Jeferson Miola: O general-ministro da Defesa e o presidente do Bradesco em “permanente estado de prontidão”

Tempo de leitura: 2 min
Miola: No início do vídeo em que faz exaltações ao Exército, o presidente do Bradesco Octavio de Lazari se identifica como “CEO do banco Bradesco, onde trabalho há 43 anos”. Ele declara que foi no Exército que aprendeu “que, acima de tudo, missão dada é missão cumprida”. Foto: Reprodução do vídeo

General da Defesa e presidente do Bradesco em “permanente estado de prontidão”

Por Jeferson Miola, em seu blog

No vídeo de exaltação às questionáveis “qualidades, virtudes e valores” do Exército que “talharam o [seu] caráter”, o presidente do Bradesco Octavio de Lazari declarou que foi no Exército que aprendeu “que, acima de tudo, missão dada é missão cumprida”.

Lazari termina o vídeo dizendo que “o soldado 939 Lazari continua de prontidão” [4/2].

Neste trecho há uma incrível coincidência. Em 3 de maio passado, após a reunião com o presidente do STF Luiz Fux, o general-ministro da Defesa “reafirmou o permanente estado de prontidão das Forças Armadas para o cumprimento das suas missões constitucionais”, seja lá o que ele quis dizer com esta afirmação insinuante e intimidadora.

Lazari também é presidente do Conselho Diretor da Febraban, a federação brasileira de bancos, mas o vídeo é uma peça publicitária institucional do Bradesco. Isso fica evidente nas vinhetas de abertura e fechamento da peça de três minutos e também no padrão de produção.

O Bradesco embolsou um lucro recorde de R$ 26,2 bilhões em 2021. Graças, claro, à política de saqueio e pilhagem promovida pelo governo militar.

Diante da repercussão desfavorável, Lazari se esquiva dizendo que “alguém capturou esse vídeo e jogou nas redes sociais, e começaram a sair notícias fora do contexto” [sic]. O Bradesco, por sua vez, informou que o “vídeo é pessoal”.

O certo, no entanto, independente das explicações formais, é que o vídeo suscita muitos questionamentos. Principalmente no atual cenário político e institucional, de escalada das ameaças fascistas-militares contra a democracia e o Estado de Direito.

É impossível não se associar esta peça elogiosa do banqueiro que preside o sétimo banco mais lucrativo do mundo, com uma aliança de rapinagem entre o capital financeiro e as Forças Armadas.

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Uma aliança que se desenrola no contexto da guerra de ocupação promovida no Brasil para assegurar o brutal processo de pilhagem e saqueio do país que está em curso.

Com um detalhe: nesta guerra de ocupação, são as Forças Armadas, dirigidas por cúpulas partidarizadas, antiprofissionais e conspirativas, que exercem o papel de forças de ocupação, e não algum eventual Exército estrangeiro.

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Comentários

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Celso

O protofascismo brasileiro, o bolsonarismo, é a resposta da crise institucional que não dá mais conta de manter a rapinagem da elite nos moldes do nosso capitalismo colonial ultra-liberal.

Zé Maria

https://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2022/06/image-processing20220601-2501-1gmjn4r.jpeg

As Reuniões da Comitiva de Oficiais Militares
Representantes do Ministério da Defesa com
o Fundador da Firma de Cyber-Mercenários
“DarkMatter” – Subsidiária do “Grupo Edge”,
Conglomerado dos Emirados Árabes (EAU) –
acusada de servir de fachada para um
projeto de hackeamento, espionagem,
identificação, difamação e repressão
de opositores a regimes autoritários
(“Projeto Raven”), também fazem
parte das ‘missões constitucionais’
das Forças Armadas braZileiras ?

https://comeananas.news/defesa-mantem-grupo-de-trabalho-com-donos-de-spyware-cobicado-por-gabinete-do-odio/
https://comeananas.news/mais-duas-ou-tres-palavras-sobre-a-reuniao-de-eduardo-bolsonaro-com-os-donos-da-darkmatter/

https://comeananas.news/guerra-hibrida-do-grupo-trump-emirados-a-conexao-bolsonarismo-edge-group/
https://comeananas.news/o-carluxogate-o-grupo-trump-emirados-e-as-armas-de-bolsonaro-para-2022/

Ibsen Marques

O ex-reitor brasileiro sempre esteve a de prontidão e a serviço da destruição do povo brasileiro.. Exército, Aeronáutica e Marina formam a quinta coluna traidora do Brasil sob a regência do capital, nunca ao contrário.

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