Juiz que extinguiu ação contra impeachment de Dilma espera dois anos para se declarar suspeito e anula sentença
Tempo de leitura: 2 minJuiz pró-impeachment de Dilma anula a própria sentença e se declara impedido de julgar ação
Ativistas denunciaram suspeição de Itagiba Catta Preta, relator da ação popular que pedia anulação da decisão do Congresso de afastar a presidenta. A denúncia foi negada pelo juiz, cuja parcialidade era flagrante. Ele participou em protestos contra a mandatária e impediu Lula de tomar posse na Casa Civil. “A fim de evitar o uso político do Poder Judiciário em lawfare, dou-me por suspeito para o processo e julgamento desta ação”, sentenciou
O juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, relator da ação popular pela anulação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016, declarou-se suspeito para julgar o recurso movido por mais de 100 mil pessoas, entre ativistas pró- democracia e militantes do PT e outras legendas de esquerda, e se declarou impedido de atuar no caso.
“A fim de evitar o uso político do Poder Judiciário em lawfare, dou-me por suspeito para o processo e julgamento desta ação”, disse. Ele tomou a decisão na semana passada ao analisar recurso apresentado pelo advogado Alexandre Flach, que assina a ação popular.
Em julho, Catta Preta havia, de maneira absolutamente incomum, extinto o processo, sob a alegação de que o mandato da Dilma terminou e Jair Bolsonaro foi eleito em 2018.
Flach recorreu da decisão, pedindo a suspeição de Catta Preta, um notório militante de direita que foi às ruas em 2016 para protestar contra o governo Dilma e suspendeu, em abril daquele mesmo ano, a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.
“A decisão de agora sobre os embargos de declaração em que o juiz anulou a própria sentença, considerando-se suspeito e remetendo os autos para outro juiz federal, inclusive para evitar o uso político do Poder Judiciário em lawfare, é uma vitória da luta pela democracia”, comemorou Flach.
Entre os militantes pró-democracia que subscrevem a ação popular, apresentada há dois anos à Justiça Federal, estão o jurista Fábio Konder Comparato, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, e o cantor e compositor Chico Buarque, além da presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), e do próprio Lula.
Na ação popular, os 100 mil brasileiros buscam a declaração de nulidade do processo de impedimento e consequente deposição de Dilma.
Apoie o VIOMUNDO
E requerem que sejam invalidados todos os atos praticados pelo presidente Michel Temer, incluindo a Lei do Teto dos Gastos Públicos, pela sua falta de legitimidade e o flagrante Golpe de Estado que jogou o país numa grave crise política.
“A gente não pode normalizar o golpe porque isso é abrir caminho para irmos direto para novos anos de chumbo”, aponta Flach.
Na decisão em que decretava extinta a ação popular, Catta Preta apontava que o processo de impedimento transitou em julgado e foi impugnado perante o próprio Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a validade da deposição.
Ao se declarar suspeito, Catta Preta reconhece sua atuação parcial no caso e que atuou como militante do movimento ‘Fora Dilma’.
O problema é a demora em tomar a decisão. Catta Preta esperou mais de dois anos para se declarar suspeito.
Se tivesse feito isso lá atrás, antes das eleições de 2018, talvez o impeachment tivesse sido anulado e Bolsonaro sequer tivesse sido eleito, depois que o juiz Sérgio Moro condenou, sem provas e de maneira ilegal e abusiva, o ex-presidente Lula, líder das pesquisas eleitorais.
Comentários
marcio gaúcho
Aqui no Sul, chamamos esse tipo de gente de “monte de estrume”!
Zé Maria
GOLPE DO NEOLIBERALISMO DE 2016
TROUXE DE VOLTA A FOME AO BRASIL
Em comparação com o PNAD/2013 do IBGE
Fome aumentou 62,4% nos lares em 2017-18
https://t.co/N3d2lhilVK
https://twitter.com/ibgecomunica/status/1306582589101268992
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/images/agenciadenoticias/estatisticas_sociais/2020_09/graficos-pof-seg-serie.png
“Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018: Análise da Segurança Alimentar no Brasil”, divulgada hoje (17) pelo IBGE aponta que dos 68,9 milhões
de domicílios no Brasil 36,7% estavam com algum grau de insegurança alimentar, atingindo 84,9 milhões de pessoas.
A insegurança alimentar grave [absoluta falta de comida mesmo]
esteve presente no lar de 10,3 milhões de pessoas.
Na comparação com 2013, a última vez em que o tema foi investigado pelo IBGE,
na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), a prevalência de
insegurança quanto ao acesso aos alimentos aumentou 62,4% nos lares do Brasil.
A insegurança vinha diminuindo ao longo dos anos, desde 2004, quando aparecia em 34,9% dos lares, 30,2% na PNAD 2009 e 22,6% na PNAD 2013. Mas em 2017-2018, houve uma piora, subindo para 36,7%, o equivalente a 25,3 milhões de domicílios. Com isso, a segurança alimentar atingiu seu patamar mais baixo (63,3%) desde a primeira vez em que os dados foram levantados. Já a insegurança alimentar leve atingiu seu ponto mais elevado.
Íntegra em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/28903-10-3-milhoes-de-pessoas-moram-em-domicilios-com-inseguranca-alimentar-grave
Não é de se impressionar, se o Mourão disser que
o IBGE faz oposição ao desgoverno dos milicos
Deixe seu comentário