Carlos e Flávio Bolsonaro têm de explicar transações de R$ 2,3 milhões em dinheiro vivo
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Os irmãos Carlos e Flávio Bolsonaro precisam explicar transações que fizeram em dinheiro vivo no valor de R$ 2,3 milhões, segundo levantamento da Folha de S. Paulo.
O diário conservador paulistano noticiou hoje uma nova transação, em que ambos devolveram R$ 15,5 mil cada a uma corretora de valores. Em dinheiro.
Todas as outras transações foram feitas pelo hoje senador Flávio, inclusive a compra de um imóvel com pagamento “por fora” de R$ 638,4 mil e depósitos em dinheiro de R$ 1,6 milhão na conta da loja de chocolates da família que os investigadores consideraram desproporcionais ao movimento.
Carlos e Flávio negam as acusações e dizem que são vítimas de uma campanha política.
O Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro sugere que as transações em dinheiro vivo são repasses da rachadinha organizada pelo assessor Fabrício Queiroz, suspeito de recolher parte do salário pago a assessores dos parlamentares e devolver ao clã Bolsonaro.
Queiroz fez depósito de R$ 24 mil na conta da primeira dama Michelle Bolsonaro. O presidente da República diz que foi pagamento de um empréstimo, que alega ter recebido de volta na conta da esposa.
Promotores dizem que o esquema funciona desde ao menos 2007. A transação com a corretora, de acordo com a Folha, é de 2009.
O MP sustenta que Fabricio Queiroz recebeu R$ 2.062.360,52 em sua conta bancária através de 483 depósitos envolvendo 13 assessores, pagos com dinheiro público.
Na ação, as acusações são por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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O MP investigou a ex-mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, e nove parentes dela por supostamente emprestarem o nome como funcionários fastasmas.
Além de Queiroz, a mulher dele Márcia Aguiar e as filhas Nathália e Evelyn, também fizeram parte do esquema.
Nathália chegou a ser transferida para o gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro em Brasília, embora exercesse a função de personal trainer no Rio de Janeiro no mesmo período.
Também integrariam o bando o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, que empregou mãe e mulher no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro; o sargento da PM Diego Ambrósio, dono de uma empresa de vigilância; o sócio de Flávio na loja de chocolates, Alexandre Santini, e Glenn Dillard, responsável por lavar dinheiro em transações de imóveis subfaturados — sempre de acordo com o MP.
Adriano, suspeito de envolvimento com uma milícia da Zona Oeste do Rio, foi morto pela polícia na Bahia em fevereiro deste ano.
Os negócios imobiliários de milicianos também teriam irrigado as contas de Flávio, suspeitam os promotores.
As investigações relativas a Carlos Bolsonaro se referem a rachadinha no gabinete dele na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Comentários
Zé Maria
Fabrício Queiroz é aquele Assessor Legislativo dos Bolsonaro
que passou cheque(s) de R$ 24 Mil para Michelle Bolsonaro?
Zé Maria
Dudu Pintinho ficou de fora dessa aí,
porque não guarda dinheiro no colchão,
investe em contrabando de armamento.
Elaine
Com a declaração do general Ramos – a pérola de hoje – acabei de crer que os militares de pijama que apóiam Bolsonaro não têm um pingo de bom senso ou são surtados como ele. Não me surpreende que continue o apoiando mesmo com todas as evidências de que o homem é louco. Aliás, tudo indica que ele escolheu a dedo aqueles que são tão doidos ou ignorantes como ele. Doido anda com doido. Burro anda com burro.
Com certeza o general também acha que a Terra é plana em pleno Século 21.
Meus Deus… Que retrocesso.
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