Deputado pede proteção para a vida de Queiroz e de sua mulher, considerada foragida

Tem um pedido de cassação do mandato de Flávio no Conselho de Ética no Senado feito pelo Psol. A mulher dele [Queiroz] Márcia já está foragida. Advogado Wassef “Anjo” se enrolou. Se Queiroz abrir o bico, Flávio pode ser cassado e preso. Aí o impeachment anda na Camara e tchau Bozo. Ivan Valente, deputado federal (Psol-RJ).

“Esperamos que a Polícia agora colha informações preciosas que o Queiroz possa dar, mas sobretudo que preserve a vida dele. É preciso que se inquira, mas que se garanta a integralidade da vida da sua mulher e do Queiroz. Não vamos nos esquecer do que aconteceu em caso recente, em que uma peça-chave no caso da Marielle foi executada no estado da Bahia, em uma operação até hoje não suficientemente esclarecida. Não estamos tratando de relações políticas clássicas, institucionalizadas. Estamos tratando de relação com grupos e organizações criminosas”, disse hoje o vice-líder do PCB na Câmara, Márcio Jerry.

Ele se referia à morte de Adriano da Nóbrega, que recebeu homenagem de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando estava preso, acusado de homicídio.

Adriano foi morto em ação policial em fevereiro, na Bahia — e era peça chave para elucidar os esquemas da família Bolsonaro e, possivelmente, o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

Adriano empregou mãe e esposa no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Eram funcionárias fantasmas no esquema de rachadinha organizado por Fabrício Queiroz para beneficiar o clã Bolsonaro.

De acordo com o blog de John Cutrim, Jerry quer que o Senado apure se Flávio Bolsonaro agiu para esconder o laranja Fabrício Queiroz, mantendo o ex-assessor escondido em uma casa do advogado do senador, Frederick Wassef, em Atibaia, no interior de São Paulo.

“Neste caso está claramente evidenciado que Flávio agiu por autoproteção. A prisão do Queiroz, no local em que ele foi preso, e de quem é a propriedade, mostra que o Flavio agiu criminosamente para acobertar um criminoso foragido. Isto, sim, é motivo de quebra do decoro parlamentar e tem que ser levado ao exame do Conselho de Ética da Casa, há elementos suficientes para isso”, disse Jerry.

Márcia Oliveira de Aguiar, a mulher de Queiroz, foi empregada em gabinetes da Alerj entre 2007 e 2017, embora ela declarasse trabalhar como cabeleireira.

Também são alvos da Operação Anjo a enteada Evelyn Mayara de Aguiar Gerbatim e as duas filhas do casal, Nathália e Evelyn.

As três foram empregadas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Nathália também recebeu dinheiro público como funcionária do gabinete de Jair Bolsonaro em Brasília, quando ele era deputado federal, embora atuasse como personal trainer no Rio de Janeiro.

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