Jamil Chade formaliza denúncia por agressão em plena cobertura de Bolsonaro pelas ruas de Roma; vídeo
Tempo de leitura: 2 minViolência da polícia italiana e brasileira contra os jornalistas que acompanham Bolsonaro pelas ruas de Roma. Equipes agredidas, meu celular levado por um dos policiais e muita confusão. pic.twitter.com/edYo7Xb1WV
— Jamil Chade (@JamilChade) October 31, 2021
Da Redação
Há cerca de uma hora o jornalista Jamil Chade, do UOL, postou em seu perfil no twitter (@JamilChade):
Denúncia feita agora em Roma, pela agressão que sofremos em plena cobertura presidencial.
Em 21 anos como correspondente, foram 70 países e vários presidentes. Mas violência em cúpula foi a 1a vez. Silêncio revelador por parte do Itamaraty e Presidência.
Não vencerão. Nunca.
A denúncia formal é esta:
Em reportagem no UOL, Jamil Chade relata:
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“O terceiro passeio de Jair Bolsonaro pelas ruas de Roma em apenas três dias é marcado pela violência de policiais brasileiros e italianos contra jornalistas. O presidente, depois de retornar para o centro da capital italiana ao concluir o G20, decidiu encontrar com apoiadores em uma rua atrás da embaixada do Brasil.
Depois de sair pelo balcão da embaixada no melhor estilo de Evita Peron para acenar aos apoiadores, Bolsonaro desceu para falar com os brasileiros. Fez um discurso que repetia seus principais motes na pandemia e fez fotos com os apoiadores, sempre sem máscara.
Mas a violência começou antes de sua aparição. Num certo momento, quando a repórter da Folha de S. Paulo deu um passo na direção de onde o presidente sairia, um policial a empurrou com força. Antes, uma produtora da Rede Globo foi intimidada por supostos populares.
Depois de um breve discurso, Bolsonaro indicou que sairia para caminhar. E, neste momento, diversos jornalistas passaram a ser empurrados e agredidos pelos seguranças que o acompanhavam.
Poucos minutos depois de Bolsonaro deixar a embaixada, a equipe da Globonews foi agredida por policiais italianos, enquanto um deles levou um dos jornalistas com violência até o encostar em um carro.
Já os apoiadores de Bolsonaro eram autorizados a ficar mais perto do presidente.
Quando a reportagem do UOL foi filmar a violência contra os jornalistas da Globonews e tentar identificar o policial que cometeu a agressão, o segurança empurrou, agarrou o braço para torcê-lo e levou o celular. Instantes depois, jogou num dos cantos da rua.
Diante da confusão que se estabelecia, Bolsonaro abortou o passeio menos de dez minutos depois, e retornou para a embaixada.
Nenhum dos policiais aceitou explicar se eram segurança da embaixada, privados ou do estado italiano. Da parte do governo brasileiro, membros da SECOM acompanharam a caminhada e, em nenhum momento, intercederam ou saíram para ajudar os jornalistas”.
Comentários
Adrian Pinto
Sugiro ficar bem esperto com os milicos do capetao.
Por dinheiro as pessoas matam até pai e mãe.
Imagina o tanto de gente em volta dele avido por grana e que fará qualquer coisa para “subir” na vida.
É uma eleição e cargo de presidente que está em jogo. É muito dinheiro.
Jornalista esperto tem é mais que se cuidar bastante.
Zé Maria
https://twitter.com/i/status/1454913942262894594
“Eu sou de um tempo
em que o Brasil sabia
se apresentar na ONU,
era cortejado e admirado.”
https://twitter.com/perpetua_acre/status/1454968411528773632
“E aplaudido” [nas Conferências do Clima]
https://twitter.com/karinfz/status/1454973563891503110
Zé Maria
Comandante do Exército autoriza Bolsonaro a
matricular filha em colégio militar sem concurso
Após pedido do presidente, Exército confirma que
filha de Jair Bolsonaro estudará em colégio militar
sem passar por processo seletivo.
Bolsonaro já havia comentado com apoiadores que sua filha deveria frequentar
a escola a partir do próximo ano.
“A minha [filha] deve ir ano que vem para lá [Colégio Militar],
a imprensa já tá batendo.
Eu tenho direito por lei, até por questão de segurança”, alegou.
O colégio permite que frequentem a escola dependentes de militares
em situações específicas, como quando são transferidos de estado,
designados para missão no exterior, e outras.
O público em geral também pode frequentar a escola, mas, para isso,
é preciso que passem por um processo seletivo [concurso].
Segundo a escola, a cada ano, cerca de 22 mil candidatos tentam entrar
no Colégio Militar de Brasília. O processo de seleção tem três etapas:
↗ Exame intelectual
↗ Revisão médica
↗ Comprovação dos requisitos biográficos (documentação necessária)
De acordo com informações do portal g1, em 2022, a filha de Bolsonaro
estará no 6º ano do ensino fundamental, série para a qual há 15 vagas
no Colégio Militar de Brasília. A mensalidade custa entre R$ 250 e R$ 278.
Segundo o Exército, a decisão de conceder a vaga para a filha do Presidente
Bolsonaro sem o processo seletivo foi do comandante da Força Armada,
general Paulo Sérgio Nogueira – indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ele explicou que aceitou a “solicitação de matrícula em caráter excepcional”.
Ao G1, o Exército afirmou que cabe ao “Comandante do Exército apreciar
casos considerados especiais, ouvido o Departamento de Educação e Cultura
do Exército (DECEx), conforme justificativa apresentada pelo eventual interessado”.
“O DECEx apresentou parecer favorável à solicitação de matrícula.
Posteriormente, o caso foi submetido ao Gabinete do Comandante
do Exército para análise.
Cumpridas as etapas anteriormente descritas, o processo foi levado
ao Comandante do Exército, que emitiu despacho decisório deferindo
a solicitação de matrícula em caráter excepcional“, explicou a instituição
em nota.
https://www.pragmatismopolitico.com.br/2021/11/comandante-exercito-autoriza-filha-bolsonaro-burlar-matricula-colegio-militar.html
[Da Série: “O Clã dos Milicianos no Poder”]
Zé Maria
Em Anguillara Veneta, no norte da Itália, aproximadamente 200 pessoas
participaram de um protesto nesta segunda-feira (1º) contra a concessão
de cidadão honorário, aprovada pela Câmara Municipal, para Bolsonaro.
Na semana passada, a sede da prefeitura [da cidade italiana] foi pichada
com a frase “Fora Bolsonaro” e vandalizada com esterco de porco
por um grupo de ambientalistas contrários ao presidente.
O vereador de oposição Antonio Spada afirmou, nesta segunda [1º], que
a [homenagem com o título de] “cidadania é inoportuna porque as
posições de Bolsonaro não espelham os valores de nossa Constituição”.
Na mesma linha, o padre Massimo Ramundo, disse que Bolsonaro
“não se ocupa da defesa das minorias, a partir dos indígenas da Amazônia.
E o Papa não se cansa de nos lembrar da importância do bem comum,
enquanto Bolsonaro faz o que quer na Amazônia”.
[ Reportagem: Caroline Oliveira | Brasil de Fato ]
Íntegra:
https://www.brasildefato.com.br/2021/11/01/vexame-isolado-bolsonaro-mente-e-seus-segurancas-agridem-jornalistas-em-cupula-do-g20
Zé Maria
https://static.dw.com/image/59686355_303.jpg
Diocese italiana critica homenagem a Bolsonaro
Para Diocese de Pádua, homenagem de cidade
é motivo de “grande constrangimento”.
Deutsche Welle (DW): https://p.dw.com/p/42Mkf
A prefeita de Anguillara Veneta, Alessandra Buoso,
é filiada ao partido de ultradireita [Fascista Xenófoba]
Liga Norte, chefiado pelo ex-ministro Matteo Salvini,
que regularmente troca elogios com Jair Bolsonaro
e o deputado federal Eduardo Bolsonaro[o 01].
Após o anúncio da concessão do título, a Diocese de Pádua,
que engloba a comuna de Anguillara Veneta, divulgou uma
nota com o título “Laços com o Brasil, apelo a Bolsonaro”.
“Não é segredo que a concessão da cidadania honorária
criou um grande constrangimento, ligado ao respeito
pelo principal cargo no querido país brasileiro e as tantas
e fortes vozes de sofrimento que sempre nos chegam,
e não podemos ignorar, pois são gritadas por amigos,
irmãos e irmãs”, diz o comunicado oficial da Diocese
de Pádua.
A nota também menciona que, nos últimos meses, os bispos
brasileiros “estão denunciando fortemente a violência, o abuso,
a exploração da religião, a devastação ambiental e ‘o agravamento
de uma grave crise de saúde, econômica, ética, social e política,
intensificada pela pandemia’.”.
“A Diocese de Pádua, tornando-se porta-voz de um sentimento
generalizado e em virtude do vínculo que une o Brasil com a nossa terra,
aproveita a oportunidade da possível passagem do presidente Bolsonaro
por Anguillara Veneta para pedir-lhe sinceramente que seja um promotor
de políticas respeitosas da Justiça, da saúde e do meio ambiente,
especialmente para apoiar os pobres.”
Segundo a imprensa italiana, Bolsonaro não será recebido pelos líderes locais
da igreja, como ocorre durante visitas de autoridades notáveis à região.
Há duas semanas, um grupo que se autointitula Padres Antifascistas divulgou
um manifesto acusando Bolsonaro de ter profanado o Santuário de Nossa
Senhora Aparecida em 12 de outubro, dia da padroeira do Brasil.
Na ocasião, durante uma missa que contou com a presença de Bolsonaro,
o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, afirmou que
“pátria amada não pode ser pátria armada”.
Mais tarde, o presidente tentou minimizar a observação de dom Orlando,
afirmando que antes do seu governo “só bandido tinha arma de fogo”.
A homenagem provocou indignação em parte da classe política local e ativistas.
Nesta sexta-feira, a prefeitura de Anguillara Veneta foi alvo de pichações
com frases como “Fora Bolsonaro”, em protesto contra a homenagem.
O ato foi executado por ativistas do grupo ambientalista Rise Up 4 Climate
Justice.
Alguns membros do grupo também jogaram fezes no prédio.
“Depois de saber da notícia de que a prefeita de Anguillara Veneta, da Liga Norte,
concederá cidadania honorária a Bolsonaro, presidente do Brasil que visitará
Pádua [província da região do Vêneto, onde se situa a comuna italiana que dará
o título a Jair Bolsonaro] como ativistas e ativistas do ‘Levante pela Justiça Climática’,
não pudemos deixar de nos fazer ouvir”, divulgou o grupo.
Nesta semana, a parlamentar Vanessa Camani, integrante da assembleia
legislativa regional do Vêneto, também lançou uma campanha nas redes sociais
contra o título de cidadão a Bolsonaro:
“Não à cidadania a um racista, misógino e negacionista”, protestou a integrante
da direção nacional do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda.
“Faz arrepiar a proposta da prefeita de Anguillara Veneta de conferir a cidadania
honorária a Bolsonaro, conhecido pelos elogios à ditadura militar, pelo desprezo
e ofensas a mulheres e homossexuais, pelas ameaças de prisão aos adversários
políticos, ou pelas grotescas acusações contra ONGs pelos incêndios
que devastaram a Amazônia”, escreveu a deputada no Facebook.
Na postagem, Camani também condena a “obscena gestão de emergência
da covid-19, que colocou Bolsonaro entre os protagonistas do negacionismo mundial”.
“Por favor, nos explique, prefeita de Anguillara, por qual desses motivos Bolsonaro
merece ser cidadão honorário?”, ironizou.
O secretário regional do Partido Democrático, Alessandro Bisato, também
se pronunciou sobre a proposta da prefeitura:
“Tal como aquele soldado japonês na ilha do Pacífico, sem saber do fim das
hostilidades, a administração do município na área de Pádua não entende
o declínio do populismo”, declarou o político, citado pelo jornal Il Fatto Quotidiano.
“Pior, pressiona pelo reconhecimento público de um político alérgico à democracia
e aos direitos civis, um negacionista da covid-19 e antivacina.
Graças à política de Bolsonaro, os brasileiros hoje estão mais pobres,
menos seguros e nas garras da covid.”
A prefeita da Anguillara Veneta, Alessandra Buoso, por outro lado, afirmou
em sua defesa que a homenagem não tem motivação política.
“Pensei nas pessoas da minha cidade que emigraram para o Brasil e construíram
uma vida até chegar à presidência, levando o nome de Anguillara Veneta ao
mundo” [SIC], disse a prefeita em entrevista à agência de notícias italiana Ansa.
Questionada sobre os crimes imputados a Bolsonaro pela CPI da Pandemia,
a política italiana afirmou não estar ciente das acusações.
https://www.dw.com/pt-br/diocese-italiana-critica-homenagem-a-bolsonaro/a-59669461
https://www.dw.com/pt-br/bolsonaro-%C3%A9-recebido-com-protestos-em-cidade-onde-recebe-homenagem/a-59685708
Getúlio Losd
Hum.
Sorte de quem o DIABO avisa.
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