Pimenta: Temos de assumir a luta contra o neofascismo hoje e bolsonarismo sem Bolsonaro amanhã

Tempo de leitura: 2 min
São Paulo e Rio de Janeiro no #3J Fora Bolsonaro. Fotos: Mídia Ninja e Marcelo Camargo/Agência Brasil

Contra o genocídio e em defesa da vida, impeachment já!

Por Paulo Pimenta*

Testados pelas oposições sociais e parlamentares, os escudos de proteção institucional montados por Bolsonaro em dois anos e meio de governo têm demonstrado eficácia.

Seguirão resistindo como anteparo suficientes para neutralizar ações de natureza igualmente institucionais, como as propiciadas pela CPI da Covid no Senado.

Depois de mais de meio milhão de mortos pela Covid-19, por mais contundentes que sejam as denúncias, elas não serão “mais que palavras”, afirmou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), diante do superpedido de impeachment apresentado na semana passada por partidos e entidades da sociedade civil.

O presidente da Câmara responde pela solidez desse primeiro escudo. A ele cabe costurar com as agulhas do Centrão e manter a maioria parlamentar necessária para segurar no plenário qualquer pedido de impeachment.

Escudos do genocida – Na eventualidade de trincar ou mesmo de se romper essa proteção, Bolsonaro poderá contar com a fidelidade e os serviços do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, para sustentar o percurso final do mandato e a postulação para mais quatro anos.

Nos últimos dias ampliou-se significativamente, na mídia e nas redes sociais, o espaço dedicado ao tratamento do tema corrupção.

Não sem razão. É considerável o volume de informações levantadas pela CPI da Covid sobre negócios escusos em torno da compra de vacinas que envolvem deputados, militares, funcionários do Ministério da Saúde, reverendos, policiais militares e mesmo o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

É indispensável comunicar os fatos objetivamente à sociedade.

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Estamos diante da convergência de dois crimes:

1) O governo Bolsonaro, por ação e omissão, criou obstáculos ao enfrentamento da pandemia da Covid-19 que levou centenas de milhares de brasileiros e brasileiras à morte.

2) Ao adotar a tese da “imunização de rebanho”, Bolsonaro retardou a compra de vacinas abrindo as portas para que houvesse superfaturamento, com indícios de propina nos contratos de aquisição dos imunizantes, segundo informações prestadas por servidores e apoiadores do próprio governo.

Impeachment já! – Nesse cenário, o superpedido de impeachment liderado pelos partidos de oposição sinalizou a ampliação do descontentamento social com o governo neofascista, já que a iniciativa contou com o apoio de personalidades que apoiaram o golpe de 2016 que derrubou a legítima presidenta Dilma Rousseff.

Esse movimento de ampliação e diversificação das forças sociais e políticas nas ruas contra Bolsonaro mostrou sua potência no último sábado (3) em todo o País, fazendo ecoar um grito de indignação pelas pessoas queridas perdidas para a Covid-19 e contra a corrupção na saúde, que sem dúvida impactou na ampliação do número de mortes.

Em todas as cidades , além da defesa das vacinas e de um auxílio emergencial digno, a presença de famílias enlutadas agregou cartazes e faixas, expressando nas diferentes versões que “ a vida vale mais que US$1,00”.

Cartazes impactantes emocionaram o povo brasileiro,como um que dizia “Pai, mãe, estou aqui por vocês”.

A queda de Bolsonaro se acelera, e cabe a nós não perdermos de vista a defesa de um programa para o País, fundado na democracia, na soberania nacional e na defesa do meio ambiente e dos direitos e da vida do povo.

Sem temer a disputa democrática, devemos assumir com coragem a liderança da luta contra o neofascismo hoje e contra um “Bolsonarismo sem Bolsonaro amanhã”!

Fora Bolsonaro!

Impeachment Já!

*Paulo Pimenta é deputado federal (PT-RS)

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Comentários

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Zé Maria

“Bolsonarismo sem Bolsonaro amanhã”

É verdade. Sai Jair Bolsonaro, mas ficam
01, 02 e 03, além da Milícia NeoFascista Organizada, nos Parlamentos.

E cada vez aumenta mais a Rede de Freikorps que já estão atacando fisicamente as pessoas.
Até pouco tempo atrás, era ‘só’ a Polícia Militar.

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