Violência Política contra a Oposição: Coligação Vamos Juntos pelo Brasil reúne-se com Aras e Moraes; nota dos partidos sobre o assassinato de Marcelo Arruda

Tempo de leitura: 2 min

Assessoria de imprensa do PT Nacional

Nesta terça (12), às 15h, dirigentes dos partidos da coligação Lula-Alckmin (PT, PSB, PCdoB, PSOL, PV, Solidariedade e Rede) têm audiência com o procurador-geral da República, Augusto Aras, na sede da PGR em Brasília.

Os partidos vão protocolar petição para que a PGR proponha a federalização das investigações sobre o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR).

Já na quarta-feira (13), às 15h, os dirigentes dos partidos da coligação Lula-Alckmin (PT, PSB, PCdoB, PSOL, PV, Solidariedade e Rede) têm audiência com o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandres de Moraes, próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral.

Os partidos vão fazer a entrega de um Memorial sobre a Violência Política contra a Oposição no Brasil e solicitar iniciativas do TSE para garantir eleições pacíficas, sem violência.

A violência do bolsonarismo é contra a democracia: o Brasil precisa de paz

Leia a nota sobre o assassinato do líder petista Marcelo Arruda emitida pelos partidos que compõem o movimento Vamos Juntos Pelo Brasil: PCdoB, PSB, PSOL, PT, PV, Rede, Solidariedade

Nota do PT

O assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda por um fanático bolsonarista, neste fim de semana em Foz do Iguaçu, é o mais recente e trágico episódio de uma escalda de violência política em nosso país, criminosamente estimulada pelas atitudes e pelo discurso de ódio do atual presidente da República contra todos que dele divergem ou lhe fazem oposição.

Apoie o jornalismo independente

Desde a execução a tiros de Marielle e Anderson, em março de 2018, agentes da extrema-direita, milicianos e terroristas vêm cometendo uma série de violências praticamente impunes: os tiros contra a caravana de Lula no Sul, o assassinato por bolsonaristas do mestre capoeirista Moa do Katendê, na Bahia, e do idoso Antônio Carlos Furtado, em Santa Catarina.

Nos últimos 30 dias, extremistas de direita usaram um drone para lançar veneno agrícola sobre o público de um ato político do ex-presidente Lula, em Uberlândia, e lançaram uma bomba contra o público em outro ato no Rio de Janeiro.

Também foram alvos de violência o juiz federal que havia determinado a prisão de um ex-ministro do governo Bolsonaro e a redação do jornal Folha de S. Paulo, alvejada por um tiro.

Diante dessa escalada, os partidos que compõem o Movimento Juntos Pelo Brasil vão apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral um Memorial da Violência Política contra a Oposição no Brasil.

Entendemos que cabe ao TSE, bem como ao Supremo Tribunal Federal e às autoridades responsáveis pela segurança pública tomar inciativas que garantam eleições livres e pacíficas, coibindo agressões e violência, como as que o bolsonarismo vem praticando.

O assassinato de Marcelo é um crime político, contra a liberdade de opinião e os direitos humanos, e como tal deve ser tratado – desde a investigação até o julgamento final.

Por esta razão, estamos nomeando um assistente de acusação para atuar em apoio à família e peticionando à Procuradoria-Geral da República para se manifestar junto ao Superior Tribunal de Justiça pela federalização das investigações.

A violência política é inimiga da democracia, dos direitos humanos, da liberdade de expressão e de organização. No Brasil, os incentivadores e agentes do ódio são conhecidos e respondem a um chefe que tem nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro.

É diante de sua escalada autoritária e violenta que a sociedade brasileira e as instituições devem se manifestar com toda firmeza, em defesa do Brasil e da democracia.

Mais do que nunca, o Brasil precisa de paz.

Movimento Vamos Juntos pelo Brasil – PCdoB, PSB, PSOL, PT, PV, Rede, Solidariedade

Apoie o jornalismo independente


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Zé Maria

.
.
“Petista Assassinado por Bolsonarista disse, há 2 Meses em ‘Seminário
Sobre Combate à Violência’, que Policiais não alinhados a Bolsonaro
seriam ‘Primeiras Vítimas’ de Violência Política, diz Professor de Direito
que participou do Evento.”

O relato é do advogado e professor de Direito Fábio Aristimunho Vargas,
que sentou ao lado de Arruda num seminário para jovens sobre combate
à violência, em Foz do Iguaçu (Paraná), no dia 14 de maio.
Os dois palestraram no evento intitulado “Oficina da Juventude Contra a
Violência” e, para Vargas, a fala de do guarda municipal parecia um prenúncio
do que estava por vir.
Pouco menos de dois meses depois, Arruda seria assassinado a tiros pelo policial
penal federal [agente penitenciário] Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu
a festa [privativa] de Aniversário de Arruda, no sábado (9), aos gritos de
“Aqui é Bolsonaro” e começou a disparar [“uma pistola taurus 24/7 cal.40, devidamente municiada”, segundo BO]*.

O tema da festa do guarda municipal era o PT e a candidatura do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.

[ Reportagem: Nathalia Passarinho: (https://t.co/m3Z94objHk) | BBC News ]

O guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, morto por um bolsonarista,
disse numa palestra dois meses antes de morrer que agentes de segurança
de esquerda, não alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (PL), como o próprio
Marcelo, seriam “as primeiras vítimas” de uma escalada da violência política
no país.

O relato é do advogado e professor de Direito Fábio Aristimunho Vargas,
que sentou ao lado de Arruda num seminário para jovens sobre combate
à violência, em Foz do Iguaçu (Paraná), no dia 14 de maio.

Os dois palestraram no evento intitulado “Oficina da Juventude Contra a Violência”
e, para Vargas, a fala de do guarda municipal parecia um prenúncio do que
estava por vir.

Pouco menos de dois meses depois, Arruda seria assassinado a tiros pelo policial
penal [agente penitenciário] federal Jorge José da Rocha Guaranho, que invadiu
a festa [Particular, Privativa,] de aniversário de Arruda, no sábado (9), aos gritos de
“Aqui é Bolsonaro” e começou a disparar.
O tema da festa do guarda municipal era o PT e a candidatura do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.

Arruda, que também estava armado, revidou depois de ser atingido [*] e,
antes de morrer, baleou Guaranho, que foi encaminhado para o hospital
em estado grave.

Fábio Vargas disse à BBC News Brasil que o guarda municipal, que era petista,
dizia se sentir “visado” por ser um agente de segurança de esquerda.

“O que ele falou nesse próprio evento é que policiais de esquerda, como ele,
é que seriam as primeiras vítimas numa eventual escalada autoritária no país.

Eles seriam os primeiros a cair, segundo ele explicou no seminário, para evitar
que repassassem conhecimento estratégico a uma resistência democrática”,
contou.

“Ou seja, esses agentes de segurança de esquerda seriam os primeiros visados
em qualquer tentativa de ruptura democrática que se instaurasse no país.

E, lamentavelmente, foi ele o primeiro a tombar.
Foi ele a primeira vítima desse vaticínio
que ele mesmo fez, lamentavelmente.”

Agentes de Segurança de Esquerda Tratados como ‘Inimigos’
Vargas diz que Arruda era atuante em debates sobre segurança pública,
moradia e assistência social em Foz do Iguaçu, além de ser conhecido
por ter sido candidato a vice-prefeito pelo PT.

Segundo o advogado, o guarda municipal manifestava publicamente
preocupação que a narrativa de Bolsonaro de classificar a esquerda e o PT
“como inimigos” pudesse se reverter em violência, principalmente contra
policiais que discordam da visão do governo de Jair Bolsonaro.

“Ele dizia que, como policial de esquerda, estaria mais visado com esse comportamento de tratar o outro como inimigo, esse direito penal do inimigo que, segundo ele, o Bolsonaro vem tentando implantar no país, criminalizando a postura de esquerda, invocando uso de armas e incentivando a sua militância a ser aguerrida. Ele falou isso no evento”, disse Vargas à BBC News Brasil.

“O Marcelo se sentia visado. Nesse evento mesmo ele já tinha feito esse alerta dessa posição em que ele e outros companheiros se encontravam, de serem mais visados.”

Íntegra da Ótima Reportagem em:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62136907
https://twitter.com/NPassarinho/status/1546865453942947840

Nota:
*[Conforme o Boletim de Ocorrência Policial, a “Pistola Calibre 40”
do Bolsonarista Assassino tinha “11 Munições Marca CBC Intactas
no Carregador”, após os disparos que mataram o Militante Petista.

O Fato de haver mais de 10 Balas na Arma do Seguidor de Bolsonaro
é importante porque comprova que, se a Vítima, antes de morrer,
não houvesse baleado o Agressor, o Homicida poderia ter matado
tantas Outras Pessoas na Festa de Aniversário em Foz de Iguaçu,
no Estado do Paraná: (https://b.link/w8x5t5)]

(https://twitter.com/RevistaForum/status/1546351073287454720)

    Zé Maria

    .
    .
    “A Política como Violência” [e a Violência como Política]

    “O ensaio pensa a política contemporânea em três movimentos.

    No primeiro, relaciona desigualdade, humilhação e violência a partir de roteiros
    bem sucedidos nos últimos anos.
    No segundo, pensa a força centrípeta que, no Brasil, construiu a ascensão
    de Jair Bolsonaro.
    No terceiro movimento, essa mesma força centrípeta é vista a partir da liberação
    das polícias para fazer política.

    O rebaixamento da política à violência alinhava os três movimentos do ensaio.”

    Por Gabriel Feltran*, na Revista Terceiro Milênio, Vol. 17, nº 2, jul-dez/2021, pag. 228-257
    (https://revistaterceiromilenio.uenf.br/index.php/rtm/issue/view/17)

    […]
    [Páginas 250-253 (23-26 do pdf):]

    II. A REAÇÃO POLICIAL
    O segundo regime de poder que já se notava claramente nas favelas e periferias,
    e hoje chega a posições centrais na esfera política, emana de policiais.
    Não de todos eles, mas dos policiais específicos, e não são poucos,
    que achacam esses mercados ilegais e seus operadores de modo
    organizado e rotineiro.
    Não é pouco dinheiro que esses homens fazem pilhando traficantes,
    desmanches, lojistas, moradores.
    Vinte, trinta, cem, duzentos mil reais por semana em um único ponto
    de venda.
    O valor se negocia a depender da capacidade de fazer frente à facção
    local, e por isso a guerra das polícias é explicitamente focada em tomar
    territórios das facções.

    Os operadores desses mercados de proteção, entretanto, há muito
    não são apenas os policiais corrompidos que achacam o mundo
    do crime.

    O projeto de mundo desses policiais corrompidos —eliminar os bandidos
    à bala —aliou-se aos mercados de segurança privados, tocado por policiais
    dobrando expediente ou por ex-policiais, aposentados na casa dos 40 ou 50
    anos de idade, que também se querem forças autônomas.
    Ativamente, estes homens ocuparam posições em conselhos de segurança,
    mas também em conselhos de direitos humanos, de diversidade, conselhos
    tutelares e de direitos de crianças e adolescentes.

    Aliados a grupos religiosos muito conservadores nesses espaços,
    eles conheceram alguma oposição, o que fortaleceu ainda mais
    seus argumentos pela família e contra a depravação, instilados
    agora por grupos de extrema direita organizados internacionalmente
    —o mundo Olavo de Carvalho.

    Todos esses grupos hoje ocupam milhares de cargos no governo
    Bolsonaro (MOTTA, 2021).
    A base material desse movimento que chegou às instituições foi a acumulação
    nos mercados de proteção, reinvestida em mais segurança pública e
    privada, mas também na proteção veicular, no mercado de terras, de
    veículos de segunda mão, de autopeças, no setor de eventos ou no
    mercado imobiliário.
    Ou ainda em fazendas, grilagem, garimpo e mineração informais,
    na exploração ilegal de madeira ou combustíveis, a depender da região
    do país.
    Depois que o dinheiro está na conta de empresas diversas, todas elas
    legalizadas pelo trabalho de contadores e advogados, ele pode ser investido
    em qualquer outro mercado.
    Associações comerciais locais, fraternidades, corporações e irmandades
    masculinas, muito fortes sobretudo nos interiores do país, voltaram à cena
    política como cimento dessas relações.

    O projeto político que Bolsonaro lidera hoje é mais radical do que o projeto
    político que esses grupos apoiaram na ditadura.

    A forma mais elementar desse regime de poder são as milícias,
    que hoje controlam 57,5% do território do Rio de Janeiro
    (GENI & OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES, 2021).

    Esse regime se manifesta em todos os outros arranjos extorsivos das polícias
    e de quem se alia a elas no mundo empresarial e político, no Brasil todo.

    Arranjos tão conhecidos que há um vocabulário próprio para eles,
    do informal ao institucional: arrego, acerto, pagar madeira, propina,
    suborno etc.

    Tão conhecidos que já foram teorizados pelo professor Michel Misse, que
    nos ensinou:
    ‘onde houver um mercado ilegal, haverá conectado a ele um mercado
    de proteção, ilegalmente operado por agentes da ordem’.

    Amparada na justiça do olho-por-olho [Torá/Pentateuco] e numa masculinidade tradicionalista [Machismo, Sexismo, Misoginia],
    essa forma elementar do poder confronta a base da promessa
    moderna (nunca nem de perto realizada nas margens) dos
    direitos humanos universais.

    Não há humanidade comum, nos dizem as polícias. O que existe é uma fratura
    fundamental que divide cidadãos e bandidos, nos impelindo a uma ‘guerra justa’ [dizem] .
    Os ‘cidadãos de bem’ são ordeiros e pacíficos, não queriam ‘guerra’.
    Mas se viram acuados pelos bandidos (que nesse campo semântico
    se confundem com esquerdistas, ateus, depravados, comunistas imaginários
    ou demônios que instilam todos os anteriores).
    [Segundo essa concepção medievalesca (*), notadamente de Extrema-Direita,]
    É preciso recuperar nosso rumo como nação de Cristo, antes que seja tarde.

    Seja como for, a ordem urbana nas favelas e periferias passou a ser mais
    regulada pelas facções criminais do que por essas forças capilarizadas de
    controle armado, ligadas a mercados de proteção e grupos de extermínio.

    Policiais, justiceiros e milicianos, por conta dessa guerra, haviam recuado às
    fronteiras sociorraciais da cidade, protegendo elites e classes médias nos
    condomínios fechados, crescentes durante os anos 1990 e 2000.
    Mas também com guaritas e cancelas nas ruas de classe média, que se
    tornaram, na década seguinte, empresas de vigilância armada privada.
    Muros cresceram, câmeras se instalaram e grupos de Whatsapp liderados
    por policiais aposentados estabeleceram novas posições no mercado de proteção.

    Aos poucos, a insegurança virou um grande negócio.
    Esse dinheiro tem oferecido melhoria de vida para policiais ideologizados
    e radicalizados, com um programa político claro.

    Em primeiro lugar, é preciso ter autonomia policial frente a quaisquer leis
    e regulações.
    Em seguida, é preciso ter um movimento de massas que legitime esse
    poder policial, demonizando uma parcela específica e racializada da população,
    garantindo legitimidade ao extermínio.
    Não por acaso, as mortes ilegais produzidas pelas polícias voltam-se a
    um mesmo grupo: jovens negros e favelados, o perfil dos operadores baixos
    e substituíveis dos mercados ilegais que chamamos de bandidos.

    Nos grupos desses policiais, comemoram-se as mortes desses jovens —muitos
    da mesma cor deles, como que para livrar-se dela —com os colegas de
    profissão, enviando memes e figurinhas sarcásticas. ‘Quanto menos houver deles, mais limpo estará o mundo’.

    Autonomia policial, desprezo pelas instituições republicanas, massas instiladas
    pelo ódio e etnocídio: esse projeto expressa todas as feições do movimento
    totalitário que agora tem um programa de governo e se estrutura como
    regime de poder no seio das instituições.

    Não vivemos o totalitarismo como regime, nem é certo que teremos
    um regime totalitário.

    O movimento que o prepara, entretanto, precisa ser brecado.

    *Gabriel Feltran é Doutor em Ciências Sociais; Professor do Departamento de
    Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar); Pesquisador do
    Núcleo de Etnografias Urbanas do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
    (CEBRAP).

    Íntegra do Artigo em:
    https://revistaterceiromilenio.uenf.br/index.php/rtm/article/view/215/202
    .
    .
    (*) “É certo que não consta ter o paciente se disposto a realizar colaboração
    premiada, como ocorreu em relação aos outros … até porque seria extrema arbitrariedade … manter a prisão preventiva como mecanismo para extrair
    do preso uma colaboração premiada, que, segundo a Lei, deve ser voluntária
    (Lei 12.850/13, art. 4º, caput e § 6º).
    Subterfúgio dessa natureza, além de atentatório aos mais fundamentais
    direitos consagrados na Constituição, constituiria medida medievalesca [SIC]
    que cobriria de vergonha qualquer sociedade civilizada”.
    TEORI ZAVASCKI,
    Ministro do STF,
    Relator no HC
    127.186 PARANÁ;
    Processo Origem 1º Grau Nº
    5073475-13.2014.404.7000
    13ª Vara Federal de Curitiba.
    (Segunda Turma, 28/04/2015).

    Íntegra do Relatório/Voto
    (https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/HC127186voto.pdf)
    https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/863975869/habeas-corpus-hc-127186-pr-parana-0000258-9620151000000/inteiro-teor-863975877
    .
    .

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/card_img/1546737655722811392/6V2sz6-D?format=jpg&name=900×900

“Há outro ‘mito’ construído entre nós: o da polarização.
Para alimentá-lo, a imprensa instrumentaliza
até mesmo os supostamente incontestáveis fatos
– mesmo que essa operação signifique a destruição
de vidas.” https://t.co/rs7Rrynd9i

https://twitter.com/Fabi2Moraes/status/1546829670015975424

Zé Maria

.
.
“A Imprensa que Insiste na Polarização é Cúmplice na Barbárie”

“Mesmo após anos de evidências e inúmeros fatos,
como o assassinato de Marcelo Arruda cometido por um
policial bolsonarista, jornalistas e veículos ainda investem
em uma polarização que nunca existiu.”

“A polarização política sempre existiu no país.
O que é novo entre nós e que continua a ser tratada [pela Mídia]
com punhos de renda [ou luvas de pelica] é a violência
do Bolsonarismo.”

“A instrumentalização da ‘objetividade jornalística’ ajudou
não só a propagar um racismo estrutural e epistêmico
quanto nos trouxe de presente um Jair Bolsonaro.”

“A questão é – em nome de uma ideologia –
instrumentalizar os fatos, mesmo quando flertam
com a destruição de vidas.”

Divide-se o bolsonarismo em gavetinhas e, usando-o
aos poucos de cada vez, tem-se a impressão que ele
pode não ser tão terrível assim.”

“Toda vez que equipara Bolsonaro e o bolsonarismo
a qualquer coisa que já tenha acontecido na política
brasileira, o jornalismo pula o cercadinho e vai fazer
companhia ao presidente.”

Por Fabiana Moraes, no Intercept Br: https://t.co/ZT9CuDlUku

A roupa mais prezada pela maioria dos jornalistas
é aquela costurada com o fio da ‘objetividade’.
Sentem-se não apenas mais bonitos, mas principalmente
mais blindados e, portanto, mais seguros, com ela.

Tornam-se semi-deuses: enxergam tudo do alto,
sem se misturar com mesquinharias cotidianas
como posicionamento político (coisa de ativista) e
as questões do machismo (problema das mulheres),
do racismo (problema dos negros) e do classismo
(problema dos pobres).

Para costurar essa roupa-escudo, os jornalistas usam
como principal matéria-prima os fatos e as evidências.
É algo que vai na mesma linha do “cientificamente
demonstrado”.
Se algo aconteceu daquele jeito, só pode ser explicado
pela descrição da ocorrência, como se um acontecimento
não tivesse passado, contexto, futuro, raiz.

Pois bem, vamos brincar de Jornalista Equilibrado
Usando Terno e Dono de Algum MBA Gringo
e levar em consideração que os fatos são suficientes
para explicarmos as coisas que ocorrem “lá fora”:

1. Moa do Katendê: assassinado com 12 facadas
por um eleitor de Bolsonaro durante o primeiro turno
das eleições presidenciais em 2018 após declarar seu voto
em Fernando Haddad [PT].

2. Jornalista espancada com pedaço de ferro e ameaçada
de estupro também no primeiro turno das eleições
presidenciais de 2018.
Saía do local no qual havia acabado de votar quando
dois homens a arrastaram pelo braço ao verem seu crachá
de jornalista.
Os agressores disseram que ela era “de esquerda”.
Um deles usava calça jeans e uma camiseta preta
com a foto de Jair Bolsonaro (PSL) e os dizeres
‘Bolsonaro Presidente’.

3. Em uma lancha, ao lado de apoiadores, Bolsonaro dança
um funk que compara mulheres de esquerda a cadelas.
Dezembro de 2021, durante as férias do presidente do país,
no Guarujá, litoral de São Paulo.

4. Um compilado de fatos:
– ataques coordenados contra a jornalista Patrícia Campos Mello;
– Marielle Franco;
– “Fuzilar a petralhada”;
– “Varrer essa turma vermelha do Brasil“;
– “Petralhada, vai tudo vocês para a ponta da praia”
(lugar de desova de corpos na ditadura).

5. Jair Bolsonaro concede indulto ao deputado
Daniel Silveira, condenado pelo STF após atacar a corte
e dizer que imaginava ministros ‘levando uma surra’.

6. Nas últimas semanas, diversos atos violentos em eventos
envolvendo a campanha de Lula foram registrados,
desde a explosão de bombas caseiras com fezes à invasão
de reuniões.

7. O assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT
Marcelo Aloizio de Arruda, que comemorava seu aniversário
de 50 anos quando foi atacado pelo policial penal federal
Jorge José da Rocha Guaranho.
O caso possui semelhanças com o ocorrido com Moa do Katendê:
no caso deste, o criminoso se envolveu em uma discussão,
foi até em casa e se armou com uma faca do tipo peixeira.
No segundo, o assassino deixou mulher e filha em casa
e voltou com sua arma de fogo.
Mas Marcelo também estava armado:
morreu após disparar contra Guaranho.

Eu sei, eu sei: você já leu tudo isso que está aqui.

A gente se engana achando que jornalismo trata
necessariamente de novidade.
Na verdade, ele tem muito de repetição.

E é exatamente isso que está acontecendo
desde o último terrível fato elencado aí em cima,
o assassinato de Marcelo.

Mesmo após anos de evidências e fatos que desenham
um ambiente político novo no Brasil, no qual o bolsonarismo
passa a mirar diariamente uma arma real ou simbólica
contra nossas cabeças, uma penca de jornalistas insiste
em colocar o campo democrático na mesma balança
do discurso de morte e extermínio do presidente.

Mas não é de qualquer ‘campo democrático’ que estamos falando:
é preciso nomear o ex-presidente Lula para entender melhor
o fenômeno dos jornalistas e/ou articulistas ‘objetivos’
que ignoram os adorados fatos quando o ex-metalúrgico
ou o Partido dos Trabalhadores estão na roda.

Nos últimos dias, artigos como o escrito por Ricardo Kertzman,
na IstoÉ (coloca Lula e Bolsonaro como ‘as bestas do
apocalipse’), e o de Fábio Zanini, na Folha (‘Ato de bolsonaristas
pelas armas, fala de Lula e crime no Paraná mostram clima
desfavorável à pacificação’), entre outros, nos mostraram
como barbárie também se desenha a partir do ar-condicionado
do home office ou das redações.
‘Nesse ambiente, eventos banais tornam-se mortais, especialmente
se os dois lados estiverem armados’, diz um trecho do artigo do último colunista.

Essa é uma falsa equivalência estarrecedora, e não somente pelo fato de
dezenas de eventos violentos pulularem após o espraiamento do bolsonarismo
no país, mas por diminuir o peso imenso da caneta e do discurso de alguém
que está no poder – e ainda turbinadíssimo pelo Centrão.

Um lado é o presidente do Brasil. O outro é um candidato.
Um lado é o presidente do Brasil. O outro é um candidato.
Vou repetir: um lado é o presidente do Brasil.
E ele é parte máxima de nossa institucionalidade.

A polarização política sempre existiu no país. [Dois Exemplos Históricos:
UDNxPTB (antes do Golpe de 1964) e PSDBxPT (depois do Golpe de 1964)].

O que é novo entre nós e que continua a ser tratada com punhos de renda
[pela Mídia Venal] é a VIOLÊNCIA do Bolsonarismo.

O que não é novo entre nós é uma imprensa dotada de uma Visão Precária
de Democracia. [!]

Acho muito ruim que o candidato elogie atos violentos como o realizado
pelo ex-vereador Manoel Eduardo Marinho, conhecido como Maninho do PT, como fez em um evento no fim de semana.
[Assista à Entrevista do Advogado Marco Aurélio Carvalho ao Canal UOL, na qual
o Jurista afirma que a “Fala de Lula sobre Maninho foi tirada de contexto;
confusão colabora com Bolsonaro”: (https://youtu.be/OgOwR7nehF8)]

Mas comparar essa fala infeliz ao Paredão de Violência do Bolsonarismo
é forçar a barra.

Perdi a conta do número de pessoas que me disseram ter vontade
de se expressar politicamente usando bandeiras ou adesivos
em seus carros, janelas, roupas.
Não o fazem por uma razão simples: medo de apanhar na rua.
Ou, como no caso de Marcelo, de serem assassinadas.

[Terrorismo Político: Ação Intencional de Bolsonaro e do Militarismo Oficial.]

Vocês têm notícias de bolsonaristas com medo de usar adesivo do presidente
ou pendurar em seus carros bandeirinhas do Brasil?

Estão chamando ‘um lado’ (para usar o termo raso) que tem apanhado, morrido,
se lascado e está em parte acuado, de ‘extremista’?

Nos últimos anos, a palavra ‘polarização’ vem sendo repetida por uma estrutura
midiática acostumada a binarismos diversos, explícitos em termos como ‘gente
do bem’ e, vejam só, ‘dois lados’.

Nessas lógicas binárias não se associam Daniel Silveira, funk misógino
e os assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips, por exemplo.
Ou incentivos ao Garimpo, Racismo e Xenofobia.

Divide-se o bolsonarismo em gavetinhas e, usando-o aos poucos de cada vez,
tem-se a impressão que ele pode não ser tão terrível assim.

Parte [a maior parte] da Imprensa continua a tropeçar nas próprias platitudes
ao se negar a trabalhar com a complexidade ‘lá fora’.

Assim, constrói mitos e heróis, vilões e desgarrados, tudo a depender das suas
necessidades econômicas e políticas de momento [‘a ocasião faz o ladrão’].

A questão não são os fatos, nem a leitura mais acurada dos mesmos, no final.

A questão é – em nome de uma ideologia, bom dizer – instrumentalizá-los, mesmo quando flertam com a destruição de vidas.

Toda vez que equipara Bolsonaro e o bolsonarismo a qualquer coisa
que já tenha acontecido na política brasileira, o jornalismo pula o cercadinho
e vai fazer companhia ao presidente.

A democracia brasileira conviveu durante décadas com o pluripartidarismo
sem que repórteres e editores precisassem recorrer a toda hora a termos
que conformassem as legendas como “extremistas”.
Isso era termo usado, no máximo, para tratar aquelas com poucas chances
de atingir postos majoritários, como o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, o PSTU, e o Partido da Causa Operária, o PCO, ambos à esquerda,
ou o Partido de Reedificação da Ordem Nacional, o Prona, já extinto, à direita.

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro, PMDB, hoje Movimento
Democrático Brasileiro, MDB, o Partido dos Trabalhadores, o PT, ou o Partido
da Social Democracia Brasileira, o PSDB, por exemplo, transitavam entre centro,
centro-direita e centro-esquerda, sem ocuparem os postos máximos da
radicalização política.

Se nosso espectro político majoritário foi historicamente “equilibrado” ao centro
com matizes à esquerda e à direita, o que muda no cenário para que a imprensa
e mesmo nós, sociedade perpassada mais pelo senso comum do que pelo senso
crítico, passássemos a ver tudo pela lente “radical”?

A resposta está no crescimento da ultra-direita brasileira, uma explosão de
visibilidade embalada por ao menos três fatores.

O primeiro é a consolidação de um contexto político e social mais conservador
em todo o mundo, no qual se misturam, entre outros componentes, o colapso
político de vários países causado por violentas disputas internas e uma onda
inédita de imigração (foram 272 milhões de imigrantes em 2019, 51 milhões a mais
do que em 2010, segundo relatório da ONU).
A precarização global do trabalho, resultando em um aumento de preconceito
e violência sobretudo entre populações imigrantes, somente agrava essa questão.

O segundo fator se ancora na agudização dos sentimentos de raiva, impotência
e medo derivados do contexto esboçado acima: trata-se da instrumentalização
política de dados e algoritmos, principalmente nas redes sociais.
O mais célebre escândalo desse uso indevido de informações foi protagonizado
pela Cambridge Analytica, empresa que utilizou dados pessoais de usuários
do Facebook para influenciar [a favor de Trump] as eleições presidenciais americanas
em 2016.

O terceiro fator para o crescimento da extrema direita no Brasil, apesar de seu
precedente também global, ainda é pouco investigado entre nós – e é sobre ele
que precisamos atentar: ele decorre dessa insistência em tratar Bolsonaro e o
bolsonarismo como um extremo em oposição a outro, supostamente existente.

Vou repetir: de um lado está o presidente do Brasil.
É o cargo máximo de nossa institucionalidade.
Do outro, são movimentos sociais, candidatos, população.

Bolsonaro, como já escrevi, não nasceu somente graças ao Superpop e ao CQC,
sejamos claros.
Essa é outra platitude que só serve para manter bonitinhos os ternos e MBAs
dos Jornalistas ‘Equilibrados’.
Ele sofreu um ‘banho de loja’ realizado pela imprensa que se autointitula
como ‘profissional’ e transformou o autor da frase ‘o erro da ditadura foi torturar e não matar’ (dita em 2008 e 2016) em um cara ‘controverso’.

Desde a madrugada de domingo, a respeito do assassinato de Marcelo,
li várias vezes que um lulista e um bolsonarista “trocaram tiros”.

Alguém tem a festa invadida, a própria vida e a da família e amigos ameaçada por um homem armado. Usa seu próprio revólver para se defender.
E o resumo é ‘troca de tiros’.

Poderia ser ‘legítima defesa’, mas estamos falando de algo que envolve o PT.

O fato é que o jornalismo ‘neutro’, empresarial, das redes e conglomerados
mais assentados, passou a se constituir como norma.

Tudo aquilo que não está conformado nele seria, assim, um desvio,
uma anormalidade situada, como já colocou a pesquisadora e jornalista
Márcia Veiga.

Um veículo como, por exemplo, este The Intercept Brasil, foi e é criticado
por se posicionar demais, ou, pior, por ser ‘ativista’.
Mas, se entendemos que o Intercept foi ‘ideológico’ ao publicar as mensagens
da “Vaza Jato”, devemos pensar o mesmo em relação ao Jornal Nacional
no momento em que este vazou a ligação telefônica entre Dilma Rousseff e Lula.

Para marcar esse lugar que parece limpo e equilibrado, esse ‘estar acima das paixões’,
nossos veículos naturalizaram o discurso criminoso de um político celebrizado
midiaticamente.
Primeiro, ele era apenas um cara controverso; depois, já presidente, um extremista
que está em uma ponta enquanto Lula (cujo governo foi marcado por alianças
com partidos como PMDB, hoje MDB, está na outra.

É fundamental perceber como o ex-presidente vai ser continuamente construído
como o Bolsonaro do outro lado do espelho.
Está posta a ‘polarização’ que – sugerem esses veículos – nos apequena enquanto
sociedade e da qual precisamos nos livrar; afinal, precisamos ‘valorizar a democracia à brasileira’, na qual indígenas e pretos são tratados como cidadãos
de segunda classe e uma distribuição de renda mais justa é uma ideia
estapafúrdia.

A instrumentalização da objetividade jornalística (através, por exemplo,
do jornalismo declaratório) ajudou não só a propagar um racismo estrutural
e epistêmico quanto nos trouxe de presente um Jair Bolsonaro.

Enquanto imprensa e outras instituições fundamentais para a manutenção
de nossa relutante Democracia assinarem embaixo das práticas autoritárias
e preconceituosas, enquanto normalizarem Bolsonaro o colocando como
um espelho reverso de Lula, vamos seguindo o bonde em direção ao precipício.

No volante, alguém ‘autêntico’ que foi confundido pela ‘imprensa séria’ como
um ‘tiozão do pavê’ que às vezes soltava um impropério.
‘Engraçado’. ‘Folclórico’. ‘Controverso’.

‘O avesso do fantoche é o terrorista’, escreveu o sociólogo Derrick de Kerckhove,
que analisa democracia, dados e novos fenômenos da política.
É uma análise que é também um retrato de um Brasil, onde, depois de pouco
mais de um ano na presidência, o presidente resolveu levar até à imprensa
que o ajudou a chegar ao poder, um humorista, o Carioca, vestido como ele
mesmo, Jair Bolsonaro.
Na ocasião, o presidente foi questionado sobre o PIB que crescera apenas 1,1%
em 2019.
Em vez de falar com repórteres, Bolsonaro estimulou Carioca a distribuir bananas
e a responder em seu lugar.
Caos instaurado, perguntas não respondidas, bananas jogadas, selfies,
apoiadores transmitindo ao vivo, gargalhadas, ‘mito’!

Vou repetir: é o presidente do Brasil.
É o cargo máximo de nossa institucionalidade.

Há algo muito importante naquele dia e que talvez ainda não tenhamos
entendido:
Bolsonaro agiu com imensa coerência quando colocou um humorista
para ser nosso presidente.

Ali nos deu, [a nós] jornalistas, uma lição: ao ajudarmos a eleger um cara
‘meio controverso’, demonstramos que podemos ser tratados como idiotas.

Dos atos tantas vezes violentos contra a imprensa, talvez aquele tenha sido
um dos mais didáticos, e mesmo lúdico: tivemos uma experiência única
de ver alguém – sem qualquer capacidade para responder pela República –
ocupar os holofotes da política para fazer graça, distrair, ocupar a nossa atenção.

Eu não estou me referindo ao humorista, e sim ao fantoche. Falo do seu avesso.

Vou repetir: ele é o presidente do Brasil.

https://pbs.twimg.com/card_img/1546737655722811392/6V2sz6-D?format=jpg&name=900×900

* Segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj),
em 2021 o Brasil registrou 430 casos de violência contra jornalistas.
Foram mais casos que em 2020, quando foram registrados 428 ocorrências.
É um recorde na série histórica, iniciada em 1990.

** Parte deste texto foi construído a partir de uma análise sobre a construção
de Bolsonaro como celebridade, publicada no livro “No Tremor do Mundo:
Ensaios e Entrevistas à luz da Pandemia”, da Editora Cobogó.

Fabiana Moraes da Silva é Jornalista, Professora e Pesquisadora
do Núcleo de Design e Comunicação, Campus do Agreste (CAA),
da Universidade Federal de Pernambuco (NDC/UFPE).
Fabiana é Autora dos Livros: “Os Sertões” (Cepe Editora, 2009);
“Nabuco em Pretos e Brancos” (Editora Massangana, 2011);
“No País do Racismo Institucional” (MP de Pernambuco, 2013); e
“Jomard Muniz de Britto – Professor em Transe” (Cepe, 2017).
https://theintercept.com/equipe/fabiana-moraes/
https://www.escavador.com/sobre/930002/fabiana-moraes-da-silva

https://twitter.com/TheInterceptBr/status/1546851090829922304
https://theintercept.com/2022/07/12/imprensa-polarizacao-barbarie-bolsonarismo/

Jean M

O recente assassinato de Bruno e de Dom é dessa mesma ordem de coisas que mata Marcelo, Marielle, os demais citados – sem falar das mortes que vitimam diariamente pobres, negros, povos originários, lgbts, lideranças sindicais e tantxs outrxs mais que resistem à crueldade sem limites do capitalismo (nem cabe o adjetivo ‘selvagem’, já que isso é do DNA do monstro e da criatura maléfica – ver aqui o artigo do Pedro dos Anjos – que hoje aperta os seus botões na esfera política)

Zé Maria

Excerto

“Os incentivadores e agentes do ódio são conhecidos
e respondem a um chefe que tem nome e sobrenome:
Jair Messias Bolsonaro.”

https://psychic-live.club/2022/07/11/a-violencia-do-bolsonarismo-e-contra-a-democracia-o-brasil-precisa-de-paz/2/
https://psychic-live.club/2022/07/11/a-violencia-do-bolsonarismo-e-contra-a-democracia-o-brasil-precisa-de-paz/

Zé Maria

Um Apoio Simbólico do Setor Cultural:

https://pbs.twimg.com/media/FXa3wlMXEAAU6cn?format=jpg

“A partir deste momento eu sou #LulaLá primeiro turno.
E lutarei por uma novidade na politica presidencial brasileira
nas próximas eleições.”

https://twitter.com/Anitta/status/1546585283948339202
https://pbs.twimg.com/media/FXap124WIAgTkzO?format=jpg

    Zé Maria

    https://twitter.com/Anitta/status/1546585870551207938

    “E pros soldadinhos do voldemort que vieram falar
    ‘vai lá defender ex presidiário’.
    Pois é ex presidiário?
    Então sim pq ex presidiário também é gente
    e uma das minhas crenças políticas é que o sistema
    carcerário brasileiro dê oportunidades aos presos
    de aprenderem coisas novas”
    “terem a oportunidade de mudar de vida e se reinserir
    na sociedade diminuindo a reincidência criminal.”

    “E é isso aí..
    que ex presidiários tenham condições de mudar
    suas perspectivas de vida enquanto estão dentro
    da prisão, saindo de lá com esperança de um futuro
    digno e oportunidades fora do crime.

    Apoio sim.

    Boa noite gentalha que acha que quem pensa diferente
    de vcs tem q morrer”

    https://twitter.com/Anitta/status/1546586590549532673

Deixe seu comentário

Leia também