Incrível: senador americano admite tentativa de golpe na Venezuela e cobra serviço de Elliot Abrams; vídeo
Tempo de leitura: < 1 minDa Redação
Se não tivesse sido dito publicamente e gravado, o telenauta não teria motivos para acreditar.
O senador democrata Chris Murphy, de Connecticut, usou sua fala numa reunião da poderosa Comissão de Relações Exteriores do Senado para passar um pito em Elliot Abrams.
Abrams é o Representante Especial dos Estados Unidos para tratar da Venezuela, o que equivale a arquiteto em chefe da derrubada de Nicolas Maduro.
É um antigo conhecido dos golpes: foi condenado por omitir informação do Congresso no Irã-Contras, o escândalo que quase derrubou o presidente Ronald Reagan nos anos 80.
O republicano comprou armas clandestinamente do Irã, que destinava aos rebeldes que tentavam derrubar o governo sandinista da Nicarágua — tudo feito por debaixo do pano, sem conhecimento do Congresso.
Mais tarde, Abrams foi um dos maiores defensores da fracassada invasão do Iraque, com a falsa premissa de que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa — um desastre que custou milhões de vidas, deslocou milhões de pessoas e criou o vácuo onde surgiu o Estado Islâmico.
Assim sendo, nada melhor que Abrams para garantir que Maduro continue no poder.
Murphy fez um resumo dos erros vergonhosos dos Estados Unidos na Venezuela, mas acrescentou uma confirmação: Washington contava com a debandada de generais venezuelanos para dar um golpe em Maduro em 2019, o que segundo ele “explodiu na nossa cara”.
É importante frisar que o autoproclamado e desmoralizado Juan Guaidó tem apoio bipartidário no Congresso dos Estados Unidos como presidente da Venezuela.
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Comentários
Nelson
Imagine, amigo, o seguinte. Um parlamentar do governo russo “abre o bico” a criticar Vladimir Putin por não ter derrubado o governo de qualquer dos países da Europa Ocidental, ali pertinho da Rússia.
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Como tu achas que a mídia ocidental – praticamente 100% dela – reagiria? No momento, ou no dia seguinte, surgiriam manchetes cavalares a detonarem Putin e o parlamento russo.
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Estão mancomunados em destruir a estabilidade democrática [sic] da Europa e, por consequência, do mundo. Prova de que a Rússia não passa de uma ditadura.
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Tudo isso veríamos e ouviríamos, partindo da mídia hegemônica e de seus comentaristas, [de]formadores de opinião, na verdade, em todos os nossos países ocidentais.
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Mas, como a opinião surge da grande democracia [sic], uma vez mais, dos EUA, aquele país ao qual é dado o direito de ser o xerifão do planeta, tudo “passa batido” e, por conseguinte, tudo é naturalizado.
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É a mídia ocidental afundando, apodrecendo mais e mais. Mídia que, não se dando por satisfeita, parece querer ainda cavar para afundar-se mais e mais na podridão.
Nelson
É o chamado “Estado Profundo”, como o chama o diplomata canadense Peter Dale Scott, atuando de forma cada vez mais desabrida e desavergonhada, para dizer o menos. De minha parte, resolvi passar a chamá-lo de Sistema de Poder que domina os Estados Unidos.
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Trata-se, a meu ver, de um sistema de poder paralelo, formado pelas megacorporações de vários ramos da economia do grande país do norte e que impõe as linhas de atuação de governos e parlamentos. Portanto, situa-se acima destes. Um sistema que domina os EUA, boa parte do planeta e tem anseios de dominar o mundo por inteiro.
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Detalhe. Quem está a exigir a derrubada de Nicolás Maduro é um senador do partido Democrata. Partido que muitos brasileiros, aí incluída boa parte da nossa esquerda, acreditam que seja um espelho no qual devemos nos mirar para conduzir a política em nosso país.
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Parece que estava coberto de razão o escritor estadunidense Gore Vidal, um mestre da ironia. Dizia ele que o sistema de governo vigente em seu país é um “regime de partido único com duas alas de direita”.
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Diante disso tudo, devemos admitir, por supuesto, que os estadunidenses vivem sob um sistema enraizadamente democrático. Já que o Vidal era um mestre da ironia, não custa nos utilizarmos também de uma pitada dela, não é mesmo?
Leo V
Não apenas apoio bipartidário dos EUA.
Fez parte da tentativa de Golpe todo o PIG brasileiro, que reconheceu Guaido como presidente apesar de não ter poder algum. tentaram criar o fato pela narrativa.
Mais importante, o PSOE (o PT da Espanha) também participou do golpe, reconhecendo Guiado como presidente.
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