Polícia Militar do governo Romeu Zema ateia fogo em acampamento para retirar famílias na marra, denuncia MST; vídeo

Tempo de leitura: < 1 min

 Geanini Hackbardt, da Comunicação do MST, via whastapp:

Sob comando do governador covarde, Romeu Zema, Polícia Militar ateia fogo no acampamento Quilombo Campo Grande para tentar retirar as famílias.

A vida das famílias sem terra está em suas mãos governador, aja! Retire a polícia do acampamento!

#SalveQuilombo #ZemaCovarde

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Comentários

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Zé Maria

“Fizemos vários apelos ao governo estadual, ao judiciário e ao legislativo mineiro.
Foram todos ignorados e o despejo começou.
Nem se sabe a área total a ser abrangida e os limites da execução da ordem
são desconhecidos.
Também não havia o número correto de famílias que seriam atingidas.
A Escola que atenda a comunidade já foi despejada, mas ainda restam lavouras,
lotes e casas a serem preservados”, explica o presidente da CDHM.

Resolução do Conselho Nacional dos Direitos Humanos [CNDH]
sobre despejos, coloca que “despejos devem ocorrer apenas
em circunstâncias excepcionais, com a devida elaboração de
um plano prévio de remoção e reassentamento, para que
não resultem em pessoas ou populações sem teto, sem-terra
e sem território, que não afetem as atividades escolares de crianças
e adolescentes, e que não prejudiquem colheitas vindouras,
devendo-se assegurar tempo razoável para o levantamento das benfeitorias”.

A resolução afirma ainda que “a saída e transporte das pessoas
e de seus pertences será responsabilidade e gestão do poder público”
e “o local de reassentamento ofertado pelo poder público deve estar pronto (…)
antes da remoção da comunidade, respeitando os elementos que compõem
a moradia adequada …. nada disso tem sido observado.
Não há plano de remoção.
Não há para onde levar famílias nem seus pertences.
Não há preocupação com preservação da lavoura.”.

De acordo com a Organização das Nações Unidas “os despejos afetam
as populações mais pobres e vulneráveis que vivem em bairros precários,
assentamentos informais e favelas”.
A ONU prossegue e contextualiza que “tais despejos e remoções
não resultam apenas em graves violações ao direito fundamental
à moradia adequada e à proteção contra o despejo forçado,
consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos
e no Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais,
mas também criam riscos adicionais significativos no contexto da pandemia
da COVID-19”.

Os agricultores do Quilombo Campo Grande produzem hortaliças, frutas, aves,
leite e café de forma sustentável.
Na última safra, as famílias produziram mais de 9 mil sacas de café,
60 mil sacas de milho e 500 toneladas de feijão.
Além de uma diversificada produção de verduras, legumes, galinhas,
gado e leite.

https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/noticias/65-parlamentares-solicitam-reuniao-urgente-com-zema-sobre-despejo-em-campo-do-meio

Zé Maria

“As famílias do Acampamento Quilombo Campo Grande
estão chegando ao final de mais um dia resistindo
sem saber se poderão continuar vivendo em suas casas!
Elas permanecem isoladas, sem acesso à alimentação
ou imprensa. Seguimos em Mobilização!”
#ZemaCovarde
https://twitter.com/MST_Oficial/status/1294016901174243328

Zé Maria

“Alguém entende um governador
que em vez de construir uma escola
manda destruir uma escola?”
É o #ZemaCovarde

https://twitter.com/MarciaTiburi/status/1293881916953964545

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