Dilma: Desmascarada a farsa de Palocci, Moro e do jornalismo de guerra

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Reprodução de vídeo

DESMASCARADA A FARSA DE PALOCCI E MORO

Neste momento, uma pergunta se impõe, imperativa como nunca: o que fará o Poder Judiciário?

A divulgação vazada por Sérgio Moro da delação de Palocci tinha por objetivo interferir na eleição de 2018, favorecendo Bolsonaro e buscando a derrota do PT.

As falsas acusações ao Presidente Lula e à Presidenta Dilma se deram a uma semana da eleição e queriam forjar uma rejeição do eleitor em relação a todas as candidaturas do PT, em especial em relação ao candidato Fernando Haddad.

Naquela ocasião, já se sabia que a delação de Palocci era uma peça sem provas. Aliás, essa foi a razão apresentada pelo próprio Ministério Público/Lava Jato para não aceitar a proposta de delação encaminhada por Palocci.

A operação Lava Jato sabia da farsa, tanto que nos diálogos revelados posteriormente pelo Intercept Brasil os procuradores reagiram à delação em tom de ironia e deboche. Sabiam do desespero de quem queria obter de volta parte dos recursos auferidos por meio de ações de corrupção confessadas pelo próprio Palocci.

O juiz Sérgio Moro também sabia que a delação não tinha valor algum, e decidiu utilizá-la, vazando-a seis dias antes da eleição, comportando-se como cabo eleitoral de Bolsonaro.

O conjunto da delação de Palocci compõe uma peça única de falsificação dos fatos, que procura afirmar não a verdade, mas aquilo que interessa aos seus interrogadores.

Após a rejeição da delação de Palocci pela Lava Jato, o juiz Sérgio Moro buscou um caminho alternativo: “esquentar” uma peça que não parava em pé.

Contou com a preciosa contribuição de um delegado da Polícia Federal de Curitiba, que aceitou um acordo que já tinha sido negado até pela MPF/Lava Jato e desmoralizado pela absoluta falta de evidências concretas.

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Moro não só quebrou o sigilo da delação como, mais uma vez, vazou seus termos para as Organizações Globo, que, de forma imediata, durante 8m56s, divulgaram as falsas acusações no Jornal Nacional.

Durante toda a semana que se seguiu, essa reportagem foi replicada e abordada por comentaristas, em termos ainda mais agressivos, em todos os telejornais da Globo, na Globo News, na rádio CBN e nas páginas do Jornal O Globo, sendo reproduzida e citada pelo resto da imprensa.

Foram momentos de um jornalismo de guerra, devastador para as candidaturas petistas, porque centrado em acusações contra Lula, Dilma e o partido.

Palocci inventou diálogos que nunca aconteceram, em reuniões que jamais ocorreram, nas quais teriam sido tomadas decisões que os fatos, várias testemunhas e outros delatores negaram terminantemente.

Agora, outro delegado da PF, diante da evidente e absoluta falta de provas das afirmações de Palocci, revê a delação anteriormente aceita.

Este delegado que decidiu arquivar a investigação revela que todas as acusações de Palocci parecem apenas fruto de pesquisas no Google.

A influência deste massacre midiático sobre o resultado das eleições não pode ser subestimada.

E engana-se quem pensa que interferiu apenas na disputa pela presidência.

Certamente sugestionou os eleitores e induziu resultados em relação às disputas majoritárias estaduais.

Em alguns estados houve mudanças bruscas nas tendências que vinham sendo apontadas nas pesquisas, com candidatos favoritos às eleições majoritárias perdendo apoio em questão de horas, e candidatos quase desconhecidos, a maioria de extrema direita, sendo beneficiados pela onda que a denúncia fraudulenta fabricou.

Palocci, por falsificar uma delação; Moro, por usá-la mesmo sabendo que ela era falsa; e a PF de Curitiba, por ampará-la numa investigação que o MPF já havia recusado, cometeram, todos, um atentado contra a lisura da eleição e o estado democrático de direito.

Um juiz que não tinha por hábito apresentar provas, tem contra si, neste momento, novas provas cabais de conduta iníqua e malévola.

A imprensa progressista da internet já havia mostrado isto, a história certamente vai registrar o tamanho desta violação da democracia, mas neste momento uma pergunta se impõe, imperativa como nunca: o que fará o Poder Judiciário?

A própria eleição está comprovadamente sob suspeita, e cabe ao TSE decidir a respeito, com a grandeza que a história haverá de lhe cobrar. Bolsonaro tornou-se presidente beneficiado por uma fraude, cometida por alguém a quem acabou premiando com um cargo de ministro.

Qualquer condenação de Lula decidida por um juiz comprovadamente parcial, cuja suspeição deve ser declarada, como é o caso de Moro, precisa ser anulada.

Se a atitude de Moro não é evidência de um crime contra Lula, o que mais poderia ser?

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Comentários

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Darcy Brasil Rodrigues da Silva

Pobre Dilma e todos que, no fundo, no fundo, contam com uma crise de consciência moral do Poder Judiciário para reaver haveres políticos destruídos por golpes urdidos nas sombras que encobrem os verdadeiros centros de poder a serviço das elites para afastar o PT do governo, mesmo sendo o PT, numa leitura imparcial, um partido da ordem, adequado à democracia liberal burguesa. Qual foi a ameaça que o PT representou algum dia aos interesses da nossa vil plutocracia? A pretensão “radical” de levar 3 refeições às mesas de todas as famílias pobres (uma das declarações de propósito governamental mais presentes nas falas de Lula)? Ou ainda a de transformar o Brasil em uma “sociedade de classe média” (uma das imagens mais caras da propaganda ideológica em defesa da democracia liberal que, no início do século XX, passou a empolgar o povo estadunidense, apresentando o modelo de sociedade ianque como uma “sociedade de oportunidades para todos”, em que cada familia teria “um frango na mesa e um carro na garagem”, a mesma imagem tomada emprestada por Dilma como eixo de seu discurso polítco-eleitoral)? Pois é, mesmo defendendo um projeto de país que jamais contestou o capitalismo, que sempre pretendeu, no máximo, remediar algumas mazelas desse sistema, deixando para um futuro distante a realização da tal “sociedade de classe média”, o PT revelou-se inconveniente para as perspectivas de manutenção dos padrões de taxas de lucro e de acumulação da plutocracia brasileira. Esse é o “pequeno problema”, o obstáculo sempre presente, representado pela disposição da plutocracia brasileira de fazer, não importando por que meios, tudo que for necessário para perpetuar um estado de coisas que beneficia exclusivamente a essa ínfima minoria. E quais foram os meios sempre usados por essa minoria, pelas elites dominantes, para inviabilizar o projeto de humanização do capitalismo defendido, antes de 1964, pelo PTB de Vargas e Goulart, e, antes de 2016, pelo PT de Lula e Dilma? Por acaso não foram meios integrantes do Estado liberal burguês? Juizes, militares, policiais, igrejas, grandes meios de comunicação, todos são partes componentes da superestrutura estatal (estatal em sentido marxista, antes que o reformista ingênuo queira me corrigir de minha ignorância, me lembrando que as Igrejas e a grande mídia não fazem parte do Estado, tal como o definido formalmente pela Constituição). Dilma e 999 em cada 1000 membros do PT depositam esperanças numa solução moral para subverter o caráter de classe do Estado brasileiro. Desse modo, juízes, generais, promotores, policiais, donos da grande mídia, enfim, todos os agentes do Estado liberal burguês, em um dia reservado aos milagres mais incríveis como o Big Bang, se entreolhariam sentados de suas mesas dos restaurantes chiques que frequentam, os mesmos restaurantes em que comparecem a fina flor de nossa desprezível plutocracia a que servem, e, movidos por sentimentos de vergonha moral, deliberariam desfazer juntos o caráter de classe da democracia liberal burguesa, colocando-a, pela primeira vez na História da democracia liberal em todo mundo, a serviço dos interesses da maioria, recusando-se para sempre a continuar agindo para proteger os interesses dos demais comensais dos restaurantes de elite que frequentam, ou seja, a nossa plutocracia que encomendou aos agentes estatais, seus funcionários, os golpes de 1964 e de 2016?

Zé Maria

“O conjunto da delação de Palocci compõe uma peça única
de falsificação dos fatos, que procura afirmar não a verdade,
mas aquilo que interessa [política e economicamente] aos
seus interrogadores.” (Dilma Rousseff)

Zé Maria

As Delações-Colaborações Premiadas pelo Moro
foram todas Fake News usadas politicamente
pela Mídia da Lava-Jato para carimbar o termo
‘Corrupissáum’ na testa dos Líderes Petistas e,
por conseguinte, no Partido dos Trabalhadores.

Aliás, os Patifes da Força-Tarefa de Curitiba-PR
buscaram premeditadamente envolver nomes
que já tinham sido julgados pelo STF na Ação
Penal (AP) 470, para reforçar esse Simbolismo
e formar o Senso Comum, via Imprensa Venal.

E apesar de estarem, pouco a pouco, vindo à
tona as Falcatruas realizadas pelo Consórcio
PF/MPF/JF do Paraná -com Logística do FBI –
será um trabalho árduo desmistificar junto
à população brasileira a idéia arraigada de
que ‘o petê robô ú paíZ’ e de que por isso
‘ú braZil num tem dinhêro prá maiZ nada’,
até porque essas premissas são utilizadas
por vários flancos da Direita, a saber:
1) pela Organização Criminosa do DD;
2) pelo Gabinete do Ódio Antipetista;
3) pelos Empresários de Comunicação;
4) pela Ala Neoliberal do STF;
5) pela Burguesia no Legislativo;
6) por Demagogos nos Estados e Municípios; e
7) pelo Neo-Cirismo Desvairado.

a.ali

– o que fará o poder judiciário ? – NADA!

abelardo

Qual será a nova trama diabólica da coligação golpista, do judiciário e da grande mídia,para tentar fugir de suas cumplicidades e responsabilidades sobre está grande e imunda farsa?

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