Thais Ferreira: 47% das gestantes com sintomas de covid tiveram partos prematuros
Tempo de leitura: 2 minPESSOAS GESTANTES OU LACTANTES PRECISAM SER INCLUÍDAS COMO UM GRUPO COM VULNERABILIDADE PARA COVID-19
Por Thais Ferreira*
Nesta quarta-feira (10), eu levei ao secretário municipal de saúde do Rio de Janeiro um ofício pedindo que a prefeitura inclua em seus protocolos que pessoas grávidas ou em período de amamentação são grupos de extrema vulnerabilidade para Covid-19.
A classificação foi criada pela própria secretaria para considerar medidas sobre os riscos mais específicos de alguns segmentos, como de pessoas com mais de 60 anos, que precisam de ainda mais blindagem para doença.
Eu fiz isto porque, entre outros motivos, um artigo publicado pela Sociedade Internacional de Ultrassonografia em Obstetrícia e Ginecologia apontou que 47% das gestantes que tiveram sintomas de Covid-19 tiveram partos pré-maturos, em sua maioria 36 semanas após a gestação.
E porque boa parte desses partos se deu em razão da existência de sofrimento fetal. O que revela a necessidade de monitorar essas gestantes, e não apenas no período pré-natal.
Outras recomendações específicas sobre a condição das pessoas grávidas e com bebês recém-nascidos constam da Nota Técnica 7/2020 do Ministério da Saúde e da Nota Técnica 01/2021 do Ministério Público do Trabalho.
Ambas recomendam fortemente o trabalho remoto para este segmento.
Por isso, os gestores em saúde de municípios, estados e da União que ainda não adequaram seus planos de flexibilização do isolamento social às recomendações sobre gestantes e lactantes precisam fazer isso com urgência.
Ninguém gostaria de se ver na situação de, em um período delicado como o da gravidez, ainda ter que lidar com medo de adoecer fisicamente, ter um parto de risco ou até lidar com danos na saúde mental em função da obrigação de trabalhar em ambientes que não são, em muito casos, sequer adaptados do ponto de vista sanitário para evitar aglomerações.
Neste ponto não pode haver polêmica entre nós. Simplesmente não podemos, muito menos por causa de “pressa em voltar ao normal”, em uma atitude irresponsável, tomar medidas genéricas que colocam em risco para Covid-19 grupos em situação específica, como é o caso das pessoas gestantes ou lactantes.
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*Thais Ferreira é mãe e vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL
Comentários
Zé Maria
Sabe-se lá se no Grande Campo de Concentração chamado braZil,
do Trabalho Escravo, o desgoverno de Bolsonaro/Guedes/Mourão,
além do Extermínio de Negros, Indígenas e Idosos, adotou, como
Política de Controle Populacional, a Contaminação das Gestantes.
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