Carlos Fico: Democratas precisam se unir diante de situação inédita; PMs e Exército unidos em defesa de Bolsonaro

Da Redação

Nunca o Brasil viveu uma situação como a atual, na qual o comandante do Exército desconheceu as regras da própria corporação e se submeteu ao presidente da República, diz o historiador Carlos Fico.

Pelo contrário, num episódio parecido, o então presidente Carlos Luz foi afastado depois de tentar impedir o ministro do Exército de punir o coronel Bizarria Mamede, que publicamente disse que Juscelino Kubistchek não tomaria posse em 1955.

“A Polícia Militar está agindo como guarda pessoal do presidente, defendendo interesses pessoais do presidente, agindo nesse sentido como guarda pretoriana. Juntar esse posicionamento político, de uma PM que se vê abrigada pelo projeto político tão condenável de um presidente e aliar isso à tradição de violência e despreparo das PM é uma situação muito delicada”, afirmou o historiador ao diário direitista carioca O Globo.

A situação é tão delicada que Carlos Fico sugeriu a união de todos os democratas. No próximo dia 19 de junho, setores centristas consideram aderir à presença nas ruas dos movimentos populares e de partidos de esquerda, diante do risco representado pela ação de Jair Bolsonaro para dilapidar as instituições.