Eloy Terena denuncia ao Conselho de Direitos Humanos da ONU o genocídio indígena no Brasil e pede a ajuda de Bachelet para detê-lo; vídeo
Tempo de leitura: < 1 minDa Redação com informações do Cimi
Começou na segunda passada (22/02) por videoconferência, a 46ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Ela irá até 23 de março.
Hoje, 1º de março, teve início a participação das organizações indígenas e indigenistas brasileiros.
O advogado Luiz Eloy Terena, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), foi um dos que já se manifestaram na sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, presidido por Michele Bachelet.
Eloy Terena denunciou a “política de extermínio indígena no Brasil”
E pediu, em nome da Apib, a ajuda de Bachelet “para deter o genocídio indígena no Brasil”.
No topo, o vídeo da fala de Eloy Terena. Abaixo, a transcrição
Madame Bachelet,
Apoie o VIOMUNDO
Meu nome é Luiz Eloy, sou indígena do povo Terena. Sou advogado da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.
Estou aqui para falar sobre a situação dos povos indígenas do Brasil neste contexto de pandemia Covid-19.
Vivemos um momento muito sério em nosso país. O atual governo brasileiro implementou uma política indigenista extremamente prejudicial aos povos indígenas.
Nossas comunidades estão sendo invadidas por madeireiros e garimpeiros.
O vírus está matando nossos idosos. Na semana passada, perdemos o último indígena Juma. Essas são culturas e línguas que nunca iremos recuperar.
Aqui no Brasil, temos informações de 114 grupos indígenas isolados e recentemente contatados que estão em perigo.
O governo brasileiro e seus agentes devem ser responsabilizados.
Estamos diante de uma política de extermínio indígena no Brasil.
Portanto, pedimos sua ajuda para deter o genocídio indígena no Brasil.
Obrigada
Luiz Eloy
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