Perpétua Almeida: Em defesa da cota de 30% para mulheres candidatas

Tempo de leitura: 2 min
A deputada Caroline de Toni, do PSL, é a autora do tiro nas mulheres candidatas

Mulheres unidas contra retrocessos

Por Perpétua Almeida*

Faz 86 anos que o direito ao voto feminino foi reconhecido no Brasil.

Desde essa conquista estratégica, lutamos para que cada vez mais mulheres ocupem espaços de poder.

Após tantos avanços, é inaceitável que uma parlamentar apresente o Projeto de Lei (PL) 4213/20 para acabar com a reserva mínima de 30% das vagas para candidaturas femininas pelo sistema proporcional.

O machismo no país é tão estrutural que muitas mulheres o reproduzem sem saber.

Esse projeto revela o desconhecimento da luta por mais mulheres na política e das dificuldades para que candidaturas femininas cheguem ao Parlamento.

O direito às cotas é uma conquista das mulheres que vieram antes de nós. Por elas e por aquelas que ainda virão, não podemos aceitar retrocessos.

O nosso trabalho deve ser para que as cotas se tornem cada vez mais efetivas.

Nosso papel é defender condições igualitárias de participação política para todas nós.

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A bancada feminina cresceu graças a ações afirmativas: reserva de candidaturas combinada com a destinação efetiva de recursos, conquistada na última eleição com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Se não existisse obrigatoriedade do preenchimento mínimo de 30% das candidaturas por mulheres, muitas de nós sequer estaríamos aqui.

Precisamos lutar por nós e por todas que não têm o privilégio de estar no Congresso.

Ocupamos a posição 132 entre 190 países em termos de participação de mulheres no Parlamento, atrás até mesmo da Arábia Saudita, conforme o ranking de representatividade feminina no legislativo elaborado pela organização internacional União Interparlamentar.

Sonhamos com uma política com a cara do Brasil, que represente toda a nossa diversidade.

No nosso país, conforme estatísticas oficiais, as mulheres são 51,8% da população, sendo 44% dos filiados a partidos políticos. Representam, entretanto, apenas 14,8% dos senadores e 15% dos deputados federais; 12% dos prefeitos e 13,5% dos vereadores.

Mulheres negras, indígenas, trans, com deficiência e periféricas são ainda mais subrepresentadas.

No mundo, a situação começou a melhorar.

As cotas vêm sendo muito importantes nesse processo.

Segundo Julie Ballington, representante do Programa para Parceria entre Homens e Mulheres da União Interparlamentar (IPU), nos países que adotam o sistema de cotas, as mulheres conseguem, em média, 21,7% das cadeiras nos parlamentos, enquanto nos que não adotam, ocupam apenas 11,8%.

É hora de lutarmos por mais conquistas e contra qualquer retirada de direitos arduamente garantidos.

Estamos juntas contra retrocessos e por mais mulheres na política.

Dizemos não ao PL 4213/20.

*Deputada federal pelo Acre e líder do PCdoB na Câmara.

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Zé Maria

TJ-SP Nega Reativar Perfis em Redes Sociais de Paulo Chuchu, ex-Assessor
do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP0, filho 03 do Presidente

A 31ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP)
negou pedido de Paulo Eduardo Lopes (Paulo Chuchu), ex-assessor do
deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para reativar seus perfis no Facebook, Twitter e Instagram.

As contas foram desativadas pelas empresas por suspeita de compartilhamento
de fake news.

Íntegra em : https://www.conjur.com.br/2020-ago-26/perfil-ex-assessor-eduardo-bolsonaro-nao-reativado

Zé Maria

TJ-DF mantém Suspensão de Deputados Federais Bolsonaristas do PSL,
dentre os quais Eduardo Bolsonaro (SP), Carla Zambelli (SP), Bia Kicis (DF),
Alê Silva (MG) e Chris Tonietto (RJ).

Em sessão nesta tarde, a Segunda Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF
revogou, por unanimidade, a liminar de fevereiro deste ano que suspendia
a sanção imposta aos deputados “bolsonaristas” pelo Partido.

Na prática, esta é a pior sanção que um Parlamentar pode receber antes
da expulsão.
No caso, o político fica afastado de suas atividades parlamentares e perde vaga
em comissões, por exemplo.

Além do Filho 03 do Presidente, Eduardo Bolsonaro,
também foram suspensas as Deputadas Federais
Carla Zambelli (SP), Bia Kicis (DF), Alê Silva (MG)
e Chris Tonietto (RJ).

Os desembargadores julgaram nesta tarde um segundo recurso. Este,
de parlamentares “bolsonaristas” do PSL, solicitava a anulação das sanções
contra outros 12 deputados [Aline Sleutjes (RJ), Bibo Nunes (RS), Carlos Jordy (RJ),
Caroline de Toni (SC), Daniel Silveira (RJ), general Girão (RN), Filipe Barros (PR),
cabo Junio do Amaral (MG), Hélio Lopes (RJ), Márcio Labre (RJ), Sanderson (RS)
e Vitor Hugo (GO)].

A Segunda Turma manteve a decisão anterior e, portanto, eles continuam suspensos.

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/justica-mantem-suspensao-de-eduardo-bolsonaro-carla-zambelli-e-mais-tres-deputadas-do-psl/

Zé Maria

As Parlamentares da Extrema-Direita, como essa
Caroline de Toni (PSL-SC) ou Carla Zambelli (PSL-SP),
Bia Kicis (PSL-DF) e Janaína Paschoal (PSL-SP), são
Mulheres X9. E Têm Gordos Patrocínios Financeiros
(Se o Ministro Alexandre, do STF, for atrás, vai achar).
Estão na Quinta Coluna da Bancada Feminina.

Antenor

Essa cota devia ser de 50%.
Ai quem sabe diminuiria a quantidade de candidatos homens ruins.

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