Havan e mais três tiveram o sigilo fiscal e bancário quebrado por suspeita de financiar gabinete do ódio; “terroristas virtuais”, diz presidente da OAB

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Reprodução redes sociais

As instituições poderiam escolher serem lenientes, covardes e omissas. Ou agir de forma dura com os terroristas virtuais. É o que ocorre agora. E esses terroristas vão conhecer a face dura da Justiça e da lei. Felipe Santa Cruz, presidente da OAB

O STF determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário de Luciano Hang, o Véio da Havan. Vamos ver se o saldo permite pagar os R$168 milhões da dívida com a Previdência. Ou se foi tudo pros disparos de Whatsapp na véspera da eleição… O cerco está fechando! Guilherme Boulos, candidato do Psol à Prefeitura de São Paulo

Da Redação

O dono da Havan, Luciano Havan, teve os sigilos bancário e fiscal quebrados sob suspeita de bancar o gabinete do ódio, cujo principal operador seria o vereador Carlos Bolsonaro.

A mesma medida foi determinada contra Edgard Corona, CEO da rede de academias Smart Fit), Reinaldo Bianchi Júnior e Winston Rodrigues, que coordena o Bloco Movimenta Brasil).

A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, no bojo do inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal para apurar fake news e outras ameaças contra ministros da Corte.

Pelo mesmo motivo, o ministro acrescentou na ação da Polícia Federal o nome de Roberto Jefferson, o presidente do PTB, que apareceu em postagem mostrando um fuzil.

A possibilidade de uma ação havia sido antecipada pelo site de extrema-direita Antagonista, o que fez com o que o presidente Jair Bolsonaro mandasse mensagem ao então ministro Sergio Moro afirmando que era preciso trocar o diretor-geral da Polícia Federal.

“Mais um motivo para a troca”, escreveu Bolsonaro.

Alexandre de Moraes bloqueou o nome originalmente apontado por Bolsonaro para ocupar o cargo — o de Alexandre Ramagem — e manteve os delegados da Polícia Federal que já comandavam a investigação do STF.

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Moro decidiu deixar o governo e denunciou a interferência do presidente da República depois que Bolsonaro indicou o braço direito de Ramagem para chefiar a PF.

Sara Winter depois da ação contra o governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, e nesta quarta-feira, depois que a PF foi à sua casa e gabinete

Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos contra o blogueiro Allan dos Santos, a ativista Sara Winter e o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP).

Sara Winter foi uma das organizadoras do acampamento 300 do Brasil, em Brasília, uma forma de fazer pressão sobre o STF e o Congresso.

Em vídeo, ela explicou: “O acampamento acaba quando o Rodrigo Maia cair. Acaba quando todos nós, de maneira, se for preciso, coercitiva, fazermos os ministros do STF entenderem que eles não são 11 semideuses”.

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