Pesquisas mostram Trump em situação delicada, mas memória de 2016 fortalece republicanos

Tempo de leitura: 2 min
Tia Dufour, via Fotos Públicas

Da Redação

81 milhões de norte-americanos já votaram na eleição de 2020. Um recorde. Representa 60% dos votos dados em 2016. Pode ser indício de que o comparecimento baterá recorde histórico nos Estados Unidos.

As pesquisas apresentam um quadro terrível para Donald Trump.

Biden com 5% de vantagem na Pensilvânia.

Com vantagem de 1% a 6% no Arizona.

Com de 2% a 3% de vantagem na Flórida, sem a qual Trump está morto.

Biden adiante com de 7% a 8% em Michigan.

Com de 5% a 17% de vantagem em Wisconsin.

Com de 1% a 3% na Carolina do Norte.

Pesquisas, no entanto, são fotografias de um momento.

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Todos estes números se referem a quinta-feira, 29 de outubro.

Porém, não há nenhum sinal de que as curvas estão se alterando de maneira significativa.

Como o voto não é obrigatório nos Estados Unidos, o resultado será definido no dia 3 de novembro.

Trump conta com um comparecimento maciço dos homens brancos que só completaram o ensino médio, onde o apoio a ele é de cerca de 60%.

Biden conta com um recorde do voto dos jovens, como se viu em 2008, quando a garotada garantiu a eleição de Barack Obama.

A CNN fez um cálculo: mesmo considerando o erro das pesquisas de 2016, quando Trump surpreendentemente derrotou Hillary Clinton, Biden teria hoje 335 votos no Colégio Eleitoral, quando precisa de 270.

Porém, a memória da eleição de 2016 está tirando o sono dos democratas.

Há indícios de que eleitores de Trump se negaram a responder aos entrevistadores de pesquisas eleitorais, revoltados que são com qualquer coisa que cheire a establishment.

Os democratas gostariam muito de vencer na Flórida, que tem 29 votos no Colégio Eleitoral e costuma anunciar seus resultados cedo no 3 de novembro.

Se o estado virar para os democratas, o que é pouco provável, o questionamento dos republicanos em relação ao resultado final da eleição pode perder força.

O pior cenário para os democratas é uma noite de apuração em que os votos dados a Trump nas urnas garantam a ele uma vantagem provisória, antes da contagem dos votos enviados pelo correio, que podem levar dias para chegar.

Seria uma reprise, em câmera lenta, do que aconteceu no Brasil em 2014, quando Dilma Rousseff virou para cima do tucano Aécio Neves.

Neste caso, a maioria conservadora da Suprema Corte poderia se mostrar essencial para Trump, como foi para George W. Bush em 2004, quando ele se reelegeu contra Al Gore numa eleição contestada.

Trump poderia, por exemplo, suspender através da Suprema Corte a contagem de votos que atrasarem nos Correios.

Pouco provável, mas possível.

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