Brasil terá mais mortos por Covid que os EUA no final de julho, prevê Universidade de Washington. Hoje são 45.585 aqui e 119.915 lá
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
A reportagem do diário Washington Post resumiu a confusa reação do Brasil à pandemia do coronavírus, graças acima de tudo ao negacionismo do presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores:
Não houve um lockdown nacional. Nenhuma campanha nacional de testes. Nenhum plano acordado. A expansão dos cuidados de saúde foi insuficiente. Em vez disso, as cidades mais atingidas estão abrindo as portas para shoppings e igrejas, mesmo quando o país registra rotineiramente mais de 30.000 novos casos por dia — cinco vezes mais do que a Itália no auge de seu surto.
Com 45.585 mortos por coronavírus até agora — quando o presidente Jair Bolsonaro falava em, no máximo, 800 –, o Brasil deve ultrapassar os Estados Unidos em mortos por coronavírus no final de julho, diz o artigo:
O Brasil está em uma trajetória para registrar mais de 4.000 mortes por dia e ultrapassar os Estados Unidos em infecções e mortes até o final de julho, segundo pesquisadores da Universidade de Washington.
De acordo com a reportagem, o Brasil está seguindo uma trajetória inusitada:
Tendo decidido se abrir apesar do consenso científico de que não deveria, o país está seguindo um caminho que até agora apenas a Suécia tentou deliberadamente navegar — mas de uma maneira muito menos tática e metódica. Em alguns bolsões do país — particularmente no Norte — um quarto das pessoas desenvolveu anticorpos para a doença. Se a imunidade do rebanho ocorrer em qualquer país, isso pode acontecer primeiro no Brasil.
Ouvido pelo Washington Post, o cientista norte-americano faz a pergunta que assusta:
“A questão é: onde isso vai dar?”, Disse Theo Vos, professor de ciências da saúde da Universidade de Washington cujos modelos são usados pela Casa Branca. “Pode ser que no Brasil você possa começar a atingir a saturação, onde tantas pessoas na população estão em contato com o vírus que ele começa a diminuir”. Ele fez uma pausa. “Mas isso tem um preço enorme. É o tipo de situação que aconselhamos os governos a tentarem evitar. Não temos outro exemplo de onde, no momento, parece mais sombrio.”
Comentários
Zé Maria
DUKE: https://pbs.twimg.com/media/EaoitJPXYAMYUyx?format=jpg
“Mais um chargista perigosíssimo”
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