Mike Whitney: O castelo de cartas está desabando

Tempo de leitura: 2 min

September 12, 2011

A moratória da Grécia se aproxima

por MIKE WHITNEY, noCounterpunch (excerto)

“Depois de quase dois anos de luta para conter a crise da dívida da região e participar da maior fatia de três resgates europeus, a chanceler Angela Merkel está preparando o terreno para o que os mercados dizem é quase uma coisa certa: a moratória grega”.

Bloomberg News

A Grécia está a caminho da moratória e o cenário do Juízo Final está começando a se desenrolar. O FMI, o G-7 e o ECB (Banco Central Europeu) entraram todos no modo crise total e estão preparados para fazer tudo o que puderem para minimizar o dano colateral. Mas o choque para o sistema financeiro e o comprometimento da frágil recuperação será substancial. A moratória teria efeito calamitoso para os bancos da Alemanha, da França e do Reino Unido que estão atualmente com bilhões em dívida grega nas mãos. Muitos deles vão enfrentar dolorosa reestruturação ou, talvez, falência. E os bancos e as instituições financeiras dos Estados Unidos também não estão, nem de longe, livres do problema.

Leiam este excerto de um artigo do Wall Street Journal:

“…uma falência europeia teria grandes ramificações para os Estados Unidos e os mercados financeiros globais. Se houver qualquer dúvida quanto a isso, tudo o que é preciso considerar é a maciça exposição do sistema financeiro dos Estados Unidos aos bancos europeus. Numa pesquisa recente, a Fitch Ratings Inc. descobriu que, no fim de julho, a indústria ainda tinha mais de um trilhão de dólares de exposição direta aos bancos europeus — ou grosseiramente 45% dos bens totais do mercado. O
Bank for International Settlements informa que os bancos americanos tem uma exposição de mais de U$ 1,2 trilhão em empréstimos aos bancos alemães e franceses.

Esta exposição ao sistema bancário europeu deveria fazer o sr. Obama perder o sono. Isso se deve ao fato de que os bancos europeus, por sua vez, tem uma exposição de U$ 2 trilhões ao mercado da dívida da Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha — e ainda precisam assumir as grandes perdas que deverão experimentar em seus estoques de dívida soberana”.

(“The Euro Threat to Obama”, Desmond Lachman, Wall Street Journal)

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Comentários

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ANA CLÁUDIA


Multinacionais óbviamente os seus donos e ocultos verdadeiros das tais MULTINACIONAIS BRASILEIRAS, CHINESAS, EURoPÉIAS, ASIÁTICAS, AMERICANAS.etc.remetem aos seus países de origem—lucros recordes no ano–14 de Setembro de 2011 – 17h07–
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia

quer dizer tiram tudo que podem do BRASIL, como das suas MULTINACIONAIS QUE AQUI ESTÃO E COMO TUDO QUE PODEM DAS RIQUEZAS geradas pelas RIQUEZAS E RECURSOS NATURAIS BRASILEIROS.etc. E REMETEM AOS SEUS PATRÍCIOS INTERNAMENTE E COMO Á QUALQUER UM QUE LÁ VIVEM, e assim fazem os de países que só tem DESASTRES NATURAIS, GUERRAS, mas são países do PRIMEIRO MUNDO, JAPÃO, ISRAEL.etc.

ENQUANTO ISSO, no BRASIL, as elites, lideranças, parlamentares, judiciários, líderes religiosos, sindicatos, empresários, ricos.etc.brasileiros, vivem preocupados com os seus próprios UMBIGOS E OU TENTANDO ajudar o povo lá dos países do primeiro mundo e esquecendo dos daqui

ANA CLÁUDIA

na verdade em volta da SUPREMACIA EUROPÉIA encima de nações do TERCEIRO MUNDO.etc.como o BRASIL, eles sempre venderam uma FALSA IMAGEM, e o BRASIL ao ver áqueles EUROPEUZÕES.etc., encima de sua MILENAR INFLUENCIA ENCIMA DOS PAÍSES LACUCARACHAS.etc., eles viviam nos ENGANANDO, ILUDINDO, BLEFANDO.etc., dizendo sempre que ELES é que estão CERTOS e o BRASIL está ERRADO, mesmo hoje em dia, ainda tentam nos VENDER a sua IMAGEM DE SUPERIORIDADE CULTURAL.etc., mas a maioria das RIQUEZAS na verdade viam a maior parte de ESCONDER SEGREDOS INDUSTRIAIS.ETC., aonde ao mesmo tempo iam TIRANDO NA MÃO GRANDE AS RIQUEZAS E RECURSOS NATURAIS .etc.de PAÍSES AFRICANOS, LATINO AMERICANOS, principalmente do BRASIL, da mesma forma que estão fazendo hoje em dia os CHINESES, ao mesmo tempo que vão poupando todas as RIQUEZAS E RECURSOS NATURAIS CHINESES.etc.

Bancos franceses podem empurrar Europa de volta à crise total | Viomundo – O que você não vê na mídia

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Ronaldo Braga

Pessoal,
O Eduardo Guimarães (através do Movimento dos Sem Mídia) está convocando (http://www.blogcidadania.com.br/2011/09/ato-contra-corrupcao-da-midia/) um ato contra a corrupção da mídia.
Local: no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Dia e hora: às 14 horas de 17 de setembro próximo.
Para aderir ao evento no Facebook, vá ao endereço http://www.facebook.com/event.php?eid=17213332286
Vamos divulgar e participar.

damastor dagobé

num tempo em que até concursos de miss voltaram bombando, seitas evangelicas são levadas a serio e tem peso politico, novelas de TV são apresentadas como produtos culturais relevantes nos cadernos Bs…nao sei não…não sei não…pegamos um desvio em algum momento de passado recente e viemos dar com os costados em um tipo de universo paralelo impensavel de breguice e escrotidão em niveis so possivel na terra, do digamos, superhomem bizarro..ou algo assim.

    Caracol

    Monetarismo, Dagobé…monetarismo.

ZePovinho

BELLUZZO: MONOPÓLIO DA MÍDIA DIFICULTA SAÍDA PARA A CRISE. O DEBATE VIROU UMA FARSA

"O consenso em torno de certas ideias de dominância financeira -idéias que estão na origem da atual crise– não seria possível sem a sua vocalização pela mídia. Não se trata de uma teoria conspiratória, estou dizendo que isso se deu através de um processo social em que as camadas dominantes impõem as idéias dominantes. A gente nunca pode perder essa dimensão da luta social; como ela se desenvolve e como maneja os símbolos, os significados, as palavras. Tome o exemplo da queda da taxa de juros brasileira. Isso produziu em certas pessoas (da mídia) uma estupefação; em algumas mais estupefação, em outras alguma indignação. As que ficaram mais estupefactas sempre ouviram o contrário, que era um perigo, era a ruína . As ideias , como dizia um autor do século XIX, tem uma força material enorme — a força material das idéias dominantes. Norberto Elias, o sociólogo, dizia que é muito difícil você desconstruir um consenso como este. Daí o papel crucial da luta social e política. Ou você acha que a crise vai se resolver mecanicamente, por ela mesma? Não vai. É necessário formular alternativas. A solução dita ‘normal' é previsível, diz o economista americano Doug Henwood, que tem uma newsletter de nome muito interessante, 'Left Business Observer'. Henwood foi encarregado de escrever sobre Wall Street, antes e depois da crise. É muito fácil, asseverou. Antes da crise, Wall Street era o locus mais poderoso de interesses políticos, econômicos e sociais dos EUA. Depois da crise, Wall Street continua sendo o locus mais poderoso de interesses políticos, econômicos e sociais dos EUA. Um repórter que te entrevista sobre política monetária e ouve algo contrário a esses interesses, daqui e de lá, hesita em publicar; se publica o faz cheio de ressalvas. Esse jornalista foi emprenhado pelo ouvido, durante anos, para perguntar e ouvir sempre a mesma coisa. O problema da mídia no mundo inteiro é esse monopólio de algumas empresas que veiculam a visão dominante. Elas são a classe dominante. Nos anos 50 e 60 na Europa, por exemplo, você tinha uma mídia diversificada que expressava as posições políticas distintas. As pessoas liam o 'Avanti!', o 'La Unità'… Havia debate político. Hoje você não tem debate. O que você tem é uma farsa".(Luiz Gonzaga Belluzzo, no debate ‘Neoliberalismo, um colapso inconcluso'. Em breve publicaremos outros trechos do seminário que reuniu alguns dos maiores intelectuais brasileiros ).

    Caracol

    Ah, que saudades dos tempos da Guerra Fria…

    ZePovinho

    E do fim da História também……………..

Leider_Lincoln

E pensar que é esta gente (?!?) que serve de bastião ideológico para o trio DEM/PSDB/PPS…

Operante Livre

A pergunta mais importante é como interferir para mudar as regras e perder menos enquanto buscamos mudanças de regras, um novo pacto.

Para mim a mudança começa em nossa casa. Vamos escolher um legislativo e executivos comprometidos com mudanças e não perpetuadores. A mudança pode demorar, mas seu andamento deve ser concreto e constante. Lula e sua equipe são exemplos de grupos desse tipo. Então, por mais que sejamos globalizados, isto não nos condena ao imobilismo e ao sempre amém. Lula mudou e não ficou no discurso. Pode ter sido pouco e lenta,(nem tanto) mas sabemos em que direção se deu.

Francisco

Globalização, internacionalização, pós-modernidade, neo-liberalismo. Isso tudo é uma ma-ra-vi-lha!

J.C.CAMARGO

LCAzenha: o Juizo Final sòmente aconteceria caso o COMUNISMO ainda vigorasse! Porém, como o Socia-
lismo/ Comunismo foi incinerado pela História, essa fatalidade não acontecerá! Viva a História, que registra-
rá o triunfo do Capitalismo de Estado, que pavimentará o surgimento de um outro regime econômico mais /
humano e eficiente!

Polengo

E se o petróleo daqui estivesse com a chevron, e nossos tudos com os americanos, a coisa podia ser mais feia.
Mesmo assim, tem telefonica, santander, vale, etc., que podem respingar por aqui. Quando for a espanha, o santander e a telefonica vão respirar aqui (aqui onde eles podem tudo, até o que não podem lá na espanha).

Fabio SP

Do blog do Luís Nassif:

Edir Macedo denunciado por lavagem de dinheiro

Hola Hakanssen

Eu quero é ver o ooooooccoooooooooooooooooooooo!!!

Pedro Luiz Paredes

Eu quero ver até quando vai faltar vergonha na carra dos governantes.
Isso pois uma hora vai ficar estranho todo mundo se ferrando para salvar o "mercado" e seu sistema de concentração de renda global.

Fabio_Passos

O governo do Brasil ainda mantém o cassino aberto.

Com a debilidade dos eua e europa temos ampliados nossos graus de liberdade para construir alternativas diante da ruína neoliberal.
Só que não estamos aproveitando.

    Mario SF Alves

    Talvez… Mas, seja como for me sinto feliz com o seu comentário. E vamo que vamo!

    El Gordo

    Cassino era nos tempos de D. Fernando I. hoje pelo menos tem a CVM, o BC e outros organismos para ficar de olho e impedir a orgia romana que era, por exemplo, com os hedge funds.

    Fabio_Passos

    É verdade. Mas o cassino não fechou. Não há lugar no mundo em que o especulador receba mais por títulos do tesouro. São bilhões que os especuladores nos roubam todo ano.

Rogério Floripa

Para ficar por dentro desta crise que está assolando a Grécia e os países chamados periféricos da Europa.

Documentário – Dividocracia
Revela a crise econômico-social pela qual passam os países periféricos da União Europeia, em especial a Grécia. http://t.co/opTIuON

O_Brasileiro

E ainda havia quem duvidasse da inteligência do Lula.
Embora uma grande parte das exportações brasileiras ainda seja para os EUA e a Europa, quando entrou no governo, Lula tratou de ampliar o número de parceiros comerciais do Brasil. Tratou de incrementar o comércio do Brasil com o Oriente Médio, a Ásia e a África. Pode parecer pouco, mas deu no rádio que o Irã é o principal comprador da carne brasileira atualmente.
Essa não-dependência exclusiva de EUA e Europa teve papel importante no início da crise, em 2008, e provavelmente também terá agora, na continuação da crise!

    Mônica

    Pois é. Por exemplo, li esta semana que o Irã se tornou o maior importador de carne do Brasil. E tem gente da mídia que acha que nós nem deveríamos dar bom dia para eles.

    José Ruiz

    Com certeza! Além disso, programas de transferência de renda, como o Bolsa Família e a recuperação do salário mínimo, ajudaram a fortalecer o mercado interno, que foi peça fundamental na passagem do Brasil pela crise de 2008, ou seja, as elites brasileiras sofreram menos justamente por aquilo que criticavam no governo do petista. Também podemos fazer a seguinte leitura: parte importante da solução dos atuais problemas mundiais está em uma melhor distribuição de renda..

    Operante Livre

    É isso mesmo amigo. Lula saiu do grupinho de que éramos dependentes para que o Brasil tivesse a autonomia que tem hoje. Nossa garantia é a diversificação máxima possível de mercados de compra e venda. Isto é básico até para uma dona de casa e era uma decisão política.

    Interessante é que os USA acabam estipulando bloqueios comerciais para alguns países e isto afeta o Brasil e outros fornecedores. Imagine se impuserem um bloqueio da venda de carne ao Irã. Estes bloqueios impostos acabam por fortalecer o USA e enfraquecer tanto os bloqueados como seus fornecedores. É uma arma que condena à dependência, é um assédio (cerco) político econômico para isolamento. Similar ao cerco de assédio nas relações em ambientes de trabalho.

francisco p. neto

Não entendo nada de economia, mas pergunto:
Por que a indústria ainda tinha mais de um trilhão de dólares nos bancos europeus.
O que esse dinheiro estava fazendo lá, sem ser aplicado em produção?
Só especulando?
Então, agora tomem na tarraqueta.

    Operante Livre

    Também não entendo, mas lembro-me bem de quando estourou a crise de 2008/2009 e quebrou o Lehman Brothers e as outras peças do dominó. Algumas empresas, noticiava-se na época, tinha investimentos na pirâmide do MADOFF, por exemplo a Sadia, eu acho. Então… as empresas, muitas também buscam lucro mais fácil fora da produção e na especulação. Parece que as diferenças em bancos e indústrias são cada vez mais tênues e am alguns casos, suspeitas de promiscuidade.

    Mário SF Alves

    Cada vez mais tênues, sem dúvida. E não apenas na modalidade usura, com juros e multas estratosféricos pela via da estratégia da concessão de crédito para pagamento parcelado de compras.

Avelino

Caro Azenha
Novamente os trabalhadores serão chamados para pagar uma divida que eles não fizeram, enquanto os seus culpados continuam impunes.
Saudações

    Operante Livre

    Acrescente-se: os culpados continuam impunes e com a nossa grana.

Edson

Onde será a próxima guerra para reaver essa dinheirama? Heim?

Rios

Ué, o Mercado não salvará a todos? (ou será o Estado novamente?)

ZePovinho

Essa é a maior prova de que essa classe de bandidos financeiros é a mesma em todo o mundo.Eles controlam o FED e o BIS.Pegaram dinheiro do FED(que aumentou a dívida dos EUA) e usaram esse dinheiro para emprestar aos PIIGS com mais juros em cima.
Eu continuo com o Delfim Netto:é preciso estatizar o crédito e acabar com os bancos centrais controlados por bancos privados.

    Eugênio Barreto

    O mal do mundo são os banqueiros. Nunca perdem, sempre ganham, às custas das famílias.

    ZePovinho

    É por isso que eu sento a ripa no PT,de vez em quando,Eugênio.Esquerda não pode ter medo de ser esquerda,não pode ter medo de implementar o programa com o qual foi eleita.
    É difícil enfrentar o mercado,todo mundo sabe,mas foi pra babar banqueiros e essa oligarcada medieval do Brasil que a esquerda apanhou e morreu desde a Coluna Prestes??
    A Dilma fez certo em nomear o Tombini,funcionário de carreira do BACEN,para diretor da instituição.O próxima passo deveria ser aumentar o número de pessoas no COPOM:sindicalistas,empresários,catadores de papel,associações,partidos políticos,etc.Nós,o povo,é quem devemos decidir a política monetária porque somos nós quem carregamos o fardo do Estado e quem paga mais impostos no Brasil.Nós é quem somos o mercado;não um punhado de economistas que ganha gordos salários para fazer lobby para bancos na mídia.
    Banco central independente do povo e dependente da influência política de bancos privados(usando a mídia-empresa) é escravidão pela dívida(debt peonage).
    O tal mercado(que a mídia-empresa adora)não passa de um adolescente gastador que nós,o Estado,sustentamos por meio desse sistema de impostos regressivo.Ainda por cima,quando esse adolescente faz merda(com o Antenor da novela das oito),vem atrás da mamãe trabalhadora para pedir que fale com o dono do carro, que roubou, que retire a queixa na polícia.
    Ora…..que o tal mercado sofra as consequências dos roubos que faz.Não era esse o tal risco moral (moral hazard) que os neoliberais não se cansam de acusar no povo??Fazer contratos e ,depois,desobedecê-los não é prática do povão;é prática desses criminosos do sistema financeiro e empresários(que são 45% do Congresso) desdes priscas eras.

    Operante Livre

    Delfim é economista de visão capaz de acompanhar as mudanças de cenário.
    Limpou seu passado obscuro.

M. S. Romares

Novamente cabe perguntar, se bem que já sabemos a resposta: quem vai pagar esse rombo? A jogatina continua no cassino mundial e quando falta lastro para as fichas, paga quem menos pode e menos deve. A Grécia hoje e Espanha ano que vem, se muito.

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