Rede de Médicos Populares lança em primeira mão o jingle ‘Lula Esperança do Povo’; assista ao clipe

Tempo de leitura: 3 min
Participam da cantoria e do clipe: Rede de Médicos Populares, Médicas e Médicos com Lula, Conferência Livre da Saúde, MST/Maranhão, Comitê de Luta da Rocinha/RJ, Carol Cunha e Selma Melmonte. Fotos: Reproduções do vídeo
 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Médicas e Médicos Populares (@medicospopulares)

Por Conceição Lemes

Nesse domingo, 04-09, a Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares (RNMP) lançou em primeira mão o jingle “Lula Esperança do Povo”.

Conheça-o acima.

O objetivo é ajudar na campanha do ex-presidente e candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva.

A letra diz tudo.

LULA ESPERANÇA DO POVO

Num tempo tão confuso da História
Chorava outra vez a pátria mãe gentil
Vendo imperar o ódio, a mentira, a indiferença…
E um sonho aprisionado de Brasil

De repente o sonho rompe as grades e renasce então
Liberdade é luta, é consciência e é coração

Lula lá, Lula vem
Lula esperança do povo,
É o nosso bem
Lula lá, Lula vem
Lula é a força do povo,
É o nosso bem

Apoie o VIOMUNDO

Um tempo de crescer e de orgulho
Que volta à memória e agita o coração
O povo quer trabalho, quer direitos e respeito
Cuidar da nossa gente é a razão

E o Brasil levanta e a cabeça não vai mais baixar
Um país de todos e esse povo a ser feliz e se orgulhar

Lula lá, Lula vem
Lula esperança do povo,
É o nosso bem
Lula lá, Lula vem
Lula é a força do povo,
É o nosso bem

Já assistiu ao clipe?

Que tal?

A letra, música e voz são da única pessoa que aparece com óculos escuro (rsrsr): Bernardo Wittlin.

Ele é infectologista e faz parte da Rede de Médicos Populares.

Eu ouvi o jingle, pela primeira vez, em 24 de junho. O próprio Bernardo me enviou o áudio.

E, ontem, quase dois meses e meio depois, recebi o clipe pronto, cheio de alegria e esperança.

Arranjo musical é de Jesiel Bives.

Edição do vídeo, Marcelo Cutrim.

Participam da cantoria pessoas destas organizações:

Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares

Médicas e Médicos com Lula

Conferência Livre da Saúde

Movimento dos Sem Terra (Maranhão)

Comitê de Luta da Rocinha (Rio de Janeiro)

Carol Cunha e Selma Melmonte

Já viu o clipe?!

— Tem certeza de que aquele cantando de camisa estampada e óculos escuro é médico?! — talvez alguém que acabou de assistir me cobre. 

Bem, vamos por partes.

Primeiro, cuidado com o estereótipo da roupa branca. Engana muito hoje em dia.

Segundo, no clipe, Bernardo está num momento lazer.

Terceiro, o fato de o médico andar todo de branco não é garantia de competência, ética, de que você vai receber o melhor cuidado possível.

Quarto, Bernardo é daqueles doutores que examinam e ouvem o que o paciente tem a dizer.

Espécime cada vez mais rara.

Tem 39 anos de idade, currículo respeitável e um diferencial: vai onde há pacientes precisando de cuidados.

Lembro de um episódio que aconteceu em maio de 2021, em plena pandemia de Covid-19.

Àquela altura, a variante delta do novo coronavírus — detectada na Índia em fevereiro de 2021  — já tinha disseminado por países. 

Mas, no Brasil, ainda não.

Foi quando um navio procedente da Índia chegou ao litoral de São Luís (MA). 

Em alerta, as autoridades de saúde do estado detiveram-no preventivamente na barra. 

Na embarcação, havia vários tripulantes com sintomas suspeitos de Covid-19 e nenhum médico.

Era preciso, portanto, saber se eles tinham Covid, mesmo, para decidir pela liberação ou não do cargueiro.

Para isso, era indispensável que um médico fosse até o navio para examinar e testar a tripulação.

Como a delta ainda era uma variante pouco conhecida, os profissionais estavam receosos, se pelando de medo. 

Pois Bernardo foi até o navio e fez tudo o que era preciso.

Realmente, ele é um ponto fora da curva:

2007. Graduou-se em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

2008. Por um ano prestou serviço militar no Hospital de Guarnição de Tabatinga (AM), onde trabalhou como clínico geral.

2009 a 2012. Especializou-se em Doenças Infecto-Parasitárias, também na UFRJ.

2012. Foi para o Zimbábue, na África, trabalhar no Médicos sem Fronteiras, em regime de dedicação exclusiva. Durante um ano, além de atuar como médico clínico, ensinou profissionais de saúde das áreas rurais do  Zimbábue a tratar pessoas com HIV, o vírus da Aids, e tuberculose.

2016 a 2018. Fez mestrado em Medicina Tropical na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

2018 até hoje. Está no Maranhão, onde trabalha em dois hospitais públicos. Sua esposa, igualmente infectologista, é de lá.

Bernardo ainda é muito criativo e divertido.

Sua admiração pelo presidente Lula vem de longe.

Em 2007, ele fez questão de levá-lo à sua formatura na faculdade de medicina da UFRJ.

O pai, também médico e educocomunicador em saúde, gravou o momento inesquecível e me enviou o vídeo abaixo.

Confira.

O auditório veio abaixo, como acabaram de ver.

Não era o presidente Lula em pessoa. Apenas o Bernardo imitando-o. Realmente, impagável

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Maria Benedita Silva de Meneses

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