascensão da extrema-direita: Itália, Polônia, Hungria, Turquia, Suécia, além do retorno da extrema-direita em Israel, pequenino país armado até os dentes.

Em face das circunstâncias, assomam os desafios da esquerda brasileira.

Cumpre-lhe a sustentação do governo Lula, após uma campanha na qual não lhe foi dado sustentar a temática econômico-social, a única que a favorecia porque é a que favorece a formação da consciência de classe dos assalariados.

E cumpre-lhe rever-se para o enfrentamento político e ideológico do pensamento e da ação da extrema-direita (além do assédio da “direita bem-comportada” que nos acompanhou principalmente no 2º turno, e nos acompanhará no governo).

A onda de extrema-direita (de que a votação de Bolsonaro é apenas um indicador) é ciclo que veio para conviver conosco por muito tempo, donde não poder ser vista como “um ponto fora da curva”, senão como um dado do processo social brasileiro que guarda lógica com nossa formação de país, povo e nação, da qual resultou a sociedade brasileira que descobrimos conservadora.

O desafio não é desprezível, porque não são desprezíveis a emergência da extrema-direita e sua permanente capacidade de mobilização.

Pela primeira vez a extrema-direita, além de organizada e assentada em bases populares, dispõe de uma liderança carismática que não emerge da elite e cujo discurso repercute na caserna.

Essa extrema-direita vai confrontar o governo Lula, e nós precisamos derrotá-la.

*Roberto Amaral foi presidente do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula. Atualmente, é professor, cientista político e jornalista.

* Com a colaboração de Pedro Amaral

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Comentários

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RiaJ Otim

todo mundo sabe que no sétimo dia deus descansa, portanto, domingo não trabalha e , portanto, a eleição não valeu, por não ser da vontade de deus

Zé Maria

Temos de Reconquistar a Hegemonia das Ruas
e correr esse Bando de BolsoAsnos Amarelos
que na realidade são os mesmos Adoradores
do Pato incentivados pelos Patifes Lavajatistas.

Zé Maria

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“Lula Vai Reumanizar o Brasil”

LEONARDO BOFF
Programa Prerrogativas
na Rede TVT:

https://youtu.be/UbwD3IjIc-8

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    Zé Maria

    .

    UM JUSTO ENTRE AS NAÇÕES

    “Venceu a Sensatez contra a irracionalidade,
    a Verdade contra a mentira, o Amor contra o ódio”

    Por Leonardo Boff, no Blog do próprio Ecoteólogo, Filósofo e Membro da Iniciativa Internacional da “Carta da Terra”.

    “Conheço um homem. Há mais de 40 anos.
    De onde ele veio? Veio da senzala existencial.
    É um nordestino, desdenhado pela elite do atraso
    que possui em seu DNA um covarde desprezo
    pelos pobres.
    É um filho da pobreza. Um sobrevivente da fome.
    Um pau de arara que, saído do agreste de pernambucano,
    foi radicar-se com a mãe e os irmãos na periferia de São Paulo.

    Toda a numerosa família vivia num puxadinho de um bar.
    Mas havia uma mãe que cumpria todas as funções de pai,
    de mãe, de educadora, de conselheira e de exemplo,
    Dona Lindu.
    Soube educar toda a prole.
    A este homem lhe inculcou na cabeça e no coração:
    ‘Nunca desista. Nunca roube. Nunca minta.’
    Esse imperativo ético marcou toda sua vida.
    Quando menino, trabalhando num pequeno mercado,
    morria de desejo de roubar um chiclete americano.
    Não havia o nacional. Mas quando estendia a mão,
    lembrava de Dona Lindu: não roubou o chiclete
    como sempre se conteve.

    Conheço um homem, este homem.
    Por um bom tempo foi totalmente despolitizado.
    O que lhe interessava era o futebol e o time do coração,
    o Corinthians.
    Conseguiu fazer um curso de metalúrgico.
    Aprendeu por experiência, sem nada conhecer de Marx,
    o que era a mais-valia.
    No começo, com a pouca experiência inicial, produziu tal
    e tal produto.
    Foi melhorando a ponto de, com mais destreza e rapidez,
    produzir mais e mais do mesmo produto.
    Mas o salário continuava o mesmo.
    Para quem ia o lucro do excedente de sua produção?
    Não para ele, mas para o patrão.
    Nisso reside a mais-valia e o mecanismo de acumulação
    do empresário.

    Despertou para a injustiça feita aos trabalhadores.
    Tornou-se líder sindical.
    Enfrentou a ditadura militar.
    Foi preso.
    Solto, liberou a águia que escondia dentro de si.
    Emergiu seu carisma de líder.
    Sabia com honestidade negociar com os patrões
    na lógica do ganha-ganha.

    E pensou: ‘os poderosos governaram por todo o tempo
    de nossa história. Governaram só para eles.
    Nunca nos incluíram. Éramos carvão a ser queimado
    na produção de suas fábricas. Por que nós, trabalhadores
    que somos maioria, não podemos também governar
    o nosso país e governar até melhor, para todos, a começar
    pelos mais explorados e marginalizados?’

    Foi então que, junto com outros, fundou o Partido dos
    Trabalhadores (PT).
    Candidatou-se para governador e para presidente do país.
    Sempre perdeu. Mas nunca renunciou ao impulso interior,
    inspirado por sua Mãe: ‘nunca desista’.

    Insistia em suas intervenções: ‘devemos permitir que
    todos possam comer pelo menos três vezes ao dia,
    ter sua casinha com luz elétrica, poder se educar
    e mandar seus filhos e filhas para escolas de qualidade.
    Ter alegria de viver e de conviver’.

    E quis o ‘Mistério de todas as coisas’, que ele, do andar
    debaixo, da marginalização e da exclusão chegasse
    ao poder central do país.
    Pela primeira vez em nossa história, um condenado
    da Terra organizou, como presidente, uma política
    em que todos ganharam, inclusive os endinheirados,
    mas sobretudo aqueles que há dezenas de anos
    estavam no mapa da fome.
    Não se ouviam mais os gritos caninos das crianças
    puxando a saia de suas mães, pedindo comida
    que lhes faltava.
    Milhões foram incluídos na sociedade, milhares de pobres
    e de afrodescendentes, mediante cotas, puderam frequentar
    os cursos superiores. Indígenas, quilombolas, mulheres
    e outros de outra orientação sexual encontraram nele
    compreensão e defesa.
    Mais que matar a fome, devolveu-lhes dignidade humana.

    Alguém se levanta, não sem certa arrogância, e anuncia: ‘Deus me escolheu para salvar o país; está inscrito até
    no meu nome Messias.’
    O outro apenas diz: ‘Agradeço a Deus por ter permitido
    que eu chegasse até aqui e poder dar comida a milhões
    de pessoas.’
    Os discursos possuem tons diferentes: um coloca a ênfase
    num alegado chamamento divino, independentemente
    de seu esforço.
    O outro lutou e se esforçou para cumprir esse propósito.
    E agradece a Deus, depois de muita luta e incansáveis sacrifícios.

    O mundo acompanhou tudo.
    Como presidente, os chefes de estado [do exterior] disputavam
    ouvir suas experiências e conselhos.
    Emergiu como uma das maiores lideranças mundiais.
    Convidado a apoiar a guerra contra o Iraque, respondeu sabiamente:
    minha guerra não é contra um povo, é contra a fome e a miséria
    de milhões do meu país e da humanidade.

    Tudo o que está sadio pode ficar doente.
    Setores de seu governo foram acometidos pela doença da corrupção.
    Foram denunciados e punidos. Mas jamais se provou que este homem
    tirou algum proveito pessoal da corrupção em razão de sua condição
    de presidente.

    Se há algo que o irrita profundamente é quando o chamam de ladrão.
    Onde está sua mansão?
    Onde estão suas contas bancárias no Brasil, no exterior ou em algum
    paraíso fiscal?
    Alguém pode apontá-lo sem mentir?

    Como candidato, sua vida foi vasculhada nos mínimos detalhes.
    Nada se encontrou.
    Nem um apartamento, no qual nunca morou, nem um sítio
    de um amigo que nunca lhe pertenceu.
    Vive num apartamento como qualquer cidadão que ocupou
    o cargo que ocupou, bom mas modesto.

    Conheço e testemunho a transparência, a honestidade e a inteireza
    deste homem.
    Disse-me algumas vezes: ‘você que fala a numerosos auditórios, diga, em meu nome: jamais dei cinquenta centavos a alguém,
    jamais recebi cinquenta centavos de alguém.
    Nunca me apropriei de nada.
    E se esse acusador continua a afirmar que sou ladrão,
    diga que é mentiroso.
    E se persistir a afirmá-lo, desafie-o a ir à justiça,
    mostrar as provas para o acusar de ladrão.
    Confirma, se fui pessoalmente ladrão, aceitarei o rigor da lei.
    Devolverei em dobro tudo o que falsamente teria roubado.
    Quero ser preso’.

    Conheço um homem que suportou todo tipo de calúnia, de difamação
    e de humilhação.

    Sua esposa morreu de tristeza. Seu neto que faleceu precocemente
    lhe criaram mil dificuldades para se despedir de seu ente querido.
    Quando partiu desse mundo o irmão mais velho que o tinha como pai,
    levaram-no para um curto velório, cercado de soldados armados
    como se conduzissem um perigoso celerado.
    Invadiram sua casa sem aviso prévio. Vasculharam tudo, os colchões
    e levaram até os brinquedos dos netos até hoje não devolvidos.

    Por fim, um juiz reconhecido pela Suprema Corte (STF) como parcial
    e em razão disso, posteriormente os processos movidos contra ele,
    foram invalidados.
    O juiz corrupto e parcial o condenou ‘por um crime indeterminado’, coisa que não se encontra em nenhum código penal,
    nem do ancestral [Código] de Hamurabi, alguns milênios antes
    de nossa era.
    Por 580 dias foi mantido preso sob rigorosa vigilância.
    Podia ter resistido ou se refugiado em alguma embaixada.
    Não. Ficou junto de seu povo.

    Na prisão revisou sua vida, os acertos e equívocos de seu governo,
    estudou em profundidade os aspectos principais de nosso país
    e da geopolítica mundial.
    Espiritualizou-se e saiu cheio de humanismo, de esperança
    e de determinação de trabalhar especialmente pelos pobres.

    Mas sua prisão teve uma consequência perversa:
    abriu caminho para presidente a uma figura sinistra, inimiga da vida
    e de seu povo, movida pela pulsão de morte e de ódio.
    Seu negacionismo e sua total ausência de empatia permitiu, impassível, a morte de, pelo menos, de 300 mil pessoas
    pelo coronavírus.

    Veio a eleição.
    Seu adversário que excede em ignorância, brutalidade e,
    com uma mente assassina, usou todos os meios possíveis
    e impossíveis para derrotá-lo, desde a corrupção de um bilionário
    orçamento secreto até todo o aparelho de Estado,
    dentro do qual funcionava o gabinete do ódio.
    Este difundia mentiras, fake news, calúnias e obscenidades
    contra ele.
    Até o aparato policial do Estado foi acionado em favor de
    sua candidatura.
    Tudo em vão.

    Venceu a sensatez contra a irracionalidade, a verdade contra a mentira,
    o amor contra o ódio. Ele foi proclamado presidente do país.
    Foi reconhecido pelas mais altas autoridades do país, do mundo,
    entre eles XI Jinping, Biden e Putin.
    Mesmo sem ser empossado, já foi convidado para a COP-27, no Egito,
    para discutir o novo regime climático e para Davos, onde os senhores
    das fortunas se reúnem para ouvir seu tipo de economia,
    já que a presente está agônica.

    Conheço este homem, carismático, cordial, incapaz de ter ódio
    no coração e pronto a dialogar com todos.
    De sua boca ouvimos e de seu exemplo aprendemos
    que importa sempre defender a democracia, dar centralidade
    aos pobres, defender a Amazônia contra a voracidade do capital selvagem e buscar um mundo que seja bom para todos
    e que será.
    Como disse um presidente:
    “O mundo tem saudades deste homem.”

    Ele merece a maior comenda que a tradição bíblico-judaica dá
    a um benemérito cidadão do mundo:
    ‘ELE É UM JUSTO ENTRE AS NAÇÕES’.

    Eu conheço e testemunho um homem que por sua vida,
    por seu exemplo e pelo cuidado de seu povo, tornou-se efetivamente um Justo entre as Nações.

    Seu nome não precisa ser citado.
    O país o conhece.
    O mundo o reconhece.

    https://leonardoboff.org/2022/11/03/um-justo-entre-as-nacoes/
    https://www.ihu.unisinos.br/623628-um-justo-entre-as-nacoes-artigo-de-leonardo-boff

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    Zé Maria

    .

    Entrevista Especial: LEONARDO BOFF, no IHU On Line

    “Não se pode construir uma sociedade sobre mentiras,
    fake news, calúnias e desobediência ao contrato social
    expresso pela Constituição e pelas leis”.

    Íntegra:

    https://www.ihu.unisinos.br/categorias/159-entrevistas/623561-eleicao-de-lula-o-desejo-de-um-governo-do-cuidado-em-resposta-a-truculencia-do-conservadorismo-entrevista-especial-com-leonardo-boff

    .

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