No Roda Viva, Maia reafirma o nexo entre o golpe contra Dilma e a eleição de Bolsonaro
Tempo de leitura: 2 minNosso maior problema é que a centro-direita não demonstra nenhum compromisso com a justiça social e nem mesmo com a democracia. Estão à vontade com um extremista chucro no poder. Fernando Haddad, no twitter
Da Redação
A indicação do banqueiro André Brandão, do HSBC, para comandar o Banco do Brasil, já havia deixado claro.
Os liberais brasileiros estão muito mais interessados em aproveitar a conjuntura e aprovar reformas econômicas que lhes favoreçam do que com o comportamento tresloucado do presidente Jair Bolsonaro e de seu entorno.
Assim como o golpe de 1964, o de 2016 também foi aplicado com o objetivo de retirar direitos sociais e promover o arrocho salarial.
Lá atrás, o Brasil forneceria mão-de-obra e matéria prima barata para os grandes conglomerados transnacionais, que ajudaram a interromper o mandato do presidente constitucional João Goulart.
Em 2016, o objetivo foi romper a sequência de vitórias eleitorais dos trabalhistas, permitir à elite brasileira manter sua taxa de lucratividade apesar de um cenário externo de crise e aos investidores internacionais acesso desimpedido ao pré-sal e outros recursos brasileiros em condições mais vantajosas.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deixou claro em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, qual é sua prioridade: acelerar as reformas com Bolsonaro no poder.
Maia foi um dos principais alvos do bombardeio de fake news do gabinete do ódio a serviço de Bolsonaro.
Porém, na entrevista ele repetiu que vê as pedaladas fiscais como crime de responsabilidade suficiente para o afastamento de Dilma Rousseff, mas não vê motivo para abrir processo de impeachment contra Bolsonaro.
Apoie o VIOMUNDO
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) citou cinco crimes pelos quais, acredita ela, o presidente poderia ser processado.
“Rodrigo Maia diz que Bolsonaro não cometeu crimes que justifiquem impeachment. Os crimes: quase 100 mil mortes por Covid; ameaças de AI-5; destruição recorde da Amazônia; fake news e gabinete do ódio; interferência na PF para salvar filhos e aliados”, escreveu em uma rede social.
Existem ao menos 40 pedidos de impeachment protocolados na Câmara.
No Roda Viva, Maia disse que não vê motivo para discutir o assunto:
Nós estamos no meio de uma pandemia, e qualquer decisão agora leva um recurso ao plenário. Nós vamos ficar discutindo impeachment sem nenhuma motivação para isso. Eu não estou usando isso para ameaçar, não é do meu feitio. O presidente Bolsonaro sabe, que desses que estão colocados, eu não vejo nenhum tipo de crime atribuído ao presidente.
Para Maia, Bolsonaro “errou” ao subestimar a pandemia de coronavírus, que até o início da próxima semana terá matado 100 mil brasileiros.
A reforma tributária e a privatização da Eletrobras estão no topo da lista da agenda econômica que une os liberais da Globo à extrema-direita bolsonarista.
Comentários
Zé Maria
‘Delação Premiada’ de Palocci foi Fake News de Moro contra Lula em 2018.
2ª Turma do STF Retira Delação de Palocci
contra Lula na Ação sobre o Instituto
A decisão foi tomada por dois votos a um.
Os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes foram favoráveis à exclusão
dos trechos da delação. O lavajatista Fachin, relator do processo, votou contra.
O sigilo do documento foi levantado pelo então juiz Sergio Moro
a seis dias do primeiro turno da eleição de 2018.
Gilmar Mendes afirmou que Moro pretendeu criar um “fato político” contra Lula
e indicou ter agido sem a imparcialidade esperada de um juiz.
“Verifica-se que o acordo foi juntado aos autos da ação penal cerca de três meses
após a decisão judicial que o homologara. Essa demora parece ter sido
cuidadosamente planejada pelo magistrado para gerar verdadeiro fato político
na semana que antecedia o primeiro turno da eleições presidenciais de 2018”,
afirmou.
“Resta claro que as circunstâncias que permeiam a juntada do acordo de
delação de Antonio Palocci no sexto dia anterior à realização do primeiro turno
das eleições presidenciais de 2018 não deixam dúvidas de que o ato judicial
encontra-se acoimado de grave e irreparável ilicitude”.
Lewandowski afirmou em seu voto que a forma como a delação foi incluída
no processo contra Lula indica a perda da imparcialidade por Moro.
“A determinação da juntada dos termos de colaboração premiada
consubstancia, quando menos, inequívoca quebra de imparcialidade”,
disse.
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/2a-turma-do-stf-retira-delacao-de-palocci-de-acao-contra-lula/
Leia também:
2ª Turma do STF dá a Lula acesso a acordo de leniência da Odebrecht,
limitado aos elementos de provas que digam respeito a Lula,
reabrindo prazo para que a Defesa apresente suas alegações finais …
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/2a-turma-do-stf-da-a-lula-acesso-a-acordo-de-leniencia-da-odebrecht-e-adia-desfecho-de-acao/
https://pt.org.br/lula-obtem-duas-vitorias-expressivas-no-stf-reforcando-a-suspeita-contra-sergio-moro/
Deixe seu comentário