Enquanto líderes mundiais se vacinam na frente das câmeras, Bolsonaro impõe 100 anos de sigilo ao seu cartão de vacinação

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

Na tarde desta sexta-feira, 08-01, Débora Diniz tuitou:

Bingo.

Debora Diniz é antropóloga, professora de Direito da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora. É autora de estudos sobre bioética, feminismo, direitos humanos e saúde.

Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que diz que não tomará vacina contra a covi-19 (apesar de o Brasil já ter mais de 200 mil mortes pelo novo coronavírus), líderes mundiais estão se vacinando nas frentes das câmeras.

O primeiro foi o republicano Mike Pence, 61 anos, que está deixando a vice-presidência dos Estados Unidos. A sua sua esposa, Karen Pence, também foi imunizada.

Os democratas Joe Biden, 78 anos, e Kamala Harris, 56, eleitos presidente e vice-presidente dos EUA, também se vacinaram. Os dois televisionaram o momento para incentivar os americanos a se imunizar.

Do outro lado do mundo, Benjamin Netanyanhu, primeiro-ministro de Israel, também se vacinou contra a covid.

Na Inglaterra, a rainha Elizabeth II, 94 anos, e o seu marido, o príncipe Phillip, 99,  também serão vacinados publicamente para incentivar a vacinação.

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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 61, é de centro-esquerda e também confirmou que vai receber o imunizante. “Para acabar com todas as dúvidas, assim que a vacina estiver aqui, o primeiro a se vacinar serei eu”, disse.

O mesmo prometem fazer o presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 61,  e o da Rússia, Vladimir Putin, de 68.

Alguns ex-presidentes americanos confirmaram que serão vacinados.

Os democratas Barack Obama, 59 anos, Bill Clinton, 74, e o republicano George W. Bush, também de 74 anos, já se ofereceram e também devem tomar a vacina em frente às câmeras.

Enquanto isso, no Brasil, o Palácio do Planalto decretou sigilo de até 100  anos ao cartão de vacinação de Jair Bolsonaro.

A revelação foi publicada na coluna de Guilherme Amado, na revista Época. A matéria é de Eduardo Barretto:

Em resposta a um pedido da coluna por meio da Lei de Acesso à Informação, a Presidência afirmou que os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do presidente, e impôs um sigilo de até cem anos ao material.

Bolsonaro já atacou diversas vezes as vacinas contra a Covid-19.

Em uma delas, afirmou:

“Lá no contrato da Pfizer, está bem claro: ‘Nós não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um chimpan…, um jacaré, é problema seu”.

Algumas reações no twitter aos 100 anos de sigilo imposto pelo governo federal ao cartão de vacinação de Bolsonaro.

Paulo Pimenta @DeputadoFederal: “Depois de dizer que não tomará vacina, agora ele pede sigilo do cartão da mesma. Bolsonaro é o DNA da mentira”. 

Deputada Maria do Rosário @mariadorosario: “Bolsonaro decreta 100 anos de sigilo sobre sua vacinação. Ou seja, enquanto faz campanha contra a vacinação e impede a vacina de chegar aos brasileiros/as, é possível que ELE e a FAMÍLIA, já estejam até vacinados!!!? Trata seus seguidores pior q gado. Gado, eles vacinam!” 

Márcia Denser@mdenser: A MENTIRA DO GENOCIDA SOB SIGILO! 

Professor Glauco Silva@GlaucoS41843642: Inflação do mais pobres chega a 6,3%. Mas a preocupação do Governo Federal é proibir a divulgação da carteira de vacinação do Bolsonaro. Cada dia é um absurdo diferente!

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Comentários

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Simone Lins

Militares do exercito alardeam que a Aman é uma escola de excelência, mas será que é mesmo ?
Olha o Bozo.
Não sabe fazer nada no mundo civil.
Faz tudo mal feito.
Fica claro que é uma escola de guerra e nada mais, pois vemos um monte de militar trabalhando em vários órgãos e cargos em Brasília, porém deram uma carterada, não entraram por concurso.
Sendo amigo e parente fica difícil acreditar em méritos próprios.
Ruiu o discurso maçante, enfadonho e 171 da meritocracia.
Meritocracia é uma falácia. Mentira mesmo.

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