Médica da cloroquina admite que reunião do “gabinete de crise” não discutiu quarentena e isolamento social, como já recomendava a OMS em abril de 2020
Tempo de leitura: < 1 minDa Redação
A médica Nise Hitomi Yamaguchi, questinada na CPI da Pandemia pelo ex-ministro da Saúde, senador Humberto Costa (PT-PE), admitiu que na reunião do chamado “gabinete de crise” da qual participou, em abril de 2020, não foram discutidas as mortes causadas pela pandemia, a necessidade do uso de máscaras, nem do isolamento social.
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou que a covid poderia ser caracterizada como pandemia.
No dia 13, a OMS destacou a necessidade de testagem, quarentena, distanciamento social, todos combinados.
Três dias depois, em 16 de março, veio a famosa mensagem da OMS para todos os países: testem, testem, testem.
Apesar de ter criado o “gabinete de crise”, o governo Bolsonaro não sugeriu nenhuma destas medidas.
A China já tinha enfrentado a pandemia fazendo um lockdown em torno de Wuhan, a cidade onde começou a disseminação do vírus.
Nos dias 6, 7 e 8 de abril, Nise se reuniu, segunda ela informalmente, com autoridades de Saúde do governo Bolsonaro e no dia 15 de maio teve um encontro pessoal com o presidente.
Cerca de duas semanas antes da primeira ida de Nise a Brasília, em 19 de março, Donald Trump recomendou pela primeira vez o uso da hidroxicloroquina, o remédio contra a malária, em discurso na Casa Branca.
Como fã ardoroso do presidente dos Estados Unidos, Bolsonaro embarcou imediatamente no mesmo roteiro.
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“Se não sair como planejado, não vai matar ninguém”, disse Trump em sua primeira fala sobre o assunto.
Segundo uma ONG que monitora a mídia dos Estados Unidos, o canal Fox, que tem audiência de milhões de republicanos, mencionou o tratamento com cloroquina 87 vezes entre 11 e 15 de abril de 2020.
Comentários
Henrique martin
https://www.brasil247.com/regionais/sudeste/alckmin-diz-que-devera-ser-candidato-a-governador-pelo-psdb-em-2022-w12g988o
Pois é. Se ele pretende realmente concorrer ao cargo de governador o mínimo que se espera é que defenda os paulistas do genocida que nos governa usando o seu status de médico. Aliás, a omissão desse senhor é imperdoável considerando que já foi candidato à presidência da República.
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