Dia Internacional dos Direitos Humanos: CUT denuncia as ‘gravíssimas violações’ do governo Bolsonaro; leia a nota

Tempo de leitura: 3 min

10 de dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos

Em nota, a CUT denuncia as graves violações de direitos humanos pelo governo Bolsonaro. Fome, LGBTfobia, violência, perseguições e ataques a democracia são características do governo

CUT Brasil

Neste 10 de dezembro de 2021 a Central Única dos Trabalhadores (CUT) vem a público denunciar a situação de constantes e gravíssimas violações de diretos humanos em curso no Brasil governado por Jair Bolsonaro e seus aliados.

O povo brasileiro está sofrendo com a destruição de inúmeras políticas sociais e direitos trabalhistas que foram conquistas que tinham como objetivo a construção de uma sociedade mais humana, justa e democrática.

O povo brasileiro está passando fome! Grande parte da população não tem assegurado o direito à comida, à alimentação e à soberania/segurança alimentar.

Imagens de trabalhadores e trabalhadoras buscando restos de comida em lixões ou em caminhões de lixo se tornam cada vez mais comuns.

Brasileiros e brasileiras são obrigados a comer restos de ossos de animais descartados por açougues para poder ter acesso a alguma proteína. O povo brasileiro não tem emprego e salário digno!

São milhões de desempregados que não tem condições de ter uma vida digna, e os que conseguem preservar seu emprego tem salários e direitos rebaixados, vivendo as consequências da precarização e das péssimas condições de trabalho.

Cresce no Brasil a lgbtfobia e o feminicídio!

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Os povos originários/indígenas sofrem ataques contra seus direitos, tem suas terras queimadas e invadidas pelo agronegócio e pela mineração ilegal, e suas lideranças são perseguidas, agredidas e assassinadas.

O racismo estrutural empurra para as cadeias ou para os cemitérios milhares de jovens pretos moradores da periferia de várias cidades do país.

O encarceramento em massa da população mais pobre só revela a existência de um sistema judicial e um modelo policial atrasados, autoritários, ineficazes e profundamente violadores dos direitos fundamentais do ser humano, revelando o tratamento desigual e desumano do Estado brasileiro e suas instituições, que atuam para preservar os privilégios dos mais ricos sem garantir a assistência e os direitos necessários para a ampla maioria dos cidadãos.

A pandemia do Covid 19 só agravou a crise econômica, política, social e ambiental em que nos encontramos, graças à falta de iniciativa do governo federal e seus aliados nos governos estaduais e municipais.

Não houve testagem em massa, não houve intensa propaganda para conscientizar a população dos riscos da pandemia e da necessidade das medidas preventivas.

O resultado são 616 mil brasileiros mortos. Essas mortes poderiam ter sido evitadas, mas o governo genocida de Jair Bolsonaro nunca esteve preocupado em preservar o direito fundamental à vida, e vida com dignidade e justiça.

No Dia Internacional dos Direitos Humanos a CUT vem denunciar as tentativas golpistas e antidemocráticas do presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores, que tentaram arrastar o país para uma situação de confrontação nas ruas durante as celebrações do Dia da Independência, o 07 de setembro.

As falas do presidente sugeriram que ele não aceitará o resultado das eleições de 2022, a não ser que ele seja o vencedor!

Fez ameaças contra a oposição e contra representantes de outros poderes da República, e estimulou – mais uma vez – o ódio e a intolerância entre os fanáticos grupos bolsonaristas, que se comportam como os nazistas e os fascistas dos anos 30, buscando intimidar as forças progressistas e democráticas da nação, usando do medo e da violência.

A CUT está ao lado das forças progressistas do país na defesa das liberdades democráticas e dos direitos humanos, conquistas das quais jamais vamos abrir mão.

No Brasil foram milhares de homens e mulheres que perderam a vida ou a liberdade para defender sonhos, ideias, princípios e valores.

A CUT seguirá honrando a memória dos brasileiros e brasileiras que lutaram contra as ditaduras que destruíram nossa pátria e perseguiram o nosso povo.

Nesse ano de 2021 celebramos os cem anos de nascimento do educador Paulo Freire, lembrando que a educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis é um direito fundamental.

Nesse mês de dezembro celebramos, no dia 05, os 110 anos do herói brasileiro Carlos Marighella, um patriota, um democrata, um defensor dos direitos humanos e da justiça social para as populações mais pobres e vulneráveis.

Terminamos o ano homenageando, através do belíssimo filme “Marighella”, do diretor Wagner Moura, todas as pessoas e organizações que lutaram contra a ditadura militar-empresarial (1964-1985), regime de corrupção e terror que destruiu o Brasil, torturou, prendeu, perseguiu, matou e desapareceu com os melhores filhos e filhas de nossa pátria.

Jamais esqueceremos o sacrifício dessa geração de lutadores e lutadoras, e seguimos firmes e sem medo no caminho da democracia e da luta por profundas transformações sociais, por reformas populares estruturais, que façam do Brasil, um dia, uma pátria sem desigualdade social e com a plenitude dos direitos humanos garantida para todos os seus cidadãos.

A CUT afirma que a classe trabalhadora brasileira defenderá os direitos humanos e a democracia a qualquer preço, com coragem, ousadia e unidade, estimulada por um sentimento de justiça que tem a esperança de ver o Brasil e mundo vivendo em paz, com igualdade de direitos para os indivíduos e para todos os povos e nações do planeta.

10 de dezembro de 2021

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Comentários

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Henrique martins

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/luiza-trajano-defende-o-bolsa-familia/

Pois é Luísa. Sei que não é política mais nesse momento o país precisa de senhora concorrendo a vice presidência da República pela esquerda.
Se o PT tiver tido o bom senso de convidá-la , por favor aceite o convite. Se todo liberal tivesse a sua consciência social o povo brasileiro estaria super bem.
Não é a toa que a senhora é uma das mulheres mais influentes do mundo. A senhora merece.

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