Ângela Carrato: Pastores da Universal fazem campanha contra Lula, defendem Bolsonaro, espalham fake news, distribuem ‘santinhos’ e pregam subserviência da mulher

Por Ângela Carrato*, especial para o Viomundo

“Deus é de direita. O diabo, Lúcifer, é  de esquerda! Alguém aqui vai deixar o diabo vencer?”

Frases como essas têm sido repetidas, exaustivamente, nos cultos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em todo o Brasil.

Com a campanha eleitoral, elas se tornaram mais presentes, acompanhadas de doutrinação ideológica e político-partidária por meio de pastores e bispos (veja PS do Viomundo).

A ofensiva da Universal e de outras igrejas protestantes de denominações neopentecostais é tamanha que deu origem ao movimento de evangélicos que defende que os templos não podem se transformar em palanques eleitorais.

Movimento que a direção da Universal faz questão de desconhecer, mesmo sendo uma das maiores do país.

De acordo com o IBGE, em 2020, ela possuía 8773 templos, com 1.873 milhão de membros. Número que segundo a sua direção é bem maior. O bispo-empresário Edir Macedo, seu fundador e dirigente, por exemplo, fala em sete milhões de membros.

A sede fica em São Paulo, no nababesco Templo de Salomão, no bairro do Brás, mas réplicas estão presentes em várias capitais brasileiras.

Foi numa delas, em Belo Horizonte, que assisti a dois cultos e pude comprovar não só o inegável trabalho de doutrinação que está sendo desenvolvido, como a divulgação de uma série de fake news sobre candidatos e partidos progressistas.

A imensa sede da Universal na capital mineira está localizada no bairro de Lourdes, o mais elegante e sofisticado da zona Sul, próximo ao igualmente mais exclusivo shopping center da cidade. Os cultos acontecem pela manhã, tarde e noite. Cada dia da semana é destinado a um tema específico: família, amor, descarrego, jovens etc.

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Como a Universal utiliza intensamente as novas tecnologias da comunicação para “divulgar a mensagem do evangelho” entre as pessoas, parte de suas igrejas retransmite o que é feito no Templo de Salomão.

Atividades especiais também acontecem com frequência, como o Culto das Mulheres, assistido nas suas demais igrejas.

Outro importante culto é o dos Obreiros, denominação dada aos auxiliares dos pastores, ajudantes na rotina da igreja e nas atividades ditas espirituais.

FLORES BANHADAS PELO SOL

Oficialmente, o Culto das Mulheres acontece a cada dois meses, no último sábado, das 18h às 20h, horário em que as frequentadoras estariam supostamente menos ocupadas.

O que assisti, em Belo Horizonte, teve lugar em 27 de agosto, transmitido diretamente do Templo de Salomão e acompanhado por cinco mil mulheres, através de um telão central e de outros dois laterais. O recinto estava com sua lotação máxima.

O culto começou com atraso de 15 minutos. A maioria das mulheres veio de bairros distantes e da região metropolitana, em ônibus fretados pela própria igreja.

Elas entraram em silêncio e foram orientadas por recepcionistas a ocuparem primeiro as filas da frente. As recepcionistas merecem menção à parte, pelo visível treino para a função e pelo traje – vestidos e sapatos de salto alto pretos – se assemelhando mais ao estereótipo de executivas.

A intensidade das luzes no interior do templo começou a diminuir e teve início uma música voltada para proporcionar tranquilidade. Imagens indicando serenidade, confiança e fé passaram a ser exibidas: espigas de milho douradas balançadas levemente pelo vento, cascatas com águas cristalinas em meio ao gramado verdejante e lindas flores banhadas pelo sol.

Em seguida, teve início o culto propriamente dito, com duas partes, intercaladas por uma oferenda. A primeira a pregar foi a apresentadora de TV, diretora de dramaturgia da TV Record e pastora Cristiane Cardoso, filha de Edir Macedo.

Macedo, como se sabe, é também o dono da TV Record, segunda maior rede de TV do país e a igreja Universal, por sua vez, é a que mais se utiliza dos meios de comunicação “para propagar a fé”.

Além de se valer dos recursos tecnológicos em seus cultos, ela transmite conteúdo direcionado para “quem procura mudar e melhorar sua vida”, 24 horas por dia, via internet, possuindo também canais de rádio e programas digitais nas principais plataformas.

“A DAMA DA FÉ”

Cabelos louros e lisos compridos, vestido escuro, a pastora Cristiane, com voz doce, anuncia que terá uma conversa “muito importante” com as presentes.

Valendo-se de argumentos inaceitáveis para qualquer mulher minimamente informada, Cristiane afirma que a “principal qualidade” para uma mulher é ser “dócil e obediente”.

E não para aí. Deita falação contra as mulheres que tentam ser iguais aos homens, que lutam para se equipararem aos homens, enfatizando que isso é prejudicial para a família, para os filhos e para a sociedade. “Todos saem perdendo”, garante.

Para a pastora, o papel da mulher é trazer harmonia onde quer que esteja, razão pela qual, critica as feministas e o “tal empoderamento da mulher”. Segundo ela, o fato de ser mulher já envolve “um enorme poder natural”.

Cristiane descarta que docilidade tenha qualquer relação com fraqueza ou submissão, dando como exemplo a própria mãe, Ester Bezerra, “a âncora” e “o porto seguro” do pai, Edir.

Sobram elogios à “docilidade e força” da mãe, ao mesmo tempo em que nos telões laterais são projetadas imagens do livro “A dama da Fé”, escrito por Ester.

A capa não poderia ser mais óbvia: Ester, atrás do marido, de pé, com a mão no seu ombro, é a própria materialização do surrado ditado de que “por trás de todo grande homem existe uma grande mulher”.

Cristiane aproveita para recomendar a aquisição e leitura do livro, cujos exemplares estão à venda no local por R$ 20,00. Ela não diz, mas nos sites de venda pela internet, o mesmo livro pode ser comprado pela metade do preço, R$9,90 ou até menos.

Além de verdadeira ode à submissão, oferecendo como exemplos a mãe e ela própria, pessoas ditas como bem sucedidas, a fala da pastora Cristiane tenta ainda transformar a sua família em uma espécie de representante divina na terra, que deve ser seguida por todos. Algo como: quando servimos ao Senhor, ele sempre nos recompensa.

A Universal vende o sucesso através da “Teologia da Prosperidade”, com os seus seguidores sendo estimulados a se tornarem empreendedores e a enriquecer. Para tanto, quanto mais derem ao Senhor, mais retribuição o Senhor lhes proporcionará.

AR MÍSTICO E PIX

A primeira parte do culto dura 50 minutos. Na sequência, tem início o momento dedicado aos pedidos e oferendas.

As mulheres são convidadas a ficar em pé, levantarem as mãos e fazerem seus pedidos. Quem quiser pode se aproximar do altar/palco eletrônico para intensificar esses pedidos e também fazer suas oferendas, que atendem pelo nome de contribuições.

O envelope que utilizam para contribuição em dinheiro encontra-se nas bolsas no encosto da cadeira da frente onde estão sentadas.

As luzes têm intensidade reduzida e nos telões aparecem os números das contas da Universal em vários bancos, bem como a chave do PIX para transferências. Por 15 minutos, esses números são os únicos iluminados, o que confere atmosfera aconchegante e mística ao local.

Várias mulheres preferem se ajoelhar e algumas até choram, mas tudo de forma discreta, diferente das sessões de descarrego, onde o demônio é expulso entre gargalhadas, gritos e choros altíssimos.

A intensidade das luzes aumenta novamente e as mulheres são convidadas a retomarem aos seus lugares.

Tem início a última parte do culto, com a fala de um bispo. Como não há legenda identificando de qual bispo se trata, recorro à mulher ao meu lado. Ela me informa que é o bispo Renato e estranha eu ainda não conhecê-lo.

Trata-se do marido da pastora Cristiane, igualmente apresentador da TV Record, Renato Costa Cardoso, em cujo currículo consta também ser conselheiro familiar e matrimonial certificado pelo National Marriage Centers de Nova Iorque.

No estilo executivo – calça preta, camisa branca de mangas dobradas, gravata vinho – o bispo Renato, considerado por muitos o herdeiro de Edir Macedo, não se pauta pela fala mansa. Ao contrário. Sua oratória é forte e o tom incisivo.

O que ele diz, de certa forma, é uma continuação da fala da pastora-esposa, só que além de exaltar a importância da obediência para as mulheres, destaca o papel central que elas têm para evitar que o demônio, “lúcifer”, destrua as famílias, as suas próprias vidas e a vida do país.

O demônio para ele é ninguém menos do que os que não temem ao Senhor, os que são contra a palavra de Deus, “o comunismo ateu e seus representantes”.

Para o pastor Renato, o fim dos tempos está próximo, mas cada uma das presentes tem obrigação de fazer de tudo para evitar que desgraças aconteçam, pois em breve o Senhor voltará à terra.

Razão pela qual, segundo ele, não pode haver desgraça maior do que os não tementes ao Senhor chegarem ao poder, determinarem a nossa vida ou nos perseguirem em função de não aceitarem a nossa fé.

FORA SATANÁS

É nesse ponto que a doutrinação passa a se misturar às fake news, pois o bispo Renato afirma que ele e a Universal estão sob censura, sendo perseguidos, que não podem dizer o que pensam, sob pena de terem graves problemas. Afirma também que a liberdade de culto está ameaçada no Brasil e que todas devem lutar contra isso.

Um momento fundamental nesta luta, destaca, é a eleição, para a qual pede que nenhuma das mulheres presentes “deixe Lúcifer entrar no seu lar e se envolver com os seus”.

Pede também que isso seja dito para o maior número possível de mulheres que conheçam, tomando sempre o cuidado para não rebaterem provocações do diabo.

“Deixem essa tarefa para o pastor”, enfatiza, emendando que “só ele é capaz de se afastar do rebanho para buscar uma ovelha desgarrada e a ele voltar sem riscos”.

Dito de outra forma, a Universal desencoraja e condena toda forma de suas “ovelhas” buscarem informação e referência com pessoas fora do seu próprio meio.

É importante observar que além da TV Record, de seus canais de rádio e plataformas na internet, o maior jornal em circulação no país é a Folha Universal, propriedade desta mesma igreja, com tiragem de dois milhões de exemplares semanais.

Sabe por que você nunca viu um exemplar dele no chão ou embrulhando peixe?

Os bispos recomendam que “os fieis, depois de lê-lo, o guardem com cuidado, para, na primeira oportunidade, dar a uma pessoa sofrida, conhecida ou não, com o objetivo de evangelizá-la e oferecer a ela a oportunidade de conhecer o trabalho da Universal e, por meio dele, conhecer a Deus”.

O apelo da Universal às suas fieis para que barrem a ascensão da “esquerda” se orienta por estatísticas. As mulheres compõem a maioria do eleitorado brasileiro. São 53%.

Todas as pesquisas de intenção de voto mostram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, vencendo neste segmento, inclusive entre as evangélicas, para desespero dos pastores e “alegria de Lúcifer”.

“IMBROCHÁVEL”

A principal razão para Bolsonaro ir de mal a pior entre as mulheres se deve à sua misoginia. Acrescente-se a isso suas posturas ultrarreacionárias e racistas envolvendo também negros, índios e o segmento LGBTQIA+. A Universal apoia a reeleição de Bolsonaro.

Nos últimos dias, o ocupante do Palácio do Planalto tem protagonizado, igualmente, ataques indefensáveis às jornalistas que, durante debate e entrevistas, lhes fizeram perguntas que o desagradaram sobre a sua negligência com as vacinas contra a covid-19 e a compra de imóveis por ele e familiares com dinheiro vivo.

Os ataques de Bolsonaro às mulheres, aliás, acontecem desde sempre (“quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”, “só não te estupro, porque você é feia”, “empregar mulher é ruim, porque ela engravida e vai ter seis meses de licença-maternidade”).

Claro que o bispo Renato fez questão de ignorar tudo isso, ao cobrar obediência das mulheres e tentar convencê-las de que o atual presidente, sem citar seu nome, é o melhor para o Brasil, pois “teme a Deus e combate Lúcifer”.

O grande problema é que Bolsonaro não ajuda em nada.

O que essas cinco mil mulheres, aparentemente recatadas, devem ter pensando sobre a performance de Bolsonaro no desfile-comício de 7 de setembro, quando, sem qualquer lógica, durante as comemorações dos 200 anos da independência do Brasil, passou a elogiar o próprio órgão sexual, comandando o coro de “imbrochável”?

O bolsonarismo raiz responde por 15% dos 31% de apoio que o candidato à reeleição tem mantido nas pesquisas de intenção de voto.

Nesses resultados, as mulheres estão cada vez em menor número. Daí a importância de um culto em que a obediência e a docilidade são não só pregadas, mas determinadas como a única possibilidade para “estar com Deus”.

Daí, também, a importância da presença da própria primeira-dama, Michele, na campanha, onde tem papel de relevância. Evangélica, ela aprofunda o roteiro de apresentar-se como recatada, temente a Deus e submissa ao marido.

Não por acaso, a campanha de Bolsonaro já produziu um programa para o horário eleitoral em que ela exalta as virtudes do “marido, companheiro, amigo e pai”. O programa não foi ao ar, por não se enquadrar no que a legislação eleitoral determina. A fala dela ultrapassou 25% do tempo destinado ao candidato.

Certamente a campanha vai refazer o programa, mas enquanto isso não acontece, Bolsonaro, para demonstrar virilidade, deu um beijo de língua em Michele durante a solenidade-comício de 7 de setembro, para surpresa até dela.

Basta lembrar que a TV Brasil captou, por acaso, cenas deles discutindo, antes de chegarem ao palanque oficial.

Mesmo tentando aparentar felicidade, a cara da Michele depois do tal beijo não era das melhores. O vídeo está disponível para quem quiser conferir.

Também faz parte da ênfase à obediência e submissão de Michele a Bolsonaro, o vestido simples, de menina-moça, que trajou na cerimônia do 7 de setembro. Pode-se incluir no mesmo script, não haver qualquer referência a ela ter uma filha de 20 anos, fruto de relacionamento anterior.

INIMIGOS DO SENHOR

Voltando ao bispo Renato, ele encerra o culto, a plenos pulmões, lembrando que está proibido de falar sobre política, “estamos sob censura”, mas “todas sabem quais são os candidatos em quem votar”.

Fora do templo, uma moça distribui “santinhos” de candidato a deputado estadual e a federal, ambos do Republicanos (antigo PRB). O Republicanos apoia Bolsonaro e tem atualmente como um dos seus “filiados ilustres” o filho 02, Carlos.

No sábado seguinte, voltei à Universal no mesmo horário. Desta vez, as recepcionistas eram poucas e vestidas com roupas do dia-a-dia. Indaguei pelo Culto das Mulheres e a resposta foi que naquele dia ia acontecer o Culto dos Obreiros. Fiz cara de decepção e ensaiei sair.

A recepcionista foi atrás de mim, perguntou meu nome e onde morava. Disse que morava perto, sempre achei o templo bonito e tive vontade de entrar. Ela respondeu que tinha sido o Senhor que me levou até lá e pediu, em nome do Senhor, que eu ficasse. Explicou que o culto era para os Obreiros, mas que iria gostar e poderia até me tornar uma obreira.

Agradeci, entrei e sentei-me o mais próximo possível do telão principal. O recinto estava com apenas um terço de sua capacidade ocupada, desta vez por mulheres e homens de aparência simples.

O culto também foi rápido. Durou pouco mais de uma hora. Pelo telão apenas um bispo dirigiu-se aos presentes, alternando incentivos aos que temem o Senhor e críticas a quem deixa de lado as suas palavras.

Enfatizou o risco que o Brasil enfrenta com os “inimigos do Senhor” tentando chegar ao poder. Disse que todos os obreiros têm o compromisso de evitar que isso aconteça e que “devem trabalhar sem tréguas contra o diabo, contra Lucífer”.

De forma bastante especifica, disse que os obreiros precisam atuar em todos os lugares para derrotar o demônio, citando como “inimigos”, inclusive, os que possam existir na própria família, no trabalho, em qualquer ambiente que frequentem.

O bispo lembrou que “Lúcifer” tem muitos disfarces e que os que temem o Senhor não devem se envolver em polêmicas desnecessárias. Basta serem firmes e impedirem a aproximação do demônio.

Esse bispo não fez referência direta a partidos políticos. Isso ficou por conta de umas espécie de bispo auxiliar que o sucedeu, desta vez de forma presencial. A imagem do primeiro bispo permaneceu projetada nos telões, mas sem som.

Enquanto isso, o bispo auxiliar entrava em cena, chamando os presentes para aproximarem-se do palanque/altar, pois queria dizer-lhes “coisas importantes”.

Em tom de confidência, afirmou que os candidatos a deputado estadual e federal em quem deviam votar eram os do “santinho” distribuído na saída, os mesmos da semana anterior.

Em seguida, enfatizou que uma “prova” de que o diabo é ardiloso e traiçoeiro encontrava-se em frente à própria igreja, do outro lado da avenida.

O local em questão é o comitê do ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome nos dois governos de Lula, Patrus Ananias, candidato à reeleição como deputado federal. O comitê tem, em sua fachada, as bandeiras do Brasil e do PT.

Sobre as eleições, disse ainda que o segundo turno para presidente da República é “certo”, motivo pela qual prefere deixar o assunto “para depois”.

Nenhuma recepcionista soube me dizer o nome desses dois bispos. Igualmente, todas disseram desconhecer a data em que acontecerá o próximo culto das Mulheres.

Não há referência sobre o assunto no portal da igreja na internet. Posso estar enganada, mas tudo indica que ele terá lugar às vésperas da eleição. Daí, o silêncio.

Por tudo isso, não é possível subestimar o poder das igrejas neopentecostais.

Mesmo que a Universal venha perdendo adeptos, fruto dos escândalos que Edir Macedo e outros bispos protagonizaram no Brasil e no exterior, ela ainda representa uma inegável força ao conservadorismo, ao fundamentalismo e aos seus próprios interesses. E não pensa duas vezes antes de mentir em nome do Senhor.

*Ângela Carrato é jornalista e professor do Departamento de Comunicação da UFMG.

PS do Viomundo: Em e-mail à área de imprensa da Igreja Universal do Reino de Deus, informamos que iríamos publicar uma matéria sobre a IURD e o momento político e queríamos saber a posição dela. Enviamos as seguintes perguntas:

1. Por que a Universal tem sistematicamente misturado política  com fé em seus cultos?

2. Como a Universal explica as fake news divulgadas por seus bispos durante os cultos contra partidos progressistas e seus parlamentares, em especial o PT?

3. Nos cultos, bispos pregam docilidade e obediência para as mulheres. Isso não é uma forma de expô-las a mais risco de violência num país em que o presidente da República é misógino e o feminicídio tem aumentado?

4. Quais candidatos a Universal apoia para Assembleias e Congresso Nacional nesta eleição?

5. Quanto a IURD costuma arrecadar no Culto das Mulheres? Nossa jornalista assistiu a um culto em Belo Horizonte, em 27 de agosto, transmitido diretamente do Templo de Salomão e acompanhado por cinco mil mulheres, através de um telão central e de outros dois laterais.

Até o momento da publicação desta matéria, não obtivemos qualquer retorno da Universal. Caso isso venha a acontecer, publicaremos as respostas.  Conceição Lemes

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