Vitamedic lucrou R$ 466 milhões com ivermectina, mas considera estudo clínico de R$ 10 milhões “muito caro”, diz diretor; acompanhe

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

A Vitamedic ganhou R$ 466 milhões com a venda de ivermectina desde o início da pandemia de covid, informou hoje na CPI da Pandemia a senadora Eliziane Gama.

Porém, o diretor da empresa Jailton Batista, que está depondo, disse que a empresa considerou “muito caro” pagar um estudo clínico de R$ 10 milhões para atestar a eficácia do remédio.

A Vitamedic gastou R$ 17 mil reais em publicidade em “canais de fake news”, disse a senadora — além de pagar cachê a um pesquisador para fazer um estudo sobre o remédio, usado originalmente para combater parasitas.

Jair Bolsonaro foi o principal incentivador do uso da ivermectina.

A empresa teve um salto de faturamento de R$ 15 milhões para quase meio bilhão de reais.

O diretor negou que a Vitamedic tenha promovido a venda da droga para combater a covid.

Nem a Anvisa, nem a Organização Mundial da Saúde recomendam o uso do antiparasitário.

No entanto, ele foi incluído no chamado kit covid e no “tratamento precoce” promovido pelo governo Bolsonaro.

O ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, denunciou que o maior estudo realizado sobre a ivermectina tem sinais claros de fraude.

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Ele foi feito in vitro.

Para utilizar a ivermectina em humanos, lembrou o petista, a droga teria que ser usada em quantidade sete vezes maior, causando uma série de danos, como lesões no fígado.

Por conta do uso continuado, por conta própria, aumentou a fila de espera por transplantes de fígado, disse o senador.

Embora tenha sugerido que a empresa não se engajou na promoção do produto, o diretor da Vitamedic se engajou em polêmica com a farmacêutica Merck.

“O crescimento do mercado da ivermectina […] pode ser motivador de campanhas contra na mídia”, escreveu Jailton em nota, sugerindo que a Merck, criadora original do remédio, teria desaconselhado o uso da droga por não lucrar com os genéricos.

Para Humberto Costa, a Vitamedic violou a lei ao promover informe publicitário mencionando que 10 mil médicos brasileiros receitavam a droga inócua contra a covid.

O senador Randolfe Rodrigues apresentou dois vídeos demonstrando que o dono da Vitamedic, José Alves, não só promoveu o uso do remédio que produz junto a prefeitos de Goiás, como usou o reitor da universidade que controla, a Unialfa, para promover os médicos que receitavam a ivermectina — lucrando indiretamente.

A Unialfa não tem cursos relacionados à Saúde e José Alves não é médico.

O kit covid deu a milhões de brasileiros a sensação de segurança que pode ter contribuído para a disseminação do vírus, que até agora matou 564.773 pessoas no país.

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robertoAP

Essa mega corrupção genocida, bate diretamente na porta do Jair Porconaro Doido, mostrando que ele é muito pior do que só louco, degenerado e ladrão, é um dos piores genocidas que o mundo já viu.

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