El País: Hapvida agiu como a Prevent e omitiu covid em atestado de óbito
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Reportagem de Afonso Benites e Beatriz Jucá no El País denuncia que a operadora Hapvida agiu como a Prevent Senior para prescrever o kit covid a seus pacientes.
Internado com covid em fevereiro deste ano, o servidor público Gileno Soares Barreto, de 72 anos, morreu depois de 21 dias. No atestado de óbito, a causa primária aparece como “câncer de próstata”.
Ao filho do servidor, Diego, uma representante da Hapvida disse que “covid” não foi incluída no atestado por falta de espaço, mas o El Pais constatou que é mentira, só cinco das seis linhas estavam preenchidas.
O filho sustenta que o câncer do pai estava em estágio inicial e não foi a causa da morte.
De acordo com o diário espanhol, o presidente do plano de saúde, Jorge Pinheiro, disseminou um vídeo em que declarou:
“Há meses conseguimos levar nosso pronto-atendimento para a casa do usuário, para que ele se trate em casa. Sempre atuando de maneira precoce, doando medicações como até hoje nós fazemos”.
O “tratamento” em casa era feito com um kit covid, que incluía hidroxicloroquina e ivermectina.
Demitido por não prescrever o kit, o médico Felipe Nobre disse que não teve autonomia.
“Quem não seguisse os protocolos era incluído em uma lista de médicos ofensores e a punição maior seria a demissão”, ele declarou ao El País.
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O diário publicou trecho de troca de mensagens de grupo que reunia médicos da Hapvida mostrando que a orientação superior era “otimizar as prescrições de hidroxicloroquina”.
Comentários
Riaj Otim
não cabe questionar o que acontece ou deixa de ocorrer em espaço\empresa privada, se não nem na sua cama o Estado vai querer se meter
Gonzales
Um cnpj deve por obrigação responder às leis, não confundir cpf com cnpj, a privacidade do cidadão não é o mesmo que a privacidade da iniciativa privada que tem por obrigação esclarecimentos ao público, pois sua função e obrigação é de atender o público. Conheço caso de uma universidade privada que estava 3 meses de salários atrasados com o risco dos alunos perderem o ano letivo, a justiça interveio na universidade, assumiu administração, resolveu os problemas contábeis, o pagamento dos impostos e 4 meses depois entregou a universidade toda ela com suas obrigações legais em dia, os funcionários tiveram os salários atrasados resolvidos, os alunos não perderam o ano letivo.
O estado tem a obrigação de zelar pelos recursos construídos pela sociedade, a iniciativa privada não pode gerar tamanho estrago na vida de tantas pessoas com a presunção do privado, este mesmo argumento pode ser usado também por milicianos, pela máfia …
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