Putin lança ataque contra alvos na Ucrânia; Kiev fala em ‘invasão total’
Tempo de leitura: 3 minPutin lança ataque contra Ucrânia; Kiev fala em ‘invasão total’
Explosões ocorrem em diversas cidades fora da área do Donbass
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta madrugada (24) um ataque contra a Ucrânia e explosões foram registradas em diversas cidades fora das áreas separatistas do Donbass.
O momento é o mais grave da intensa crise que atinge as duas nações desde 2014, quando os russos anexaram a Crimeia e o conflito separatista se instaurou em áreas de Donetsk e Lugansk.
Em um pronunciamento televisivo, o mandatário afirmou que estava “protegendo” os separatistas, mas o próprio Exército confirmou que os ataques estavam sendo feitos contra bases e locais administrados por Kiev.
“O plano da Rússia não inclui ocupar a Ucrânia”, disse Putin. No entanto, o líder russo afirmou que “quem interferir” no país vizinho “pagará” as consequências e acusou os Estados Unidos de terem “ultrapassado” a linha vermelha ao não atender os pedidos de segurança russos e tentar incluir os ucranianos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que a ação russa “é de larga escala”. “As cidades pacíficas ucranianas estão sob ataque e essa é um guerra. A Ucrânia se defenderá e vencerá: o mundo pode e deve parar Putin e o momento de agir é agora”, pontuou.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que Putin “escolheu uma guerra premeditada que levará a uma catastrófica perda de vidas humanas e sofrimentos” e que esse é um ataque “injustificado” contra Kiev.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que esse “é o momento mais triste do meu mandato”.
“Preciso mudar meu apelo: presidente Putin, em nome da humanidade, leve de volta as tropas russas. Esse conflito deve parar agora. O que é claro é que essa guerra não tem sentido e viola os princípios da Carta da ONU”, ressaltou.
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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que conversou com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, para “condenar com a máxima firmeza a injustificada agressão militar da Rússia contra a Ucrânia e exprimir a nossa mais forte solidariedade”.
Zelensky fez um pronunciamento em que anunciou que “rompeu relações diplomáticas” com Moscou e fazendo um apelo para que a população russa proteste contra esse ataque contra a Ucrânia.
O mandatário ainda pediu que seja criada uma “coalizão anti-Putin” e que sejam aplicadas “sanções imediatas” contra o governo. Ainda hoje, diversos grupos internacionais, como o G7, vão se reunir para anunciar mais punições contra os russos.
Mortos
A Presidência da Ucrânia emitiu uma nota informando que “mais de 40 soldados ucranianos e cerca de 10 civis” foram mortos desde que os ataques da Rússia contra o país foram iniciados.
Por isso, Zelensky fez um apelo para que os cidadãos doem sangue para ajudar os feridos, que seriam “dezenas” até o momento.
Conflito
O conflito entre Rússia e Ucrânia se estende desde o fim de 2013, quando protestos populares levaram à renúncia do presidente Víktor Yanukóvytch, que era aliado dos russos. Os ucranianos, à época, debatiam uma possível adesão de Kiev à União Europeia.
Durante a crise, Moscou anexou unilateralmente o território da Crimeia e incentivou os separatistas pró-Rússia da área do Donbass, ao leste do país e que tem origem russa. Em fevereiro de 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que, entre outros pontos, decretavam um cessar-fogo na área de conflito e determinavam que Moscou não deveria mais dar apoio militar e financeiro aos rebeldes e que Kiev deveria reconhecer Donetsk e Lugansk como províncias autônomas.
Tirando a paralisação do sangrento conflito, que estima-se ter matado cerca de 10 mil pessoas, nada foi cumprido.
Em novembro do ano passado, com as conversas sobre uma possível adesão de Kiev à Otan, os russos começaram uma série de exercícios militares próximos às fronteiras ucranianas, que foram aumentando a tensão gradativamente.
Nesta semana, Putin reconheceu as duas áreas separatistas como “repúblicas independentes”, causando uma série de sanções dos países ocidentais – EUA, União Europeia e Reino Unido.
Boris Johnson
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, fez um pronunciamento sobre o ataque e chamou o presidente russo de “ditador”.
“Diplomaticamente, politicamente, economicamente e, de maneira eventual, militarmente, essa horrível e bárbara aventura do ditador Vladimir Putin deve acabar com um fracasso”, disse Johnson.
“Esse é um ataque contra a democracia em todos os lugares. Isso é sobre o direito de um país escolher seu próprio futuro e esse é um direito que o Reino Unido sempre defenderá”, adicionou.
Queda de avião e lançamento de mísseis
O Ministério do Interior da Ucrânia informou nesta quinta-feira (24) que um avião militar das forças armadas do país, que tinha 14 pessoas a bordo, caiu entre Zhukivtsi e Trypillia, no distrito de Obukhiv, no sul de Kiev. A queda causou a morte de pelo menos cinco pessoas.
Já uma agência de Kiev para Comunicações Estratégicas e Segurança da Informação confirmou que a Rússia disparou dois foguetes contra a cidade de Brovary, nos arredores da capital ucraniana, tendo atingido duas unidades militares. A ação causou a morte de pelo menos seis pessoas, já outras 12 ficaram feridas.
Comentários
Zé Maria
Steve Harvey, apresentador do Concurso Miss Universo,
vem ao Brasil para retirar a Faixa e a Coroa de Bolsonaro.
https://www.peperi.com.br/noticias/21-12-2015-video-apresentador-se-confunde-e-anuncia-nome-errado-no-miss-universo/
Henrique Martins
https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2022/02/4988129-e-fundamental-que-bolsonaro-se-posicione-diz-pesquisador.html
Bolsonaro é louco. Não se pode levar em consideração o que os loucos falam.
Qual foi o dia que esse homem falou alguma coisa coerente gente?
Henrique Martins
https://www.terra.com.br/noticias/mundo/tropas-russas-tomam-a-usina-de-chernobyl,47f034cd81e9dc2e900d5ad61782059ca98gbmhp.html
Isso não me surpreende. Com certeza a Inglaterra e seu longa manus EUA estavam planejando reativar a usina nuclear ucraniana assim como planejaram tomar de assalto a base russa no Mar Negro o que levou os russos a tomarem a Criméia. O problema deles é que a inteligência russa é muito superior à deles.
José Espare
Este artigo repete o jargão habitual da mídia controlada pelo imperialismo a nível mundial. Seria interessante que Viomundo nos trouxesse visões e opiniões também de fontes menos vinculadas à hegemonia midiática imperialista.
abelardo
Quem está com a razão e sendo honesto sobre o impasse entre Rússia e Ucrânia? Quem tem a razão e a verdade entre a Rússia e países como EUA, Reino Unido, Alemanha, Israel, França, Itália, Portugal, Espanha, etc? Será que todos são farinha do mesmo saco e iguais em todos os sentidos, ou em quase todos?
Então eu me pergunto, por exemplo, o que aconteceria se a Rússia e México resolvessem estreitar suas relações de tal forma, que fizesse o México receber armamentos enviados pela Rússia? Se a Argentina resolvesse ocupar um território inglês, assim como a Inglaterra fez com as ilhas Malvinas?
Lembro das várias nações sem territórios, que vivem sob o jugo de países que não abrem mão do seu domínio, mas que condenam as nações que tentam se proteger das estratégias dominadoras de nações intrusas.
Qual dos principais países, que lideram as críticas, têm moral para atirar a primeira pedra. Quais dos países, dos que incitaram o governo da Ucrânia a aderir à OTAN, tem realmente interesse em apenas cuidar da segurança e bem estar da população ucraniana e não, como dizem, enfraquecer a Rússia e reforçar o cerco bélico ao redor de suas fronteiras?
Que país se submeteria a uma afronta e uma agressão dessa ordem, por forças externas de países intrusos e interesseiros?
Quem tem mais justificativas aceitáveis?
Zé Maria
A Guerra nem começou e já fez
a Primeira Vítima: a Verdade.
Parafraseando Ésquilo (525 a.C. – 456 a.C.), Dramaturgo Grego.
https://pt.m.wikiquote.org/wiki/%C3%89squilo
Quem está invadindo as Repúblicas Independentes
da Região da Bacia de Donbass (Donetsk e Luganski)
é a Ucrânia.
Henrique Martins
O governo ucraniano é resultado de uma interferência direta dos EUA. Eles patrocinariam um golpe para que um governo de extrema direita ascendesse nessa nação. Esse conflito começou ali. O Ocidente que colocar a Rússia de joelhos colocando as nações ao redor dela na OTAN. Na verdade, o que eles querem é tomar a principal base militar russa que está no mar Negro. Toda guerra é perniciosa e quando um não quer dois não brigam. Os EUA cavaram essa guerra. Torço para que a ofensiva Rússia acabe o mais rápido possível, de preferência com os EUA parando de interferir nos assuntos dos outros países.
Zé Maria
“O Ministério do Interior da Ucrânia informou”?
Mas Que Baita Fonte !
Ronaldo de Almeida Bezerra
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