Mãe de miliciano sacou 74% do salário em dinheiro vivo e repassou R$ 133 mil a Queiroz

Tempo de leitura: 3 min
O advogado de Flávio, Raimunda e Márcia: tramando? Foto MPE/RJ

Da Redação

Quem, nos dias de hoje, vai ao caixa e saca dois terços do salário em dinheiro vivo?

Raimunda Veras Magalhães, a mãe do miliciano carioca Adriano Magalhães da Nóbrega, funcionária fantasma da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, fazia isso.

Ia além: depositava na conta de Fabricio Queiroz, o faz tudo do clã Bolsonaro acusado de operar um esquema de rachadinhas a partir do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

Os detalhes da movimentação bancária de Raimunda foram divulgados pelo Estadão a partir da quebra de sigilo da mãe do miliciano, morto pela polícia em fevereiro na Bahia, quando estava foragido.

A ex-mulher de Adriano, Danielle, foi lotada no mesmo gabinete.

No total, Queiroz recebeu mais de R$ 2 milhões em dinheiro público desviado dos assessores de Flávio, aponta o MPE-RJ.

A mulher e a filha dele foram as maiores “contribuintes”. Nathalia, antes de ser funcionária fantasma na Alerj, recebeu do gabinete de Jair Bolsonaro em Brasília — embora no mesmo período atuasse como personal trainer no Rio de Janeiro.

Mas, no caso de Raimunda, há uma particularidade: duas pizzarias mantidas por ela e o filho Adriano, a Tatyara e a Rio Cap, ambas no bairro do Rio Comprido, também fizeram repasses a Queiroz.

Isso sugere um entrelaçamento de negócios e amizade entranhado entre Queiroz, Adriano e o clã Bolsonaro.

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Adriano foi alvo de duas homenagens de Flávio, uma delas quando estava preso acusado de homicídio. Jair Bolsonaro, então deputado federal, foi ao julgamento de Adriano e fez um discurso na Câmara em defesa dele na Câmara dos Deputados.

Raimunda era a laranja do filho.

“São R$ 133.980,00, em 24 operações bancárias, entre 2013 e 2018” que Raimunda teria repassado a Queiroz.

O padrão era clássico.

“Em abril de 2015, por exemplo, quando Raimunda foi contratada na Alerj, como assessora da liderança do PP – Flávio era do partido e vice-líder na bancada –, o primeiro salário recebido foi de R$ 4,5 mil. O valor de R$ 4 mil foi transferido no dia 7 eletronicamente para uma conta dela no Santander e no mesmo dia um cheque de R$ 3.900,00 foi debitado da conta,  tendo como beneficiário, Queiroz”, diz a reportagem.

Raimunda é peça essencial na ação contra Queiroz por oferecer “prova cabal” do crime de peculato, segundo o MPE-RJ.

“A análise das atividades bancárias permitiu ao Gaecc/MPRJ comprovar que Fabrício Queiroz também transferia parte dos recursos ilícitos desviados da Alerj diretamente ao patrimônio familiar do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, mediante depósitos bancários e pagamentos de despesas pessoais do parlamentar e de sua família”, diz documento dos autos, estabelecendo o nexo com o hoje senador.

As despesas incluem as mensalidades escolares da filha e o plano de saúde da família.

Queiroz também depositou R$ 89 mil na conta da hoje primeira dama Michelle Bolsonaro.

A loja de chocolates de Flávio Bolsonaro num shopping do Rio, por outro lado, recebeu 1.512 depósitos fracionados em dinheiro entre março de 2015 e dezembro de 2018.

O MPE suspeita que é onde o parlamentar lavava o dinheiro recebido, como se fosse resultado da venda de chocolates.

Flávio comprou a franquia da Kopenhague em 2015 e dois meses depois já fez um saque de R$ 180 mil em lucros.

Uma foto apreendida no celular de um dos alvos da investigação é usada pelo MP para sustentar que Raimunda, a atual mulher de Queiroz, Márcia, e Flávio — através de seu advogado Luiz Gustavo Botto Maia — se juntaram para combinar versões e tentar apagar rastros dos crimes praticados.

O senador nega todas as acusações e diz que é alvo de um inquérito que tem o objetivo político de prejudicar o governo do pai.

Os seguidos vazamentos do MPE à imprensa, especialmente à TV Globo, indicam que deve se confirmar a previsão da jornalista Mônica Bérgamo, de que Flávio será denunciado esta semana por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por um órgão especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

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Comentários

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Zé Maria

Para o Clã Bolsonaro e os Bolsonaristas o Crime Compensou.

Henrique Martins

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2020/08/31/ninguem-pode-obrigar-ninguem-a-tomar-vacina-diz-bolsonaro.htm

Postura coerente com a que ele teve desde o início da pandemia. Esse homem quer que as pessoas morram. Trata-se de uma pessoa demoníaca. É isso.

Zé Maria

A Quadrilha de Milicianos mudou-se do Rio de Janeiro para Brasília.
O Chefe da Milícia mora no Palácio da Alvorada, com Najas e Emas.

Elaine

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/pazuello-nomeia-veterinario-para-dirigir-programa-de-vacinas,3972622b9cde01aa3015a6557a29e41fhu1pafa5.html

Bolsonaro conduziu os brasileiros como gado nas últimas eleições.
Portanto, não é de se surpreender que com tantos profissionais competentes no Brasil na área de vacinação humana o governo dele tenha escolhido um veterinário ainda que o mesmo possa ser competente.
Bolsonaro trata o povo brasileiro como gado assim como trata os seus seguidores idiotas e fanáticos.

É o fundo do poço.

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