Reportagem distribuída para o mundo descreve Brasil como “um laboratório a céu aberto” para a covid, com “devastação épica”

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução redes sociais

Da Redação

A mais importante agência de notícias do mundo, a Associated Press, fez um balanço da pandemia de covid 19 no Brasil.

Com 15 mil clientes, entre empresas de mídia e de outras áreas, a AP ajuda a formar opinião no planeta.

A reportagem é devastadora.

Ela reproduz mensagens do neurocientista Miguel Nicolelis disparadas pelo twitter, segundo as quais “o Brasil é agora o maior laboratório ao ar livre, onde é possível observar a dinâmica natural do coronavírus sem qualquer medida eficaz de contenção”.

“Todos vão testemunhar devastação épica”, previu.

O artigo descreve o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro e diz que, mesmo aprovando o auxílio emergencial, o ocupante do Planalto não teve como objetivo manter as pessoas em casa.

“O Brasil simplesmente não teve um plano de resposta. Um ano se passou e ainda não temos um plano claro, nacional”, disse aos autores o diretor do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, Miguel Lago.

“Não existe nenhum plano. E o mesmo se aplica à vacinação”, completou Lago.

O Brasil bateu o recorde de mortes de toda a pandemia nas últimas horas, com 1.582 óbitos, enquanto o presidente Bolsonaro usou sua tradicional live de quinta-feira no Facebook para alertar contra o uso de máscaras por crianças.

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Já houve ao menos duas quedas acentuadas de casos e mortes ao longo da pandemia, mas em seguida o país estacionou em números mais altos.

As ondas parecem acompanhar episódios em que a população se aglomerou, como as festas de fim de ano e o Carnaval, provavelmente empurradas pelo surgimentos de novas variantes que dão mais rapidez à disseminação do vírus e causam casos mais graves.

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Comentários

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Valdeci Elias

Fazer oque ? O Brasil pode ficar sem Ministro da Saúde, em plena pandemia. Más em hipótese nenhuma, sem Ministro da Economia. Afinal privatizar , reduzir pensões e salários, são coisa fundamentais. Já impedir um vírus de se propagar, ou fazer e comprar vacinas, são supérfluos.

roberto garcia

As vezes dá orgulho ver o pessoal dos hospitais enfrentando perigo de vida para tratar infetados pelo virus. Vem aquela sensação de que ainda há gente solidária e de que nem tudo está perdido. No momento seguinte vem as imagens do capitão, dizendo que ficar com medo do virus é coisa de maricas. Aqui entre nós, não sei quantos tinham morrido naquele dia. Hoje a contagem já bateu nos 254 mil. Nunca morreu tanta gente assim desde que Cabral bateu por estas bandas. Isso é gente, rica e pobre, educada e analfabeta, podia ser eu ou você. Seria legítimo o receio de que nós sejamos as próximas vítimas?
Ao mesmo tempo em que essas cifras são divulgadas vem também as notícias de grandes festas, com enormes aglomerações de gente nova e velha, sem máscara, bebendo e dançando, como se tudo estivesse normal. Do centro do poder vem os sinais de que não há perigo, essas precauções são um exagero, uma grande bobagem.
Na China e na Coréia do Sul, únicos países em que o fechamento a sério ocorreu, a situação já quase voltou a normal. Enquanto o PIB dos Estados Unidos, da Europa e do Brasil despencaram, naqueles dois países a economia cresceu.
Ninguém gosta de lockdown. Isso vai contra a natureza, especialmente de uma população tropical, acostumada a viver descontraída, de short e sandália havaiana. A resistência é natural. Complica mais quando se sabe que pouca gente tem economias nos bancos, na Caixa Econômica ou debaixo do colchão. Se não tem reserva e fica trancado em casa como vai comer amanhã?
É exatamente por causa disso que foi criado o auxílio de emergência. Numa hora dessas quem solta a grana é o governo. E quando o próprio governo não tem dinheiro? Imprime dinheiro, faz dívida. E quem vai pagar? É uma boa pergunta. Quando a crise passar, começamos a resolver.
Numa hora dessas só tem uma opção. Fazer dívida, ajudar a população a sobreviver. Por sorte, como tem pouca gente comprando a demanda diminui, os riscos de inflação caem. A taxa de juros cai, dívida fica barata.
Isso não é um problema só do Brasil. Todo mundo está nessa. Não vai ter ninguém apontando o dedo prá nós, dizendo que fomos irresponsáveis. O modelo dos conservadores, o governo dos Estados Unidos, fez mais dívida neste último ano do que nos dez anos anteriores, talvez até mais. Os europeus não ficam atrás. O FMI, o grande fiscal de todo mundo, autorizou a abertura das porteiras. Gastem agora para salvar o povo, é o recado oficial.
Obviamente, o sinal verde é para gasto legítimo. Comprar leite condensado a 80 reais a lata, lombo de bacalhau, filé mignon e uísque escocês para o exército ou lagosta para juiz e procurador não tem desculpa.
Num certo momento, em meados do ano passado, um terço da população mundial estava em casa. O número é grande principalmente por causa da China, que tem mais de um bilhão e meio de habitantes. De repente apareceram uns engraçadinhos dizendo que isso era prisão domiciliar. O vice-governador do Texas afirmou que há coisas mais importantes que a vida: economia deviam ter precedência. No começo deste mês o Texas estava no meio de uma desgraceira. Com mortes de covid e um desastre climático, a chamada tempestade perfeita.
Aqui os exemplos desse comportamento causariam riso se a situação nao fosse tão grave. O nosso santo pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus. Na semana passada, ele fez um culto com centenas de pessoas — sem máscara — no bairro do Boqueirão, em Curitiba, estado do Paraná. E olhe que em dezembro, dois meses atrás, um primo dele, o também pastor Daniel Malafaia, tinha morrido de covid em Campo Grande, Rio de Janeiro. Num comunicado, a igreja lamentou a morte do bispo. “O nosso querido Bispo Daniel Fonseca Malafaia descansa em paz. Partiu para eternidade com o Senhor. O Senhor o chamou para Sua presença. Logo soará a trombeta final da vitória, então veremos o nosso querido bispo, pastor, amigo e irmão, juntamente com os nossos entes queridos, que a mão cruel da morte arrebatou”. Não sei se é pra rir ou chorar.
Culpar só o capetão ou os bispos aqui da terrinha não seria justo. Eles são meros papagaios. Estão repetindo o que os patrões lá de cima fizeram. Trump disse que a pandemia ia acabar em abril passado. Receitou a mesma cloroquina que ainda é recomendada à boca pequena pelo aluno dele. O americano depois recomendou vermífugo e veneno de rato. Jair tem a quem imitar. Na Lombardia, uma das regiões mais ricas e sofisticadas da Itália, o mesmo negacionismo ocorreu. Matou muita gente, serviu para humilhar os que se achavam melhores que os demais.
Um livro que está para sair nos Estados Unidos, Fighting the First Wave, de Peter Baldwin, dá uma informação interessante. Afirma que, ao contrário do que se pensa, quando a população é bem orientada, não se recusa a tomar as medidas de precaução, nem mesmo o lockdown. O desastre acontece quando os líderes políticos confundem o povão. É o que Jair Messias não para de fazer, por mais advertências que receba.
No fundo, parece haver um bloco de pessoas que realmente não acredita no virus, na pandemia, na utilidade da máscara ou da vacina. É um fenômeno da extrema-direita: o Qanon americano, os vários movimentos conservadores na Europa, o PSL e os pastores aqui no Brasil. Para eles, ciência tem que ser vista com desconfiança, pode ser coisa de esquerdistas, talvez mesmo de comunistas. Por mais que os técnicos da Organização Mundial da Saúde advirtam, eles acham que essa mesma organização está controlada pelos chineses. Com base nisso foi que Donald Trump cortou toda a contribuição americana e, mais tarde, saiu dela. Agora Biden desfez o extremismo trumpiano.
A obsessão negacionista não é exclusividade americana. Um artigo de Benjamin Wallace-Wells na revista New Yorker desta semana lembra que sessenta por cento dos franceses se dizem relutantes em tomar a vacina. Pior teria sido a atitude de um país geralmente considerado esclarecido, a Suécia. O epidemiologista-chefe daquele país chegou afirmar que ele estava certo e o resto do mundo errado. Não quis tomar qualquer providência. As mortes dispararam e depois ele se arrependeu. Mas as vítimas já estavam enterradas.
Na raiz de tudo isso parece haver uma profunda ignorância. As histórias das pandemias anteriores pareciam irrelevantes para os moderninhos de hoje. Não faltam epidemiologistas, e infectologistas por quase toda parte. O que falta é crença na ciência.
Ela parece servir para produzir bombas, foguetes, internet e telefone celular. Biologia é tratada com desconfiança. Não devia ser. Se nada for feito, isso ainda vai causar muito estrago.

Bernardo Rosa

Como se pode notar facilmente o Bozo não tá nem aí pra ninguém.
Médicos votaram nele em peso e agora colhem os frutos.
Não há o que fazer. O Bozo é mais ou menos igual aquele presidente da Iuguslavia dos anos 90.
Slobodan Milošević – BRASILEIRO. Foda-se o povo para o Bozo e quem morreu ou morrerá de covid. Ele não tá nem aí e nem ninguém na justiça peita ele.
O povo brasileiro infelizmente deitou no berço esplendido. Acho que não levanta mais não.

Zé Maria

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https://pbs.twimg.com/media/EvHwq_7XMAI24Lw?format=jpg

O vice de [Melo] escreveu isso aí.
Ele se elegeu dizendo que não iria fechar atividades econômicas.
São negacionistas.
Entregar a vida pela economia é a síntese do que eles pensam.”
Kaiser
Cartunista Gaúcho
https://twitter.com/blogdokayser/status/1365137429297065986
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Lockdown só durante a Madrugada …
Que Preconceito contra os Boêmios …

https://pbs.twimg.com/media/EvFUp2VXIA8otRF?format=jpg
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1365429470757347328

Zé Maria

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Sebastião Melo, Um Prefeito Assustadoramente Brando

Ser firme agora não significa ser agressivo,
pelo contrário, significa ser piedoso:
são medidas enérgicas [de isolamento]
que farão pessoas parar de morrer

[…]
Sebastião Melo, [Prefeito de Porto Alegre,] ao comunicar novas restrições
ontem à tarde – antes de [o Governador do RS] Eduardo Leite anunciar
o fim da cogestão -, foi assustadoramente brando.

Sei que Melo é um homem ponderado, avesso a radicalismos,
mas ser firme agora não significa ser agressivo, pelo contrário,
significa ser piedoso: só medidas enérgicas podem fazer pessoas
parar de morrer.
Na live transmitida pelo Facebook, um trecho em particular
me chamou a atenção.
O prefeito dizia que alguns parques da cidade só seriam fechados
se as aglomerações continuassem.

– Queremos fazer um apelo à população que não ocupe esses locais.
Não vamos, em um primeiro momento, fechar a Orla.

Como assim “em um primeiro momento”?
A situação é catastrófica, já tem gente morrendo por falta de atendimento,
só em Porto Alegre havia ontem 113 pessoas aguardando leitos de UTI,
os médicos já fazem ordem de prioridade para entubar pacientes,
estamos experimentando o horror da Itália, da Espanha, de Manaus,
então que história é essa de “primeiro momento”?

E a ideia de “fazer um apelo à população” até pode ser legal,
mas estamos há um ano fazendo apelos à população
– que às vezes colaborou, às vezes não.

Agora, deu: se é para fechar os parques, que feche imediatamente.
[…]
Quer dizer: fechar parques e manter shoppings abertos pode ser
um estímulo à transmissão do vírus. Mas Melo já disse que faria
de tudo para preservar o comércio aberto …
Abrir mais leitos, como defendeu ontem, é enxugar gelo:
nunca serão abertos leitos suficientes, nem na velocidade necessária,
enquanto a demanda for desgovernada – sem falar que faltam equipamentos
e profissionais para essa ampliação …

https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/paulo-germano/noticia/2021/02/sebastiao-melo-um-prefeito-assustadoramente-brando-cklljt6zm007e015qllkb1gvx.html

Zé Maria

https://pbs.twimg.com/media/EvHIo41WgAMqAg3?format=jpg
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COVID-19
Brasil
ÓBITOS

2020
09/05 = 10.000
21/05 = 20.000
01/06 = 30.000
11/06 = 40.000
20/06 = 50.000
01/07 = 60.000
10/07 = 70.000
20/07 = 80.000
29/07 = 90.000
08/08 = 100.000
18/08 = 110.000
29/08 = 120.000
11/09 = 130.000
25/09 = 140.000
10/10 = 150.000
01/11 = 160.000
24/11 = 170.000
11/12 = 180.000
23/12 = 190.000

2021
07/01 = 200.000
18/01 = 210.000
27/01 = 220.000
05/02 = 230.000
16/02 = 240.000
24/02 = 250.000
.
(https://www.worldometers.info/coronavirus/country/brazil)
https://www.worldometers.info/coronavirus/#countries
.

Mancini

Genocídio em massa e vergonha mundial!!! https://refazenda2010.blogspot.com/

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