Tucanos serão bem recebidos na Paulista, diz Bonfim; 314 cidades terão atos, quando Bolsonaro atinge pico de 54% de rejeição

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

“Nós sabemos o que ele fizeram no verão passado”, diz Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, uma das entidades que estão organizando as manifestações por comida na mesa e vacina no braço, pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro.

É um dilema vivido pelos líderes de movimentos sociais a adesão de setores de direita às manifestações de rua, ainda não resolvido em debate interno.

Os apoiadores arrependidos de Jair Bolsonaro estão crescentemente aderindo às manifestações, ainda que nas redes sociais. Muitos estiveram por trás do golpe contra Dilma Rousseff em 2016.

Bonfim defende com cautela a ampliação do movimento. Diz, por exemplo, que os tucanos serão bem recebidos na avenida Paulista, mas lamenta que o MBL tenha lançado um card divisivo, dizendo que se Bolsonaro não for derrubado, Lula volta.

Ele afirmou ter tido uma ótima conversa com os integrantes do Movimento Agora.

Mas refuta o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que disse que as pautas da rua estão muito à esquerda.

“Mas, eles decidiram pressionar o Lira?”, questiona, em referência ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que se recusa a dar andamento ao processo de impeachment.

O coordenador da CMP afirma que não faz sentido a acusação feita aos movimentos populares de esquerda de que pretendem beneficiar a campanha do ex-presidente Lula, uma vez que Bolsonaro em tese seria o adversário ideal para o petista.

O balanço final divulgado agora à noite prevê 340 atos no sábado em 314 cidades do mundo.

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Bonfim diz que existe uma fadiga da sociedade brasileira com Bolsonaro, não só pela atuação criminosa na pandemia, mas por conta da inflação, do aumento da conta de luz e, agora, pela confirmação definitiva de que o governo é corrupto.

Ele admite que, hoje, o impeachment não passaria no Congresso, mas diz que isso pode mudar com a sequência de mobilizações das ruas, muitas das quais estão previstas para os próximos dias.

Confira aqui os atos previstos para amanhã.

O #3J vai acontecer num momento em que a rejeição ao governo Bolsonaro atinge o auge em pesquisa da Idea publicada pela revista Exame: 54% consideram o governo ruim/péssimo e apenas 23% ótimo/bom.

45% dos entrevistados já dizem que Bolsonaro não combate a corrupção.

Nesta sexta-feira o Brasil chegou a 521.952 mortes pela covid-19, com 1.857 óbitos nas últimas 24.

Nos Estados Unidos, a média de mortes das últimas duas semanas foi de 263 pessoas.

No Brasil, foi de 1.558 nos últimos sete dias.

Neste ritmo, o Brasil pode ultrapassar o número de óbitos dos Estados Unidos antes do final do ano.

Mais de 600 mil norte-americanos morreram, em parte por causa da política desastrosa e negacionista do governo Trump.

O ritmo lento da vacinação no Brasil, onde apenas 16% dos adultos receberam as duas doses, pode tornar o placar dos óbitos uma dor de cabeça para Jair Bolsonaro, que continua assumindo atitudes negacionistas e prioriza atos de sua campanha antecipada de reeleição.

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Comentários

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Zé Maria

#3J: Manifestantes voltam às ruas em Porto Alegre.
Concentração será no Largo Glênio Peres, a partir das 15h.

Zé Maria

Agora sim, a Ana Maria Braga e a Fátima Bernardes
vão ensinar o Filhos da Alta Classe Média Paulistana
a confeccionar Cartazes para Protesto na Paulista.

Zé Maria

A Milícia Digital da Força-Tarefa de Patifes da Lava Jato está engajada no Impíxi do Genocida.

Carlos Zupp

Raimundo vive no planeta Zirgn87WS.

Bíblia do Bolsonarismo

Tucano é o tipo básico que ante o primeiro ronco das matracas, corre para os braços do governo e ainda manda meter mais bala

Zé Maria

O Aécio, o Serra, o Dado e o FHC
vão abrir a Ala dos Corvos Coloridos?

Carlos Zupp

Essa pessoa de nome Raimundo vive no planeta Zirgn23BW.

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