Mandela: “Sabemos muito bem que a nossa liberdade é incompleta sem a liberdade dos palestinos’

Tempo de leitura: 3 min
Ilustração de Carlos Latuff

por Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), em rede social

Ontem, 18 de julho, foi o #MandelaDay, data internacional instituída pela ONU em 2009 para celebrar o legado de uma das figuras mais emblemáticas da luta por direitos civis, humanitários e nacionais de um povo na história da humanidade.

Nelson Mandela foi o principal líder na luta contra o #apartheid na África do Sul, regime de segregação racial que vigorou oficialmente no país de 1948 a 1994, com amplo apoio do Estado de Israel.

Sua trajetória é marcada pela resistência, pela esperança e pela defesa incansável da liberdade dos povos, dos direitos humanos e da justiça social.

Mandela passou 27 anos de sua vida preso, sem nunca deixar de liderar seu povo contra um sistema brutal de segregação racial, mantido por tanto tempo, segundo historiadores, principalmente por causa dos interesses do capital internacional na exploração das riquezas e da mão de obra do país.

Um movimento global de boicote ao governo sul-africano, iniciado no final da década de 1970, culminou na sua soltura em 1990. Em 1994, ele foi eleito presidente nas primeiras eleições da história da África do Sul em que a população negra – mais de 80% do total – teve o direito de votar.

O líder sul-africano sempre foi um defensor ferrenho da Causa Palestina e um crítico categórico do colonialismo de Israel, visto hoje pela maioria do mundo como o sucessor da África do Sul do apartheid devido às suas políticas de isolamento e ocupação e à violação dos direitos do povo palestino.

#Israel foi um dos principais fornecedores de armas do governo sul-africano durante os anos do apartheid.

Documentos que vieram a público em 2010 mostram que, em 1975, Shimon Peres, então primeiro-ministro israelense, chegou a oferecer ogivas nucleares ao regime sul-africano.

A Federação Árabe Palestina do Brasil – FEPAL, e os palestinos e palestinas no mundo todo, têm um carinho enorme por Nelson Mandela e por tudo o que ele representa.

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Para se ter uma ideia, numa praça em Ramallah, onde fica a atual sede administrativa do governo da Palestina, há uma estátua de 6 metros do líder sul-africano.

Esta data, portanto, – que de simples lembrança se tornou uma iniciativa global de combate à pobreza e à desigualdade, coordenada pela Nelson Mandela Foundation – tem um significado muito grande para nós.

A luta por justiça, Mandela nos ensina, exige resiliência e sabedoria, mas também uma boa dose de revolta para que atrocidades e retrocessos jamais deixem de ser denunciados e devidamente criminalizados.

A luta palestina é a luta de todos os povos oprimidos, assim como toda a luta por liberdade e igualdade – contra o racismo, a xenofobia, a intolerância religiosa etc. – tem de ser também a luta de cada palestino e palestina.

E de todos que acreditam na justiça social como um valor fundamental da civilização.

Denunciar a limpeza étnica cometida por Israel desde 1948 e pressionar as lideranças do mundo para que rechacem planos ultrajantes como o “Acordo do Século” são alguns dos gestos, mesmo que pareçam simbólicos num primeiro momento, que podemos fazer para avançar nessas conquistas.

Precisaremos de muita calma, haverá ainda muito sofrimento, mas, com a garra e a união do nosso povo, na Palestina ou em diáspora, temos fé de que viveremos para ver a nossa terra livre das amarras de uma força de ocupação criminosa. Que Mandela nos sirva sempre de inspiração ✊?

#PalestinaLivre #PalestinaSoberanaJá

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Comentários

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a.ali

que a luta e resilencia de mandela nos inspire nesses tempos tão opressores.
Palestina Livre!!!

José Paulo Ximenes da Silva

TODA A FORÇA AO GRANDE POVO PALESTINO!
TODO REPÚDIO ÀS ATITUDES INFAMES E CRIMINOSAS DE ISRAEL!

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