Com a cloroquina desmoralizada, Bolsonaro faz pouco caso de isolamento — quando Brasil atinge 84 mil mortes

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro passeou hoje de moto, sem máscara, pelas cercanias do Palácio do Alvorada.

Ele tirou o capacete e conversou com garis, apesar de ter testado novamente positivo para o coronavírus ontem.

Bolsonaro continua debochando do isolamento social, no momento em que o Brasil atinge 84 mil mortos, em viés de alta na maioria dos Estados.

Um estudo realizado pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet), com 665 pessoas, em 55 hospitais — o maior do gênero feito no Brasil — demonstra que a cloroquina é ineficaz para casos leves ou moderados do coronavírus.

A cloroquina é propagandeada pelo presidente da República como cura.

Ao dizer que o remédio cura e praticar o não isolamento social, Bolsonaro joga a favor da pandemia.

Na tradicional live de suas redes sociais, nesta quinta-feira, o presidente voltou a dizer que está bem graças à cloroquina.

Uma pesquisa do instituto Ipsos diz que 18% dos brasileiros acreditam na cura através da cloroquina. 7% acreditam na cura com o uso de alho.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro vem trabalhando pela “imunidade de rebanho”, ou seja, pela contaminação em massa dos brasileiros, diferentemente do que fez a China.

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Os chineses trabalharam para isolar os infectados, como forma de reduzir as mortes.

A “imunidade de rebanho” exigiria a contaminação de 70% dos brasileiros, causando milhares de mortes de pessoas vulneráveis e dos mais velhos.

O Brasil já teve três ministros da Saúde desde que a pandemia começou.

O país ainda não fechou o acordo para a produção, no Brasil, da vacina que vem sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Fiocruz.

Bolsonaristas acreditam nas previsões do médico Osmar Terra, deputado federal (MDB-RS) aliado.

“Vai morrer mais gente de gripe sazonal, no inverno, no Rio Grande do Sul. Morrem, em média, 950 pessoas de gripe sazonal, principalmente os idosos. Vai morrer menos gente de coronavírus em todo o Brasil do que gente no inverno gaúcho de gripe sazonal”, disse Terra numa entrevista.

O Brasil teve média de 1.055 mortes por coronavírus na última semana.

Ou seja, em média, apenas num dia de semana, o coronavírus está matando mais que a gripe comum em toda a temporada de inverno no Rio Grande do Sul.

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Zé Maria

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Cálculo da Média Diária = 16000 : 7 = 2285

Média Diária = 2285 Óbitos

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GRIPE (Influenza) 2020

Em 2020, até 4 de julho, foram registrados 1.607 casos
de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por
influenza (gripe) em todo o país, com 239 mortes.

Do total de casos,
618 foram casos de influenza A (H1N1), com 87 óbitos;
67 casos e 13 óbitos por influenza A (H3N2),
405 de influenza A não subtipado, com 77 mortes; e
517 casos e 62 óbitos por influenza B.

https://www.amrigs.org.br/noticias/5496

Henrique Martins

O caso dele é no mínimo de interdição.

a.ali

essas atitudes foram bem estudadas e fazem parte do esquema de higienização praticada por esse governo de genocidas.

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