Onde passarão o Natal os mais de 10 mil palestinos que tiveram as casas destruídas por Israel nos últimos anos?

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Fotos: Fepal

Onde passarão o Natal os mais de 10 mil palestinos que tiveram suas casas destruídas nos últimos anos?

Por Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal)

Não há nada mais importante no Natal do que estar com a família.

Este é o momento em que deixamos de lado as diferenças para celebrar o amor que nos une. Neste ano talvez não seja possível reunir todos numa só casa devido à pandemia.

Na Palestina, onde nasceu Jesus Cristo, milhares de famílias sequer terão um lar para o Natal, porque Israel destruiu suas casas.

De 2006 a novembro de 2020, Israel demoliu ao menos 2.758 casas palestinas na Cisjordânia e em Jerusalém para avançar com seus assentamentos ilegais, deixando 10.809 palestinos sem teto, sendo 5.534 menores de idade.

Além disso, de 2012 a 2020, 2.378 galpões, depósitos, empresas e edifícios públicos também foram destruídas.

Que neste Natal lembremos da anunciação de Cristo que, segundo a tradição cristã, foi ungido para pregar boas novas aos pobres e libertar os oprimidos (Lucas 4:18).

Lembremos de quem sofre hoje na Terra Santa e no mundo. Lembremos das famílias palestinas.

#Palestina #Natal #Jesus

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Foto: Fepal

O que pensaria Cristo ao circular hoje pelas ruas de Jerusalém?

Por Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal)

Jerusalém é conhecida por ser local sagrado para as três principais religiões monoteístas.

A cidade é um dos destinos turísticos mais procurados pelos cristãos do mundo todo, inclusive do Brasil, pois são inúmeras as passagens da vida de Cristo nela.

Em seu martírio com a cruz, Jesus atravessou as ruas de Jerusalém, muitas delas ainda preservadas. Ele foi crucificado, sepultado e subiu aos céus na cidade – do exato ponto, segundo a tradição, onde foi erigida a Igreja do Santo Sepulcro.

É um lugar cheio de história e de significados, belíssimo, mas, infelizmente, é também uma das evidências mais claras do regime de apartheid imposto por Israel aos palestinos.

Cerca de 40% da população de Jerusalém é palestina, mas o orçamento municipal dedicado a ela é de apenas 10%. Esses moradores têm de conviver com apagões, escassez de água e de alimentos, além do acúmulo de lixo nas ruas devido à falta de coleta.

O plano israelense de “judaização” da cidade, denunciado inúmeras vezes, é baseado nesta premissa: é preciso tornar insuportável a vida dos palestinos até que eles decidam migrar.

E é o que acaba acontecendo muitas vezes.

A parte leste da cidade – reconhecida como palestina pela comunidade internacional – foi ocupada por Israel em 1967.

Desde então, os moradores têm o seu direito de ir e vir cerceados por postos de controle e pelo exército nas ruas.

São abertamente marginalizados e perseguidos. Cidadãos de segunda classe. Para terem direitos plenos, são obrigados a renunciar sua nacionalidade e jurar fidelidade a Israel.

O que será que Cristo pensaria ao circular pelas ruas da Velha Cidade nos dias de hoje?

De que forma os sacerdotes do templo que o condenaram à morte e os soldados do poderoso Império Romano, que o conduziram ao Calvário a chicotadas e pontapés, se diferenciam das “forças de segurança” da potência ocupante na atualidade?

Até quando Jerusalém e os palestinos terão de suportar tanta violência e injustiça?

#Palestina #Natal #Jesus #Jerusalém

Fotos: Fepal

Feliz Natal. Vida, resistência e libertação

Por Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal)

O Natal é sempre uma oportunidade para reflexão, seja por seu significado religioso, seja por anunciar o encerramento de mais um ciclo.

É uma época propícia para arejar coração a mente, para desacelerar, rever condutas e projetar o futuro que queremos para nós e para o mundo. O Natal nos convida a sonhar, a idealizar.

Depois de um ano tão difícil, no mundo inteiro, todos queremos um pouco de paz.

Valorizemos, portanto, a vida que segue apesar de todas as dificuldades. Bastam as simples presenças de nossas famílias e amigos, de todos aqueles que amamos e queremos bem.

Mas lembremos também daqueles que se foram, em especial as vítimas deste vírus terrível ou de todo e qualquer sistema de opressão.

Lembremos de Beto Freitas e George Floyd, mas também de Ali Abu Alaya, menino palestino morto pelo exército de Israel no dia de seu aniversário de 15 anos.

Assim como neste nosso Brasil de tantas desigualdades, com tantas pessoas oprimidas e marginalizadas, na Palestina, a vida segue. Teimosa. Insistente.

Em Belém, cidade natal de Jesus Cristo, as famílias se reunirão para celebrar o amor que as une.

Crianças estarão ansiosas pelos seus presentes e irão às ruas para brincar com seus amigos.

A vida segue, entre tristezas e alegrias, e enquanto houver vida, haverá resistência.

Haverá gente para se levantar contra as injustiças e os projetos de dominação.

Gente para lutar contra o ódio, o preconceito e a violência. Haverá, como Cristo ensinou à humanidade, possibilidade de redenção.

Um Natal iluminado a todos e um 2021 de muita saúde e amor!

E que a Palestina, enfim, possa encontrar o seu caminho para a libertação.

#Palestina #Natal #Jesus #Cristão

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Comentários

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Nelson

Já faz mais de 70 anos que “a única democracia do Oriente Médio” fincou o coturno no pescoço do povo palestino e não mais retirou.

E os países ricos, ditos modernos, democráticos e respeitadores dos direitos humanos que a toda hora veem injustiças, e se mostram profundamente indignados com elas, no Iran, na Rússia, na Coreia do Norte, na Venezuela, em Cuba vêm, durante todas estas décadas, apoiando canina e convictamente essa “democracia” comandada por assassinos.

Há uma profusão de fatos a escancarar o grande apodrecimento da sociedade ocidental. Em meio a tantos, a colonização assassina da Palestina pelos sionistas é, possivelmente, o mais contundente.

a.ali

PALESTINA, LIVRE!

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