Paulo Pimenta: Neste domingo, a verdade e a esperança têm a chance de retornar às urnas

Tempo de leitura: 4 min
As chapas Manuela D’Ávila (PCdoB) e Miguel Rossetto (PT), em Porto Alegre, e Benedita da Silva (PT) e enfermeira Rejane (PCdoB), no Rio de Janeiro, acenam com novo ciclo promissor. Fotos: Divulgação dos mandatos

A verdade e a esperança têm a oportunidade de retornar às urnas em 2020

Por Paulo Pimenta*

Um observador tarimbado das disputas eleitorais no Brasil desde 1989 concluiu com precisão e ironia: o Brasil conta com dois grandes partidos nacionais – o PT e a Rede Globo de Televisão.

Diante do terremoto de 2018, que demoliu as estruturas partidárias convencionais do conservadorismo e, com elas, as opções eleitorais da direita que submergiram sob a onda do neofascismo liderado pelo ex-capitão, é preciso incluir uma terceira força: o bolsonarismo.

Não se trata de um partido. Como ensina a história do fascismo na Itália dos anos 20, o bolsonarismo poderia ser melhor definido como um “movimento” para alcançar o poder. É só observar o que foi feito do PSL, a sigla que Bolsonaro utilizou para eleger-se.

Cultura do ódio

O tempo e o desgaste de governar um país, sem projeto definido que não seja a demolição do Estado anterior, assentado sobre a Constituição de 1988, vão modificando seu perfil inaugural: vai-se convertendo numa “cultura” que se dissemina na sociedade.

Uma cultura do ódio, da morte, do negacionismo da maior crise sanitária da história do País, do combate à ciência, do elogio à ignorância, da renúncia a qualquer veleidade de soberania nacional, da aceitação como fatalidade da condição de colônia.

Em seu combate permanente ao Partido dos Trabalhadores, sempre tratado como inimigo a ser aniquilado, a emissora da família Marinho exibiu no seu programa de maior audiência do domingo, o “Fantástico”, uma reportagem sobre a crise econômica no Brasil.

Naturalmente para atribuí-la ao partido concorrente, o PT. Em particular à ex-presidenta Dilma, para responsabilizá-la pelo aumento da desigualdade social!

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Rede de mentiras

Habituada a martelar o que elege como do seu interesse até fazer dele uma verdade, aos olhos dos seus telespectadores, a Rede Globo de Televisão trabalha uma estratégia de apagar da história do Brasil todos os inquestionáveis avanços democráticos e sociais alcançados durante o período de 2003 a 2016, amplamente reconhecidos pelos organismos internacionais.

A ex-presidenta Dilma Rousseff veio a público com uma nota para expressar sua legítima indignação:

“Atribuir, como nas primeiras frases da reportagem, a atual crise por que passa o Brasil a fatos ocorridos em 2015 e 2016 é uma manipulação da História. O Fantástico (…) omite cinco anos de governos Temer e Bolsonaro, em que o Executivo se dedicou a boicotar o crescimento do Brasil, a dilapidar o patrimônio da Nação e a eliminar os direitos dos trabalhadores, do que são exemplo a emenda constitucional do teto de gastos, as reformas trabalhista e previdenciária. São cinco anos de escolhas políticas, todas apoiadas pela Rede Globo, cujo principal resultado foi a volta da fome e a ampliação da pobreza e da desigualdade no Brasil”.

Apagar a memória

No seu combate ideológico ao Partido dos Trabalhadores, a Rede Globo teve sua noite de Trump: se empenhou em brigar com os números. Talvez para cumprir a máxima do Dr. Roberto Marinho “a Globo não é a Globo pelo que informa, mas pelo que deixa de informar”.

“Os telespectadores mereciam saber, por exemplo, que a economia brasileira está hoje em 12º posição no mundo, e caindo. Deveriam ser informados ainda que durante o meu governo estivemos sempre entre as oito maiores economias do mundo”, acrescenta Dilma.

“Toda a imprensa noticiou que a insegurança alimentar grave havia recuado de 8,2% da população em 2004 para 5,8% em 2009, segunda pesquisa do IBGE. Em 2013 a proporção havia cedido para 3,6%. A melhora tirou o Brasil do Mapa Mundial da Fome em 2014, segundo relatório global divulgado à época pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO)” diz a nota da ex-presidenta Dilma.

Brasil no Mapa da Fome

Hoje, depois do golpe que violou a Constituição e depôs uma presidenta eleita e de cinco anos de governo Temer-Bolsonaro, o Brasil volta ao mapa da fome.

O hábito impune de recorrer à manipulação sistemática levou a Globo a silenciar de maneira maliciosa na reportagem do “Fantástico” do último domingo “(…) sobre a desastrosa política econômica de Paulo Guedes, a criminosa omissão do governo Bolsonaro diante da Covid-19, que transformou o Brasil no segundo país com maior número de mortes. Silenciou ainda sobre a inanição das políticas sociais e de saúde, silenciou sobre a política de abastecimento de alimentos do país, silenciou sobre o acesso à habitação. Enfim, calou-se sobre o aspecto multidimensional do combate à miséria e à pobreza”, denuncia a nota.

Neste período prévio às eleições municipais assistimos a uma movimentação cercada de cuidados e de alguma ansiedade por parte do oligopólio de comunicação da família Marinho, que se atribui o papel de Partido orgânico da plutocracia brasileira.

Candidatos da Globo

Fustigado pelo governo de extrema-direita que ajudou a eleger, ensaia tratativas nos últimos meses para alinhavar hipóteses que unifiquem a direita para o pleito de 2022: Moro-Luciano Huck? Huck-Moro? Quem será a cabeça de chapa dessa dupla? Onde se encaixam as pretensões de João Dória?

Com o centro político institucional ocupado pelo “centrão”, isto é, pela direita parlamentar fisiológica que hoje organiza a sustentação do governo de extrema-direita, a Globo vai polindo o discurso do “não aos extremos…” para oferecer à sociedade um discurso que agregue a base eleitoral necessária para a continuidade do programa da extrema-direita…

O exercício de apagar da memória do País os avanços econômicos, sociais, políticos e culturais alcançados no período dos governos democráticos e populares liderados pelo Partido dos Trabalhadores, durante os mandatos de Lula e Dilma é parte constitutiva dessa estratégia de interdição das esquerdas no debate das alternativas de desenvolvimento do Brasil.

Em defesa da vida

Mas temos avançado a partir dos esforços em direção à unificação das esquerdas brasileiras, o que acena para um novo ciclo promissor a partir da chapa de Manuela D’Ávila (PCdoB) e Miguel Rossetto (PT) em Porto Alegre e com Benedita da Silva (PT) e sua, a Enfermeira Rejane (PCdoB), contando com o apoio destacado de Jandira Feghali (PCdoB), no Rio de Janeiro.

As frentes eleitorais, inseparáveis das disputas políticas, são necessárias, mas a verdadeira unidade deve se dar nos movimentos sociais e populares, no tecido vivo de cada território, ofertando para as populações um projeto mais generoso de defesa plena da vida.

O debate programático em defesa da reconstrução e transformação do Brasil deve se aproximar dos desafios mais sentidos pelas classes trabalhadoras, filhas da crise imposta pelo neoliberalismo ao Brasil, mas ao mesmo tempo portadoras da esperança de superá-la com reconquistas democráticas, como assistimos nos processos em curso no Chile e na Bolívia.

Só esta profunda unidade com o povo trabalhador poderá desencadear um ciclo de resistência democrática no país.

Diante deste cenário desafiador, participamos ativamente da disputa e da construção deste novo perfil de país que emergirá das eleições municipais de 15 de novembro de 2020.

Com certeza, os resultados serão bem diferentes de 2016, pois teremos uma multiplicidade de estrelas ocupando os Executivos e os parlamentos municipais, fazendo com que a esperança volte a ter presença nos corações e lares brasileiros!

Afinal, na hora do vamos ver, quem defende você é o PT!

 *Paulo Pimenta é deputado federal (PT-RS)

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Zé Maria

PEPE VARGAS (PT=RS) É FAVORITO
À PREFEITURA DE CAXIAS DO SUL

Conheça mais sobre a vida de Pepe Vargas (13),
candidato a Prefeito de Caxias do Sul – RS

Uma estante cheia de livros diante de um menino de quatro anos pode parecer-se mais com uma muralha do que um oásis. Mas quando esse menino enxerga seus pais e irmãos retirando livros dessa estante, permanecendo horas a folhear e folhear, passa a desejar viver a mesma experiência. Esse foi o despertar da vida para Pepe Vargas, candidato do PT à prefeitura de Caxias do Sul.

Pepe revela que, se os olhos são a janela da alma, os livros se tornaram para ele um portal de acesso ao mundo, que revelam desde as sutilezas poéticas às asperezas da vida real. Décadas antes de se projetar à política, Pepe diz que foi despertado a combater as desigualdades sociais por conta de um livro.

— Quando eu aprendi a ler, eu comecei a ler tudo o que anteriormente as minhas irmãs liam pra mim. Sou um cara que desde cedo li muito e precocemente — explica Pepe, 61 anos, médico, nascido em Nova Petrópolis, casado com Ana Corso e pai da Isadora, 31, e da Gabriela, 25.

Pepe chega a se acomodar melhor na cadeira para falar do livro que foi determinante para a sua jornada de vida.

— Eu tinha uns nove ou 10 anos, quando li um livro de um cara chamado Albert Schweitzer, ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz. Era músico, luterano protestante, resolveu estudar medicina e foi trabalhar na África para cuidar das pessoas. Esse livro foi determinante para que eu fizesse medicina — revela Pepe.

O livro chama-se Entre a água e a selva: Narrativas e Reflexões de um Médico nas Selvas da África Equatorial. Agraciado com o Nobel da Paz em 1952, como reconhecimento ao seu trabalho humanitário, Schweitzer relata nessa obra os primeiros anos como médico e missionário em Lambaréné, cidade do atual Gabão.

—Na época, ainda uma criança, me chamou a atenção ver esse médico, com visão social, se doando para cuidar das pessoas. Na minha adolescência, depois de ter lido outros livros, passei a compreender que não bastava querer ajudar as pessoas só com o teu esforço pessoal. Óbvio que ele fez um esforço pessoal fantástico. Mas as péssimas condições sociais que as pessoas viviam eram determinadas por fatores econômicos e políticos. Então, percebi que se não fizermos uma mudança econômica e política não mudaremos a condição social.

Pepe conta que ficou interessado em “Entre a água e a selva”, porque viu os pais lendo a obra. Mauro Diniz de Vargas, técnico em contabilidade, e Carmem Spier Vargas, professora.

— Meu pai lia muito, mas lá em casa, minha mãe, até o fim da vida, foi uma leitora ávida e voraz — recorda.

FAMÍLIA À ESQUERDA

Pepe encontrou em casa um ambiente favorável não apenas para ler a vida do mundo, por meio da literatura, mas também tentar entender a vida como ela é, em conversas e posicionamentos políticos.

— O pai e a mãe eram duas pessoas que tinham uma cultura oposicionista
à ditadura militar.
Eles foram históricos eleitores do antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), getulistas e brizolistas.
Por isso, quando deram o golpe militar, meus pais foram contra — lembra Pepe,
que em 1964 tinha cinco anos.

VISÃO DE MUNDO

Na entrevista com Pepe, que durou cerca de 40min, há uma semana da eleição 2020, é indissociável separar o médico do político.
Ele mesmo reconhece que, apesar dos diferentes momentos históricos
que separam o jovem do sessentão, há um elo que permanece, o Humanismo.

— Agora vivemos uma conjuntura diferente, um momento histórico diferente.
Naquela época, ainda vivíamos sob a ditadura, estávamos lutando para
reconquistar a Democracia.
A juventude daquele período era mais engajada na luta democrática.
Hoje é um momento diferente, não tem como traçar paralelos — reconhece.

Ao mesmo tempo, complementa dizendo que os valores daquele tempo
permanecem enraizados.

— Nossos valores continuam a ser os mesmos.
Os valores da Justiça Social, da Democracia, da Igualdade de Oportunidades
para todos e todas, da Pluralidade, do Reconhecimento da Diversidade existente
na Sociedade e da Solidariedade — enfatiza.

DEFESA DA VIDA

Por mais de um momento, Pepe trouxe à luz do debate a relação entre participação popular em confronto com a ideia do individualismo. E, foi além, conectando a visão de mercado, sobretudo em concepções neoliberal, como sendo contrária à vida.

— Não tenho dúvida de que, no médio e longo prazo, os valores de justiça social serão vitoriosos. Porque são valores que defendem a vida. Os contrários, que defendem o mercado, não defendem a vida. Não que o mercado e a iniciativa privada não sejam importantes, mas o altar dos deuses não pode ser o mercado. O altar dos deuses tem de ser a vida — defende.

DIVERSIDADE E IGUALDADE

Na mesma linha argumentativa, Pepe discorreu sobre um tema que, na sua visão, nem sempre é tratado com a profundidade que merece.

— O tema da igualdade não quer dizer que todo mundo seja igual. A sociedade é diversa e plural. A diversidade e a pluralidade têm de ser garantidas. Mas tem de haver igualdade de oportunidades. Na pandemia ficou evidente a desigualdade de oportunidades. Porque a criança e o adolescente que têm uma boa conexão com a internet e equipamentos adequados, podem fazer educação à distancia mais adequada do que a criança ou adolescente que não tinha isso — observa.

E complementa:

— Não pode se pode achar que o mercado resolve tudo. Esse discurso resolve gerando desigualdades. A iniciativa privada é importante, claro que é. Mas, se não tiver o poder público, que possa reduzir as assimetrias e diferenças, que use o orçamento público para fazer com que as desigualdades diminuam então temos de voltar às cavernas, onde o mais forte sobrevivia — questiona.

CARREIRA POLÍTICA

Desde a primeira eleição a que Pepe participou, em 1986, concorrendo a deputado federal, no período de gestação da Constituição Federal, já se passaram 34 anos. Nesse meio tempo, Pepe foi vereador (1989-1993), deputado estadual (1995-1996), o primeiro prefeito reeleito da história de Caxias (1997-2005), ministro do governo Dilma Rousseff (2011-2016), em três pastas distintas, e atualmente em novo mandato na Assembleia Legislativa do estado.

— Por que, depois de tanto tempo, voltar à Caxias para concorrer à prefeitura? — pergunto.

— O que eu mais escuto, ainda hoje, é que ficou o legado na cidade da participação popular e da saúde. A nossa ideia é a de que coletivamente se discutem as prioridades. A prefeitura pode fazer muita coisa, mas não pode fazer tudo. Por isso, as pessoas têm de nos ajudar a estabelecer as prioridades.

http://pioneiro.clicrbs.com.br/rs/politica/noticia/2020/11/conheca-mais-sobre-a-vida-de-pepe-vargas-candidato-a-prefeito-de-caxias-do-sul-14238169.html

Zé Maria

“As Definições de Voto na Esquerda
Foram Atualizadas Corretamente”.
Em 15 de Novembro de 2020 (dC).

Sandra Rezende

00:19 Acabou! Agora é torcer!

Zé Maria

Manifesto aberto em solidariedade
a Manuela D’Ávila [65] e pelo fim da violência
política contra as mulheres

https://www.sul21.com.br/opiniaopublica/2020/11/manifesto-aberto-em-solidariedade-a-manuela-davila-e-pelo-fim-da-violencia-politica-contra-as-mulheres/

Sandra

Na sessão de 12 de junho de 2019, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou a concessão da Medalha Tiradentes, maior homenagem do legislativo fluminense, por 26 votos a favor, 6 contrários, e 5 abstenções a Sérgio Moro.

Entre os que votaram a favor, a deputada estadual Martha Rocha, do PDT.

https://www.pagina13.org.br/martha-rocha-homenageou-moro/

Zé Maria

“Os ataques vis e violentos à amiga @ManuelaDavila
mostram no que transformaram a política brasileira.
Mas a Decência e a Verdade vencerão.
Domingo, é 65.”
https://twitter.com/FlavioDino/status/1327219958351339520

Zé Maria

https://twitter.com/i/status/1327119470943473665

Gabinete do Ódio
Em São Paulo?

“Aqui não, Russomanno!”
#ViraSP50 #Boulos50

“Eu tenho muito Orgulho de
andar com Sem-Teto, com Sem-Terra,
eu só não ando com Sem-Vergonha
igual a você”

GUILHERME BOULOS 50
Em Resposta a Russomano
No Debate da TV Cultura

https://twitter.com/GuilhermeBoulos/status/1327119470943473665

Zé Maria

No Recife, Marília Arraes (PT) decola na reta final, se isola na 2a. Colocação e até domingo pode chegar à frente do primeiro colocado que está em queda.

Zé Maria

Chico Buarque, Wagner Moura, Gregório Duvivier, Martinho da Vila,
Teresa Cristina, Zé de Abreu, Ziraldo, Leoni, Otto, Cláudia Abreu, Leci Brandão
e várias outras personalidades do Rio lançaram um manifesto em apoio à
coligação “É a vez do Povo” formada pela candidata à Prefeita Municipal
do Rio de Janeiro Benedita da Silva (PT) junto com a candidata vice-prefeita Enfermeira Rejane (PCdoB).

Lançado no sábado (24), o “Manifesto contra a Desigualdade
e pela Felicidade Carioca” afirma que “nunca foi tão urgente
reconstruir e unir o Rio de Janeiro” e que “o único caminho
é a prosperidade das favelas, dos bairros pobres e da
população negra. É a redução da desigualdade,
que ameaça a vida em todos os cantos.”

Reforça também a importância de reduzir diferenças:
“A falta de coragem para encarar o flagelo da desigualdade
mergulhou a capital cultural do país em uma onda
de decadência econômica, insegurança e tristeza,
que precisa ser interrompida – com a urgência
de quem luta pela sobrevivência.”

O documento foi encabeçado por Luiz Inácio Lula da Silva
e assinado por grandes nomes da esquerda, como:
Flávio Dino, Manuela D’Ávila, Dilma Rousseff e Fernando Haddad.

“As candidaturas de Benedita e de sua vice, Enfermeira Rejane”,
são apresentadas como “uma rara chance de interromper
a escalada de exclusões que nos empurra para a tragédia”,
pois “são duas pretas que disseram não ao racismo estrutural
e chegaram até aqui em condições não só de denunciar
as consequências dramáticas do preconceito racial
e da covardia contra os pobres, mas também de
atacar a raiz da injustiça”.

Entre as mais de 200 assinaturas estavam também os nomes
de Antonio Pitanga, Carol Proner, Djamila Ribeiro, Chico Diaz,
Francis Hime, Emir Sader, Eliane Giardini, Julia Lemmertz,
Paulo Betti, Daniel Dantas, Marilena Chauí, Lúcia Murat,
Sílvia Buarque, Lucélia Santos, Wagner Tiso, Margareth Menezes,
Camila Pitanga, Sergio Loroza, Guta Stresser, Hildegard Angel,
André Fernandes, Angela Vieira, Antônio Grassi, Tata Amaral,
Bete Mendes, Biro do Cavaco, Carlinhos Vergueiro, Eduardo Moreira,
o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, Celso Amorim,
o cartunista Ziraldo, entre outros.

Íntegra do Manisfesto Político-Cultural:

“Manifesto contra a Desigualdade e pela Felicidade Carioca

Poucos lugares guardam contradições e oportunidades perdidas como a cidade do Rio de Janeiro, tão bela e maltratada, acolhedora e excludente.
Tão rica e tão pobre.
Somos uma história comovente de dilemas humanitários que se arrastam sem solução.
A falta de coragem para encarar o flagelo da desigualdade mergulhou a capital cultural do país em uma onda de decadência econômica, insegurança e tristeza, que precisa ser interrompida – com a urgência de quem luta pela sobrevivência.

O obscurantismo do prefeito atual, descuidado com as pessoas e desconectado das demandas da cidadania, piorou o que parecia o fundo do poço.
A cultura nunca gerou tão poucos empregos, as escolas caem aos pedaços, e o desmonte do sistema de saúde, quando mais precisávamos dele, nos levou ao topo das cidades mais cruelmente atingidas pela pandemia.
Nunca foi tão urgente reconstruir e unir o Rio de Janeiro.
O único caminho é a prosperidade das favelas, dos bairros pobres e da população negra. É a redução da desigualdade, que ameaça a vida em todos os cantos.
Pode parecer tarde, mas a gente só vive de verdade quando acredita na mudança, em qualquer tempo.

A candidatura de Benedita da Silva a prefeita desponta como uma rara chance de interromper a escalada de exclusões que nos empurra para a tragédia.
Benedita e sua vice, a deputada Enfermeira Rejane, são duas pretas que disseram não ao racismo estrutural e chegaram até aqui em condições não só de denunciar as consequências dramáticas do preconceito racial e da covardia contra os pobres, mas também de atacar a raiz da injustiça.

Por sua origem e pelos 40 anos de mandatos coerentes em favor da paz social, a guerreira Bené é a ponte da qual necessitamos para amparar os miseráveis, numerosos nas calçadas, e abrir os olhos de uma sociedade assediada pela mentira e pela tirania.
Ela dá o exemplo a quem precisa derrotar o racismo para vencer na vida.
É assim para a maioria do povo carioca.
Nascida e criada em uma das mil favelas desta cidade de vanguardas, Benedita foi pioneira em todos os seus 40 anos de vida pública.
Nunca o Rio tivera uma negra vereadora, deputada constituinte, senadora, governadora.

Apontada pela ONU como uma das 21 personalidades mundiais no combate ao racismo, Benedita tem legitimidade para ser a primeira prefeita carioca.
Ela compreende e traduz o potencial da cultura na criação de empregos e na promoção da paz.
Por isso, foi autora da Lei Aldir Blanc.
Quando reafirma a defesa do estado laico e rejeita a confusão nebulosa entre púlpito e tribuna, revela-se gigante de novo.
Ela abraça as crenças, talentos e saberes que fazem do Rio um lugar único.
Será a prefeita do pensamento livre e das artes.

O Rio de Benedita é a cidade bem resolvida que ampara seus vulneráveis e apaixona os visitantes.
Um lugar de cinema, rap, bossa nova, samba, teatro, ópera, artes plásticas.
Tudo junto e misturado, marca da carioquice de Machado de Assis, Lima Barreto, Villa-Lobos, Tom, Vinicius, Cartola, Chico, Martinho, Paulinho, Zeca, Elza, Leci, Alcione, Hélio Oiticica, Darcy Ribeiro e incontáveis artistas e fazedores de todos os bairros e das favelas.

Não é possível aceitar que a maioria dos cariocas queira sair da cidade, como diz a pesquisa.
Eleger Benedita é recuperar a autoestima; abraçar o povo todo; reconstruir a saúde e a educação para quem mais precisa; apostar no mercado de trabalho para mais mulheres e mais homens.
Aos 78 anos, Bené é um presente para uma cidade ansiosa por reencontrar sua jovialidade e seu otimismo.

Não é hora de distração das forças democráticas e progressistas do Rio de Janeiro.
Desde o ocaso da ditadura militar, nunca estivemos tão ameaçados pela cegueira e pelo retrocesso.
Manifestamos nossa gratidão à guerreira Benedita da Silva por assumir esta missão de paz e pedimos o voto de todo eleitor que ama a cidade e o povo do Rio de Janeiro.”

https://eleicoes.pcdob.org.br/2020/10/27/enfermeira-rejane-e-benedita-da-silva-recebem-apoio-de-personalidades-em-manifesto-pro-rio/

Leia também:

A atriz Camila Pitanga, a cineasta Marina Person e o artista plástico Nuno Ramos
são três das 250 assinaturas que já subscrevem um manifesto de apoio ao voto
em Guilherme Boulos (PSOL) e em Benedita da Silva (PT) para que os dois
candidatos cheguem ao segundo turno nas eleições para as prefeituras
de São Paulo e do Rio de Janeiro, respectivamente.

Reportagem da Jornalista Mônica Bergamo

Íntegra em:
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/camila-pitanga-e-marina-person-apoiam-manifesto-por-uniao-da-esquerda-por-boulos-e-benedita/
https://br.vida-estilo.yahoo.com/celebridades-assinam-manifesto-uni%C3%A3o-da-191500759.html

Zé Maria

Tudo Junto e Misturado pra Sacanagem

Advogado da coligação de Melo (MDB) sugeriu
que o Prefeito Marchezan (PSDB) denunciasse
o vice de Fortunati (PTB) à Justiça Eleitoral RS.

“Não esperávamos que contasse com
o apoio da candidatura do Melo”,
diz Regina Becker, esposa de Fortunati,
sobre ação contra o vice da Chapa.

Melo foi vice-prefeito de Porto Alegre,
exatamente na gestão de José Fortunati.

Regina é Secretária Estadual do
Governo Eduardo Leite (PSDB).

    Zé Maria

    A Jogada da Direita em Porto Alegre

    Fortunati não vai oficializar junto ao TRE-RS
    a desistência da Candidatura à Prefeitura.
    Com isso, se conseguir reverter no TSE
    a decisão do TRE-RS que indeferiu a
    candidatura do vice na chapa, os votos
    dados a Fortunati serão considerados
    válidos, o que aumentará a chance
    de realização de um segundo turno.

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