CPI da Pandemia ouve empresário da VTCLog e senadores falam em mais de 30 indiciados, inclusive Bolsonaro

Tempo de leitura: < 1 min

Do G1

A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (5) o empresário Raimundo Nonato Brasil, sócio da VTCLog – que distribui vacinas contra a Covid.

A empresa de logística tem um contrato com o Ministério da Saúde sob suspeita de irregularidades.

Senadores apuram se o ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias foi beneficiado pela empresa.

Em julho, o Jornal Nacional mostrou que Dias aceitou pagar à VTCLog 18 vezes o valor recomendado por técnicos do ministério.

A comissão apurou também que a empresa movimentou R$ 117 milhões nos últimos 2 anos, em transações consideradas atípicas pelo Coaf.

PS do Viomundo: A CPI deve aprovar o envio, ainda hoje, de questionários a algumas autoridades do governo Bolsonaro, dentre elas o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e possivelmente o da Economia, Paulo Guedes. De acordo com o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Guedes tomou decisões que ampararam o negacionismo de Jair Bolsonaro. Calheiros prevê mais de 30 indiciados em seu relatório. O vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) citou Jair Bolsonaro como um dos indiciados. Disse que pode haver uma sessão conjunta da Comissão de Assuntos Econômicos com a Comissão de Transparência na semana que vem, para ouvir Paulo Guedes.

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Comentários

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    Zé Maria

    .
    Guedes é o Paradigma da Burguesia,
    de “Sucesso” no Mercado Financeiro,
    dos Empresários de Comunicação
    inclusive, porque assim também
    atuam nos Negócios Particulares.
    A Famiglia Marinho, por exemplo,
    atuou com Offshores Falcatruas.

    https://www.slideshare.net/Tijolaco/processo-23867452
    https://www.slideshare.net/megacidadania/pdf-unificado-23585998
    https://www.viomundo.com.br/denuncias/funcionaria-da-receita-foi-condenada-por-sumir-com-processo-da-globopar-cameras-flagraram-a-retirada.html
    .
    .
    http://cutrs.org.br/blog-de-altamiro-borges-os-11-crimes-da-era-fhc
    https://correntesdaescravidao.blogspot.com/2013/11/fhc-e-mentira-do-proer-dinheiro-da.html
    https://istoe.com.br/30929_POR+QUE+SALVARAM+SALVATORE
    .
    1999: 2º Mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB)
    A Promiscuidade entre Banqueiros e o Governo Federal

    Deputado Federal Aloizio Mercadante mostra números para
    denunciar vazamento de informações do Banco Central para
    instituições bancárias às vésperas da desvalorização do Real.

    “Alguns bancos trocaram de posição no mercado à vista de dólar
    – de vendedores a compradores da moeda norte-americana –
    no dia 12 de janeiro, justamente na véspera da mudança cambial.
    E mais.
    No mercado futuro de dólar, apenas 24 instituições financeiras
    lucraram mais de R$ 10 bilhões nas três semanas seguintes
    à desvalorização cambial” [a partir do dia 13/01/1999].
    (https://www.senado.gov.br/noticias/opiniaoPublica/inc/senamidia/historico/1999/5/zn050670.htm)
    .
    Esse foi um dos momentos em que Guedes lucrou barbaridade.
    .
    “Planos Econômicos Fizeram Fortuna de Superministro Paulo Guedes”

    “Ainda na campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso [PSDB]
    naquele mesmo ano [1998], Guedes ‘previu’ uma maxidesvalorização do real”.

    [Raquel Landim, em artigo na Folha (04/11/2018)]:

    “Paulo [Guedes] saiu de Chicago pronto para ajudar a tocar o governo,
    mas não teve chance. Só por isso consegui levá-lo para o mercado”,
    relembra o ex-banqueiro Luiz Cesar Fernandes.

    De saída do Banco Garantia, que pertencia ao hoje bilionário Jorge Paulo Lemann,
    Cesar convidou Guedes para se tornar o economista-chefe de sua nova empreitada
    — a Pactual DTVM, que depois se transformou no Banco Pactual.

    Criada em 1983, a corretora ganhou esse nome por causa dos sócios fundadores:
    P de Paulo Guedes, A de André Jacurski (que era diretor-executivo do Unibanco)
    e C de Luiz Cesar Fernandes.
    Havia também um quarto sócio, Renato Bromfman, que presidia a distribuidora
    do Credibanco.

    Em pouco tempo, Jacurski e Guedes se tornariam lendas do mercado.
    Pessoas que conviveram com eles utilizam uma metáfora futebolística
    para descrevê-los. Guedes era o “Zico”, o armador do time, e Jacurski,
    o “Romário”, o goleador.

    A função de Guedes era traçar a estratégia de investimentos da corretora,
    baseada em ‘palpites certeiros’ dos rumos da economia.
    Já Jacurski utilizava aquela base para montar as posições na Bolsa [BOVESPA].

    Juntos, ganhariam muito dinheiro.

    A primeira goleada do Pactual foi marcada contra o Plano Cruzado, implementado no governo Sarney e que congelou os preços
    na tentativa de debelar a hiperinflação.

    Guedes dizia que aquela aposta heterodoxa não ia dar certo porque deixava
    “pontas soltas”.
    Batia duro nos autores do plano —João Sayad, Edmar Bacha, Persio Arida
    e André Lara Resende …

    A oposição era tão ferrenha que Guedes ganhou de Luiz Carlos Mendonça
    de Barros, então diretor do Banco Central, o apelido de “Beato Salu”,
    personagem da novela “Roque Santeiro” que anunciava o fim do mundo.

    Guedes venceria a disputa do Cruzado. Com as prateleiras dos supermercados
    vazias, o congelamento de preços foi abandonado.
    A crise foi tamanha que o Brasil declarou moratória da dívida externa em 1987.

    Já o Pactual, que ainda era um banco pequeno, quadruplicou seu patrimônio.

    O próximo alvo foi o Plano Collor.
    Eleito em 1989, Fernando Collor de Mello escolheu Zélia Cardoso como ministra
    da Economia e Ibrahim Eris como presidente do Banco Central.

    Guedes “conhecia bem as ideias de Ibrahim” e disse aos seus colegas que
    não se espantaria se ele fizesse um confisco.

    Jacurski então aplicou o capital do banco em títulos de empresas exportadoras,
    que tinham receita em dólar fora do país.

    Quando Collor confiscou a poupança, em 16 de março de 1990, os investimentos
    do Pactual estavam protegidos.

    Com a expansão do banco, Guedes assumiu a renda fixa e contratou uma turma
    jovem para ajudá-lo.

    Saiu de suas asas boa parte da segunda geração do Pactual, como André Esteves,
    hoje um dos donos do BTG Pactual, e Gilberto Sayão, sócio da Vinci Partners.

    “Desde o Pactual, ele sempre formou times de excelência para a execução dos
    negócios em cima dos bons fundamentos estratégicos”, diz Daniella Marques,
    que se tornaria sócia de Guedes décadas depois, na Bozano Investimentos.

    As relações entre Guedes e Esteves não são as melhores atualmente,
    mas o banqueiro já disse a amigos que o futuro ministro é “o melhor economista
    de farol alto” que conhece.
    Por “farol alto”, Esteves quer dizer aquele que “enxerga longe” na economia.

    Quando chegou a vez do Plano Real, implementado em 1994 sob Itamar Franco,
    Guedes inverteu a mão e cravou que iria dar certo.
    Os autores eram Arida, Lara Resende e Bacha …

    Guedes entendeu que seria necessário elevar os juros e atrair uma montanha
    de capitais para estabilizar a moeda.

    Com esse diagnóstico, Jacurski de novo entrou em cena.
    Não só vendeu dólares como fez uma imensa aposta que é conhecida
    no mercado como “carrego”:
    pegar dinheiro emprestado lá fora pagando 1% a 2% ao ano de juros
    e comprar títulos do Tesouro no Brasil, que remuneram à taxa Selic.

    Guedes e Jacurski não podiam ter acertado mais — “assim como
    outros bancos de investimento que foram na mesma toada”.

    A Selic bateu em estratosféricos 45% e instalou-se a âncora cambial,
    que mantinha o real em paridade com o dólar.

    Foi o maior lucro da história do Pactual.

    Guedes enriqueceu …

    Os sócios do Pactual se separaram em 1998.

    Cesar queria que o Pactual entrasse no varejo e fez uma frustrada tentativa de
    comprar o BCN.

    Guedes e Jacurski foram contra e preferiram sair.
    Fundaram então a JGP Investimentos.

    E começaram acertando.

    Ainda na campanha de reeleição de Fernando Henrique Cardoso naquele mesmo ano [1998],

    Guedes “previu” uma maxidesvalorização do real.
    […]
    Na época, Guedes disse à equipe da JGP:
    ‘Gustavo Franco vai deixar a presidência do Banco Central
    [ele pediu demissão em 13 de janeiro de 1999], vai haver
    uma maxidesvalorização do real [o dólar saltou de R$ 1
    para R$ 2, dois dias depois], mas o efeito na economia
    real não será tão grande assim.

    E recorreu a uma de suas metáforas:
    “Vai ser uma bomba, mas no fundo do mar”.

    Jacurski e sua equipe então compraram títulos de empresas exportadoras
    e papéis atrelados ao dólar e, de novo, ganharam dinheiro.
    […]
    Em 2006, Guedes deixou a JGP e encerrou uma sociedade de 23 anos com Jacurski.
    Foi um período complicado para Guedes, que se reencontraria na fundação
    da BR Investimentos dois anos depois, em 2008.
    Nessa época, repetia outra de suas máximas:
    “O Brasil é o paraíso dos rentistas e o pesadelo dos empreendedores”.

    Guedes tinha experiência com investidor na área de educação.
    Ao mesmo tempo que atuava no Pactual, havia comprado anos antes,
    com Claudio Haddad (ex-banco Garantia), a marca Ibmec e todas as atividades
    de ensino do instituto.
    Em 1984, o Ibmec foi pioneiro em trazer para o Brasil os cursos de MBA
    que hoje se transformaram numa febre.

    Na BR Investimentos, Guedes decidiu apostar de novo em educação.
    Ele percebeu que as faculdades privadas viveriam um boom no país,
    impulsionadas pelo ProUni, programa criado pelo governo Lula
    para subsidiar ensino superior para pessoas de baixa renda.

    A BR Investimentos captou R$ 360 milhões para comprar pedaços de empresas
    de educação e ajudá-las a acelerar seu crescimento e depois abrirem capital
    na Bolsa.
    As estrelas do portfólio foram a Abril Educação, em sociedade com a família Civita,
    e a Anima Educação.

    O fundo teve taxa de retorno líquida de 30% ao ano.

    Depois, Guedes e sua equipe reuniram mais de R$ 520 milhões, dessa vez
    para apostar em consumo e serviços.
    Compraram uma fatia da varejista Hortifruti e da rede de estacionamentos Estapar.

    A taxa de retorno desse fundo, que ainda não foi totalmente desinvestido,
    está em 20% ao ano.

    Em 2013, a empresa mudou de nome para Bozano Investimentos.
    Sua meta agora é repetir em saúde o que fez na educação.

    Captou R$ 1 bilhão para fundir [SIC] hospitais no interior.

    Guedes, porém, não estará mais lá para apurar os resultados.

    Vai vender sua participação na Bozano para comandar a área econômica
    do governo Bolsonaro …

    (https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/11/planos-economicos-fizeram-fortuna-de-superministro-paulo-guedes.shtml)
    .
    .
    Leia também:

    https://www.viomundo.com.br/politica/fortuna-de-paulo-guedes-experimentou-crescimento-em-v-r-14-mil-reais-por-dia-com-a-valorizacao-do-dolar.html

    A Burguesia Falcatrua toda hora caindo do Cavalo
    enriquecendo ilicitamente com Offshores e Overseas.

    https://mobile.twitter.com/VIOMUNDO/status/1445431537739173889
    https://mobile.twitter.com/VIOMUNDO/status/1445202726078623752
    https://mobile.twitter.com/VIOMUNDO/status/1445209864142217223
    https://pbvale.com.br/brasil/17-bilionarios-brasileiros-incluindo-donos-da-globo-estao-nos-paradise-papers-diz-site/
    https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/01/como-funcionava-a-empresa-de-fachada-da-globo-nas-ilhas-virgens-9780/
    https://www.viomundo.com.br/voce-escreve/patriota-hang-manteve-u-100-milhoes-escondidos-no-exterior-e-destina-973-dos-investimentos-a-empresas-dos-eua.html
    https://www.metropoles.com/brasil/brasileiros-com-offshores-no-pandora-papers-devem-a-uniao-r-16-bilhoes-em-impostos
    https://www.metropoles.com/brasil/investigados-por-fake-news-empresarios-bolsonaristas-tem-offshores-em-paraisos-fiscais
    https://www.metropoles.com/brasil/pandora-papers-revela-offshores-de-socios-da-prevent-senior-mrv-riachuelo-e-outras-17-das-maiores-empresas-do-brasil
    https://www.conjur.com.br/2005-abr-04/justica_federal_condena_ex-dirigentes_banco_central
    https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/60282/noticia.htm?sequence=1
    https://ambito-juridico.jusbrasil.com.br/noticias/3073357/ex-dirigentes-do-bacen-bm-f-e-banqueiros-devolverao-r-6-bi-aos-cofres-publicos

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