Julian Rodrigues: Não há milagre ou atalho, muito menos aliança salvadora com a direita liberal
Tempo de leitura: < 1 minDecálogo conjuntural (por uma mirada mais estratégica)
Por Julian Rodrigues*, especial para o Viomundo
1. Bolsonaro, neofascista, apoiado pelos neoliberais, vai como favorito ao segundo turno em 2022. A disputa é pela segunda vaga.
2. Doria se enfraqueceu muito. Junto com as pretensões de alguns e as ilusões de outros sobre a tal “frente ampla”.
3. Melhor cenário para esquerda é Lula x Bolsonaro. Luta de classes e polarização real, político-ideológica. #AnulaSTF
4. Talvez nem Lula consiga derrotar Bolsonaro num segundo turno. Outros candidatos progressistas tendem a ter mais dificuldades para ir ao segundo turno.
5. Bolsonaro impulsiona um movimento neofascio. Internacional. Não é um governo “normal”.
6. Dificilmente o pesadelo vai acabar logo, logo. “Não se apresse não, que nada é pra já”, sigam Chico.
7. Preparemo-nos para um trabalho de curto, médio e longo prazo. Um novo ciclo começou em 2016. Derrotar a extrema direita pós golpe não é algo fácil.
8. Respire fundo. Espinha ereta, mente quieta, coração tranquilo. Tudo tende a piorar muito, antes de melhorar. Pode haver o nosso senhor imponderável? Pode. Mas estaremos preparadas para ele?
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9. “GIRO ESTRATÉGICO” não é palavra de ordem vazia, pretensiosa. É preciso começar a redirecionar esse Titanic chamado PT (e também a maioria da esquerda brazuca).
Batemos o canto no iceberg, mas os danos não são suficientes (ainda) para afundar o navio. Dá tempo de ajeitar.
10. Por último: não há milagre, nem atalho. Muito menos aliança salvadora, em “festa estranha com gente esquisita”. Confiemos em nossas próprias forças.
Ou seja, priorizar a mobilização social, a luta político-ideológica e a construção se uma Frente de Esquerda.
3/02/2021
*Julian Rodrigues, professor e jornalista é militante do PT-SP.
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