Maria Lucia Fattorelli: Como o auxílio emergencial foi usado pelos banqueiros para aprofundar a captura da economia brasileira
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
O processo começou lá atrás, quando Fernando Henrique Cardoso, alegando a necessidade de “sanear” a economia, decidiu pela extinção dos bancos estaduais.
Na privatização, a parte “podre” dos bancos foi transformada em dívida dos estados e a parte boa, ficou com banqueiros privados.
Essa dívida, dos anos 90, continua sendo rolada até hoje, com juros sobre juros, comprometendo a capacidade de investimento social dos estados.
Foi, na opinião da economista Maria Lucia Fattorelli, um passo no caminho que em 2021 nos levaria à “autonomia” do Banco Central.
Autonomia em relação a quem? Ao voto popular, inclusive aquele que escolhe o presidente da República.
O Banco Central está mais sintonizado do que nunca com o interesse dos banqueiros privados — JP Morgan, Itaú, Bradesco e outros — e, depois de derrubar os juros, vai voltar a aumentá-los agora, supostamente para controlar a inflação.
Fattorelli diz que é uma falácia, argumentando que a inflação independe da taxa de juros e que qualquer decisão do BC de tirar dinheiro de circulação vai aprofundar ainda mais a recessão.
A autonomia do Banco Central e a PEC 183, aprovada pelo Congresso supostamente para permitir o retorno do auxílio emergencial, são duas facetas da mesma moeda: o aprofundamento da captura da economia brasileira pelos banqueiros, armadilhas para que o Brasil pague juros sobre juros de uma dívida pública que já foi paga várias vezes.
Coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Fattorelli faz 20 anos estuda o tema. Analisou outros casos em que os banqueiros capturaram o Estado com suas armadilhas: Equador, Grécia e Porto Rico.
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Mas, nada como o Brasil.
Em 2020, os gastos com a dívida pública cresceram 33%: custaram ao povo brasileiro R$ 1,3 trilhão.
Em 2016, Fattorelli escreveu um artigo premonitório, intitulado “Como o Banco Central está suicidando o Brasil”.
Sob Dilma Rousseff, o BC ficou nas mãos de Alexandre Tombini, que executou uma política que, na opinião de Fattorelli, contribuiu para o desarranjo econômico e o golpe contra a presidenta.
Porém, os governantes estão amarrados à prioridade máxima de rolar a dívida, que deixou de se tornar o que deveria ser originalmente: dinheiro para investir em Educação, Saúde Pública e outros projetos sociais que sirvam à população.
Em vez disse, a dívida tornou-se um sangradouro para desviar dinheiro, mesmo do bolso do brasileiro mais pobre, para os banqueiros.
Na entrevista no topo deste post, Maria Lucia Fattorelli dá uma explicação didática sobre como foi, passo a passo, a captura do estado brasileiro pelos banqueiros, inclusive com o uso das reservas internacionais acumuladas ao longo dos governos Lula e Dilma.
Comentários
Zé Maria
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Dois Projetos que tratam de Auxílio Financeiro [à População Vulnerável no RS]
estão próximos de ir à votação na Assembleia [Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul (ALERGS)].
Ontem, foram aprovados, na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos,
os Pareceres do PL 74/2020, do Deputado Valdeci Oliveira [PT],
que institui a “Política Estadual de Renda Básica Emergencial” no Estado,
e o PL 78/2020, da Deputada Luciana Genro [PSoL], que cria o “Programa
de Renda Básica Emergencial” em casos de Calamidade Pública.
[Fonte: Mauren Xavier, na Coluna de Taline Oppitz – Correio do Povo]
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Nelson
Os órgãos da mídia hegemônica e seus comentaristas defendem ardentemente, com toda a garra, os interesses do povo brasileiro e do nosso país. É esta impressão que vai calcar fundo em quem os vê ou os ouve, assiduamente, e se limita a “se informar” somente por essa mídia.
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Se é verdade que essa mídia tem todo esse compromisso para com a nação brasileira, creio que vale a pergunta. Globo, Band, Record, SBT, Folha, ZH, Estadão, RBS e outros tantos desconhecem os dados que Maria Lúcia Fattorelli expôs ao Azenha que são de extremo interesse para todo o nosso povo?
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A resposta é óbvia. Então, por que, se recusando a cumprir suas obrigações constitucionais, essa mídia se recusa a divulgar essas informações?
Henrique Martins
Um povo pode ser dominado por uma força pequena mais poderosa.
No entanto, existem condições que podem fazer o povo nestas condições voltar-se contra seus dominadores.
Ou seja, quando ele encontra um líder; quando reconhece a opressão e quando percebe haver esperança de escapar do domínio.
Zé Maria
“Há 15 dias do leilão da CEEE-D [Companhia Estadual de Energia Elétrica – Distribuidora],
a batalha jurídica [para evitar a Privatização da Companhia] se intensificou.
Na sexta-feira, uma liminar da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do
Estado [do Rio Grande do Sul (TJ-RS)] suspendeu a venda da estatal.
A alegação é a negociação que envolve a dívida de ICMS da CEEE-D,
transformada em capital da estatal.” [Marta Sfredo – ZH]
Zé Maria
Estão aproveitando para “passar a Boiada” das Privatizações no País Inteiro.
Justiça determina suspensão do leilão de privatização da CEEE
Decisão do TJ-RS foi motivada por uma Ação Popular da
União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública
pedindo a suspensão do Edital de Leilão marcado para 31/3
Por Marco Aurelio Weissheimer, no Sul21
Desembargadora da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul,
que concedeu a Liminar, afirma que o processo de privatização da estatal gaúcha
“requer seriedade e cautela, não se tratando de um ato para simplesmente livrar-se
dela, entregá-la”.
“Está-se a tratar da venda de empresa estatal que distribui energia elétrica para a
maior parte das cidades gaúchas, setor este estratégico para amparar as atividades
essenciais do Estado do Rio Grande do Sul – que aliás não poderia dar prejuízo
não fosse um histórico de má gestão, para dizer o mínimo”.
Íntegra em: (https://www.sul21.com.br/areazero/2021/03/justica-determina-suspensao-do-leilao-de-privatizacao-da-ceee
Zé Maria
Olha só a Falcatrua do PSDB:
O Governo está oferecendo a CEEE-Distribuidora por 50 mil reais ao Setor Privado, abrindo mão de um crédito de R$ 2,8 Bilhões de impostos.
Prossegue Reportagem do Jornalista
Marco Weisseimer no Sul21:
Na avaliação da magistrada, os elementos até aqui apresentados “deixam sérias dúvidas acerca da negociação entabulada, sobretudo no que diz com o patrimônio da CEEE-Par, controladora, de molde a solver o passivo bilionário relativo a ICMS, não se aceitando o embróglio da emissão, alocação ou dação de papeis de empresa sem patrimônio como pagamento (dação em pagamento de uma ficção)”. “Em realidade”, assinalou ainda Laura Jaccottet , extrai-se uma manobra contábil para abater aproximadamente R$ 2.800.000.000,00 (dois bilhões e oitocentos milhões de reais) em dívidas fiscais com escopo de facilitar o leilão, livrando-se da CEEE-D”. E acrescentou:
“Neste momento processual preliminar, portanto, donde se há de sopesar preponderantemente a eleição pelo mal menor, reconhece-se-o no fato de o Estado do Rio Grande do Sul aguardar mais algum tempo para proceder ao leilão; o mal maior é permitir-se a entrega de empresa estatal estratégica, que distribui energia elétrica para a maior parte das cidades gaúchas, em patamares aviltantes, como pelo menos por ora se está a concluir, envolvendo extinção nebulosa de vultoso débito fiscal”.
A juíza questiona também a suposta “modelagem perfeita” , assinalando que o”s indicativos são de que o Estado do Rio Grande do Sul vai receber ficção com a venda da CEEE-D. “Ao que se desenha, a empresa será posta a venda pelo simbólico valor de R$ 50.000,00 (correspondente a dois carros populares como referem os recorrentes), o Estado do Rio Grande do Sul fará desaparecer seu relevante crédito de ICMS com a “modelagem” criada, através da emissão de papeis, recebimento de papeis e deslocamentos de papeis, transformando todo o dinheiro que teria a perceber ou negociar em papeis de uma empresa controladora que, ao que se sabe até o presente momento (pois não contraposto), não possui patrimônio!”.
https://www.sul21.com.br/areazero/2021/03/justica-determina-suspensao-do-leilao-de-privatizacao-da-ceee
Zé Maria
CEEE Quer Acelerar as Demissões
A proposta é que os desligamentos
sejam concluídos em um ano
Por Mauren Xavier, na Coluna de Taline Oppitz – CP
O acordo coletivo da CEEE e os funcionários volta a ser discutido
no Tribunal Regional do Trabalho.
Apesar de o projeto de lei que autorizou a concessão garantir,
no mínimo, seis meses de estabilidade após a alteração do controle
acionário, a diretoria da CEEE quer começar as demissões
logo após a venda.
A proposta é que os desligamentos comecem um mês depois
e sejam concluídos no período de um ano.
Assim, seriam 300 demitidos mensalmente.
Atualmente, são quatro mil empregados.
O leilão estava marcado para 31 de março,
mas a operação está suspensa após decisão da Justiça.
A Procuradoria Geral do Estado já trabalha no recurso
para reverter a decisão.
https://www.correiodopovo.com.br/colunistas/taline-oppitz/ceee-quer-acelerar-as-demiss%C3%B5es-1.586930
Zé Maria
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Gestão da CEEE Ataca Direitos dos Eletricitários em Plena Pandemia
Ana Maria Spadari (*), no Sul21
É inacreditável o que está acontecendo. A menos de 30 dias da realização do leilão para a venda da empresa, os diretores da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) querem rasgar o Acordo Coletivo dos trabalhadores. Cortaram o bônus alimentação, conquista de décadas da categoria, obtido quando foi trocado por um percentual do INPC, homologado em negociação e beneficiando a CEEE, já que não existe tributação nenhuma e também não entra no cálculo de aposentadoria.
Desde o governo Sartori, os eletricitários estão sem reajuste nos salários e em nenhuma das cláusulas econômicas. Ao contrário, viemos amargando retiradas de conquistas. E o discurso da empresa continua o mesmo: a CEEE está quebrada, com prejuízos….
Mesmo com cortes e sem avanços, a situação só piora. Interessante é que todos os argumentos depõem contra a atual gestão, que se mostra incompetente para gerir a empresa. Mais grave ainda é que distribuiu R$ 104,3 milhões para os acionistas, fato amplamente divulgado na imprensa.
Outro fato grave é que, se essa gestão mantiver a posição de cortar algumas cláusulas do acordo, contribuirá mais uma vez para grandes passivos trabalhistas, tendo em vista que contraria a lei vigente. Assim, deixará para o grupo econômico que vier a comprar a empresa, caso se concretize a venda, uma dívida fabulosa. Desta forma, com esse método de gestão, sem compromisso com o futuro, foram ao longo dos anos deteriorando a CEEE e outras empresas públicas.
Outro absurdo inacreditável é a retirada do Plano de Saúde, num momento dramático de pandemia, quando o RS está sob a bandeira preta do distanciamento controlado. Temos colegas que estão na linha frente, colocando a sua vida e a de seus familiares em risco dobrado pela sua atividade, e mais o perigo da contaminação. Situação gravíssima, desumana, sem o mínimo de sensibilidade, chegando à crueldade.
O pedido do Senergisul foi a prorrogação do acordo, possibilitando aos novos acionistas sentarem na mesa de negociação para conversar sobre o futuro. Na reunião de mediação, o vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), desembargador Francisco Rossal de Araújo, sugeriu uma prorrogação da vigência até o dia do leilão. Infelizmente, os representantes do governo do Estado, por meio da PGE, GAE e do diretor da CEEE Gustavo Balbino Dias da Costa, negaram essa possibilidade.
Questionamos se o governador Eduardo Leite tem conhecimento disso, levando-se em conta que não é interessante para ninguém o enfrentamento com uma greve dos eletricitários às vésperas de um leilão.
A sociedade gaúcha precisa saber do que está acontecendo e se apropriar da verdade dos fatos. Você sabia, por exemplo, que a Prefeitura de Pelotas é a maior devedora da CEEE? E que o valor já passa de R$ 195 milhões? É muito fácil falar na mídia em endividamento da CEEE, sem procurar os verdadeiros responsáveis e os seus motivos, para tentar justificar a privatização da empresa e enganar a população, que acabará pagando conta de luz mais cara para aumentar os lucros dos insaciáveis acionistas privados.
(*) Presidente do Sindicato dos Eletricitários do RS (Senergisul)
https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2021/03/gestao-da-ceee-ataca-direitos-dos-eletricitarios-em-plena-pandemia-por-ana-maria-spadari/
Zé Maria
Mais uma Sacanagem de Baciada
“LEITE (PSDB/RS) PASSA BOIADA
– Enquanto todo mundo se preocupa com a pandemia,
o gov tucano do RS anuncia a privatização da
Companhia Riograndense de Saneamento/Corsan,
hoje responsável pelo abastecimento de água e
tratamento de esgotos em 317 dos 497 municípios
gaúchos.
O @PT_RS diz NÃO!”
Elvino Bohn Gass
Líder da Bancada do PT
na Câmara dos Deputados
https://twitter.com/BohnGass/status/1372628037213302788
Zé Maria
“Eduardo Leite prometeu, na campanha eleitoral,
em alto e bom som, que não privatizaria Banrisul e Corsan.
Votos vieram, ele venceu o pleito, mas, nesta quinta (18),
ele atirou ao vento a promessa de garantir água e
saneamento públicos, bens essenciais a tod@s cidadãos.”
Deputado Estadual Valdeci Oliveira (PT=RS)
https://twitter.com/Valdeci13rs/status/1372628382089887757
Leite não compra vacina, mas
quer vender Corsan e Banrisul
Leia mais em
https://t.co/iJsRVwbdNe
https://twitter.com/PTSul/status/1372627702893703174
Zé Maria
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A CORSAN, além de ser uma Estatal
que presta Serviço Púbico Essencial,
é uma Empresa altamente Lucrativa.
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https://pbs.twimg.com/media/EwyF1o6WYAAGH70?format=jpg
“Durante a campanha eleitoral Eduardo Leite (PSDB/RS)
prometeu não vender a Corsan. O que faz no governo?
Anuncia PEC para acabar com obrigatoriedade
de Plebiscito para privatizar Empresas Públicas.
Não quer ouvir a população para descumprir
promessa de campanha sem incômodos!”
Pepe Vargas
Deputado Estadual (PT=RS)
https://twitter.com/SigaPepeVargas/status/1372619145213313024
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“O governador descumpre a palavra e gera uma grande
incerteza em centenas de municípios abastecidos pela Corsan.
Há exemplos no mundo todo que a privatização da água
é um grande erro.”
Luiz Fernando Mainardi
Deputado Estadual (PT=RS)
https://twitter.com/DepMainardi/status/1372588611275788289
Zé Maria
“No auge da pandemia, o Governo do RS, que já tentou vender CEEE
e foi barrado na justiça, anuncia privatização da @Corsan_Oficial, quebrando mais uma promessa de campanha.
A Corsan é uma das maiores empresas do Brasil!
A água é pública, chega de entregar o nosso patrimônio!”
Deputada Estadual Sofia Cavedon (PT=RS)
https://twitter.com/SofiaCavedonPT/status/1372590612210458630
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